'Indústria está sofrendo profundamente', disse secretário-chefe do gabinete do presidente do BC. O banco central do Japão fará "o que for possível" para mitigar as crescentes consequências da pandemia de coronavírus, disse o presidente do órgão, Haruhiko Kuroda, nesta terça-feira (12), alertando que o colapso da atividade global teve graves consequências para a economia. Presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, em imagem de arquivo Reuters O governo também usará todas as ferramentas disponíveis para ajudar as fabricantes japonesas de automóveis e autopeças atingidas por interrupções na cadeia de suprimentos, queda na demanda e paralisações nas fábricas causadas pela crise da saúde, disse seu principal porta-voz. "A indústria está sofrendo profundamente com as lentas vendas nos EUA e na Europa e a suspensão da produção doméstica", disse o secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, a jornalistas nesta terça-feira. "Vamos implantar todos os meios para ajudar no acesso a financiamento", como por meio de ajuda financeira e pagamentos, disse ele. Em um depoimento semestral ao Parlamento, Kuroda disse que a economia do Japão está em "um estado cada vez mais severo", à medida que a pandemia paralisa a atividade global. O Banco do Japão tem várias ferramentas à sua disposição para aumentar os estímulos, como acelerar a impressão de dinheiro, aumentar as ferramentas de operação do mercado e reduzir os juros, disse ele. Kuroda descartou a possibilidade de adicionar títulos municipais à lista de ativos que o banco central compra, no entanto, dizendo que não vê necessidade de fazê-lo por enquanto.