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Na Flip, Caetano Veloso diz que prisão causou ‘apagão’ em sua atração por homens

por Administrador / segunda-feira, 07 dezembro 2020 / Publicado em Cultura

Cantor debateu temas como sexualidade e gênero com o filósofo espanhol Paul B. Preciado, em uma das mesas mais aguardadas do evento literário. Caetano Veloso em mesa na Flip com o filósofo Paul B. Preciado e o jornalista Ángel Gurría-Quintana Reprodução/Flip Uma das mesas mais aguardadas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano juntou Caetano Veloso e o filósofo espanhol Paul B. Preciado, neste sábado (5). Os dois discutiram temas como sexualidade, gênero e o período que o cantor passou preso, durante a ditadura militar no Brasil. Veja programação da Flip 2020 neste domingo Na conversa, Caetano mencionou que o cárcere abalou sua sexualidade, inclusive em relação a pessoas do mesmo gênero. "O espaço muito masculino da prisão militar causou um apagão no meu Narciso, na minha atração sexual e sentimental por homens", lembrou. "Fiquei com uma rejeição sexual em relação à figura dos homens, que eu não tinha." O tema também é abordado por Caetano no livro "Narciso em Férias", em que o artista detalha a experiência na prisão, e no documentário de mesmo nome, disponível no Globoplay. Definido por militares na época como "subversivo e desvirilizante", Caetano costuma dizer que os 54 dias na prisão lhe causaram um "apagamento do reconhecimento" de si mesmo, de seu "Narciso". Daí vem o título das obras. Na conversa, o cantor ainda relembrou paixões por homens e mulheres na juventude. Mas explicou que recusava o rótulo de bissexual. "Muitas pessoas que eu conhecia usavam essa expressão, 'bissexual', para efeitos muito inautênticos. Então eu dizia: 'também não quero'.” Masculinidade e violência Preciado, que recentemente lançou “Um apartamento em Urano”, um relato sobre sua transição de gênero, refletiu sobre a relação entre a masculinidade e a violência. "A masculinidade soberana se define pelo uso legítimo da violência. A história da modernidade colonial é também uma história do patriarcado, que fabricou corpos soberanos ao lhes conceder o monopólio legítimo dessa violência", afirmou. "E esse corpo soberano é um corpo masculino e branco, que tem o poder de ferir e matar outros corpos subalternos." A mediação da mesa foi do jornalista Ángel Gurría-Quintana. A 18ª edição da Flip acontece em 2020 em formato virtual por causa da pandemia do coronavírus. O evento termina neste domingo (6).

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