Mais uma semana de muitas novidades nas unidades da Fundação Nacional de Artes (Funarte) para a programação cultural do Ministério da Cidadania. Em São Paulo, estreiam os espetáculos Encruzilhadas Vissungueiras, Pousada Refúgio, Situação de Atrito 3#Uma Coisa Muda’ e Cartas para Agnès. E ainda tem novas exposições em museus de Ouro Preto e Diamantina. Confira a programação completa:
FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES (FUNARTE)
Espetáculo ‘Cartas para Agnès’
Até 15/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Cartas para Agnès é definido pelas suas criadoras como um “cine-ensaio” a partir da obra da diretora de cinema franco-belga Agnès Varda, falecida em março de 2019. No espetáculo, as personagens das atrizes Débora Rios, Caroline Marques e Karla Hill partem em viagem em busca de encontrar Agnès, destinatária de cartas que elas vão escrevendo no caminho, mas que jamais são enviadas. O diálogo com a cineasta se efetiva no espetáculo, porém, por meio dos próprios filmes de Agnès Varda. A ação se dá num espaço que por vezes parece ser uma sala de cinema, por outras um set de filmagem, uma sala de ensaios ou uma estrada. Nele, intercalam-se projeções de cenas de filmes de Agnès e de imagens captadas ao vivo durante a encenação, pelas próprias atrizes. O espetáculo procura aproximar as linguagens do cinema e do teatro, os registros da ficção e do documentário, questões abordadas pela obra da cineasta e memórias pessoais das atrizes criadoras. Partindo da provocação “mulheres têm que ser reinventadas”, extraída do curta documentário A resposta das mulheres, a peça propõe uma reflexão sobre temas fundamentais como o desejo e a liberdade da mulher; a imposição de padrões e a sua ruptura; a objetificação do corpo feminino pelos meios de comunicação e o prazer real que a mulher pode sentir diante de uma câmera.
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Espetáculo ‘Situação de Atrito 3#Uma Coisa Muda’
Até 15/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
O Núcleo EntreTanto, grupo de que Wellington Duarte participa, acredita que a conexão entre arte e política pode se dar somente em termos de dissenso, “no sentido de que dissenso produz ruptura de hábitos e comportamentos”. Foi a partir desse pressuposto que Duarte procurou criar situações coreográficas de insurgência política do corpo, no sentido de quebra das predeterminações de gestos e percepções e da invocação de outras potências – antes encobertas ou adormecidas. Na busca da desordem e na ruptura com os padrões, o coreógrafo encontra um caminho para perturbar a repetição “cega” de movimentos que endossa a ordem de coisas vigente até o momento.
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Espetáculo ‘Ivan’
Até 15/9
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
A peça mostra a luta de Ivan Karamázov com a sua própria consciência, diante do assassinato do pai. Suas convicções e suas inquietações num redemoinho de sentimentos, passando pelo questionamento da existência de Deus, da relação complexa com o pai e os irmãos, suas sombras e medos. Um diálogo com o seu próprio eu, sua sombra, sua alucinação. Para a criação do espetáculo foram utilizadas as técnicas de contato improvisação e viewpoints – pontos de vista, tanto para a preparação dos atores, quanto para as improvisações e a criação de personagens e cenas. Durante o processo de criação, foram realizados ensaios abertos com objetivo de fazer a obra dialogar com o público antes da sua estreia.
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Orquestra Johann Sebastian Rio
Até 19/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
Em única apresentação no espaço da Funarte, a orquestra Johann Sebastian Rio leva ao público obras de dois dos maiores compositores do gênero: Vivaldi e Tchaikovky. No programa, estão a abertura da ópera A Olimpíada e o Concerto Grosso Opus 3, Nº 11, de Vivaldi; além de Serenata para Cordas em Dó Maior OP 48, de Tchaikovsky. Em atividade há cinco anos, a Johann Sebastian Rio é formada por músicos renomados das principais orquestras sinfônicas do Rio de Janeiro. Foi a primeira orquestra brasileira a se lançar na internet. Moderna e arrojada, divulga os clássicos em sintonia com o mundo contemporâneo. A orquestra é reconhecida também por suas interações com a literatura, a dança e o teatro, além de forte atuação no audiovisual, produzindo curtas roteirizados e vídeos musicais. A orquestra Johann Sebastian Rio foi fundada por Felipe Prazeres, seu diretor artístico, pela produtora Vanessa Rocha e os violistas Eduardo Pereira e Ivan Zandonade. O nome do grupo faz referência tanto ao grande mestre da música Johann Sebastian Bach quanto a São Sebastião e ao Rio de Janeiro, cidade que inspira a orquestra em seu formato arrojado e inovador.
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Espetáculo ‘Pousada Refúgio’
Até 22/9
Endereço: Teatro Eugênio Kusnet – Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – São Paulo (SP)
A montagem põe no centro do palco o que identifica como um descontentamento geral da classe média brasileira com a realidade do País: as frustrações de expectativas, o desânimo e a insegurança. E, ao mesmo tempo, questiona o desejo de fuga dos problemas, que alimenta ilusões individuais e coletivas. Na peça, dois casais celebram num jantar a compra em sociedade de uma pousada. Nesse lugar projetam o sonho de escapar definitivamente das dificuldades que provocam crises sucessivas. No entanto, com o desenrolar das conversas e conforme vão se embriagando, as personagens passam a revelar a deterioração de suas relações e de seus próprios desejos. A idealização da pousada então desmorona, revelando-se na interpretação intimista do elenco o ridículo do autoengano e da ilusão, o contraste entre o sonho de fuga e a realidade vivida. O figurino e o cenário da montagem têm como referência a onda hipster. Seu timbre de modernidade não esconde, do ponto de vista da dramaturgia e da direção do espetáculo, sob um e outro hábito saudável e ecologicamente consciente, uma frequente superficialidade de visão de mundo e de modos de vida.
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Show ‘Vivaz! – Daniel Medina e convidados’
Até 25/9
Endereço: Teatro Eugênio Kusnet – Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – São Paulo (SP)
O show Vivaz! mostra canções inéditas do compositor Daniel Medina, que farão parte do seu segundo álbum. O repertório do primeiro, Evoé!, também está presente no espetáculo, marcado pela simplicidade, intimismo e pela influência do teatro. A cada noite da temporada, Medina recebe convidados como Héloa, Paulo Neto, Arruda, Daniel Perroni Ratto, Gustavo Galo e outros. Daniel Medina iniciou sua carreira em Fortaleza, onde criou ao lado de dois parceiros a banda performática Manilha Mundial. Depois de intensa atuação na cena cultural da capital cearense, radicou-se em São Paulo em 2016. No ano seguinte, lançou o seu primeiro álbum solo, Evoé!. Em abril de 2018, apresentou o repertório do disco de estreia em show na Sala Guiomar Novaes, do Complexo Cultural Funarte SP.
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Mostra ‘País Denso: Velaturas’
Até 25/9
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
A Funarte MG recebe a exposição ‘País Denso: Velaturas’, de Helena Teixeira Rios. O conjunto é composto por fotografias, trabalhadas por meio de várias técnicas e aplicadas com jato de tinta em papel algodão. As imagens foram coletadas durante a viagem da artista visual a Israel, em 2018. Ela percorreu Jerusalém, Tel Aviv, Acre, Haifa, Safed, Massada e Nazaré – “locais que remontam ao quarto milênio a.C”, observa a Helena. “Jerusalém foi destruída pelos efeitos de guerras pelo menos duas vezes, sitiada em 23 oportunidades, atacada em 52 momentos e capturada e recapturada 44 vezes”, acrescenta. Diante de tal perspectiva, a artista se viu diante de um problema que, segundo ela, aflige qualquer fotógrafo “que se aventura na difícil missão de traduzir em imagens a história de uma determinada localidade”.
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Espetáculo ‘Solano – Vento forte africano’
Até 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem reflete um pouco do lado humano, artístico e político do poeta pernambucano Francisco Solano Trindade, que faria 111 anos em 2019, caso estivesse vivo. Solano desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro. A narrativa evidencia episódios marcantes da trajetória do artista, como o seu convívio com a atriz Ruth de Souza – amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; quando a música Mulher Barriguda, canção de autoria de Solano Trindade – compreendida como protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973, e durante outros acontecimentos relacionados à obra do poeta. Dada sua militância política pacífica, Solano é considerado por muitos o Gandhi da literatura popular brasileira, mesmo tocando em pontos críticos – dentre eles, a dificuldade de inserção do negro no mercado de trabalho.
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Espetáculo ‘Neurinha’
Até 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem mostra, com muita diversão, a importância da infância e pré-adolescência através da rotina de dois irmãos. Clarinha e Paulinho vivem discutindo as ‘neurinhas’ existentes em suas vidas. A peça convida o público a refletir sobre como é essencial ser criança e curtir esse momento. Neurinha também tem como proposta incentivar o hábito da leitura. O projeto tem o apoio do empresário e criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa. Ao final do espetáculo, são distribuídos gibis para a plateia.
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Exposição ‘Pequenos Vestígios de Melancolia’
Até 29/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Os artistas Andrey Zignatto, Daniel Jablonski, Kitty Paranaguá, Jordi Burch, Paulo Ferreti e Renata Pelegrini têm trabalhos expostos sob a curadoria de Cadu Gonçalves, também artista visual, pesquisador, educador e produtor. Segundo o curador, em linhas gerais o espectador da exposição encontrará imagens de espaços esvaziados, que convidam ao seu preenchimento ou pelo menos o sugerem. Podem ser espaços físicos, imaginários, representações do tempo ou manifestações do espírito; provocam sempre uma impressão de vazio. Cadu Gonçalves explica, ainda, que a mobilização do espectador pelas obras cria uma relação que jamais se consuma na ação efetiva, apenas na contemplação e na espreita. Daí a ideia de melancolia, presente em todos os trabalhos: marca da constatação de uma falta, sem qualquer perspectiva da plenitude.
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Ocupação ‘Encruzilhadas Vissungueiras’
Até 6/10
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
O grupo Ponte Elemento Per ocupa a sala Carlos Miranda do Complexo Cultural Funarte SP com cinco espetáculos distintos, mas tendo em comum a abordagem da cultura afro-brasileira ou afro-americana. Na primeira semana, a ocupação traz a ‘palestra-performance’ A Grande Encruzilhada: Brasil +EUA (De antigos cantos novos poemas). Fruto de uma residência artística, realizada em julho, por parte da equipe da Plataforma Garimpar em Minas Negras Cantos de Diamante, o encontro tem elementos de conversa e também de espetáculo. Os artistas visitaram quatro cidades históricas do Sul dos Estados Unidos, recolhendo daí o material para a conversa. O ponto de partida serão imagens e impressões sobre os encontros humanos e artísticos, entre as tradições musicais brasileira e estadunidense de matriz africana.
Em seguida, de 20 a 22 de setembro, entra uma programação musical, com a participação de artistas convidados. Dia 20, o grupo Bate Canela vai ao palco mostrar os resultados de sua pesquisa em torno dos vissungos – cantos de origem centro-africana que ocorrem no interior de Minas Gerais desde o século XVIII. Graciela Soares (voz), Marcelo Araújo (baixo e voz) e Adriel Job (percussão e voz) propõem arranjos contemporâneos para o álbum O Canto dos Escravos, considerado um clássico.
Dia 21, sexta, é a vez da cantora e compositora angolana Jéssica Areias. Acompanhada de Gustavo Marques (violão) e Cauê Silva (percussão), ela apresenta clássicos da música popular angolana. Luciano Mendes de Jesus e a equipe artística da plataforma Garimpar em Minas Negros Cantos de Diamante realizam a Cantoria Vissungueira no dia 22 de setembro. Todos que queiram experimentar as sonoridades dos vissungos em suas próprias vozes são convidados a participar. Depois de cada apresentação musical, haverá um bate-papo entre o público e os artistas. A classificação etária é de 14 anos e a duração das apresentações é de 80 minutos.
Encerra a programação, de 27 de setembro a 6 de outubro, uma temporada de Episódio III: Banzo e os Filhos dos Antigos. No espetáculo, diferentes histórias se entrecruzam, tendo como base comum a procura das raízes africanas ou uma saudade difusa das origens, de uma África que não se conheceu e que já não existe mais. Personagens de um universo fantástico e poético caminham e empreendem suas buscas, encontrando-se em ‘encruzilhadas de uma grande memória de si e do mundo’.
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CASA DE RUI BARBOSA
Exposição ‘Raimundo Santa Helena’
Até 29/9
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente, 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Até o final de setembro estará em exposição no hall da Fundação Casa de Rui Barbosa a exposição Raimundo Santa Helena. O acervo do cordelista paraibano foi doado no dia 30 de agosto, em uma cerimônia que reuniu amigos, admiradores e familiares do autor. O material doado conta com mais de 100 folhetos de cordel e parte dele pode ser conferido na mostra assinada por Sylvia Nemer.
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Mostra ‘Um Jardim de Tradições’
Mostra permanente
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Com uma seleção de fotos do Arquivo Casa de Rui Barbosa combinada com imagens dos atuais pequenos frequentadores, a exposição tem como propósito registrar o espírito lúdico e receptivo do Jardim Histórico. A museóloga do museu-casa Aparecida Rangel ressalta que o objetivo é “reafirmar o Jardim como forma de lazer e acolhimento, desde o século XIX, tempo de seu patrono Rui Barbosa, até os dias de hoje”. Por isso, a iniciativa é tida pelos organizadores como uma forma de reverência ao espaço cultural. A mostra temática acontece no quiosque do Jardim Casa de Rui Barbosa, localizado na Rua São Clemente, 134, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e está aberta ao público de terça à sexta-feira, das 8h às 18h, sendo o horário de funcionamento aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. A entrada é franca.
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BIBLIOTECA NACIONAL
Exposição ‘Euclides da Cunha. Os sertões, testemunho e apocalipse’
Até 5/10
Endereço: Espaço Cultural Eliseu Visconti – Rua México s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Dividida em quatro módulos – Os Sertões, Canudos, A República imaginada e a vida carioca e Canudos 2017 – uma exposição fotográfica sob o olhar de Joaquim Marçal e Celso Brandão, a exposição percorre uma linha do tempo que começa em 1830, com o nascimento de Antônio Conselheiro, vai a 1866, quando nasce Euclides da Cunha; lembra 1888, quando o escritor tenta quebrar sua espada do Exército à frente do ministro da Guerra e depois desliga-se da corporação e começa a carreira de jornalista, como defensor da república no jornal A República de São Paulo, hoje O Estado de S. Paulo; vai até a posse de Prudente de Morais, primeiro presidente civil, e chega à Guerra de Canudos, em 1896/1897: o primeiro enfrentamento dos seguidores de Antônio Conselheiro com as tropas do governo da Bahia; os ataques do Exército brasileiro contra o Arraial de Canudos, que passou a ser considerado foco monarquista; o cerco final, a morte de Antonio Conselheiro e a rendição final de Canudos, arrasado e incendiado, em 1897. Estarão expostas 130 peças do acervo da Biblioteca Nacional, cinco desenhos a carvão de Adir Botelho (pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes) e 14 imagens de Flavio de Barros, cedidas pelo Museu da República.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM)
Exposição ‘Festival de Esculturas do Rio’
Até 22/9
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
O Festival, idealizado pelo produtor e curador Paulo Branquinho, tem o propósito de promover o intercâmbio entre artistas de diversas gerações, origens e linguagens, além de oferecer ao público sensações visuais, táteis e sonoras, proporcionadas pelas esculturas e instalações apresentadas. Para a elaboração das esculturas, foram utilizadas como matérias-primas madeira, plástico, aço, cerâmica e alumínio. Nas mãos dos artistas Ângelo Venosa (RJ), Boris Romero (Uruguai), Cris Cabus (RJ), Dudu Garcia (RJ), Frida Baranek (RJ), Hans Hoge (Alemanha), Jesper Neergaard (Dinamarca), Lorena Olivares (Chile), Marcos Cardoso (RJ) e Susana Anágua (Portugal), as esculturas dão forma a abordagens sociais, inspirações da natureza, sentimentos e sensações.
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Exposição ‘Bonecas que contam histórias’
Até 28/9
Endereço: Museu do Diamante – Rua Direita, 14 – Diamantina (MG)
A mostra retrata por meio de bonecas que representam o cotidiano e a religiosidade de matriz afrodescendente (orixás) a história das Abayomi, um povo que mesmo aprisionado /escravizado traz em si a resistência somada a suas crenças e valores, levando ao público uma reflexão histórica. As bonecas são produzidas sem rosto e os corpos não são padronizados para manter a característica das Abayomi, que eram feitas da barra das roupas das africanas trazidas como escravas. Os autores da mostra, Calebe Silva Ribeiro e Mariana Miranda, motivados por essa característica de luta em prol da resistência contra a violência de gênero, contra o racismo e contra a intolerância religiosa desenvolveram a exposição.
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Exposição ‘Nas asas da Panair’
Até 29/9
Endereço: Museu Histórico Nacional – Praça Mal. Âncora s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Sob curadoria da historiadora Mariza Soares, a mostra apresenta itens da coleção criada em 2017 como resultado de uma parceria entre a empresa Panair do Brasil e a Família Panair, uma associação que reúne antigos funcionários da companhia. Ao longo de um ano, foram coletados quase 700 peças, entre objetos e material de divulgação impresso. Quase todos contribuíram com folhetos, medalhas comemorativas, uniformes, adereços, louça, maletas de mão, brindes, fotografias, fitas e CDs com entrevistas, outros tipos de documentos e pequenos luxos – como protetor de caneta tinteiro, guardanapo de linho e talher de prata dos “tempos da Panair”. Alguns objetos foram adquiridos nos leilões de liquidação da empresa.
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Exposição ‘Diário de Cheiros: Affectio’
Até 29/9
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
A instalação Affectio é construída por seis mesas de aço corten com ânforas olfativas feitas em vidro soprado, técnica que a artista Josely Carvalho abraçou desde 2016 e que continua a desenvolver nos estúdios do Urban Glass, em Nova York. Cada ânfora recebe o nome do cheiro criado pela artista com o apoio da Givaudan do Brasil e da empresa Ananse. São eles: “Pimenta”, “Lacrimæ”, “Barricada”, “Anoxia”, “Poeira” e “Dama da Noite”. Este último, contudo, ganha uma sala especial no MNBA, na cor tonalidade carmim, que, segundo a artista, remete à sensibilidade, à potência e à força feminina, entendidas aqui como possível opção de mediação de conflitos. A mostra é um desdobramento de Teto de Vidro: Resiliência, que foi exibida no ano passado no Museu de Arte Contemporânea – MAC USP e concorre, junto de outros cinco projetos, ao The Art and Olfaction Awards 2019, premiação internacional que celebra e premia artistas e perfumistas experimentais e independentes.
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Exposição ‘Estadia 3’
Até 6/10
Endereço: Museu da Inconfidência – Praça Tiradentes, s/n – Ouro Preto (MG)
A exposição reúne professores da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem como objetivo abordar a representação dos espaços abertos em consonância com as diversas formas de expressão: a gravura, a fotografia, a cerâmica e as matizes naturais impressas pela natureza. Segundo o grupo de professores, “Grassar: ações continuadas em arte”, estadia é uma derivação da ideia de residência, distanciando-se da fixidez daquilo que reside e apontando para o estatuto de uma condição processual. O título dado a essas experiências, com os dois pontos (:) sem associação com uma sequência, afirma um convite ao aberto.
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Exposição ‘Melvin Edwards’
Até 27/10
Endereço: Museu da República – Rua do Catete, 153 – Rio de Janeiro (RJ)
Nascido nos Estados Unidos em 1937, Melvin Edwards se tornou célebre por suas esculturas abstratas de metal em aço. Em suas obras, ainda que abstratas, as ferramentas agrícolas como memória de sua infância no sul dos Estados Unidos estão presentes, além de correntes que podem remeter, segundo o artista, aos elos de conexão entre as pessoas. Nesse sentido, a exposição tem como objetivo explorar diferentes vertentes do trabalho do escultor, criando um leque de raciocínios desenvolvido pelo artista ao longo dos anos de pesquisa. Reconhecido como pioneiro na arte contemporânea afro-americana, Melvin Edwards funde engajamento político com abstração, produzindo objetos densos, fortes e carregados de significados. Sua obra procura conciliar o interesse na abstração com a satisfação por contar a história da cultura negra, buscando o diálogo com as lutas históricas e contemporâneas. A exposição inclui obras de aço, como “Boa sorte, primeiro dia”, típicas do estilo do artista, mas também aquarelas que dialogam com o peso do metal.
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Exposição ‘Culturas Africanas – arte, mitos e tradições’
Até 9/11
Endereço: Museu da Abolição – Rua Benfica, 1150 – Recife (PE)
Em forma de releitura de máscaras, escudos, objetos rituais de uso lúdico e utilitário da África, a exposição apresenta, também, algumas peças originais de vestuário da nobreza tradicional africana. A mostra é resultado dos trabalhos realizados por 16 pesquisadores do CAC sobre modelagem em argila. O projeto tem a direção da professora Suely Cisneiros Muniz, da UFPE, e orientação e curadoria do professor Paulo Lemos de Carvalho, pesquisador em antropologia da arte tradicional africana, além dos 16 pesquisadores do CAC.
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Exposição ‘Entre o acervo e o estúdio’
Até 1/12
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugurou a mostra da artista gaúcha, Marilice Corono, ‘Entre o acervo e o estúdio’. De acordo com a artista, a seleção das 32 obras que integram a exposição foi determinada pelo estudo dos gêneros, pelo caráter autorreferencial da maior parte das imagens, pela qualidade que apresentam e por aspectos afetivos e pessoais. Na exposição, algumas pinturas tornaram-se significativas, como a publicação ‘Iniciação a Pintura’ (1976) de um dos pioneiros da restauração no país, Edson Motta, professor de teoria, técnica e conservação da pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre os anos de 1945 e 1980 e autor de livros essenciais para a formação da artista. Com carreira iniciada na década de 1990, Corono já integrou mostras coletivas em vários estados do Brasil. Desde 2005, a artista realiza projetos de exposição que têm como tema o próprio espaço onde as obras são apresentadas. Além de artista visual, ela é professora de pintura do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Exposição ‘Contextos Afro Digitais’
23/3/2020
Endereço: Museu do Açude – Estrada do Açude, 764 – Rio de Janeiro (RJ)
A mostra exibe cerca de 20 instalações inéditas, em chapas de aço expostas ao ar livre, nos jardins do museu. São girafas com 3,5m de altura, elefantes e polvos gigantes, além de outros bichos em exibição no espaço. A mostra também tem o objetivo de estimular o lúdico nas crianças, que poderão fazer sua própria obra de arte, reproduzindo um megabicho em papelão. Marcos Scorzelli é carioca, formado em Design pela PUC Rio e começou a carreira inovando em projetos de arquitetura como designer de interiores corporativo e de cenografia. Com seu pai, criou a Scorzelli Arquitetura e Design em 1993 e, ao longo de 23 anos, recebeu vários prêmios por projetos corporativos desenvolvidos para grandes empresas. Fotógrafo amador, é apaixonado pelo Rio. Desenvolveu sua linguagem vivenciando a natureza e explorando todos os cantos da capital fluminense.
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