Com a escolha do advogador-geral da União, André Mendonça, para o Ministério da Justiça, o presidente pavimenta o caminho para a divisão da área da segurança pública em um novo ministério. A mudança, entretanto, deve ficar mais para o final deste ano.
Segundo duas fontes próximas do presidente, ele deseja fazer a cisão das pastas para dar mais força à área da segurança pública, uma de suas bandeiras de campanha.
O retorno ao modelo com dois ministérios, que existiam separadamente até antes da posse de Bolsonaro, ganha força com a ida de Mendonça, que tem experiência jurídica mas pouco trânsito no setor da segurança, avaliam as fontes.
A mudança também abriria espaço para o presidente abarcar outros aliados em um novo ministério.
Nesta segunda-feira (27), fontes confirmaram ao blog que o governo passou a procurar um nome mais técnico e que não fosse ligado à família de Bolsonaro para a pasta da Justiça. Jorge Oliveira, ministro da Secretaria Geral e escolha preferecial do presidente, trabalhou pessoalmente para que outro nome fosse para o cargo.
A nomeação de Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública foi publicada na madrugada desta terça-feira (28) no "Diário Oficial da União" (DOU). Ele ocupará o cargo deixado na última sexta-feira (24) por Sergio Moro.
André Mendonça, ex-AGU, é o novo ministro da Justiça