TVK Web Cultural

  • CULTURA
  • TURISMO
  • NEGÓCIOS
  • POLÍTICA
  • GALERIA
  • CONTATO

Diogo Nogueira retrocede em álbum ao vivo em que volta a soar como crooner

por Administrador / sexta-feira, 06 março 2020 / Publicado em Cultura

Cantor aborda sucessos de Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e Jorge Aragão em gravação de show em Porto Alegre. Capa do álbum 'Diogo Nogueira ao vivo em Porto Alegre' Reprodução Resenha de álbum Título: Diogo Nogueira ao vivo em Porto Alegre Artista: Diogo Nogueira Gravadora: Edição independente do artista Cotação: * * 1/2 ♪ Diogo Nogueira oscila desde que se lançou oficialmente como cantor em 2007. Dividido entre honrar a dinastia e atender as demandas do mercado e da própria geração, o filho de João Nogueira (1941 – 2000) vem construindo discografia irregular. Lançado nesta sexta-feira, 6 de março de 2020, o álbum Diogo Nogueira ao vivo em Porto Alegre simboliza retrocesso em obra fonográfica que alcançou picos de excelência em álbuns mais ambiciosos como Bossa negra (2014) – gravado e assinado com o bandolinista Hamilton de Holanda – e o autoral MunduÊ (2017). Nesta gravação ao vivo de show, Diogo volta a personificar o cantor de barzinho que dá voz a sucessos alheios para entreter plateias em busca de hits e entretenimento, erro que já havia cometido no registro de show perpetuado no DVD e álbum ao vivo Alma brasileira (2016). Justiça seja feita: Diogo Nogueira está cantando bem e já se situa bem acima da média dos crooners. E não é de hoje que os progressos do intérprete são nítidos. Pena que a tarimba vocal, adquirida em 13 anos de estrada, seja posta neste disco ao vivo a serviço de repertório preguiçoso. Neste álbum (bem) captado em show em Porto Alegre (RS), Diogo Nogueira dá voz a sucessos de Jorge Aragão, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, lançando mão de medleys e pot-pourris (no caso de Martinho) para agrupar dois ou mais hits de cada compositor em um único número. Ocupando toda uma faixa, a abordagem de Disritmia (1974) – sucesso de Martinho da Vila, saudado em cena por Diogo com epítetos como “Rei de Angola“, “Rei do Brasil“ e “Rei do partido alto” – abre espaço para solos de Bira do Trombone e do violonista Rafael dos Anjos, músicos nominados pelo eficiente crooner, orgulhoso da boa banda que o acompanha nessas viagens por obras alheias. Adornado com cordas (aparentemente sintetizadas), o registro de Um homem também chora (Guerreiro menino) (Gonzaguinha, 1983) esboça pompa amplificada em Força estranha (Caetano Veloso, 1978), canção entoada por Diogo sobre base de samba. Como se pintasse a própria aquarela brasileira desenhada por Emílio Santiago (1946 – 2013) a partir de 1988, Diogo Nogueira persegue até o passo do Frevo mulher (Zé Ramalho, 1979) após emular clima forrozeiro para transitar no ritmo ágil de Feira de mangaio (Sivuca e Glória Gadelha, 1977). São pisadas (titubeantes) em territórios musicais alheios que soam estranhas na voz de sambista que vem amealhando bom repertório próprio nos últimos anos. Na variada palheta de cores do álbum Diogo Nogueira ao vivo em Porto Alegre, um samba lançado pelo cantor há dois anos em single avulso, Tá faltando o quê? (Xande de Pilares, Marcelo Batista e Diney, 2018), acaba ficando meio perdido em roteiro pautado por sucessos óbvios. É pena, pois Diogo Nogueira já mostrou que pode (muito) mais e, como o artista já constrói a própria discografia por vias independentes, é por vontade própria que se apresenta novamente como crooner sem personalidade neste dispensável álbum gravado ao vivo em Porto Alegre.

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • Tumblr

Assuntos Relacionados

Biquini Cavadão estende tributo a Herbert Vianna com gravação do show ‘Ilustre guerreiro’
Diego Maradona morre aos 60 anos; veja repercussão
Marieta Severo é internada com quadro leve de pneumonia após testar positivo para Covid-19

Destaques

  • Semana Nacional de Museus 2025: Programação especial em Campo Grande homenageia Lídia Baís

    A 23ª Semana Nacional de Museus acontece entre ...
  • Porto Geral de Corumbá recebe Festival América do Sul 2025 com atrações nacionais e celebração da cultura regional

    Entre os dias 15 e 18 de maio, o histórico Port...
  • Campão Cultural 2024 traz programação intensa e gratuita até 6 de abril

    O Campão Cultural está de volta, levando uma pr...
  • Casa de Cultura de Campo Grande oferece cursos gratuitos em música e dança

    A Casa de Cultura de Campo Grande está com insc...
  • Campão Cultural Retorna com Programação Gratuita de Música, Arte Urbana, Teatro e Dança em Campo Grande

    O Campão Cultural está de volta com uma vasta p...
TOPO