TVK Web Cultural

  • CULTURA
  • TURISMO
  • NEGÓCIOS
  • POLÍTICA
  • GALERIA
  • CONTATO

A riqueza dos bilionários caiu no mundo em 2018 — mas não no Brasil

por tag3 / domingo, 10 novembro 2019 / Publicado em Negócios

Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo: o Brasil fechou 2018 com 58 bilionários (Germano Luders/EXAME)

Um relatório da consultoria PwC e do banco de investimentos suíço UBS divulgado nesta semana mostrou que a riqueza acumulada dos 2.101 bilionários no mundo em 2018 caiu pela primeira vez desde 2015.

Mas, no Brasil, a tendência não foi seguida. Ao analisar os dados específicos do país, o estudo mostra que tanto o número de bilionários quanto a riqueza acumulada teve alta entre 2017 e 2018.

O país fechou o ano passado com 58 bilionários, ante 42 que tinha em 2017. A riqueza acumulada desses afortunados foi de 176,7 bilhões de dólares em 2017 para 179,7 bilhões de dólares em 2018, alta de 1,7%.

A alta na riqueza foi maior do que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que teve alta de 1,1% em 2018.

Entre 2016 e 2017, segundo histórico do mesmo estudo do UBS, a riqueza dos bilionários brasileiros já havia crescido, saindo de 173,4 bilhões de dólares em 2016, alta anual de 1,9% (enquanto o PIB em 2017 subiu 1,1%). Entre 2016 e 2018, portanto, a riqueza dos bilionários brasileiros cresceu em 3,6%.

A riqueza dos bilionários brasileiros conseguiu ter alta mesmo em um cenário adverso para a economia local. Além do baixo crescimento do PIB, o real também se desvalorizou sobremaneira no ano passado. O dólar subiu cerca de 17% durante o ano de 2018, com a moeda americana saindo da casa dos 3,30 reais no fim de 2017 e passando dos 4 reais em vários momentos do ano — parte em virtude da instabilidade gerada pela eleição presidencial, somada à fraca recuperação da economia brasileira. Isso implica que o patrimônio dos bilionários brasileiros cresceu em dólar, moeda padrão usada pelo UBS no comparativo, mesmo com a moeda brasileira desvalorizada.

Também na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a edição deste ano da Síntese de Indicadores Sociais, com o pior índice de extrema pobreza no país desde 2015. O estudo mostra que, em 2018, 13,5 milhões de brasileiros viviam com menos de 145 reais, situação considerada de extrema pobreza — um contingente de pessoas maior do que a população da Bolívia.

A desigualdade de renda no Brasil, isto é, a diferença de ganhos entre os mais ricos e os mais pobres, também vêm crescendo desde 2015.

Na América Latina, patrimônio também caiu

Com a economia da América Latina caminhando a passos lentos, Brasil e Peru foram os únicos países da região, dentre os cinco que tiveram seus dados detalhados no relatório do UBS, em que a riqueza dos bilionários teve alta.

A região, que inclui os países da América do Sul, América Central e México, terminou 2018 com mais bilionários do que em 2017 (97 ante 84 no ano anterior), mas com riqueza acumulada menor. Os bilionários latino-americanos possuíam, ao todo, 371,6 bilhões de dólares em patrimônio em 2018, baixa de 3,7%.

Veja também

  • Bill Gates e Lemann são bilionários mais populares do Brasil; veja top 10
    • Facebook
    • Twitter
    • LinkedIn
    • Tumblr
    NEGÓCIOSBill Gates e Lemann são bilionários mais populares do Brasil; veja top 10query_builder 2 nov 2019 – 08h11

A Argentina, que vive uma de suas piores crises econômicas, passou de 9 para 5 bilionários entre 2017 e 2018, e viu a riqueza deste grupo cair de 15,6 bilhões de dólares para 10,9 bilhões, baixa de 30,1%.

O Chile fechou o ano com 11 bilionários, mesmo número de 2017, mas patrimônio de 37,3 bilhões de dólares, baixa de 1,1%.

Entre os maiores bilionários brasileiros, estão nomes como o banqueiro Joseph Safra (99,9 bilhões de reais em patrimônio), Jorge Paulo Lemann, do fundo 3G Capital (92,8 bilhões de reais), Marcel Telles e Beto Sicupira, sócios de Lemann no 3G (39,5 bilhões e 34,6 bilhões de reais, respectivamente), e o co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin (44,5 bilhões de reais), com patrimônios calculados segundo ranking da revista americana Forbes (veja aqui a lista completa dos brasileiros mais ricos).

Tecnologia em alta

No resto do mundo, o patrimônio dos bilionários fechou o ano 4,3% menor, a primeira baixa desde 2015. Ainda assim, se considerado o acumulado entre 2013 e 2018, a riqueza dos bilionários mundo afora subiu 34,5%, chegando a 8,5 trilhões de dólares.

A América do Norte (Estados Unidos e Canadá, com exceção do México) segue sendo a região com maior número de bilionários no mundo, totalizando 652 pessoas. A China vem em segundo, com 436 bilionários, seguida pela Europa Ocidental, com 397.

Apesar da queda na riqueza dos bilionários, um setor não viu a desaceleração chegar perto: o de tecnologia. Com o advento de novas tecnologias e startups com crescimento exponencial, o setor de tecnologia foi o único que cresceu em 2018. A riqueza entre os titãs do setor saltou 3,4% no ano, chegando a 1,3 trilhão de dólares.

É da tecnologia que vêm boa parte dos empresários mais ricos do mundo. Estão entre os dez mais ricos nomes como Jeff Bezos, fundador da Amazon (e atualmente o homem mais rico do mundo), Bill Gates, fundador da Microsoft, Mark Zuckerberg, do Facebook, Larry Ellison, da Oracle, e Larry Page e Sergey Brin, criadores do Google.

O bom momento do setor, inclusive, faz bem às fortunas acumuladas nos Estados Unidos, que é líder no setor e tem grandes empresas de tecnologia no país. Por outro lado, as fortunas globais sentiram os efeitos de temas como o Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia, a guerra comercial entre China e Estados Unidos (que vem desde o ano passado) e uma potencial desaceleração da economia global.

Veja também

  • Um cenário mais nebuloso na economia mundial
    • Facebook
    • Twitter
    • LinkedIn
    • Tumblr
    REVISTA EXAMEUm cenário mais nebuloso na economia mundialquery_builder 29 ago 2019 – 05h08

Entre outros fatores destacados pelo estudo do UBS, está o crescimento do número de mulheres bilionárias, que foi de 160 em 2015 para 233 em 2018. O número de bilionárias saltou 46%, ante alta de 39% no número de homens no grupo.

Ainda assim, as 233 mulheres bilionárias no mundo representam apenas 0,11% do total do total de 2.101 bilionários no mundo. Na lista de pessoas mais ricas do mundo, a primeira mulher é Francoise Bettencourt Meyers, herdeira da L’Oreal (11ª na lista da Forbes), e Alice Walton, herdeira do Walmart (15ª).

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • Tumblr

Assuntos Relacionados

Guedes nega que haja ‘briga’ com TCU e diz que pode fixar meta fiscal para 2021
Exportação de carne suína do Brasil tem recorde de 1,02 milhão de toneladas em 2020, diz ABPA
Servidores criticam estudo da CNI que diz que Brasil gasta muito com funcionalismo

Destaques

  • Câmara de Campo Grande aprova projetos sobre cultura, meio ambiente e inclusão de estudantes com TEA

    Na sessão ordinária desta terça-feira, 13 de ma...
  • Semana Nacional de Museus 2025: Programação especial em Campo Grande homenageia Lídia Baís

    A 23ª Semana Nacional de Museus acontece entre ...
  • Porto Geral de Corumbá recebe Festival América do Sul 2025 com atrações nacionais e celebração da cultura regional

    Entre os dias 15 e 18 de maio, o histórico Port...
  • Campão Cultural 2024 traz programação intensa e gratuita até 6 de abril

    O Campão Cultural está de volta, levando uma pr...
  • Casa de Cultura de Campo Grande oferece cursos gratuitos em música e dança

    A Casa de Cultura de Campo Grande está com insc...
TOPO