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Produção de veículos cai 21% em março com impacto do coronavírus, diz Anfavea

por Administrador / segunda-feira, 06 abril 2020 / Publicado em Negócios

Montadoras dizem que não vão revisar projeções agora porque ainda não há segurança para isso, diante da gravidade da crise. E pedem que bancos ajudem empresas. Produção de veículos Divulgação/Hyundai Com fábricas e concessionárias fechadas desde o fim de março, a produção nacional de veículos caiu 21,1% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2019. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pela associação das fabricantes, a Anfavea. Indústria automotiva do Brasil para completamente com pandemia Montadoras estão consertando respiradores O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse que espera um impacto ainda maior em abril e que ainda não é possível prever o tamanho dos efeitos da pandemia para o setor. Por isso as fabricantes ainda não vão rever as projeções para ano, divulgadas em janeiro (leia mais ao fim da reportagem). O executivo cobrou que os bancos ajudem as empresas a enfrentarem a crise, que, segundo ele, tem acontecido nos outros países afetados pela Covid-19. Ao G1, Moraes disse que o Banco Central já liberou os recursos para que haja mais dinheiro em caixa, mas "os bancos estão sentados na liquidez". No último dia 23, o BC estimou que R$ 1,216 trilhão seriam injetados no mercado financeiro, após medidas adotadas pelo governo. Elas visam permitir que os bancos privados tenham mais dinheiro em caixa e possam oferecer, durante a crise, opções aos clientes. Na mesma data, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os juros cobrados pelos bancos subiram "de forma acelerada" nas últimas semanas, apesar de o BC ter feito na semana anterior uma nova redução na Selic, que é taxa básica de juros da economia. "Estamos esperando que essa liquidez venha para a conta final, para conseguirmos pagar os fornecedores, concessionários e a folha de pagamento. Estamos falando de um setor que abrange mais de 1 milhão de pessoas", afirmou o presidente da Anfavea, acrescentando que os bancos precisam agir ao mais rápido possível. Além disso, ele entende que a manutenção de empregos esbarra ainda na aprovação no Congresso da Medida Provisória que flexibilizou regras trabalhistas, permitindo, entre outras ações, a redução temporária da jornada de trabalho e dos salários. "Colaboramos com algumas sugestões, inclusive", disse. Segundo Moraes, essas medidas serão úteis para que as empresas negociem mais para frente com os sindicatos qual será a mais apropriada para cada uma. O presidente da Anfavea mencionou que algumas montadoras já adiaram a retomada da produção para maio, mas não citou quais. Balanço de março Foram produzidas 189.958 unidades, contra 240.763 no mesmo período de 2019. Em relação a fevereiro deste ano, quando foram feitos 204.200 exemplares, a queda foi de 7%. Já no acumulado de janeiro a março, a redução foi de 16%. Moraes reforçou que a queda não foi causada por falta de componentes, o que chegou a ser cogitado quando o coronavírus impactava apenas a China, mas diretamente pela parada da produção. Vendas diárias despencaram Segundo a Anfavea, as vendas de veículos novos caíram 25,2% em março, também comparando o mesmo mês de 2019, passado de 22.961 para 17.165. De fevereiro para março, a queda foi de 18,5%. O acumulado, por ora, foi o período com menor impacto: 12,1% a menos. A entidade fez um recorte mostrando a partir de quando a pandemia atingiu as vendas de veículos no Brasil. Até o dia 18 de março, as vendas diárias seguiram ritmo definido como "bom" e "esperado" pela Anfavea, com aproximadamente 10 mil unidades por dia. Desde 1º de janeiro, o número foi 9% maior do que no mesmo período do ano passado. A partir do dia 19, com o aumento do número de casos de Covid-19 no país e de medidas de contenção, como isolamento social e fechamento do comércio, os números despencaram. Do dia 23 ao dia 31, as vendas diárias não passaram de 2 mil unidades, representando uma queda de 86,5%. Exportações seguem queda Já em queda há algum tempo, especialmente pela crise econômica da Argentina, as exportações também sofreram com o coronavírus, com 21,1% a menos. Foram exportadas 30.772 unidades em março deste ano, contra 39.018 do mesmo período em 2019. Em relação a fevereiro, a queda foi de 18,3%, com cerca de 7 mil unidades a menos. No acumulado, a queda de 14,9% já é maior do que a previsão para o ano todo. Projeções para 2020 As últimas projeções da entidade mostravam crescimento de 7% na produção de veículos leves e queda de 10,4% nas exportações. "É uma crise muito profunda. Afeta o consumidor final, a produção, investimentos, o mercado financeiro, e a gente não tem condições de, com segurança, tentar fazer uma estimativa do que vai acontecer em 2020", afirmou o presidente da Anfavea. O presidente da Fiat Chrysler para América Latina, Antonio Filosa, disse na última terça que espera uma queda de 40% nas vendas neste ano, frente a 2019. Initial plugin text

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