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Duda Brack dilui densidade ao prosseguir com narrativa do segundo álbum

por Administrador / quarta-feira, 04 novembro 2020 / Publicado em Cultura

Cantora tenta soar mais pop em single, 'Toma essa', que gerou clipe gravado com Ney Matogrosso. Capa do single 'Toma essa', de Duda Brack Vinícius Moscatto Resenha de single Título: Toma essa Artista: Duda Brack Compositores: Bruna Caram Edição: Matogrosso / Alá / Altafonte (distribuição) Cotação: * * * ♪ Single lançado por Duda Brack nesta quarta-feira, 4 de novembro, Toma essa dilui a densidade habitual da discografia da cantora enquanto dá prosseguimento à narrativa do segundo álbum solo dessa artista gaúcha residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Terceira amostra do álbum, o single Toma essa gera clipe de roteiro cinematográfico, gravado com a participação de Ney Matogrosso e do ator Gabriel Leone. Em março, a cantora e compositora – revelada há cinco anos com a edição de grande e (in)tenso primeiro álbum, É (2015) – deu início à marcha para o segundo álbum com a edição do single Pedalada. Composição de autoria da própria Duda Brack em parceria com Chico Chico, Pedalada mostrou a artista em ambiente de tensão, traduzindo em sons a inquietação da música. Em junho, um segundo single do álbum, Contragolpe, apresentou outra música inédita da artista, composta por Duda em parceria com Gui Fleming e gravada com adição de sample do grupo norte-americano Hypnotic Brass Ensemble e com produção musical creditada a artista, a Gabriel Ventura – músico que vem se revelando relevante na arquitetura da sonoridade do disco – e ao guitarrista Lúcio Maia, da Nação Zumbi. Composição inédita de Bruna Caram, Toma essa ganha corpo no single com o baticum do grupo de percussão Os Capoeira – com células rítmicas do pagode baiano, do funk e do maculelê – na gravação produzida por Duda com o recorrente Gabriel Ventura e com Felipe Roseno. O toque incisivo da guitarra de Ventura também contribui para aproximar o single da estética sonora de Duda. Contudo, fica a impressão de que Toma essa é música menor do que a potência e as possibilidades da cantora, ainda que o tema da letra – a retomada do poder feminino e da própria vida por mulher que se liberta de relacionamento abusivo – seja pertinente e até mesmo urgente em 2020, sobretudo em um Brasil que humilha e revolta as mulheres, além de indignar os homens de bem, ao absolver estuprador de crime já comprovado com a alegação surreal e ilegal de “estupro culposo”. Engajado na luta, o single Toma essa é apresentado como a gravação mais “pop” de Duda Brack porque, em tese, a música tem potencial para alcançar um público maior que extrapole o nicho seguidor da artista. Entretanto, ser “pop” implica certa diluição de intenções e tensões que sugere que talvez fosse mais inteligente para Duda Brack retomar a marcha anterior para que o segundo álbum da cantora mantenha o vigor do antecessor É.

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