Mercado piora previsão para o PIB de 2020 e vê novo corte nos juros. Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou a R$ 5,4609, acumulando alta de 2,7% na semana. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar opera em queda nesta segunda-feira (29), após fortes ganhos na semana passada, acompanhando o movimento de queda da divisa norte-americana no exterior. Às 14h12, a moeda norte-americana recuava 0,16%, a R$ 5,4523. Veja mais cotações. Na mínima até o momento, o dólar chegou a R$ 5,3937. Na máxima, foi a R$ 5,4709. Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 2,34%, a R$ 5,4609, acumulando alta de 2,7% na semana. Foi a terceira semana consecutiva de ganhos frente ao real, depois de chegar a cair abaixo de R$ 5 no início do mês. Na parcial do mês, o avanço é de 2,77%. No acumulado de 2020, a alta está em 36,77%. Nesta segunda-feira, o Banco Central fará leilão para rolagem de até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021, destaca a Reuters. Cidades em todo o país recuam sobre a decisão da abertura gradual da economia Cenário local e externo Lá fora, prevalece a cautela nos mercados à medida que os investidores evitam apostas mais arriscadas em meio ao ressurgimento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e em outros países. Dados divulgados nesta segunda-feira, porém, mostram que a recuperação da confiança econômica na zona do euro se intensificou em junho após retomada modesta em maio, com melhora em todos os setores. A confiança geral subiu a 75,7 pontos em junho de 67,5 em maio, ainda aquém das expectativas do mercado de 80,0 e bem abaixo da média de 100 desde 2000. Na cena doméstica, os economistas do mercado financeiro voltaram a piorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,54%, segundo o boletim "Focus" do Banco Central. . Os analistas também passaram a prever um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A nova estimativa é de que a taxa encerre o ano em 2%. Além da maior incerteza econômica e temores de uma segunda onda global de contágio por coronavírus, a redução da Selic a mínimas históricas é apontada por analistas como fator de impulso para o dólar, uma vez que torna rendimentos locais atrelados aos juros básicos menos atraentes. Variação do dólar em 2020 Economia G1