Galinhos, no RN, tem praias isoladas, farol à beira-mar e montanhas de sal como paisagem
Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar apenas de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Descubra o Brasil: Galinhos (RN) tem sossego e lindas praias Galinhos, no Rio Grande do Norte, é uma península. Isso significa que a cidade é banhada pelas águas do mar por quase todos os lados. No destino, a 170km de Natal, o turista encontra um farol à beira-mar, praias isoladas, uma montanha de sal, dunas, um mangue cheio de vida e bastante sol e vento. O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos. Icapuí (CE) é terra da lagosta e oferece falésias, dunas e piscinas como atrações naturais Aurora do Tocantins tem o 3º menor rio do mundo e 200 cavernas como atração para quem curte desafio físico O pequeno município fica na região conhecida como Polo Costa Branca – nome que faz referência tanto às dunas quanto às montanhas de sal criadas por empresas de extração de sal, ambas abundantes neste pedaço do Rio Grande do Norte. O melhor jeito de chegar a Galinhos é pegar duas horas de estrada desde a capital potiguar (pelas BR-406 e RN-402) e depois cruzar um braço de mar que banha a cidade. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Os turistas deixam os carros em um estacionamento público, com segurança 24h, e pegam um barco no porto de Pratagil. A travessia leva apenas 10 minutos e acontece diariamente a cada meia hora. Ao desembarcar, o visitante se depara com um lugar onde carros comuns não circulam. Você tem a opção de contratar um burro-táxi: charretes usadas para ajudar os visitantes no transfer do píer até sua hospedagem. É que em Galinhos só é possível se locomover com veículos 4×4, buggy ou nas charretes de tração animal. Carrancas (MG) já foi cenário para diversas novelas e é destino para fã de cachoeira 'Nevou em Urubici': cidade de SC que aparece no noticiário pelas baixas temperaturas oferece cânions e turismo rural Com menos de três mil habitantes e muito espaço nas areias para você se isolar, o município tem 57 anos de fundação. Até o início dos anos 60 ele era um distrito de São Bento do Norte, outra cidade da região. Emancipado em 1963, Galinhos tinha sua economia baseada na pesca e na extração de sal. Foi só nos últimos anos que a vocação para o turismo passou a ser mais notada. Uma das atrações do lugar é o fotogênico Farol de Galinhos. Seja na maré baixa, quando você pode chegar bem pertinho, ou na maré alta, quando o Farol desponta no mar, vale dedicar alguns cliques para registrar o cenário – principalmente na hora do pôr do sol. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Buggies e charretes fazem esse trajeto, mas você também pode optar por caminhar pela orla, dependendo da sua localização e disposição para caminhada. Barcos cruzam as águas, circundando a cidade, para apresentar belezas naturais e outras curiosidades locais. É a chance de ver de perto o manguezal rico em vida, as dunas da região e a grande montanha branca da salina instalada na cidade há mais de 50 anos. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Outra opção para conhecer toda a região é contratar os passeios de buggy. Eles percorrem a orla e dunas de Galinhos. Como a água que abastece Galinhos tem uma concentração maior de sal, é comum encontrar nos banheiros dos hotéis da cidade dois chuveiros – um deles improvisado, com água mineral, para os hóspedes finalizarem o banho. Veja a seguir outros destaques de Galinhos: As praias da cidade banhadas pelo mar aberto são mais procuradas por praticantes de kitesurf, principalmente no segundo semestre do ano, quando há mais vento e o mar fica mais agitado. Por conta da força do vento, inclusive, há também muita areia voando. Óculos escuros é item indispensável. Quem prefere águas mais calmas também tem vez: basta optar pelas praias do braço de mar, chamado de “rio” pelos moradores locais, dada a falta de ondas. Na maré baixa também dá para encontrar piscinas naturais formadas nas areias. Alguns dos passeios de barco oferecem refeições fresquinhas, com peixes, ostras e outros frutos do mar pescados durante o trajeto. De buggy se acessa a praia de Galos, mais afastada e isolada, com um visual de natureza ainda mais intocada. O Morro do André é um dos pontos procurados para se ter uma vista do alto da região. Vá de buggy para apreciar a vista, tirar fotos ou admirar o pôr do sol. Por conta do vento constante, as dunas de Galinhos foram escolhidas para abrigar um parque de geração de energia eólica. As gigantes pás dos aerogeradores dão um visual peculiar ao horizonte e atraem a curiosidade dos visitantes. Serviço Entre pousadas, hotéis e casas de aluguel, Galinhos tem 26 opções de hospedagem, com 496 leitos. São 8 restaurantes e 20 trailers de food truck servindo principalmente peixes e frutos do mar, mas você encontra na cidade até uma pizzaria. Galinhos tem 45 charretes, 20 buggys e 45 barcos de passeio cadastrados para oferecer passeios aos visitantes. Apesar de todos os estabelecimentos locais aceitarem cartão, é recomendado levar algum dinheiro em espécie, já que a cidade não possui caixas eletrônicos nem agências bancárias. Há apenas uma lotérica e correspondentes bancários do Bradesco e Banco do Brasil. As operadoras de celular Claro e Vivo tem bom sinal 4G no local. Para as demais, o sinal é o de 3G e pode oscilar de acordo com a localização. Na pandemia Para garantir a segurança sanitária em tempos de pandemia, a cidade criou o selo Galinhos Destino Seguro, com algumas exigências para o setor turístico. Além de higiene redobrada, há a preocupação em se manter o distanciamento social. Assim, barcos, buggies e charretes têm transportado um número reduzido de pessoas por vez. Por enquanto, apenas os visitantes com comprovação de hospedagem ou passeios agendados junto à Secretaria de Turismo da cidade estão liberados para acessar a península, entre 8h e 18h. Duas barreiras sanitárias na cidade verificam a temperatura corporal de cada visitante que chega e dão orientações gerais, como o uso constante de máscara, por exemplo. Veja mais vídeos de Descubra o Brasil
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Hotéis de Roma trocam turistas por pacientes com Covid-19
Redes hospitalares da cidade já estão enfrentando dificuldades. A Itália passa por uma segunda onda de Covid-19: em um dia, foram 600 mortos. Homem faz serenata para a mulher em hospital na Itália
Com hospitais e clínicas sob forte pressão e muitos hotéis vazios devido à falta de turistas, o Ministério de Assuntos Regionais da Itália providenciou 15 mil camas de hotel para serem usadas em todo o país para pacientes do Covid-19.
Nem todas as 20 regiões da Itália optaram por essa medida, embora o ministério tenha prometido aumentar a rede para aliviar a pressão em emergências e sobre os médicos de família.
Casa de repouso na Itália monta 'quarto do abraço' com estruturas de vidro e plástico
A cidade de Roma, na Itália, adaptou 15 hotéis para abrigar pacientes de Covid-19. Sem turistas e com contas no vermelho, os hotéis da capital do país tentam sobreviver a uma das piores crises da história recente.
Após o primeiro surto de coronavírus em março, eles registraram uma ligeira recuperação entre julho e agosto, segundo o presidente da federação de hotéis Federalberghi, Giuseppe Roscioli. O golpe veio em setembro, com 90% menos turistas em relação ao mesmo mês de 2019.
Os hospitais da cidade estão saturados. "A falta de leitos nos últimos dias levou ao bloqueio de ambulâncias na entrada de emergência dos hospitais", explicou Simona Amato, diretora de um dos centros de saúde locais em Roma.
A Itália foi o primeiro país europeu a ser gravemente afetado pelo coronavírus no início deste ano. Nas últimas semanas, ela registrou um aumento de casos, com mais de 30 mil infectados e 600 mortes registradas nesta quinta-feira (12).
O Sheraton Parco de'Medici, um dos 15 hotéis adaptados em Roma, tem capacidade para 800 leitos, mas já ocupou metade deles até agora. O edifício tem uma piscina e é localizado no meio de um campo de golfe no sul de Roma. Foram disponibilizados 169 quartos para pacientes, 49 deles equipados com oxigênio.
Também pode ajudar pessoas assintomáticas que precisam de um local para se isolar, pacientes em recuperação e aqueles que precisam de tratamento, mas não estão gravemente doentes.
Antonella De Gregorio, gerente do Urban Garden Hotel, na outra ponta da cidade, disponibilizou 50 quartos para pacientes com coronavírus assintomáticos que não podem cumprir a quarentena em suas casas ou que tenham uma casa pequena.
A instalação tem experiência porque habilitou quartos durante o primeiro surto da Itália no início deste ano.
Cada quarto custa 30 euros por dia para as autoridades regionais. Há atendimento médico e a equipe do hotel não tem contato com os pacientes, concentrando-se nas tarefas administrativas.
"Oferecemos um serviço e ao mesmo tempo podemos cobrir algumas despesas e poupar empregos", explica De Gregori
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Mulheres fazem turismo de pesca em Corumbá e fomentam pesque e solte
A temporada de pesca em 2020 está oficialmente encerrada, mas os dias que antecederam o início do período de defeso foram de muita pescaria para um grupo de 42 mulheres. Vindas de Minas Gerais, elas passaram seis dias navegando em um barco-hotel pelas águas do rio Paraguai, em Corumbá. Com o teste para Covid-19 negativo […]
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Ecoturismo do MS estará representado no Abeta Summit Virtual 2020
O ecoturismo de Mato Grosso do Sul estará presente de 16 a 18 de outubro no ABETA Summit Virtual 2020, considerado um dos mais importantes fóruns de discussões do setor. Com tema ‘(Re) Descobrindo o Brasil’, evento acontece anualmente de forma presencial desde 2003, mas desta vez será em formato 100% digital devido à pandemia […]
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Em menos de quatro anos, Fundação de Turismo já apoiou quase 80 projetos para fomento do setor no MS
Desde 2017, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul democratiza o acesso aos recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Turismo do Estado. Através de chamamento público, a instituição adota a política de descentralização de recursos financeiros para apoio a projetos de fomento e eventos geradores de fluxo turístico no estado. Ao todo, […]
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Faturamento do turismo tem 5º mês de recuperação, mas segue abaixo do nível pré-pandemia
Resultado de setembro ainda representa uma queda de 34,7% em relação ao mesmo mês de 2019, O faturamento do setor de turismo no Brasil voltou a crescer em setembro, para R$ 12,8 bilhões, registrando o quinto mês seguido de recuperação, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Foi o melhor mês desde o início da pandemia – mas segue abaixo do patamar registrado antes dos tombos registrados entre março e abril, quando o faturamento atingiu o pior mês da história, de R$ 4,078 bilhões. Em fevereiro, havia ficado em R$ 17,806 bilhões. Faturamento do turismo – setembro de 2020 Economia G1 O dado de setembro também representa uma queda de 34,7% em relação ao mesmo mês de 2019, quando o faturamento foi de R$ 19,916 bilhões. “A partir de maio, o faturamento do setor passou por um processo de recuperação mês a mês, devido a inúmeros fatores, como o maior número de pessoas nas ruas, o aumento da confiança dos consumidores, além das estratégias digitais adotadas pelas empresas", afirmou em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Setor de turismo é afetado pela alta do dólar O economista da CNC, Antonio Everton, ressalta, no entanto, que a intensa queda em março e abril fizeram com que as taxas de evolução do faturamento do Turismo indicassem uma forte recuperação desde maio. “Como o nível de comparação acabou ficando muito baixo, estas elasticidades mensais na casa de dois dígitos podem confundir a interpretação dos fatos econômicos”, explica. Assista as últimas notícias de economia
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Carrancas, em MG, já foi cenário para diversas novelas e é destino para fã de cachoeira
Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar apenas de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Descubra o Brasil: Carrancas, a Terra das Cachoeiras
O município mineiro de Carrancas é pequeno, tem apenas 4.000 habitantes, mas costuma citar um número que chama atenção: 110 atrações relacionadas à natureza entre cachoeiras, poços, quedas d'água, piscinas naturais e trilhas. A localidade pode atrair perfis diferentes de viajante: há o que interessar o fã de esportes radicais tanto como a pessoa que procura dias de sossego.
O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos.
Aurora do Tocantins tem o 3º menor rio do mundo e 200 cavernas como atração para quem curte desafio físico
O cenário de vegetação e montanhas já serviu de pano de fundo para novelas "Império" (2014), "Orgulho e paixão" (2018) e "Espelho da vida" (2018).
'Nevou em Urubici': cidade que aparece no noticiário pelas baixas temperaturas oferece cânions e turismo rural
Localizada a 286 km de Belo Horizonte, no sul de Minas Gerais, Carrancas tem 80 cachoeiras, poços e quedas d’água catalogados, que são acessíveis por trilhas e com diferentes graus de dificuldade.
Ao todo, são 8 complexos de cachoeiras, lagos, poços e cânions. As principais são Fumaça, Zilda e Vargem Grande-Esmeralda. Grão Mogol, Tira Prosa, Ponte, Toca e Onças também valem a visita.
Um passeio que combine os complexos da Fumaça e da Vargem Grande pode ser feito em 8 horas.
VÍDEOS: Agora é assim? O que mudará no turismo após a pandemia
“O nosso turismo é bastante sazonal, mas ocorre mais nos meses de verão. O que sabemos é que nos feriados mais importantes, como Ano Novo e carnaval, a população da cidade chega a dobrar”, afirmou Marcos Alexandre de Jesus Ramos, diretor administrativo de Cultura e Turismo da cidade.
A Cachoeira da Fumaça, apesar de ser imprópria para banho, é um dos principais cartões postais da cidade e está localizada a 6km do centro. Possui uma queda d’água de cerca de 40 metros de altura que, ao cair, forma uma nuvem de fumaça.
De acordo com o operador de turismo Luís Carlos Capoleto, essa cachoeira teve um importante papel no crescimento do município, tendo sido responsável pela geração de energia elétrica para Carrancas. Seguindo seu percurso, há mais de dez quedas, além de diversas piscinas naturais. “O único resquício hoje é a base do gerador de energia”, disse.
A Cachoeira Véu das Noivas fica dentro do complexo da Fumaça, a cerca de 4 km da cidade. Para chegar até ela, é preciso percorrer uma hidrotrilha (caminhada molhando os pés) até chegar a sua base, com poços pequenos e água cristalina.
Na parte de cima, existem algumas piscinas naturais e é possível fotografar as serras de Carrancas e um muro de pedras construído pelos antigos escravos da região. “O visual é incrível e o percurso todo é de cerca de 7 km”, contou Capoleto.
O nome da localidade surgiu por causa das suas formações rochosas que, avistadas de longe ou do alto, tinham o formato de caras feias – as famosas carrancas.
A cidade foi fundada no caminho velho da Estrada Real em meio ao ciclo do ouro por bandeirantes e suas famílias, que viajavam em busca do ouro e fixaram moradia criando o vilarejo.
“Os sertanistas usavam as serras das carrancas como referência nos seus mapas”, afirma Ramos, da prefeitura.
Veja a seguir outros destaques de Carrancas:
O Complexo Esmeralda é um espaço privado que está localizado a cerca de 8 km do centro de Carrancas. Os poços lá são formados por corredeiras e pequenas quedas que formam as piscinas naturais. O trajeto inclui o Poço da Esmeralda que tem nome porque é formado por águas verdes e cristalinas. “A queda d’água não é grande, então é possível nadar tranquilamente no poço. O melhor horário para visitar é entre 11h30 e 12h, quando a incidência dos raios solares nas águas promove essa cor esverdeada”, contou o guia Capoleto
O Complexo da Zilda, a 12 km do centro, possui um escorregador natural tem cerca de 10 metros e é uma pedra extremamente lisa que deságua num poço cristalino.
Pinturas rupestres, encontradas nas rochas do Complexo da Zilda, datam de 3.500 anos e foram classificadas pelos arqueólogos como pertencentes à chamada “Tradição São Francisco”.
Mais próximo, a 3 km da cidade, o Complexo da Toca tem piscinas naturais, duas cachoeiras e um outro escorregador natural. Possui cerca de 15 metros e foi cenário da novela “Alma Gêmea”. O complexo possui também a gruta da Toca, com mais de 300 metros e que pode ser percorrida toda a pé, mas em parte do trecho só é possível atravessar agachado e é inevitável se molhar.
Carnaval diferente
Ele diz que há mais de 70 anos a igreja local realiza um retiro espiritual na cidade durante o carnaval, com uma série de palestras e meditação para preparação para a quaresma.
Por causa disso, há cerca de 40 anos, o carnaval na cidade acontece duas semanas antes da data oficial.
De acordo com Ramos, o turismo começou a surgir na década de 1990. “O retiro espiritual é muito tradicional na cidade e exige silêncio e respeito. A nossa festa começou a ser antecipada e atraiu turistas que queriam curtir a natureza de dia e o carnaval à noite”.
Serviço
A cidade possui 54 opções de hospedagem entre hotéis, pousadas, hostels e campings e cerca de 15 a 20 restaurantes.
Por ser uma cidade pequena, Carrancas possui apenas uma agência bancária do Banco do Brasil e uma do Sicoob (sistema de cooperativas de crédito), e uma casa lotérica, onde é possível fazer saques da Caixa Econômica Federal.
Não existem terminais de autoatendimento e banco 24 horas. Segundo a prefeitura, apenas cerca de 60% dos comerciantes trabalham com cartões, por isso é recomendado que o visitante se programe com dinheiro em espécie.
O sinal de celular funciona apenas nas operadoras Vivo, Tim e Oi, mas mesmo assim pode oscilar na região, especialmente nas áreas mais afastadas. A operadora Claro não tem sinal de celular na cidade.
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Milhares de macacos aterrorizam cidade turística na Índia
Capital do estado de Himachal Pradesh, Shimla é uma cidade turística de 160 mil habitantes. Além de turistas, principalmente no verão, local atrai macacos que se alimentam de restos de comida. Quase 50 grupos de macacos famintos voltaram a atacar, roubando sacos de comida e mordendo os transeuntes. Money SHARMA / AFP Milhares de macacos mantêm Shimla, a antiga capital de verão da era colonial britânica, no norte da Índia, sob forte ataque, com avanços contra moradores e visitantes — por vezes ferindo-os gravemente. Durante o rígido confinamento nacional que durou de março a junho por causa da pandemia do novo coronavírus, muitos macacos deixaram o local no sopé do Himalaia — e que abriga refinados edifícios vitorianos — para buscar comida nas áreas rurais circundantes. Mas depois que as restrições diminuíram, eles retornaram. Quase 50 grupos de macacos famintos voltaram a atacar turistas e moradores, roubando sacos de comida e mordendo os transeuntes. Índia supera 8 milhões de casos de coronavírus Wuhan: de epicentro da pandemia a um dos principais polos turísticos da China Shimla, uma cidade de 160 mil habitantes e capital do estado de Himachal Pradesh, atrai turistas, principalmente no verão. Mas as visitas no período mais quente do ano também incluem macacos que se deliciam com os resíduos deixados por hambúrgueres ou pizzas. Os animais retornaram ao local depois que as restrições de confinamento diminuiram. Money SHARMA / AFP Hematomas na cabeça e no rosto Nand Lal, 46 anos, tem ferimentos pelo corpo causados por macacos no meio da rua. "Eu estava passando por um grupo de macacos quando o macho dominante me atacou de repente e três outros se juntaram a ele". "Felizmente, peguei um pedaço de pau e consegui afastá-los. Tenho hematomas na cabeça e no rosto. Fiquei sangrando por uma mordida nas costas", contou Lal, lembrando que teve que tomar várias injeções de vacina contra raiva. "As pessoas estão com muito medo e não sabem o que fazer", disse Kuldeep Chand Sood, um ex-juiz aposentado da Suprema Corte, mostrando o buraco que uma mordida de macaco deixou em sua perna quando se sentou em seu terraço. "Eu estava lendo quando um grande macaco de repente me atacou", afirmou à agência de notícias AFP. No bairro em que Sood vive, Sanjauli, muitas casas têm proteção de grades em seus terraços e janelas. Quando conseguem entrar, os macacos não hesitam em esvaziar as geladeiras. 'Eles mordem' As latas de lixo que transbordam em frente a hotéis e restaurantes também os atraem, explicou Rajesh Sharma, um funcionário ambiental em Shimla. Com a melhoria do sistema de coleta de lixo, "os macacos têm mais problemas. Mas seus hábitos continuam os mesmos. Arrancam tudo que veem de suas mãos". E se eles não encontram nada, "eles mordem", acrescentou Sharma. Mesmo os visitantes que vêm admirar o Templo Jakhu, dotado de uma das maiores estátuas do deus macaco Hanuman do país, têm seus óculos ou qualquer coisa que brilha roubados. Além de atacar humanos, eles causam prejuízo em lavouras: o estado calcula que mais de 130.000 macacos comem ou destroem frutas e plantações nos campos, causando perdas de milhões de dólares a cada ano. De reverenciados a nocivos Reverenciados neste país predominantemente hindu, os macacos são agora considerados animais nocivos pelo governo, suscetíveis de eliminação. Mas nenhuma campanha oficial de extermínio foi iniciada, embora os camponeses tenham envenenado ilegalmente centenas de animais. Em Shimla, como em outras cidades do estado, as autoridades iniciaram uma campanha para esterilizar macacos. Foram 157.000 esterilizações em cinco anos. "A esterilização é a única maneira de controlar essa população", explicou Pooja Kanwar, especialista do centro de esterilização de macacos de Shimla. Vídeos: veja notícias sobre viagem e turismo
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Aéreas precisam reduzir custos em 30% para evitar prejuízo em 2020, diz Iata
Receita global das companhias deve cair 51% neste ano. As empresas aéreas precisam reduzir seus custos unitários em cerca de 30% para atingir o ponto de equilíbrio financeiro neste ano, estimou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que reúne 290 empresas aéreas no mundo.
A receita global das empresas aéreas deve cair 51% neste ano em comparação a 2019, por causa dos efeitos da pandemia de covid-19. A receita menor exige das empresas mais esforços para cortar custos. No terceiro trimestre, os custos unitários das empresas aumentaram 40% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
De acordo com a Iata, mesmo reduzindo pela metade os gastos com folha de pagamento isso não seria suficiente para as empresas apresentarem lucro.
“Não temos certeza hoje se as empresas vão conseguir fazer esses ajustes”, afirmou Brian Pearce, economista-chefe da Iata, em apresentação a jornalistas.
Ano de 2020 será o pior da história das companhias aéreas, diz associação
Pearce acrescentou que o cenário de recuperação para o setor aéreo mostra-se mais demorado do que o previsto inicialmente. “O turismo de negócios não deve voltar ao normal pelo menos nos próximos dois anos”, observou o economia. O turismo de negócios é o mais rentável e o principal gerador de receita para o setor aéreo. No Brasil, ele responde por cerca de 60% da receita do setor.
Para 2021, o executivo vê um cenário difícil para o setor, com aumento nos gastos com combustível de aviação causado pela alta nos preços futuros do petróleo. Neste ano, o preço do combustível de aviação caiu 42% em relação ao ano passado, mas a tendência futura é de alta, observou Pearce.
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Wuhan: de epicentro da pandemia a um dos principais polos turísticos da China
Wuhan recebeu quase 19 milhões de turistas de 1 a 7 de outubro, mais do que qualquer outra cidade chinesa A Torre do Grou Amarelo é um dos pontos turísticos mais visitados de Wuhan Getty Images Naquela que foi uma das cidades mais afetadas por um vírus sobre o qual — naquela época — pouco se falava e do qual nada se sabia, a vida voltou ao normal. E não só isso. Para a surpresa de muitos, Wuhan — onde o coronavírus Sars-CoV-2 foi detectado pela primeira vez, há quase um ano — agora se tornou um dos principais pontos turísticos da China. Somente durante a Semana Dourada, período festivo do gigante asiático que vai de 1 a 7 de outubro, a Província de Hubei atraiu mais de 52 milhões de turistas que geraram receitas de aproximadamente US$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 29 bilhões. Turismo mundial sofre queda de 70% em 2020 devido à pandemia de Covid-19 E Wuhan, a capital regional, recebeu quase 19 milhões de visitantes, segundo dados do Departamento de Cultura e Turismo da Província. Ao mesmo tempo, grande parte do mundo é atingido por uma segunda onda de covid-19, que em alguns países até afetou mais pessoas do que a primeira. Na França, o governo impôs toque de recolher em oito cidades, incluindo a capital, Paris. No Reino Unido, há uma situação semelhante: Londres e outras regiões da Inglaterra entraram em uma espécie de retorno ao confinamento, que as impede de encontrar pessoas de outras que moram em outras casas em locais fechados. No continente americano, a situação não é melhor. Pela primeira vez desde o final de julho, os Estados Unidos (que já acumulam pelo menos 225 mil mortes por coronavírus) ultrapassaram 83 mil casos em um único dia na sexta-feira (23/10), enquanto a América Latina e Caribe superaram 10 milhões de casos positivos, com Brasil, Argentina, Colômbia, Peru e México encabeçando a lista por número de casos. No entanto, do outro lado do mundo, "a cidade heróica", como a apelidou o presidente chinês Xi Jinping, o vírus parece uma lembrança desagradável e especialmente distante, se acreditarmos nos números oficiais. O governo chinês garante que em Wuhan não há um único caso de coronavírus. No entanto, várias organizações e especialistas acreditam que essa afirmação deve ser vista com cautela. O 'renascimento' de Wuhan No marco das comemorações do Dia Nacional da República Popular da China, o governo de Xi Jinping organizou um ato em uma estação de trem em Wuhan e, em um vídeo do evento publicado nas redes sociais, milhares de pessoas são vistas reunidas cantando e agitando a bandeira chinesa. "Wuhan renasce depois da covid-19 com mais força e vitalidade", disse Hua Chunying, diretora adjunta do Departamento de Informação do Ministério das Relações Exteriores, ao postar um vídeo promocional no Twitter. Para Vivian Hu, editora do serviço chinês da BBC, o governo de Xi Jinping, com a ajuda da mídia estatal, está tentando passar a imagem de que está tudo bem em Wuhan, que as pessoas estão se divertindo e que prosperidade, e normalidade estão de volta. "E até certo ponto, é verdade: as pessoas estão viajando por toda a China e principalmente para Wuhan. Sim, a cidade parece ter voltado ao normal, mas para muitas pessoas e muitos empresários as coisas não são como antes e ainda há muita preocupação", diz a jornalista, em Hong Kong. "Mas a mensagem que recebemos da propaganda chinesa é que o governo conseguiu controlar a pandemia com sucesso", acrescenta. O governo de Hubei anunciou em agosto que cerca de 400 pontos turísticos da província seriam abertos a visitantes de todo o país gratuitamente, sendo a Torre do Grou Amarelo um deles Getty Images Até 27 de outubro, a China contabilizava 91.185 casos de covid-19 e menos de 5 mil mortes, enquanto os Estados Unidos, com uma população 4 vezes menor, registrou mais de 8,7 milhões de casos e pelo menos 225 mil mortes. "Há novos casos na China, mas aparentemente não em Wuhan. Se há novos casos, o governo deixa claro que está fazendo todo o possível para conter o novo surto de maneira eficiente e rápida", explica Hu. As políticas que impulsionaram o setor A ressurreição de Wuhan como destino turístico preferido dos chineses não se deve ao acaso. Na verdade, deve-se em parte as políticas do governo. Em agosto, o governo de Hubei anunciou que cerca de 400 pontos turísticos da Província estariam abertos a visitantes de todo o país gratuitamente a partir do dia 8 daquele mês até o final do ano. E embora o número de visitantes a esses lugares estejam limitados a 50% de sua capacidade máxima e os visitantes devam ser submetidos a controles de temperatura, a resposta foi inesperada. Muitos dos turistas que escolheram Wuhan durante a Semana Dourada visitaram a histórica Torre do Grou Amarelo, localizada no centro da cidade. A estrutura atual, construída em 1981, foi um dos locais de entrada gratuita, patrocinados pelo governo chinês. De acordo com a agência de notícias Xinhua, pelo menos mil agências de viagens e mais de 350 hotéis aderiram à campanha do governo, oferecendo descontos aos visitantes. Para alguns analistas, o ressurgimento de Wuhan como destino turístico demonstra a confiança dos chineses no manejo da pandemia pelas autoridades locais e representa uma oportunidade de ouro para impulsionar a degradada indústria. "As pessoas sabem que Wuhan está melhor, ninguém visitaria a cidade se houvesse coronavírus. Os chineses estão dispostos a viajar para Wuhan, que costumava ser o epicentro de Covid-19 e isso, do ponto de vista do governo, é uma vitória." Enquanto o setor está se recuperando depois de uma paralisação completa no início do surto de Covid-19, a receita do turismo no gigante asiático ainda deve cair 52% em 2020 em comparação com 2019, e o número de viagens diminuirá 43%, segundo a instituição de pesquisa China Tourism Academy (CTA). Para Ni, as coisas estão "gradualmente" voltando ao normal, mas ainda restam dúvidas se a situação vai durar. "Com a aproximação do inverno, há dúvidas se teremos ou não uma segunda onda. Acho que esse desconhecido está presente na mente de todos os chineses, mas por enquanto as pessoas estão gostando do relaxamento das restrições e da volta 'normalidade' ", diz ele. Espada de dois gumes O especialista chinês destaca que a sensação de normalidade se repete em todo o país e que cada vez menos pessoas com máscaras são vistas nas ruas do país asiático. Para os mais de 20 milhões de habitantes de Pequim, capital do país, não é mais obrigatório o uso de máscaras, por exemplo. Uma 'vitória' do governo E também simboliza uma vitória do governo chinês. Vincent Ni, um especialista em China do serviço mundial da BBC, aponta que de fato o governo chinês pode estar usando Wuhan para fins de propaganda, mas a campanha é "baseada em fatos", que "mostram que a situação tem melhorado". "Isso, por um lado, mostra que a situação melhorou significativamente, mas, por outro lado, pode ser uma espada de dois gumes, porque o vírus não desapareceu, não temos uma vacina eficaz no momento e, se as pessoas baixarem a guarda, uma segunda onda pode ser catastrófica." Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional, a China será a única grande economia mundial a registrar crescimento neste ano, com expansão de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Embora a indústria do turismo pareça estar vendo luz no fim do túnel, outros setores da economia e, principalmente, a renda das populações mais vulneráveis sofreram um forte golpe nos últimos meses. "O governo central está tentando colocar a economia de volta nos trilhos, mas os jovens nas grandes cidades não conseguem empregos e nem têm mais dinheiro para pagar o aluguel, então há uma nova tendência de que muitos estão abandonando as cidades", explica Vivian Hu. "Muitas pessoas podem estar viajando por toda a China, mas é inegável que a sombra do coronavírus ainda existe. As pessoas sabem disso, mas tentam fazer o dia a dia voltar ao normal. É uma boa intenção, mas leva tempo e é verdade que é difícil obter um relato objetivo do que realmente está acontecendo." Vídeos: Viagem e turismo
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