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Audiovisual e cultura indígena aproximam Brasil e Nova Zelândia

por tag3 / quarta-feira, 05 junho 2019 / Publicado em Cultura
Secretário Henrique Pires e embaixador Christopher Langley (Foto: Clara Angeleas/Ministério da Cidadania)

O intercâmbio cultural entre Brasil e Nova Zelândia foi tema da reunião entre o secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, e o embaixador neozelandês, Christopher Langley. Os representantes se encontraram na última sexta-feira (31), em Brasília.

A área do audiovisual figurou entre os principais temas da reunião, já que há um interesse mútuo na assinatura de um acordo para afinar a coprodução entre os países. O secretário da Cultura frisou que o desenvolvimento do setor é prioritário para o Brasil, que conta com o fundo de investimento específico, o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), uma categoria do Fundo Nacional da Cultura (FNC).

“Temos potencialmente um montante de R$ 1,4 bilhão para investir no cinema. Temos executado cerca de R$ 800 milhões por ano, em atividades audiovisuais”, destacou Henrique Pires. De acordo com o secretário, há um grande interesse do Brasil em apostar na cooperação entre os países para o fomento da cadeia audiovisual.

A Nova Zelândia despontou no setor especialmente a partir de 2001, quando foi iniciada a trilogia do filme “O Senhor dos Anéis”, seguida por uma trilogia relacionada (“O Hobbit”), finalizada em 2014. “No meu país, a indústria vinculada à economia criativa é muito importante, sobretudo depois da trilogia épica do Senhor dos Anéis, do diretor neozelandês Peter Jackson. Ele estabeleceu uma verdadeira indústria no País”, afirmou Langley, nascido na cidade de Nelson – curiosamente, é a cidade onde mora Jens Hansen, o ourives responsável pela criação dos 40 anéis diferentes usados na superprodução cinematográfica. Um dos anéis originais está em exibição e cópias podem ser compradas em ouro de 9 e 18 quilates.

O embaixador neozelandês conta que, atualmente, o turismo – muito dele fomentado pelo setor audiovisual – é um dos principais itens de consumo dos estrangeiros na Nova Zelândia. Uma pesquisa interna mostrou que 16% dos turistas citaram os filmes como influência em seu interesse inicial em viajar para a Nova Zelândia. O setor de serviço, que inclui a educação, já ultrapassou o setor de laticínios na lista de produtos mais consumidos pelo público internacional, por exemplo.

Valorização das línguas indígenas

Outra pauta da reunião foi a valorização de línguas indígenas. Christopher Langley lembrou que aproximadamente 15% da população da Nova Zelândia – que conta com cerca de cinco milhões de habitantes – é composta pelo povo indígena maori. Nesse sentido, a valorização cultural e linguística desse povo é considerada fundamental. “Os povos indígenas são parte importante da cultura neozelandesa. Sempre estamos buscando oportunidade de compartilhar sobre esse tema com o Brasil”, frisou. “Temos experiência na preservação do idioma maori, que é um idioma oficial da Nova Zelândia. Há escolas que são 100% maori”, completou.

O secretário especial da Cultura lembrou que inúmeros idiomas indígenas já foram mapeados no Brasil, a princípio pelo trabalho de jesuítas no País. Atualmente, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cidadania, é responsável pela coordenação do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), que visa a identificação, documentação, reconhecimento e valorização das línguas faladas pelos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Esse trabalho já resultou no reconhecimento de sete línguas reconhecidas como Referência Cultural Brasileira, das quais seis são indígenas: Asurini; Guarani M’bya; Nahukuá; Matipu; Kuikuro e Kalapalo.

Há a estimativa de que, no Brasil, sejam faladas mais de 250 línguas entre indígenas, de imigração, de sinais, crioulas e afro-brasileiras, além do português e de suas variedades. Entre as línguas indígenas, são cerca de 180 – o que posiciona o Brasil entre os 10 países mais multilíngues do planeta.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) indicou o ano de 2019 como o “Ano Internacional das Línguas Indígenas”. De acordo com a Unesco, proclamar o ano internacional das línguas indígenas é um importante mecanismo de cooperação concebido para ampliar a consciencialização sobre um tema de interesse global, bem como mobilizar diferentes partes interessadas para efetivação de cooperação multilateral.

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania

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