Na quinta, ministro Paulo Guedes disse que imposto sobre transações digitais 'está morto' e que, sem ele, proposta de desoneração da folha não pode ser levada adiante. O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou nesta sexta-feira (30) que o governo segue trabalhando na desoneração da folha de pagamento dentro da sua proposta de reforma tributária, um dia após o ministro Paulo Guedes ter descartado a investida. Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia Alexandro Martello (Portal G1) Ao participar de debate promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, ele disse que a pandemia de coronavírus impôs uma parada no ritmo de reformas, mas destacou que essa agenda está sendo retomada conforme a economia dá sinais de recuperação em V. "Precisamos melhorar a rede de proteção social, por isso estamos discutindo junto da reforma fiscal, do Pacto Federativo, quanto mais recursos podemos dar para nosso programa de proteção, que é hoje Bolsa Família integrando com Renda Cidadã", disse. "E, com a reforma tributária, (estamos) trabalhando para que a gente possa ter uma desoneração da folha e empregar cada vez mais gente. Vimos muita gente desempregada", completou. Na véspera, Guedes afirmou que o imposto digital está morto, uma hora após ter defendido sua necessidade para bancar a desoneração da folha de pagamento das empresas – e alertou que, sem os recursos desse tributo, não pode levar adiante uma proposta de fazer uma ampla desoneração da folha de pagamentos de empresas. A criação de um imposto sobre transações, nos moldes da extinta CMPF, estava nos planos de Guedes desde a campanha presidencial como alternativa para diminuir o custo da contratação formal no Brasil. "Do meu ponto de vista o imposto está morto, não tem imposto nenhum, não tem desoneração, não tem como fazer", afirmou o ministro na quinta-feira. Guedes diz que, sem imposto, não há como manter desoneração da folha Assista as últimas notícias de economia