Emplacamentos de veículos no Brasil em janeiro despencaram quase 30% em janeiro sobre dezembro e recuaram também sobre janeiro de 2020. Serviço de emplacamento no estado do Rio Detran-RJ/Divulgação Os emplacamentos de veículos no Brasil em janeiro despencaram quase 30% em janeiro sobre dezembro e recuaram também sobre janeiro de 2020, em desempenho pressionado em parte pelo forte aumento no ICMS cobrado no Estado de São Paulo, maior mercado do país, afirmou a associação de concessionários, Fenabrave, nesta terça-feira (2). Vendas de veículos novos caem 26% em 2020 e setor tem pior resultado desde 2016 Já os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em janeiro somaram 171.153 unidades, recuando 11,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. "Se considerarmos que São Paulo responde por mais de 23% das vendas de veículos novos e por cerca de 40% das transações de usados no país, podemos ter a dimensão dos estragos que as medidas adotadas pelo governador João Doria estão fazendo", afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, em comunicado à imprensa. Em janeiro, as maiores quedas nas vendas de novos ante dezembro ocorreram no segmento de carros e comerciais leves, com retrações de 32,8% em automóveis e 16,7% em utilitários, picapes e vans. Caminhões registraram tombo de 24,7% e ônibus apuraram queda de 14,6%, segundo os dados da entidade. O governo do Estado de São Paulo aumentou no final do ano passado o ICMS sobre vendas de veículos novos e usados. O imposto sobre novos passou de 12% para 13,3% e para os usados, frequentemente usados como entrada na aquisição de zero quilômetro, a alíquota subiu de 1,8% para 5,52% Além do aumento do imposto, a Fenabrave citou como fatores para a queda das vendas problemas de produção gerados por falta de componentes e segunda onda da pandemia no país, em que concessionárias em São Paulo ficaram impedidas de vender no último final de semana de janeiro. Segundo a Fenabrave, apesar da queda nas vendas de caminhões, o segmento segue aquecido, "tanto pelos resultados das commodities, quanto pela boa oferta de crédito para o segmento. Já se trabalha com a programação de entrega, de alguns modelos de caminhões, para o mês de junho", disse Assumpção Júnior. Assista a mais notícias de Economia: