Uma das cidades mais movimentadas do mundo esconde dezenas de refúgios para quem quer dar um tempo da agitação: são os jardins secretos, cultivados pelos próprios nova-iorquinos, no meio dos arranha-céus. Crônica revela jardins secretos de Nova York
Na crônica do JH deste sábado (28), o repórter Ismar Madeira faz um passeio por Nova York, uma das cidades mais movimentadas do mundo que esconde dezenas de refúgios para quem quer dar um tempo da agitação: são os jardins secretos no meio dos arranha-céus.
Quem aguenta um ritmo agitado o tempo todo? O nova-iorquino precisa de pausas. No Central Park? Ok. Mas que tal um lugar mais tranquilo no meio de um quarteirão, atrás dos prédios.
"No minuto em que eu abro o portão de ferro e caminho pra cá, eu já me sinto calma e fico mais feliz. Acho que quando você vê flores e árvores… E o sol brilhando, você se acalma", diz a moradora Rosie Rodriguez.
A Rosie é guardiã de um destes jardins secretos, onde muitos certamente já vieram "descansar em paz".
O Marble Cemetery é um dos jardins secretos de Nova York. O nome vem das paredes, onde estão as lápides de mármore.
Toda essa estrutura é do século XVIII. As inscrições já estão desaparecendo, mas nada pode ser mudado. Tudo é tombado como patrimônio histórico.
Uma vez por mês, de abril a outubro, quando o clima é agradável, sem frio, o Marble é aberto à comunidade.
A alma do jardim da rua Elizabeth, no terreno arrendado da prefeitura há 24 anos, são as esculturas. O advogado Alan Reiver foi o criador do jardim. "Para mim é uma instalação de arte. É o meu legado para Nova York", diz.
Voluntários cuidam, os visitantes contribuem com doações e aproveitam para pegar sol, ler um livro e passar o tempo.
Basta ficar atento: do outro lado da cidade, uma parreira caindo de cima de um estacional é um sinal. Mas só os curiosos descobrem o que há no fim desta escadaria.
Um segredo muito bem guardado, quem diria, em plena Manhattan, a ilha mais populosa de Nova York, em meio a prédio imensos, um jardim.
"É muito especial. Temos flores… e um pessegueiro", conta Karen Gershenhorn, jardineira voluntária. "Eu acho muito relaxante. As pessoas vêm e também usufruem daqui."
A Karen adora cuidar do jardim mantido pela vizinhança. É o Lotus Garden, uma homenagem. A mais linda e mais rara do jardim. Há também um lago com peixes e flores de várias espécies e cores.
O jardim começou a ser plantado há 35 anos, depois da demolição de um teatro. O Jeff mostra onde era o palco e onde ficava o público, que continua vindo por outro motivo.
É a natureza que se apresenta todos os dias ao vivo nos recantos de Nova York a sete chaves.