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Copom diz que pressão sobre a inflação é ‘temporária’ e espera ‘reversão’ na alta de preços

por Administrador / terça-feira, 03 novembro 2020 / Publicado em Negócios

Avaliação está em ata da reunião do comitê do BC, que na semana passada manteve Selic em 2% ao ano. Documento prevê ainda retomada 'ainda mais gradual' do crescimento econômico. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que a "redução provisória na oferta" junto com um "aumento ocasional na demanda" gerou a alta nos preços de alguns produtos e a pressão sobre a inflação verificada no país nos últimos meses.
A avaliação foi divulgada nesta terça-feira (3) na ata da mais recente reunião do Copom, realizada na semana passada, quando o BC manteve os juros básicos da economia (Selic) em 2% ao ano.
"Dessa forma, apesar de a pressão inflacionária ter sido mais forte que a esperada, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", diz a ata.
Na prévia de outubro, o IPCA avançou para 0,94%, a maior taxa para o período em 25 anos. A maior pressão de alta em outubro veio dos alimentos e das bebidas, grupo que registrou alta de preços de 2,24%, com impacto de 0,45 ponto percentual no índice de outubro.
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As carnes foram o item que mais pesou individualmente, com aumento de 4,83% no mês e impacto de 0,13 p.p. sobre a inflação registrada. O preço da carne já registra cinco altas mensais consecutivas e acumula, no ano, alta de 11,4%.
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O índice também foi puxado pelo aumento dos preços do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%).
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Segundo o Banco Central, a alta nos preços de alimentos e de bens industriais é consequência da "depreciação persistente do real", da elevação de preço das "commodities" (produtos básicos, com cotação internacional) e, também, dos programas de transferência de renda.
Por outro lado, a instituição também concluiu que a natureza da crise do coronavírus, que gerou redução forte no nível de atividade, "provavelmente implica que pressões desinflacionárias provenientes da redução de demanda podem ter duração maior do que em recessões anteriores".
Crescimento da economia
O Banco Central manteve, na ata do Copom, a avaliação de que os dados recentes sugerem uma recuperação desigual da atividade em cada setor da economia.
"Os programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e do investimento. Contudo, várias atividades do setor de serviços, sobretudo aquelas mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, permanecem bastante deprimidas", informou.
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Os integrantes do Copom avaliaram, ainda, que a "pouca previsibilidade" associada à evolução da pandemia, e ao necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021, aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica.
"O Comitê ponderou que essa imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma retomada ainda mais gradual da economia", concluiu o Banco Central.
Taxa de juros
O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. Para 2021, ano no qual o BC passou a mirar as decisões, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
As decisões sobre juros levam de seis a nove meses para ter impacto pleno na economia.
Segundo o Banco Central, no cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e dólar partindo de R$ 5,60, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 3,1% para 2020, 3,1% para 2021 e 3,3% para 2022.
Esse cenário, ainda segundo o Comitê de Política Monetária, supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2% ao ano, e se eleva até 2,75% ao ano em 2021, e para 4,50% ao ano em 2022.
Sobre o balanço de riscos para a taxa básica de juros, o Copom ponderou que a pressão de alta, por conta dos "riscos fiscais" (falta de uma clareza maior sobre a política de controle de gastos públicos) é suficiente para compensar o fato de seu cenário básico projetar inflações abaixo da meta no horizonte relevante (nos próximos meses).
"O Copom assim concluiu que o atual nível de estímulo monetário, produzido pela manutenção da taxa básica de juros em 2% a.a. e pelo 'forward guidance' [indicações sobre o futuro], está adequado, independentemente das restrições de natureza prudencial", concluiu.

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