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Maria Rita celebra o colo herdado de Elis Regina em emotiva live no Dia das Mães

por Administrador / terça-feira, 12 maio 2020 / Publicado em Cultura

Cantora dedica samba do repertório de Alcione à filha Alice, admiradora da voz da intérprete maranhense. Resenha de live Artista: Maria Rita Data: 10 de maio de 2020, das 11h às 12h22m Cotação solidária: * * * * * ♪ “Que ela continue cantando as nossas verdades, a nossa realidade”, desejou Maria Rita quase ao fim da live feita pela cantora na manhã deste domingo, 10 de maio, Dia das Mães. Ela é Elis Regina (1945 – 1982), a imortal mãe de Maria Rita. A filha celebrou o colo herdado da mãe – e o colo do público da mãe, como fez questão de ressaltar na fala sobre Elis – e o canto uterino que também afirmou ter recebido como legado da mãe cantora. Na sequência, Maria Rita provou a herança genética e artística ao dar voz privilegiada ao samba O mestre-sala dos mares (João Bosco e Aldir Blanc, 1974) e ao interpretar, a capella, o hino geracional Como nossos pais (Belchior, 1976) – composições associadas ao canto soberano de Elis, também evocada no início da live com a lembrança de Romaria (Renato Teixeira, 1977). Maria Rita canta com o violonista Leandro Pereira em live feita na manhã deste domingo, Dia das Mães Reprodução / Vídeo Em apresentação iniciada pontualmente às 11h e patrocinada por banco privado, Maria Rita combinou técnica e emoção com precisão em roteiro iniciado com bela abordagem de Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria, 1959). Somente com o toque do violão de Leandro Pereira, músico que caiu (de máscara) no suingue de sambas como Cara valente (Marcelo Camelo, 2003) e Maltratar não é direito (Arlindo Cruz e Franco, 2007), Maria Rita se confirmou a grande cantora que assombrou o Brasil ao lançar em 2003 o primeiro álbum de discografia direcionada para o samba a partir de 2007. Totalmente segura nesse formato de voz e violão, incomum na carreira da cantora, Maria Rita seguiu Caminho das águas (Rodrigo Maranhão, 2005) em rota nordestina estendida com a toada Asa branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1947). Momentos depois, as águas jorraram dos olhos da artista em espécie de prece para Iemanjá, feita após o samba Reza pra agradecer (Nego Álvaro e Vinicius Feyjão, 2017). “Sou chorona, sim”, admitiria a cantora alguns números depois. Maria Rita canta 'Romaria' e 'O mestre-sala dos mares' em live Reprodução / Vídeo Além de ter saudado a herança materna de Elis, Maria Rita falou com amor dos dois filhos, Antonio e Alice, a quem dedicou o canto de Não deixe o samba morrer (Edson e Aloísio, 1975), revelando a paixão da filha por Alcione, intérprete original do samba. Na live, Maria Rita também reiterou o afeto pelo pai, César Camargo Mariano, caracterizado como “pãe” por ter conciliado os papéis de pai e mãe após a saída de cena de Elis, cuja morte provocara “buraco” (como a cantora enfatizou) na vida da então pequena Maria Rita. Cabe lembrar que Maria Rita era menina de cinco anos incompletos quando a mãe “partiu num rabo de foguete”, deixando herança visível quando a filha cantou divinamente o samba Eu e você sempre (Jorge Aragão e Flávio Cardoso, 2000), um dos muitos destaques de live feita com sensibilidade, técnica e emoção, como se Maria Rita ainda estivesse no colo acalentador de Elis Regina, a mãe que cantou as verdades e a realidade do Brasil.

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