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Belo prepara nova live e comenta vida na quarentena: ‘Tô vivendo de pijama todo dia’

por Administrador / sexta-feira, 05 junho 2020 / Publicado em Cultura

Ele diz que transmissões on-line devem continuar mesmo após fim da pandemia: 'Não é daqui a 3, 4 meses que vou botar um show de R$ 40, R$ 50, R$ 100 e o cara vai sair pagando'. Belo não era um artista muito engajado nas redes sociais. Mas mudou totalmente seu conceito após o sucesso das lives de quarentena. O cantor fez sua primeira live no dia 22 de abril e, hoje, o vídeo conta com mais de 8 milhões de visualizações. "Eu vi quanto que meu canal cresceu, vi quantos números eu atingi. Graças a Deus, a gente conseguiu ajudar muita gente, muitas famílias, a gente teve muita doação. E comercialmente também foi muito bom", afirma o cantor ao G1. Ele lançará quatro das canções apresentadas na live. O sucesso de Belo é um dos exemplos do bom desempenho das lives de pagode na quarentena. Saiba mais abaixo no podcast G1 Ouviu: Neste mês, o cantor se prepara para a segunda edição, programada para 20 de junho, no clima das festas de São João. A transmissão deve contar com um animado arraiá em família. "Vou seguir o isolamento, mas tenho um monte de gente aqui em casa", afirma Belo. Ele mora com a mulher, Gracyanne Barbosa, a mãe, a sogra, a cunhada, a neta e dois filhos. É com esse time também que o cantor se mantém em quarentena desde o dia 10 de março. Belo realizou seu último show um dia antes, em Belém, e seguiu direto para casa, de onde não saiu mais. "Não saio nem no portão de casa". "Tô vivendo de pijama todo dia. Ontem, ainda coloquei uma roupinha pra disfarçar. Até minha filha brincou: vai pra onde? Só passear na sala". Mesmo de pijama, Belo segue trabalhando e acaba de lançar a primeira parte do repertório do EP "Belo in Concert", projeto intimista com o qual rodou o Brasil em 2019. Ele canta mais seu lado B e interpreta canções de outros artistas. Belo apresenta live Reprodução/YouTube G1: Os lançamentos na quarentena estão sendo feitos com cautela. Enquanto alguns dizem 'que não é momento', outros dizem 'que essa é a hora de levar alegria para as pessoas'. O que te fez decidir pelo lançamento? Belo: A única forma de a gente levar nossa música para as pessoas é através das mídias digitais. Fiz meu último show no dia 9 de março. Estava lotado de show para fazer esse ano de 2020. Aí parou tudo. Nós somos a indústria que vai demorar mais pra voltar, não só por essa coisa da aglomeração, da saúde, que é mais importante. Mas a gente fala também do quesito economia. "Estamos passando por um momento extremamente delicado e não é daqui a 3, 4 meses que vou botar um show de R$ 40, R$ 50, R$ 100 e o cara vai sair pagando." Então a única forma de levarmos nossa música e dar continuidade ao nosso trabalho é usar as plataformas digitais. É a forma de você levar sua arte, de poder ajudar as pessoas e também poder movimentar o mercado de trabalho. Quando você fala de artista, você não fala só de Belo. Tenho lá na minha equipe mais 28 pessoas, que são mais 28 famílias e que o pessoal precisa trabalhar. G1: Alguns artistas já deixaram de pagar funcionários e temem a quebra… como está esse momento pra você? Está preparado financeiramente para esta crise? Belo: Eu tenho uma empresa, e a gente continua dando uma ajuda de custo esses três meses que estamos parados. Continuamos dando respaldo, dando uma estrutura. Lógico que não é o que o cara ganhava por mês. A gente fazia de 10 a 15 shows por mês, então não é e isso que o cara ganhava. Cada músico tem sua família e nós temos responsabilidade, sim, com essas pessoas. "E tenho uma esposa que trabalha muito, que me ajuda muito também na renda familiar. Aqui em casa tenho minha mãe, minha sogra, tenho cunhada, neta, filhos… e já estou em casa há mais de 70 dias sem poder trabalhar." Então a live conseguiu ajudar bastante as pessoas com arrecadação de doação, de alimentos, levar para os menos favorecidos, mas também comercialmente funciona de uma forma pra gente, porque nós temos também patrocinadores. É uma forma de você levar entretenimento para as pessoas e de receber por isso, que é seu trabalho. Nada mais justo. G1: O pagode tem sido uma surpresa nas lives, contando com grande audiência. Por que você acha que o pagode está se destacando tanto, quase empatando com o sertanejo e à frente de funk, pop, bem diferente dos resultados do streaming? Belo: Se você der uma analisada pra falar das lives do pagode, você vai falar de Raça Negra, que existe uma história espetacular, você vai falar do Péricles, que tem uma história dentro do Exaltasamba espetacular, você vai falar do Belo, que tem uma história do Soweto até os dias de hoje, vai falar de Sorriso Maroto… está falando de todos os artistas que têm uma história muito grande, de 20 anos. Então, a história está prevalecendo muito nesse momento, porque aquele cara que de repente nem iria no meu show, não quer ficar no meio da galera, que é um cara mais contido, tem sua família, é pai, tem até neta, ele quer mais descansar. Então ele consegue pegar ali seu tablet, seu aparelho de televisão e 'vou ver a live do Belo'. Acho que por isso as lives do pagode, do samba, têm dado tão certo. A audiência está dobrando, a gente está conseguindo de uma forma até equiparar com o sertanejo. Isso é muito bom, não é só para o movimento do pagode. É para o movimento inteiro da música. Porque é uma forma de levar alegria, romantismo, levar amor ao coração das pessoas através de música. A pandemia, com certeza, vai vir uma vacina, e vai acabar. Mas acho que a live continua. É muito mais fácil o cara chamar a esposa, o primo, e ficar curtindo duas horas de show ali dentro da casa dele. Às vezes não precisa nem se preocupar em colocar uma roupa legal, sair pra rua. É uma forma também de entretenimento. G1: Então a live é uma coisa que vocês planejam manter na agenda mesmo quando a vida voltar ao normal? Belo: Sim. Eu acho que tem que ser. Eu não era um cara tão engajado nessa coisa do digital. Aí depois dessa live que eu fiz, eu vi quanto que meu canal cresceu, quantos números eu atingi, meu pós foi muito importante, foi maravilhoso. Conseguimos ajudar muita gente, muitas famílias, a gente teve muita doação. E comercialmente também foi muito bom. Eu vou continuar. E eu tenho certeza que muitos artistas, amigos que tenho falado, vão continuar. Belo no projeto In Concert Divulgação G1: Tem acompanhado as lives de outros artistas? O que mais te chamou a atenção e o que pega de ideia pra você? Belo: Sim, vejo de todos os segmentos. Tenho visto bastante coisa. Tô vendo o entretenimento que está virando agora. Hoje você tem um canal, o seu veículo de comunicação com seu público. Tem artista até que não estava muito bem, não estava fazendo muito show e com as lives deu um salto muito grande, está lá na frente. Quando voltar após a coisa da pandemia, o cara vai conseguir fazer muito mais shows, conseguir voltar para o mercado, trabalhar. G1: Como está sendo seu período de isolamento, aliás? Você comentou que tem um monte de gente que mora com você, não está tão isolado assim… Belo: Eu sempre fui um cara muito caseiro, sempre gostei de estar em casa. Eu saia dos meus shows e vinha pra minha casa e fico em casa até o dia de ir trabalhar. Tenho uma academia dentro da minha casa, então faço minhas aulas aqui. Faço aulas de música, de piano, de inglês, espanhol, tudo online. Gosto de curtir aqui, então minha rotina não mudo muito. Mudou porque a gente acorda e não sabe que dia é hoje. Tenho trocado o dia pela noite também. A Gracy continua fazendo as aulas dela o dia inteiro, porque ela faz ioga, pole dance, academia… e a gente vai vivendo dessa forma que tem que ser. A gente precisa desse isolamento social, precisa respeitar as normas. Estou desde o dia 10 de março dentro de casa. G1: Não sai pra nada? Belo: Não saí nem no portão de casa. Meu filho mora comigo, então qualquer coisa que tem pra receber, fazer compra no mercado, e tudo mais, ele vai. Tô vivendo de pijama todo dia. Ontem ainda coloquei uma roupinha pra disfarçar. Botei uma calça, uma camiseta e um tênis. Até minha filha brincou: vai pra onde? Só passear na sala. G1: Este mês, você vai fazer um arraiá dentro de casa. Como vai ser isso? Vai seguir as regras do distanciamento? Belo: Vou seguir o isolamento, mas tenho um monte de gente aqui em casa. Tenho mais de dez pessoas em casa. Então esse arraiá vai ser maravilhoso. Vou tentar trazer pelo menos a metade da minha banda. E vão todos fazer o teste [de Covid-19] antes, tudo como foi feito da última vez. Mas vou fazer um arraiá como ele é, típico, com certeza vestido de caipira. A gente quer entrar dentro das casas das pessoas e levar um pouco de alegria, de consolo, mesmo que a pessoa esteja vivendo esse momento ruim, de pandemia. Semana Pop conta quais famosos têm ações concretas para combater coronavírus

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