Em quatro das regiões pesquisadas, a alta na produção foi superior à média nacional, que foi de 1,1%. Nove dos 15 locais recuperaram o patamar pré-pandemia. Foto de arquivo mostra operário trabalhando em indústria no Paraná, estado que registrou a maior alta da produção industrial em outubro. Reprodução/RPC A produção industrial cresceu, na passagem de setembro para outubro, em 8 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam dados divulgados nesta quarta-feira (9). No resultado geral do país, a produção industrial cresceu 1,1% em outubro – foi a sexta alta consecutiva, mas a menos intensa do período. O IBGE destacou que, com o resultado de outubro, nove dos 15 locais pesquisados superaram o patamar de antes da pandemia do coronavírus: Amazonas, Santa Catarina, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul. Quatro dos 15 locais pesquisados registraram altas superiores à média nacional. A maior delas ocorreu no Paraná (3,4%), seguida por Pernambuco (2,9%), Santa Catarina (2,8%) e pela Região Nordeste (1,7%). Quatro dos locais pesquisados tiveram alta da produção industrial superior à média nacional em outubro Economia/G1 Os outros quatro locais que registraram alta na produção industrial em outubro foram Mato Grosso (1,1%), Ceará (0,5%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (0,4%). No Rio Grande do Sul, a variação foi nula, repetindo a mesma taxa de setembro, ou seja, manteve a produção estável. Já as quedas foram registradas no Rio de Janeiro (-3,9%), Goiás (-3,2%), Espírito Santo (-1,8%), Pará (-1,8%), Amazonas (-1,1%) e Bahia (-0,1%). Paraná e São Paulo puxam alta nacional O analista da pesquisa do IBGE, Bernardo Almeida, apontou que a maior influência no resultado nacional em outubro partiu do Paraná, que registrou a maior alta. O estado registrou, assim como o setor como um todo, a sexta taxa positiva consecutiva, com ganhos acumulados de 51,5% nesse período. Segundo o pesquisador, o resultado da indústria paranaense se deu “muito por conta do crescimento do setor de máquinas e equipamentos, bastante atuante na indústria do estado”. A segunda maior influência partiu de São Paulo que, apesar de uma alta de apenas 0,5%, possui o maior parque industrial do país. “Este mês, a maior influência na indústria paulista foi do setor de outros equipamentos de transporte, principalmente veículos ferroviários, com a produção de vagões”, destacou Almeida. Esta também foi a sexta alta consecutiva da indústria paulista, que acumulou ganho de 47% no período. "Com o resultado, São Paulo se encontra num patamar de produção semelhante ao observado em maio de 2019", enfatizou o analista da pesquisa. Rio de Janeiro e Goiás têm segunda queda seguida Dentre os seis locais que registraram queda na produção, os destaques foram o Rio de Janeiro e Goiás, que tiveram os recuos mais expressivos. Em ambos, foi o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando, nesse período, perdas de 7,8% e 3,3%, respectivamente. Segundo Almeida, o resultado da indústria fluminense foi puxado pelo setor de derivados do petróleo, enquanto a goiana, que teve a perda mais intensa desde novembro de 2019 (-6,4%), sofreu influência da diminuição do índice no setor de alimentos, muito atuante na produção local. “O setor de derivados do petróleo e biocombustíveis também influenciou negativamente na indústria goiana”, ressaltou o pesquisador. 9 locais tiveram alta na comparação com outubro de 2019 A pesquisa mostrou que, na comparação com outubro de 2019, a produção industrial teve alta em 9 dos 15 locais pesquisados. Santa Catarina (7,6%), Pernambuco (7,2%) e Ceará (6,1%) registraram as maiores altas. Amazonas (5,2%), Pará (4,9%), Paraná (4,8%), Rio Grande do Sul (2,6%), São Paulo (2,1%) e Minas Gerais (1,4%) completam a lista de locais com crescimento na produção, todos com desempenho superior à média nacional, que foi de 0,3%. Já as maiores quedas foram registradas no Mato Grosso (-11,7%) e Goiás (-9,6%). Os demais recuos foram registrados no Espírito Santo (-7,6%), Bahia (-6,5%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Região Nordeste (-0,2%). Assista às últimas notícias de Economia: