Índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis, e tem sido pressionado em 2020 pelos preços no atacado. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 1,28% na primeira prévia de dezembro, segundo divulgou nesta quarta-feira (9) a Fundação Getúlio Vargas. No primeiro decêndio de novembro, o índice havia registrado taxa de 2,67%.
Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 23,79% para 23,52%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.
Segundo a FGV, as commodities de maior expressão no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentaram queda em suas taxas de variação e contribuíram para a desaceleração do indicador do IGP-M, com destaque para soja (9,21% para -2,60%) e minério de ferro (-2,80% para -3,65%).
"Apesar da descompressão do IPA, o IPC voltou a acelerar refletindo alta nos preços de alimentos (0,82% para 1,27%), das passagens aéreas (1,56% para 26,08%) e da energia elétrica (0,00% para 1,25%). Por fim, o INCC continua revelando pressão no grupo materiais, equipamentos e serviços, cuja taxa pouco se alterou passando de 2,45% para 2,32%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Composição do índice
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% no IGP-M, variou 1,39% no primeiro decêndio de dezembro. No mesmo período do mês de novembro, o índice subira 3,48%. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,27% para 2,47%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no IGP-M, subiu de 0,41% no primeiro decêndio de novembro para 0,86% no primeiro decêndio de dezembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,19% para 3,52%), Alimentação (0,82% para 1,27%) e Habitação (0,21% para 0,48%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que tem peso de 10% no indicador, variou 1,24% no primeiro decêndio de dezembro, taxa inferior a apurada no mês anterior, quando o índice havia sido de 1,31%.
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