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Cícero preserva introspecções na expansão sonora de ‘Cosmo’

por Administrador / sexta-feira, 20 março 2020 / Publicado em Cultura

Artista carioca versa sobre tempo e espaço, sob perspectiva individual, no repertório autoral do quinto álbum. Capa do álbum 'Cosmo', de Cícero Divulgação Resenha de álbum Título: Cosmo Artista: Cícero Gravadora: Edição independente do artista Cotação: * * * ♪ “…É, são dias estranhos / Também não sei onde vai dar…”. Ouvidos neste momento em que o mundo, assustado, se resguarda em casa para conter a expansão do coronavírus, os versos de Cícero em Miradouro nova esperança – melancólica canção que sobressai no repertório autoral do quinto álbum do artista carioca, Cosmo – parecem exprimir o sentimento coletivo de perplexidade diante da ameaça do covid-19. Contudo, são versos escritos por Cícero bem antes da pandemia, durante o solitário processo de criação do repertório de Cosmo, disco que aterrissou sem aviso prévio nas plataformas na segunda-feira, 16 de março. Por esses versos, dá para perceber que Cícero Rosa Lins continua introspectivo, em sintonia com o tom mais ou menos interiorizado dos álbuns anteriores Canções de apartamento (2011), Sábado (2013) e Praia (2015). Só que, na expansão da sonoridade de Cosmo, a melancolia e a introspecção – também detectáveis nas passagens mais climáticas de músicas como Marinheiro astronauta e Às luzes – são contrabalançadas pela pegada mais desembaraçada do disco. Cícero lança o quinto álbum, 'Cosmo', gravado entre Brasil e Portugal Zi Fernandes / Divulgação Nesse sentido, Cosmo reverbera ecos do quarto álbum do artista, Cícero & Albatroz (2017), disco pautado por urbanidade amplificada pelo toque da banda Albatroz. O coro proeminente das vozes de Beatriz Pessoa, Mari Milani e Leonor Arnaut em Falso azul – música gravada com o synth pilotado por Bruno Schulz – já dá, na abertura do disco, a pista do tom mais expansivo de Cosmo. Além de tocar instrumentos como baixo e guitarra, Cícero orquestrou os arranjos e a produção musical das canções autorais em gravação feita entre Brasil e Portugal, com músicos dos dois países. Em sintonia com o título, o álbum Cosmo versa sobre tempo e espaço, sob perspectiva individual, em músicas meditativas como Banzo, Nada ao redor e O que ficou, de encorpado instrumental sintetizado. Os efeitos da gravidade são sentidos em composições menos imponentes como Some lazy days e A chuva. Ainda assim, entre extroversões e introspecções, Cosmo é álbum fiel ao universo de Cícero nesses dias estranhos.

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