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Arctic Monkeys faz show eficiente para plateia dedicada do Rio antes do Lollapalooza

por Administrador / sexta-feira, 05 abril 2019 / Publicado em Cultura

Se existem pelo menos 13 mil fãs fervorosos do Arctic Monkeys no Rio de Janeiro, é razoável admitir a possibilidade de que todos eles estavam na Jeunesse Arena na noite desta quarta-feira (3).

Sim, porque o que se viu na casa de espetáculos na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital, não foi uma experiência oferecida por ouvintes eventuais da banda de Sheffield, Inglaterra. Pelo contrário – o que aconteceu ali foi uma manifestação vigorosa de fãs muito dedicados.

As luzes se apagaram às 21h32 e a espera do público – contado o atraso de pouco mais de meia hora, algo incomum para grupos ingleses – enfim terminou.

Inteligente, a banda comandada por Alex Turner iniciou a apresentação com uma sequência matadora: “Do I wanna know?”, “Brianstorm” – esta com um solo de bateria ao fim, cortesia de Matthew Helders – e “Snap out of it” determinaram que o jogo já estava ganho desde o início, com a público não cantando, mas gritando as letras do começo ao fim.

A energética “Don’t sit down ‘cause I’ve moved your chair” abriu caminho para a pianística “One point perspective”, primeira incursão da noite no álbum “Tranquility Base – Hotel & Casino”, responsável pela turnê que agora passa pelo Brasil.

Aqui, cabe um parêntese sobre a obra: lançado no ano passado, o disco talvez seja a experiência mais aguda da banda no sentido de criar um álbum conceitual – a descrição de situações passadas em um hotel localizado na lua, entre outros elementos de natureza espacial.

Alguns fatores contribuíram para que o grupo caminhasse nessa direção: o cansaço de Turner em escrever canções de amor, o fato de quase todas as canções terem sido compostas no piano – o que atenuou de forma significativa a presença das guitarras – e a paixão recém-descoberta do vocalista/guitarrista/compositor pela literatura de ficção científica.

De volta ao show, a banda entrega ao público uma performance de seu primeiro grande sucesso: “I bet You look good on the dancefloor”, do álbum de estreia do grupo, “Whatever people say I am, that’s what I’m not”, lançado em 2006.

A canção provoca uma espécie de catarse coletiva na Jeunesse Arena e essa sensação permaneceria durante a execução das três faixas seguintes: “Library pictures”, “Knee socks” e ” The Ultracheese”, esta última com Turner deixando a guitarra de lado e assumindo seu recorrente ar de “crooner” de big band em meio a um belo show de luzes de celulares garantido pelo público.

“Teddy picker” e sua característica frase de guitarra coloca todos para dançarem. O mesmo acontece quando a banda executa a batida cadenciada de “Dancing shoes” e, em seguida, “Why’d You only call me when You’re high?”, entoada pelo público do início ao fim.

Seguiram-se “Cornerstone”, “505”, acompanhada por um mar de palmas, e a sequência instrumental “Drawbridge”, que precedeu novo mergulho no álbum “Tranquility Base”, desta vez pela faixa homônima.

Em nenhum outro momento o público pareceu tão enlouquecido quanto no instante em que gritava o refrão de “Crying lightning”, canção que antecedeu “Pretty visitors” e sua batida quase marcial. “4 out of 5”, outra faixa de “Tranquility Base” cujo clipe tem evidente inspiração na obra do cineasta Stanley Kubrick, encerrou a primeira parte do show.

Após um intervalo de menos de 10 minutos, a banda retorna ao palco para finalizar a apresentação com “Star treatment”, “Arabella” e “R U Mine?”. Ao todo, foram 22 canções em pouco mais de uma hora e meia de apresentação.

Alex Turner, Matt Helders, Jamie Cook, Nick O’Malley – e os quatro músicos de apoio que os acompanharam durante a apresentação – deixaram o palco aplaudidos pelos 13 mil adoradores mencionados no início do texto e com energia de sobra para encararem o desafio de serem a atração principal do Lollapalooza na noite desta sexta-feira (5), em São Paulo.

O Arctic Monkeys é um fenômeno nascido na primeira década deste século. Não seria exagero afirmar que talvez seja o grupo mais importante surgido no rock inglês nos anos que se seguiram ao ocaso das bandas seminais do movimento que se convencionou chamar de brit pop – Oasis e Blur, que dominaram os anos 1990.

Um olhar mais atento ao público que compareceu à Jeunesse Arena deixa claro que boa parte de seus fãs ainda é bem jovem e muito dedicada.

De alguma forma, depois do show em território carioca, os integrantes da banda devem saber que a conexão Rio-Sheffield está mais que consolidada.

Setlist:

  1. Do I wanna know?
  2. Brianstorm
  3. Snap out of it
  4. Don’t sit down ‘cause I’ve moved your chair
  5. One point perspective
  6. I bet You look good on the dance floor
  7. Library pictures
  8. Knee socks
  9. The Ultracheese
  10. Teddy picker
  11. Dancing shoes
  12. Why’d You only call me when You’re high?
  13. Cornerstone
  14. 505
  15. Drawbridge
  16. Tranquility Base – Hotel & Casino
  17. Crying lightning
  18. Pretty visitors
  19. 4 out of 5
  20. Star treatment
  21. Arabella
  22. R U Mine?
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