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Diretor do BC diz que não vê Selic em 2,25% ao ano como nível que não possa ser cruzado

por Administrador / quarta-feira, 03 junho 2020 / Publicado em Negócios

Declaração de Fabio Kanczuk, diretor de Política Monetária, contraria indicação do BC de que um novo corte nos juros não reduziria Selic para um patamar abaixo de 2,25% ao ano. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou nesta quarta-feira (3) que não vê o plano divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião, como algo "escrito na pedra, algo fixo, que não podemos cruzar".
Em seu último encontro, o Copom baixou a taxa Selic para 3% ao ano, novo piso histórico, e informou que em sua próxima reunião, marcada para meados de junho, considerava um último corte "não maior do que o atual [0,75 ponto percentual], para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19".
Esse novo corte, se confirmado, levaria a Selic para 2,25% ao ano.
"Eu não vi esse plano de voo como algo escrito na pedra, algo fixo, que não podemos cruzar. Vimos diferentes membros do comitê fazendo cálculos diferentes. Alguns estão usando o cupom cambial. Alguns estão indo em direção a diferentes ativos, outros olhando a parte baixa da curva, e tirando o prêmio. Outros olhando para o cenário de evolução da dívida/PIB. As pessoas não tem um número claro, discordam, é um número dinâmico [para o piso]", declarou ele.
Selic cai de 3,75% para 3% ao ano e dólar chega a R$ 5,70
O diretor deu as declarações durante videoconferência promovida pela Câmara Americana de Comércio. Segundo ele, ao indicar um piso de 2,25% ao ano para a taxa Selic, o BC estava expressando preocupação com o possível impacto na taxa de câmbio, ou seja, com uma disparada ainda maior do dólar – eventual resultado de juros mais baixos no país.
"Então, a questão aqui que o BC está preocupado tem mais a ver não com a inflação, mas sim com a estabilidade financeira e como depreciações do real podem prejudicar o crescimento, em especial em companhias que não tenham um 'hedge' [proteção contra perdas] perfeito. Então, é uma questão mais de um efeito no balanço patrimonial das empresas e como a depreciação pode prejudicar essas firmas", explicou ele.
Deste modo, segundo o diretor do BC, a principal preocupação da autoridade monetária divulgada em março, para não baixar a taxa Selic além dos 2,25% ao ano, era com o aumento do endividamento das empresas brasileiras, com passivos em dólar, por conta da disparada do câmbio, e não com o atingimento das metas de inflação propriamente dito.
Melhora nos mercados e reservas internacionais
Fabio Kanczuk observou que os mercados ficaram mais calmos nos últimos dias, o que gerou uma queda do dólar no Brasil e alta da Bolsa de Valores. Porém, ele também afirmou que não está óbvio que essa melhora dos mercados foi maior do que o Banco Central projetava anteriormente.
"Houve uma grande mudança nos preços dos ativos desde a última reunião do Copom. Os mercados estão vendo que as coisas não são tão ruins, mas ainda temos que ver os efeitos mais amplos. Houve uma queda forte de demanda e aumento no risco fiscal [alta de gastos para combater a pandemia, com consequente piora do rombo das contas públicas]. Você tem o mesmo arcabouço [de decisão] e tem que ver o impacto na taxa Selic", acrescentou.
Questionado sobre o atual patamar das reservas internacionais brasileiras, de US$ 345 bilhões, o diretor do Banco Central afirmou que considera esse patamar "ok".
"Não precisa vender, porque estão agindo como 'portfolio' [investimento]. Estão se valorizando [com a alta do dólar] e reduzindo a dívida. Não há meta de diminuir ou aumentar as reservas. Se o mercado estiver estressado, vendemos um pouco. No futuro, se estiver otimista, compramos um pouco de reservas", declarou Kanczuk.

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