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Fitch mantém nota de crédito do Brasil, mas coloca perspectiva como negativa

por Administrador / quarta-feira, 06 maio 2020 / Publicado em Negócios

Em nota, a agência apontou que a revisão reflete a deterioração das perspectivas econômicas e fiscais do país e riscos por incerteza política e pandemia. Fitch muda perspectiva de nota do Brasil de estável para negativa A agência de classificação de risco Fitch manteve a nota de crédito do Brasil em BB-, mas revisou a perspectiva para negativa. Em nota, a agência apontou que a revisão reflete a deterioração das perspectivas econômicas e fiscais do país, e os riscos negativos tanto por conta da incerteza política quanto sobre a duração e intensidade da pandemia de coronavírus. A nota do Brasil está em BB- desde fevereiro de 2018, dias após o governo desistir de votar a reforma da Previdência em razão da intervenção no Rio de Janeiro. Com a nota, o rating do Brasil está 3 degraus abaixo do grau de investimento. Fitch rebaixa a nota do Brasil e muda perspectiva de negativa para estável Karina Almeida / G1 Período de estresse Em relatório, a Fitch avalia que o Brasil entrou no atual período de estresse com um balanço fiscal fraco e baixo crescimento econômico. "A pandemia e a recessão relacionada vão incrementar ainda mais o endividamento público, erodindo a flexibilidade fiscal e aumentando a vulnerabilidade e a choques", diz o texto. Apesar disso, a nota de crédito é mantida pela economia grande e diversificada do país, alto rendimento per capita em relação a seus pares e uma capacidade de absorver choques externos apoiada pelo câmbio flexível e reservas internacionais robustas, entre outros. A Fitch aponta que a economia brasileira deve ter uma retração de 4% em 2020, com riscos negativos. "O crescimento médio de -0,6% nos últimos 5 anos reflete uma recuperação lenta após a longa recessão de 2015/2016", aponta a agência. Para 2021, a estimativa é de um crescimento de 3%, conforme o país se recupera da pandemia. Uma recuperação mais rápida, no entanto, pode ser prejudicada por incertezas fiscais, políticas e sobre reformas. A estimativa também é de piora nas contas públicas: o déficit público deve chegar a 13% do PIB, uma vez que as finanças permanecem estruturalmente fracas e vão sofrer com a crise atual. Ambiente político A agência ressalta ainda que o ambiente político brasileiro é marcado por um "relacionamento volátil" entre o Executivo e o Congresso, que foi mais contaminado nas semanas recentes pela saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, e suas acusações de que o presidente Bolsonaro teria interferido na Polícia Federal. "Ainda que a administração e o Congresso tenham trabalhado juntos para aprovar uma importante reforma previdenciária em 2019 e as recentes medidas de emergência para apoiar a economia, fricções periódicas reduziram a previsibilidade dos resultados econômicos e políticos e nublaram as perspectivas de reforma após a pandemia. Moro diz em depoimento que sofreu pressão de Bolsonaro para trocar comando da PF do Rio Perda do grau de investimento O Brasil está há mais de 4 anos sem o grau de investimento. A S&P foi primeira a tirar o selo de bom pagador do país, em setembro de 2015, ação que foi seguida pelas outras duas grandes agências internacionais, Fitch e Moody's. Com os rebaixamentos que se seguiram, a nota do Brasil recuou para o patamar de 2005. O país conquistou o grau de investimento pelas agências internacionais Fitch Ratings e Standard & Poor’s pela primeira vez em 2008. Em 2009, conseguiu a classificação pela Moody's. Veja gráfico abaixo: Histórico das notas do Brasil Infografia: Rodrigo Cunha e Diana Yukari/G1 Entenda a classificação das agências As agências têm uma longa escala de classificação, com mais 20 notas. Em resumo, são dois terrenos e uma muralha. Quem está a partir de um determinado nível tem o carimbo de grau de investimento. Quanto mais longe do muro, mais eficiente, confiável, robusta é a economia e menor o seu risco. O triplo A, por exemplo, é a nota da Alemanha. Alguns fundos de investimento só colocam dinheiro em países desse terreno. Do outro lado é o grau especulativo. Países arriscados, com economia problemática e menos confiável. Os investidores pensam duas vezes antes de entrar. Alguns fundos de pensão internacionais, de países da Europa ou os Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que só se pode investir em títulos de países que estão classificados com grau de investimento por agências internacionais. Por isso, essa "nota" permite que o país receba recursos de investidores interessados em aplicar seu dinheiro naquele local. Segundo analistas de mercado, historicamente, países costumam levar cerca de 5 a 10 anos para recuperar o selo de país bom pagador.

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