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BC estima entrada de US$ 50 bi em investimentos estrangeiros em 2020, menor valor em 11 anos

por Administrador / quinta-feira, 24 setembro 2020 / Publicado em Negócios

Em meio à pandemia do coronavírus, previsão para o déficit em transações correntes passou de US$ 13,9 bilhões para US$ 10,2 bilhões com desaquecimento da economia mundial. O Banco Central (BC) reduziu de US$ 55 bilhões para US$ 50 bilhões sua estimativa de ingresso de investimentos estrangeiros diretos no país em 2020. A informação consta no relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, divulgado nesta quinta-feira (24).
Se confirmado, será o menor valor desde 2009 (US$ 31,48 bilhões), ou seja, em 11 anos.
A revisão acontece em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem gerado necessidade de capital por parte das empresas, e, também, de críticas de investidores sobre a política ambiental brasileira.
Nos oito primeiros meses deste ano, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 26,957 bilhões, com queda de 41% frente ao mesmo período de 2019, quando somaram US$ 46 bilhões.
De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, os investimentos estrangeiros diretos tendem a registrar uma queda em anos de crise, como a registrada atualmente na pandemia do novo coronavírus.
“A gente entende que vai ter uma retomada. Entendemos que tem um processo de queda natural, gerada pela crise proporcional a outros processos em outras crises, mas entendemos que isso vai retomar”, declarou ele.
Para o BC, os investimentos estrangeiros diretos devem avançar para US$ 65 bilhões em 2021.
Contas externas
O BC também baixou de US$ 13,9 bilhões para US$ 10,2 bilhões sua previsão de déficit nas contas externas em 2020.
Se confirmado, esse será o melhor resultado desde 2007, quando foi registrado um superávit de US$ 408 milhões nas chamadas "transações correntes". Ou seja, será o melhor saldo em 13 anos. As contas externas apresentaram saldo positivo nos últimos cinco meses.
A conta de transações correntes é formada pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). Trata-se de um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.
"O principal fator para a revisão é a melhora nos valores esperados para as exportações, que apresentaram nos últimos meses resultado acima do anteriormente projetado", informou o BC, no relatório de inflação.
Segundo o BC, porém, ainda se espera queda de vendas externas na comparação com o ano de 2019, por conta do recuo dos preços internacionais (em decorrência do coronavírus), mas aumento das quantidades exportadas de produtos básicos "especialmente da soja, sustentado pela demanda chinesa".
Ao mesmo tempo, as importações também devem recuar na comparação com o ano passado. "A redução do valor importado tem como fatores determinantes a desaceleração da atividade doméstica em meio à pandemia da Covid-19 e a desvalorização do real, aliados a uma importante redução nos preços", informou.
Balança comercial
O BC também revisou, para cima, sua previsão para o saldo positivo (exportações menos importações) da balança comercial em 2020.
No relatório de inflação anterior, divulgado em junho, a instituição projetava um saldo comercial positivo de US$ 39 bilhões em 2020. No documento divulgado nesta semana o valor foi elevado para um superávit de US$ 45,3 bilhões.
De acordo com o BC, a previsão para as exportações, em 2020, passou de US$ 187,5 bilhões para US$ 200,7 bilhões. Já a estimativa das compras no exterior subiu US$ 148,5 bilhões para US$ 155,4 bilhões.
Em 2019, as exportações somaram US$ 225,8 bilhões e as compras do exterior totalizaram US$ 185,3 bilhões. Deste modo, embora o BC tenha subido sua previsão para esses dois itens em relação a junho, eles ainda devem ficar bem abaixo do registrado no ano passado.

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