Sexto vídeo do Som em Vento contou com a participação do cantor. Projeto de música do Rio une instrumentos de sopro, dançarinos e artistas Ao som de instrumentos de sopro e com um corpo de dançarinos que representam cada um dos metais, o cantor Geraldo Azevedo participou de um clipe de um projeto do Rio que une a música, cinema e dança. O projeto Som em Vento promove o sexto vídeo do grupo, que conta com a canção Caravana, do próprio cantor e de Alceu Valença. No clipe, Geraldo gravou voz e violão. O lançamento ocorre na manhã desta terça-feira (7) (confira aqui), apesar de as imagens terem sido captadas em 2019. Com a intenção de levar ao espectador diversas camadas sonoras de música com instrumentos de sopro, o Som em Vento foi criado por um músico e um fotógrafo em 2015 (confira mais informações no fim da reportagem). Geraldo Azevedo participa de clipe de projeto do Rio de Janeiro Divulgação/Yulli Nakamura Ao G1, Geraldo Azevedo disse estar honrado com o convite e qualificou o projeto como “maravilhoso”. “É muito bonito ver a nossa arte ganhando novas dimensões. É sempre muito bom ver gerações mais novas relendo o que criamos. É um novo olhar sobre a arte já consolidada, que abre novos caminhos para interpretação”, disse o cantor. O Som em Vento tem como idealizador o músico Diogo Acosta, que contou sobre as mudanças no formato dos clipes lançados pelo projeto. Inicialmente, apenas o músico tocava os instrumentos de sopro, mas nos últimos quatro clipes houve a participação de um baterista e dois cantores. “A ideia dos primeiros clipes era ter uma música feita só de vento, com uma textura e sonoridade original, por isso a gente só usava instrumentos de sopro, os que eu toco para gravar, mas depois a gente percebeu que a voz também é um instrumento feito de ar”, explicou o músico. Clipe do projeto Som em Vento conta com a participação do cantor Geraldo Azevedo e um corpo de dançarinos Divulgação/Yulli Nakamura Até a publicação desta reportagem, seis vídeos já haviam sido produzidos, com cerca de 70 mil visualizações. “O nosso objetivo com o Som em Vento era se divertir juntando diferentes tipos de arte. No início, o cinema e a música, e hoje em dia tem a dança, a iluminação e a cenografia”, disse o músico. Para Geraldo Azevedo, a qualidade do resultado do vídeo pode servir como um alento para as pessoas durante os dias difíceis da pandemia do novo coronavírus. “A gravação foi muito linda. Não só pela música em si, mas pela dança e entrega de todos. Teve uma produção bacana de elenco, figurino. Espero que o público goste. A arte deixa a vida mais bonita e tem o potencial de tranquilizar o coração das pessoas que estão enfrentando esse momento tão difícil”, destacou o artista. Música Caravana, de Geraldo Azevedo e Alceu Valença, é interpretado por músico carioca e dançarinos Divulgação/Yulli Nakamura Assim como Geraldo, o idealizador do projeto acredita na transformação por meio da arte. “A gente espera que a divulgação desse próximo vídeo chegue em várias pessoas e pessoas muito diferentes, porque o clipe de Caravana transita por vários universos. Eu acho que assistir a esse clipe vai fazer muito bem para as pessoas, principalmente nesse momento que a gente tá vivendo, porque a arte tem esse poder maravilhoso de transformar o nosso dia e o nosso humor, de fazer a gente se conectar com a poesia, com o imaginário, com um mundo de sonhos, com coisas boas”, afirmou o músico. Carreira durante a pandemia Durante a pandemia, Geraldo Azevedo precisou fazer adaptações aos projetos que já estavam planejados. Entre eles, está o disco “Violivoz”, junto com Chico César, que já tinha uma agenda extensa de shows em todo o país. O lançamento ocorreu apenas pela internet. A agenda do cantor de São José também foi suspensa. Chico César e Geraldo Azevedo convergem duas gerações nordestinas em show inédito “Ano que vem vamos ter que celebrar em dobro”, disse o cantor. O Grande Encontro Lívio Campos / Divulgação Além dessas alterações, Geraldo Azevedo realizou a primeira live do Grande Encontro neste domingo (5) com Elba Ramalho e Alceu Valença. A apresentação contou com repertório novo. Ele contou ao G1 que está recluso e aproveita o tempo para estudar e compor. “Nunca fiquei tanto tempo longe dos palcos, da estrada, dos aviões. Tenho sentido muita falta de toda a agitação, mas estou aproveitando para descansar”, declarou o cantor. O projeto O Som em Vento nasceu em 2015 a partir da gravação de pequenos vídeos em casa. O arranjo era feito pelo músico Diogo Acosta e as imagens captadas pelo fotógrafo Pedro Gasparian. Com a publicação dos clipes nas redes sociais, o projeto ganhou força, atingiu mais pessoas na internet e a equipe cresceu. O músico contou que, mesmo com milhares de visualizações, o grupo ainda não tem retorno financeiro e, diante disso, há uma dificuldade em produzir maior quantidade de material. Músico carioca e fotógrafo criam projeto de música que une instrumentos de sopro, dançarinos e artistas Divulgação/Yulli Nakamura “A gente lança mais ou menos um vídeo por ano. A vontade é lançar bem mais, mas como o Som em Vento é um projeto que a gente faz de forma independente, ainda não teve um retorno financeiro”, explicou o idealizador. Com a participação de Geraldo Azevedo e de um corpo de dançarinos, o idealizador acredita que o vídeo pode alcançar mais pessoas. “Todo vídeo tem muitas visualizações e chega em pessoas que a gente nem imagina, circula pelo Brasil todo, pelo mundo. Agora que esse vídeo vai ter o Geraldo Azevedo e ainda um corpo de dança, a gente está esperando um alcance maior ainda. Na parte da dança, tem gente de dança contemporânea, de rua, dança folclórica. Na parte da música, é meio MPB, forró e instrumental. A gente sente que esse clipe ele pode se propagar e circular por diferentes mundos”, concluiu o músico. *Estagiária, sob a supervisão de João Ricardo Gonçalves