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Wakanda vai virar tema de nova série da Marvel desenvolvida por Ryan Coogler, diretor de ‘Pantera Negra’

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Cineasta assinou contrato de cinco anos de exclusividade com a Disney através de sua produtora. Primeiro projeto deve ser lançado na Disney+. Lupita Nyong'o, Chadwick Boseman e Danai Gurira em cena de 'Pantera Negra' Divulgação O diretor Ryan Coogler, que dirigiu o primeiro filme do "Pantera Negra" (2018) e que comandará a continuação, vai desenvolver para a Marvel uma série sobre Wakanda, o reino fictício dos quadrinhos liderado pelo herói. A produção deve ser o primeiro projeto de um contrato de exclusividade de cinco anos com os estúdios da Disney assinado pelo cineasta através de sua produtora, a Proximity Media, de acordo com o site Deadline. O acordo foi divulgado nesta segunda-feira (1º). "Estamos especialmente animados por dar nosso primeiro salto com Kevin Feige, Louis D'Esposito, Victoria Alonso e seus parceiros do Marvel Studios onde vamos trabalhar junto com eles em programas seletos do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, em inglês) para a Disney+", afirmou Coogle, sobre a plataforma de vídeos da empresa. "Já estamos dentro de alguns projetos que não podemos esperar para compartilhar." Nos quadrinhos e nos filmes da Marvel, Wakanda é o reino africano com tecnologia super desenvolvida comandado por T'Challa, o Pantera Negra (Chadwick Boseman, nos cinemas). A série, focada no país, vai ser produzida para a Disney+. Wakanda em 'Pantera Negra' Divulgação O projeto se junta a um grupo de outras produções que expandem o MCU na plataforma. Além de "WandaVision", que já estreou, os estúdios desenvolvem outras histórias com heróis da editora, como "Falcão e o Soldado Invernal", "Loki", "Hawkeye", "Moon Knight", "She-Hulk" e "Ms. Marvel". "Com 'Pantera Negra', Ryan trouxe uma história revolucionária e personagens icônicos à vida de uma maneira real, significativa e memorável, criando um divisor de águas cultural", afirmou o presidente executivo da Walt Disney Company, Bob Iger. "Estamos emocionados por fortalecer nosso relacionamento e ansiosos para contar mais grandes histórias com Ryan e seu time."

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Carlinhos Brown e Silva participam de ‘As noites do Rio’, álbum do artista uruguaio Rubén Rada

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

♪ Carlinhos Brown, Silva e Tamy são os convidados brasileiros do álbum As noites do Rio – Aerolíneas Candombe, disco do percussionista, cantor e compositor uruguaio Rubén Rada. Programado para ser lançado no fim deste mês de fevereiro de 2021 pela gravadora carioca Dubas Música, o álbum traz Brown na gravação de Chão de Mangueira, composição de Rada em parceria com Ronaldo Bastos. Tributo à escola de samba Estação Primeira de Mangueira, a música mistura a cadência do samba com o toque do Candomblé. O single Chão de Mangueira chega aos players digitais na sexta-feira, 5 de fevereiro. Inteiramente cantado em português, o álbum As noites do Rio é tributo de Rada a Carmen María Silva, mãe do artista uruguaio, nascida no Brasil.

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‘Bridgerton’: 3 motivos que explicam como a série virou a mais vista da história da Netflix

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

A série foi assistida por mais de 80 milhões de usuários em seu primeiro mês; 'As pessoas adoram programas cheios de drama, escândalos e gente bonita', diz escritora. Série Netflix foi assistida por mais de 80 milhões de usuários Liam Daniel/Netflix "Bridgerton" foi coroada a série original mais assistida da história da Netflix. A plataforma de streaming disse por meio de um comunicado que 82 milhões de contas assistiram à série em seus primeiros 28 dias de transmissão após a estreia, em 25 de dezembro. "Bridgerton", que recria a vida de famílias da realeza e da alta sociedade na Inglaterra no início dos anos 1800, desbancou outras séries originais do serviço de streaming: "The Witcher", "Lupin", "O Gambito da Rainha" e até mesmo "Stranger Things". Porém, vale esclarecer que a metodologia de contabilização da Netflix pode ser polêmica, pois a plataforma considera o número de contas que assistiram ao conteúdo por dois minutos ou mais. 'Bridgerton' se passa na Inglaterra dos anos 1800 Liam Daniel/Netflix De qualquer forma, "Bridgerton" virou pop, e seus protagonistas comemoraram a notícia. "Estou MUITO orgulhosa da incrível equipe por trás desta série! E obrigada a todos por amá-la", escreveu Phoebe Dynevor, a atriz de 25 anos que interpreta a protagonista Daphne Bridgerton, em seu Instagram. Regé-Jean Page, cuja atuação como o belo duque de Hastings ganhou elogios, também comemorou a conquista. "82 milhões com amor de todos nós para todos vocês", escreveu Page em sua conta oficial no Twitter. Mas o que torna "Bridgerton" um sucesso tão grande na Netflix em 83 países? Perguntamos a alguns especialistas. 1. Drama, amor e glamour Os trajes coloridos de "Bridgerton", as casas glamourosas com suas fachadas decoradas com flores e as histórias divertidas que se entrelaçam capturaram o interesse do público global. Nicola Coughlan (à esquerda) como Penelope Featherington e Claudia Jessie como Eloise Bridgerton Netflix Baseada na série de romances de mesmo nome escrita pela americana Julia Quinn, "Bridgerton" retrata o universo dos membros de uma família na Londres do século 19. "A popularidade de 'Bridgerton' desde seu lançamento na Netflix não me surpreende. As pessoas adoram programas cheios de drama, escândalos e gente bonita", diz Carolyn Hinds, escritora e membro da Associação de Críticos do Cinema Afro-Americano (AAFCA). Além disso, as atuações de Page e de Dynevor do relacionamento conturbado do duque e da duquesa — com cenas tórridas de sexo — contribuíram para o sucesso da série. "Os públicos britânico e americano amam ficção de época. A decadência (moral), joias, mansões de campo e guarda-roupa compõem uma série visualmente atraente", descreve Steven McIntosh, jornalista de entretenimento da BBC. Elenco da série caracteriza-se por ser muito variado Netflix E tudo indica que a série tem uma mistura de ingredientes interessante. "Minha opinião é que 'Bridgerton' tem tido muito sucesso por causa de sua combinação muito popular de duas coisas que não tínhamos visto juntas antes: escapismo da ficção clássica de época, e o glamour brilhante e a sensualidade de um drama juvenil moderno", diz Hugh Montgomery, jornalista da BBC Culture. Shonda Rhimes é uma roteirista e produtora executiva americana de sucesso BBC/Getty Images 2. Atores jovens e diversos Outro fator que torna essa série muito popular é a diversidade de atores que interpretam os personagens. A produtora-executiva da série, Shonda Rhimes (a mesma de "Grey's Anatomy" e um dos maiores nomes da televisão americana), foi elogiada pela variedade de seu elenco, dando a atores negros papéis que eram tradicionalmente ocupados por brancos. Claro que não há muitos sinais de que as classes altas do século 19 fossem altamente diversificadas racialmente, mas é verdade que pessoas de diferentes etnias viviam juntas em Londres naquela época. "Só queria normalizar o fato de que negros e asiáticos estavam lá, que havia diversas pessoas na Inglaterra", disse a roteirista Joy Mitchell ao programa "Newsbeat", da BBC. Mitchell fez parte da equipe de roteiristas que adaptou os livros nos quais "Bridgerton" se baseia. "Essas pessoas foram apagadas da história e 'Bridgerton' as incluiu em grande estilo", acrescentou. A série foi criada especialmente para o público da geração Y e da geração Z, pessoas nascidas entre 1980 e 2010. E foi comparada pela crítica e até pelo próprio Regé-Jean Page como uma mistura de "Gossip Girl" e "50 Tons de Cinza", como ele disse no popular talk-show americano "The Tonight Show with Jimmy Fallon". Série foi descrita como um cruzamento entre 'Gossip Girl' e '50 tons de cinza' Netflix "Sua natureza lasciva, junto com seu elenco jovem e diversificado, faz com que ela também agrade a um público mais jovem", assinala McIntosh, da BBC. "O fato de ser uma adaptação de um popular romance indica que existe uma base prévia de fãs, mas a adaptação para a televisão a apresentou a um novo e grande público", acrescenta. 3. O momento certo Mas talvez um dos fatores que mais impactaram o grande interesse do público pela série tenha sido o momento de sua estreia. "Bridgerton" foi lançada em dezembro de 2020, após vários meses de pandemia de coronavírus, na qual muitos países implementaram lockdowns intermitentes. "Seu lançamento, no dia de Natal, ocorreu em um 'momento perfeito', em meio a período de ansiedade generalizado", diz Montgomery. "Com certeza, é o tipo de série de televisão para esse momento pelo qual estamos passando. As pessoas procuram coisas que sejam reconfortantes, agradáveis e não muito pesadas, que não sejam intelectual ou emocionalmente profundas." Figurinos e cenas de dança adicionam um toque glamouroso à série Liam Daniel/Netflix Mas embora este seja, sem dúvida, um momento especial em que o público busque distração, "isso não significa que devemos ignorar os problemas óbvios que existem na série, como colorismo (discriminação pela cor de pele) ou agressão sexual", diz Carolyn Hinds. Haverá uma segunda temporada de "Bridgerton"? A Netflix disse aos seus investidores que haverá uma segunda temporada da popular série e, segundo integrantes da produção, ela terá como foco os romances de Anthony Bridgerton, o mais velho dos filhos da prestigiosa família britânica. "Espero que os produtores e roteiristas da série escutem as críticas e façam as melhorias necessárias", conclui Hinds.

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Maria Bethânia anuncia live no dia 13 de fevereiro com transmissão no Globoplay

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Show vai acontecer na Cidade das Artes, no Rio, sem plateia ou convidados. Data marca os 56 anos de carreira da cantora. Maria Bethânia na estreia carioca do show 'Claros breus' em agosto de 2019 Vera Donato / Divulgação Maria Bethânia vai fazer sua primeira live no dia 13 de fevereiro, data que marca seus 56 anos de carreira. A transmissão acontece pelo Globoplay, a partir das 22h, com sinal aberto para não assinantes. O show vai acontecer na Cidade das Artes, no Rio, sem a presença de plateia e sem convidados. A cantora era uma das únicas que não tinha se rendido às lives, formato que ficou muito popular em 2020 por conta da pandemia de Covid-19. Além de grandes sucessos como "Olhos nos olhos" e "Explode coração", sambas de roda e músicas inéditas do próximo disco estarão no repertório do show. A data marca os 56 anos de carreira da cantora e coincide com sua estreia no Teatro Opinião, em 1965, e também com o dia em que desfilou como campeã pela Mangueira no Carnaval de 2016. MAURO FERREIRA: Maria Bethânia grava música de Tim Bernardes Maria Bethânia é a grande homenageada da Mangueira no Carnaval de 2016 VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento

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Marilyn Manson perde contrato com gravadora após acusação de abuso

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Atriz Evan Rachel Wood diz que foi abusada durante anos pelo ex-namorado. Outras mulheres relatam situações parecidas. Marilyn Manson toca no Maximus Festival em 2016 Flavio Moraes / G1 A gravadora Loma Vista Records divulgou nesta segunda-feira (1º) que não vai mais trabalhar com Marilyn Manson. Horas antes, a atriz Evan Rachel Wood e outras mulheres acusaram o cantor de abuso. "Por causa das alegações perturbadoras de hoje feitas por Evan Rachel Wood e outras mulheres nomeando Marilyn Manson como seu abusador, Loma Vista vai parar de promover seu disco mais recente imediatamente", afirmou a gravador em comunicado enviado à revista "Hollywood Reporter". "Com esses desenvolvimentos preocupantes, também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em quaisquer projetos futuros." O primeiro trabalho de Manson com a gravadora foi o disco "The pale emperor", de 2015. Em 2020, ele lançou o álbum "We are chaos". Anos de abuso Evan Rachel Wood diz que foi abusada durante anos por Marilyn Manson No passado, Wood já havia relatado que sofreu abuso, mas sem citar nomes. Nesta segunda, a atriz de 33 anos decidiu revelar o nome do ex-namorado. "O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me aliciar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos", escreveu ela. "Eu sofria lavagem cerebral e fui manipulada à submissão. Estou cansada de viver com medo da retaliação, difamação ou de chantagens. Eu estou aqui para expor esse homem perigoso e denunciar às indústrias que o permitem atuar, antes que ele arruíne mais vidas. Eu estou ao lado das muitas vítimas que não vão mais se silenciar." Ela e Manson anunciaram o namoro em 2007, quando ela tinha 19 anos e ele 38. Eles se tornaram noivos em 2010, mas acabaram terminando a relação meses depois. Após o post da atriz, outras mulheres demonstraram apoio a Evan e usaram as redes sociais para relatar que passaram por situações semelhantes com o cantor.

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Enfim, uma live de Maria Bethânia

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Cantora faz em 13 de fevereiro show inédito que será transmitido com exclusividade pela plataforma Globoplay. ♪ Sim, vai ter live de Maria Bethânia! Um dos poucos nomes da MPB que ainda não tinham se rendido às apresentações transmitidas pela internet, a intérprete baiana fará show inédito na Grande Sala da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ), que será veiculado para todo o Brasil com exclusividade através da plataforma Globoplay, com sinal aberto para não-assinantes. O anúncio da primeira live da cantora foi feito na noite desta segunda-feira, 1º de fevereiro. A apresentação de Bethânia está agendada para as 22h de 13 de fevereiro, um sábado no calendário de 2021. Em show que será filmado sob direção de LP Simonetti, sem a presença do público, a cantora dará voz a sucessos como Olhos nos olhos (Chico Buarque, 1976), Explode coração (Gonzaguinha, 1978) e Onde estará o meu amor (Chico César, 1996). Músicas do próximo álbum da cantora – gravado a partir de setembro de 2020 e já finalizado – também estão previstas no roteiro dessa live, cujo anúncio já movimenta as redes sociais.

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Direito autoral: Creative Commons lança cartilha que pode ajudar do funk-rave à ciência

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Organização explica direitos do autor e incentiva licenças livres que podem servir para DJs remixarem e compartilharem músicas ou para cientistas ampliarem suas pesquisas. DJ Léo Alves, criador do 'podcast/playlist' de funk-rave que está entre os mais ouvidos do Brasil Arquivo Pessoal / Leonardo Alves Uma nova cartilha sobre direitos autorais lançada pela Creative Commons Brasil pode ajudar do DJ de funk-rave que quer remixar músicas dentro das regras ao cientista que quer aumentar o alcance de sua pesquisa. Creative Commons é uma organização não governamental que surgiu nos EUA em 2001. Ela incentiva a difusão de conteúdos com licenças que podem permitir o uso das obras obedecendo a certas condições que o autor definir, sem restrição total. Todo o conteúdo da Wikipedia, por exemplo, está licenciado em Creative Commons, e permite o uso dos seus textos e imagens, com regras de atribuição de autoria e uso não comercial. Algumas universidades e entidades no Brasil como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) usam essas licenças para que sua produção acadêmica com recursos públicos seja mais aberta e acessível. A nova cartilha (clique para ler) explica os princípios do direito autoral do Brasil e como usar as licenças da Creative Commons para compartilhar as obras da forma que o autor quiser – e também encontrar conteúdos possíveis de serem utilizados. O G1 conversou com Mariana Valente, coordenadora da Creative Commons Brasil (que funciona com uma equipe voluntária no país), sobre a nova cartilha: G1 – A Creative Commons existe desde 2001 e já foi bastante discutida no Brasil. Por que lançar essa cartilha agora? Mariana Valente – Por incrível que pareça, não existe nenhum material simples em português sobre por que o projeto Creative Commons (CC) existe, e os conceitos e orientações fundamentais para a utilização das licenças CC. Essa é uma demanda que a gente recebe bastante, também, de professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras, profissionais de museus, arquivos e bibliotecas, e pessoas que mantêm projetos independentes e têm o desejo de permitir a disseminação do que fazem – ou usar obras que, por estarem licenciadas em CC, podem ser usadas sem necessidade de autorização ou pagamento. Compreender a lógica por trás do licenciamento livre exige alguns conhecimentos: é preciso entender que existe o direito autoral e o que ele protege, e o que as licenças Creative Commons permitem que se faça com as obras protegidas. Apesar de o direito autoral estar na vida cotidiana das pessoas, não existe muito conhecimento difundido sobre ele, e menos ainda sobre o que é o licenciamento livre ou o movimento do conhecimento livre. Para você ter noção, sobre essas últimas coisas tem pouca ou nenhuma discussão inclusive nas faculdades de direito. Outra coisa que a gente percebe, recebendo as dúvidas das pessoas, é que faz muita falta ter exemplos simples e concretos sobre como licenciar ou como usar uma obra em CC. Buscamos suprir tudo isso com a cartilha. Pode parecer uma coisa pequena, mas o potencial de uma coisa dessas de desencadear o compartilhamento de cultura e conhecimento é gigante. Assim como o CC é um projeto que, de forma quase invisível, produz um impacto gigantesco sobre o ecossistema do conhecimento e da cultura. E pode ser muito maior. Faz tempo que esse material é necessário no Brasil; a pandemia mostrou para nós que ele se tornou urgente. Estamos todos e todas mais dependentes de conteúdo digital, e as desigualdades no acesso a esses conteúdos ficaram também mais exacerbadas do que nunca. G1 – Com relação à música, há dois movimentos extremamente criativos e populares no Brasil com questões difíceis em relação aos direitos autorais: a pisadinha, em que a maior parte dos artistas grava e lança músicas sem que seus autores nem saibam disso, e o funk-rave, que usa samples de sucessos estrangeiros da música eletrônica sem autorização. Você acha que movimentos desse tipo poderiam se beneficiar caso seus artistas entendam e usem a CC? Barões da Pisadinha Divulgação Mariana Valente – O CC ajuda as pessoas que criam a encontrar materiais livres para uso – há muitos repositórios que existem para disponibilizar esse tipo de conteúdo. É super útil, por exemplo, para quem é do audiovisual encontrar trilhas e sons que podem ser livremente utilizados porque estão licenciados em CC (é sempre necessária a citação da autoria nos créditos). É a mesma coisa para a música. Mas tem uma coisa muito importante nisso tudo: é que o licenciamento livre e os usos livres caminham lado a lado. O Creative Commons foi criado em um momento em que a tecnologia permitia que vários usos que antes eram considerados pessoais, ou amadores começaram a ganhar uma outra escala. A mixtape existe há muito tempo, o cover de garagem também, mas de repente a pessoa pode disponibilizar isso no YouTube, no seu próprio website, e isso ganhar o mundo. Veio de um lado uma reação da indústria por estender todas as garantias anteriores a esse ambiente – e, no meio disso, ampliar o direito autoral – e grupos preocupados com a manutenção da possibilidade de compartilhamento, criação pessoal, e mais: de possibilidades de as pessoas e organizações que querem compartilhar suas criações amplamente tenham uma forma segura de fazer isso. A legislação de todos os países prevê usos livres, que são livres mesmo independentemente do uso de uma licença Creative Commons. É uma forma de balancear os muitos interesses envolvidos no campo da cultura e do conhecimento, pensando em um ecossistema criativo, justo e que garanta direitos. Por exemplo, usar um pequeno trecho de uma obra protegida em uma obra nova. Tem várias dessas práticas do mundo da música que são permitidas pela legislação. Tem outras que não, e faz mesmo sentido que não: gravar uma música de alguém sem que essa pessoa saiba – e possa compartilhar dos rendimentos da utilização – não está relacionado aos usos livres e é uma violação do direito daquela pessoa, se ela não permitiu – seja por meio de uma autorização, seja por meio de uma licença Creative Commons. E aí vem um debate que a gente tem que fazer junto, que é o da busca por relações e remunerações justas no campo da criação artística. E o CC tem tudo a ver com isso, porque é um movimento que tem a ver com equilíbrios para todas as partes envolvidas na criação. G1 – Com relação aos usos livres previstos na lei de direitos autorais, o caso das paródias foi uma questão importante nas eleições. Há quem defenda que os jingles políticos que versionam músicas conhecidas possam ser considerados paródias. Os autores consideraram isso um abuso. O CC defende a expansão dos usos livres. Mas, por outro lado, como evitar possíveis abusos? Tiririca faz jingle com melodia de Roberto Carlos Reprodução Mariana Valente – Essa é uma pergunta ótima. Como as leis preveem situações gerais, é impossível que elas deem conta de todas as situações que vão acontecer na realidade – ainda mais diante de um contexto de tanta transformação tecnológica. Elas vão estabelecer parâmetros, e a interpretação desses parâmetros sempre vai ser necessária. Vou dar um exemplo: a lei fala que é permitida a citação, que é a utilização de uma passagem de uma obra protegida, para fins de estudo, crítica ou polêmica. O que é uma passagem? A própria lei fala que o tamanho da passagem tem de ser “na medida justificada para o fim a atingir”. Interpretando essas leis, para determinar o quanto é possível citar de acordo com a lei, os juristas costumam levar em consideração o tamanho da obra original e o tamanho da obra nova (e outros fatores, como a importância daquele trecho na obra original e na obra nova). É diferente um trecho de um haikai e um trecho de um romance, certo? Isso cria uma indefinição, mas essa indefinição também é importante, porque é impossível prever todos os casos e todas as novas possibilidades de usos de obras protegidas por direito autoral. Por isso, ter bons parâmetros é o mais importante – e uma interpretação consistente e fundamentada desses parâmetros pelo Judiciário ajuda, e muito, todo mundo a se mover nesse espaço. Mas tem um aspecto da sua pergunta que eu acho importante de abordar. Apesar de poderem existir sim abusos aos direitos de usos livres, o que eu mais vi até hoje na minha experiência foi pessoas com receio de fazer uso desses direitos que já existem, por medo de ser processadas, por não terem certeza sobre os limites. Isso é especialmente comum em instituições que têm como missão a difusão de conhecimento, como universidades, museus e bibliotecas. Vou te dar um exemplo: não existe, explícito na lei, um direito de fazer cópias para preservação. A cópia para preservação é a reprodução que é feita porque tem risco de a obra original se deteriorar com o tempo ou com o uso. Por exemplo, rolos de filmes antigos, que não foram conservados adequadamente e estão se perdendo. Para mim e para todo o campo que atua pensando nesses equilíbrios e tendo os direitos culturais como horizonte, é evidente que essa cópia é permitida quando temos em vista a legislação como um todo, a Constituição inclusive – e ela é do interesse de todo mundo, inclusive de autores e herdeiros. Mas muitos e muitas profissionais e instituições ficam com medo, por não existir uma previsão legal explícita, e acabam não fazendo. Então, eu sou da posição de que nós devemos trabalhar por aumentar a previsão dessas hipóteses na legislação sim, porque isso tem um efeito muito prático no cotidiano das pessoas que trabalham na cultura, na educação, na pesquisa. Mas aumentar essa previsão sem determinar que esses são os únicos usos possíveis, aqueles da letra da lei, por todos os motivos que eu já mencionei. G1 – O uso das licenças Creative Commons foi muito discutido há alguns anos no Brasil, especialmente no período de Gilberto Gil como ministro da Cultura. Mas me parece que, mais recentemente, ele não está tão em voga. Há outras ações nesse sentido além da cartilha? Gilberto Gil Divulgação Mariana Valente – Gilberto Gil sempre foi alguém à frente de seu tempo. Era incrível a visão dele, lá em 2006, sobre o que o Brasil poderia ser com a cultura digital. Ele fez muitíssimo pelo conhecimento livre e pelo CC não só no Brasil, mas no mundo todo – não há quem estava no movimento naquele momento e não se lembre dele e do impulso que ele deu para a causa. Mas é um erro achar que, por estar menos visível midiaticamente, o Creative Commons está menos em voga. Pelo contrário. O CC foi fundado em 2001, e em 2013 eu assisti a uma palestra com um de seus fundadores, Lawrence Lessig, que celebrava como o Creative Commons virou um elemento estrutural da internet. O que ele queria dizer com isso? Veja quantos projetos estão baseados na criação coletiva ou no compartilhamento, e têm seu funcionamento jurídico baseado em Creative Commons. Por exemplo, tudo que está na Wikipédia é licenciado em CC. Se você faz uma conta e começa a contribuir com um verbete, você concorda em licenciar suas contribuições em CC. A construção colaborativa de conhecimento que se dá ali só é possível juridicamente porque as pessoas concordam que suas contribuições vão ser usadas, reutilizadas, modificadas. Wikipedia Reuters E qualquer pessoa pode utilizar o conhecimento e as obras que estão naquele ambiente, desde que sigam os termos da licença (como por exemplo citar a autoria). Mas vamos além: a produção acadêmica brasileira está agregada no Scielo, um portal que está licenciado em Creative Commons. Isso se tornou o padrão da publicação da pesquisa nacional em português, o que é uma vitória enorme de profissionais e cientistas que lutaram por esse modelo. Nos Estados Unidos ou Europa, uma parte grande da produção está fechada por trás de portais que cobram alto pelo acesso, se você não está numa rede de uma universidade (nesse caso elas que pagam). Nós do Creative Commons Brasil temos assessorado também instituições de cultura que estão estabelecendo políticas para a publicação de seus acervos online em termos livres, e projetos como o Tainacan já trazem isso embutido, para a disseminação de acervos. Há políticas públicas aprovadas ou em elaboração, também, que preveem a utilização de licenças livres no caso de obras produzidas com recursos públicos, e cada vez mais universidades elaboram políticas de acesso aberto, para que a produção acadêmica de seus estudantes e profissionais seja também aberta e livremente acessível na internet – um exemplo marcante é a Fiocruz, que fez isso de forma pioneira, com o auxílio do advogado Allan Rocha, que é parte do movimento. Fachada da Fiocruz, no Rio Carlos Brito/G1 Rio A Iniciativa Educação Aberta, liderada pela Priscila Gonsales, vem fazendo progressos consideráveis na ampliação dos recursos educacionais abertos (licenciados com licenças livres) e políticas governamentais pela educação aberta. O Wiki Movimento Brasil tem assessorado instituições em projetos massivos carregamento de acervos e de seus metadados nos projetos Wikimedia (tudo em Creative Commons ou domínio público). O projeto Art+Feminism e o #VisibleWikiWomen, que são internacionais, liderados também por brasileiras como Juliana Monteiro e Adele Vrana, têm feito “editatonas” e outras iniciativas no Brasil para incluir conhecimento sobre mulheres na Wikipédia, também em caráter livre e incluindo imagens que possam ser acessadas e compartilhadas. Ou seja: o Creative Commons tornou-se mais silencioso, mas mais importante com os anos. Mas o ponto é que há muito mais o que fazer – por exemplo, quantas universidades ainda não estabeleceram suas políticas de acesso aberto, e quantos órgão governamentais ainda não refletiram sobre sua política de disseminação de conhecimento? Por que não temos ainda um movimento para os municípios disponibilizarem projetos públicos com licenças livres, para que outras cidades possam adaptar e assim evitar desperdício de recursos e boas soluções? A cartilha é, na verdade, só mais um instrumento para muitas atividades que a comunidade está desenvolvendo, e queremos que seja uma porta de entrada para outros contatos e outros projetos.

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Elenco de ‘Doctor Who’ revela bastidores do especial ‘A revolução dos Daleks’ e despedida

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Episódio está disponível no Globoplay com destaque para volta de John Barrowman como capitão Jack Harkness. Equipe diz ao G1 que chorou assistindo o especial. John Barrowman como capitão Jack Harkness Divulgação O reencontro do capitão Jack Harkness (John Barrowman) com Doctor (Jodie Whittaker) marca o especial de Ano Novo de "Doctor Who", “A revolução dos Daleks”, disponível no Globoplay. O episódio tem ainda a despedida de Ryan (Tosin Cole) e Graham (Bradley Walsh), que resolvem deixar de lado as viagens na TARDIS. No episódio, o empresário americano Jack Robertson (Chris Noth), que fez sua estreia no episódio “Aracnídeos no Reino Unido”, retorna com um plano. Ele tenta vender ao governo britânico um novo sistema de “drones de segurança” – mas que acaba colocando o planeta inteiro em perigo ao mexer com ninguém menos do que os temíveis Daleks. Em entrevista ao G1, o showrunner da série, Chis Chibnall, e os atores John Barrowman, Jodie Whittaker e Mandip Gil falam sobre como foi gravar “escondendo” o capitão Jack. Eles também comentaram a volta do personagem de Noth e a despedida dos colegas. G1 – Como vocês decidiram trazer Jack Harkness de volta, dez anos depois? E o quanto foi difícil manter isso uma surpresa? Como vocês conseguiram filmar as cenas em segredo? John Barrowman –A ironia é que eu fiz a prova do figurino no dia em que estava fazendo um show em Cardiff [no País de Gales, onde a série é filmada]. Ray (figurinista) veio ao hotel e era o mesmo hotel em que me hospedei com meu marido, Scott, depois que nos casamos e o hotel colocou fotos nossas no quarto. Então, estávamos fazendo a prova do figurino e eu tirei uma foto minha no quarto, com Cardiff ao fundo, e pensei “se as pessoas soubessem…” Quando estávamos filmando, eu era levado para o set disfarçado com moletons. E também fui capaz de despistar as pessoas porque disse que estava lá para reformar nosso apartamento. É uma coisa divertida. Acho que porque moramos em Cardiff e temos uma casa lá, as pessoas não acham estranho quando me veem na cidade. Eles não acham que eu estou lá filmando. Portanto, é uma coisa muito boa ter uma casa lá, porque isso os confunde. Chris Chibnall – Há muito tempo isso já vem sendo cozinhado. Sabíamos que ele voltaria para este especial, então o colocamos de volta na temporada anterior e no episódio dos Judoon no meio dela. Foi planejado por meio de muitos telefonemas e reuniões secretas, e reuniões não tão secretas, em shows de John Barrowman e coisas assim! Ele me contrabandeou nos bastidores e tivemos uma conversa secreta. Eu sabia que realmente queria que o Capitão Jack conhecesse o Décimo Terceiro Doutor e fazia muito tempo que ele não aparecia na tela em Doctor Who. E com os especiais de fim de ano, você quer que eles pareçam um agrado, e não há presente maior do que o Capitão Jack de John Barrowman. Cena do especial do fim de ano de 'Doctor Who', Intitulado 'A Revolução dos Daleks' Divulgação/BBC G1 – Neste especial vimos a Doutora se despedindo de dois de seus acompanhantes, o que é sempre emocionante. Quão desafiador é filmar uma cena como essa? Mandip Gill – Eu não sou realmente uma pessoa emotiva, mas até eu estava tipo 'isso é muito triste, eu nunca vou te ver de novo, você está tão ocupado, Brad, sempre filmando'. Mas é muito cedo para sentir falta deles, temos esse grupo de WhatsApp que está apitando o tempo todo e, obviamente, por causa do lockdown, não teríamos nos visto de qualquer maneira. Então é muito cedo para perceber o impacto de não estar com eles, porque estamos constantemente enviando memes ou uma mensagem. Chris Chibnall – Posso dizer que é muito emocionante, acho que todos nós choramos assistindo. É uma parte muito importante da mistura do especial, onde você tem muitas emoções, muito entusiasmo, muito humor, muitos Daleks e muitas emoções. É difícil, mas não nos esquivamos do que significa para esta família ter seus momentos finais juntos. E foi emocionante fora da tela, é emocionante na tela, e é uma coisa incrível. Porque é como Jodie disse, todos eles se conectaram e nunca se sabe se isso vai acontecer. Você nunca poderia saber que todos eles iriam se dar bem e se divertir tanto, e acho que todos nos sentimos muito sortudos por isso ter acontecido. E isso é refletido dentro e fora da tela, mas espero que tenha parecido uma boa despedida para esses dois personagens, aconteça o que acontecer com eles. Imagem do especial do fim de ano de 'Doctor Who' Divulgação/BBC G1 – Algumas pessoas dizem que o personagem de Jack Robertson é uma citação a Donald Trump. Qual a inspiração por trás dele? E por que você decidiu trazê-lo de volta? Chris Chibnall – Bem, eu amei o personagem dele, é uma atuação fabulosa de Chris (Noth). Ele adorou estar na série e estava muito ansioso para voltar. E a história de seu personagem não parecia ter terminado. Ele caiu em desgraça no final do episódio anterior em que o conhecemos. E a história de sua recuperação e como ele agarra seu caminho de volta ao mundo é vista nesta história. Jodie Whittaker – Ele foi brilhante. Nós nos divertimos muito, então estávamos tipo ‘ótimo!’. Eu acho que para nós é muito importante que se alguém vier, e vai deixar sua família, principalmente alguém que vem de fora, vai ter que ficar muito tempo longe, tem muita coisa acontecendo, você não quer que essa energia seja falsificada na cena, você quer que seja uma bolha de excitação. Acho que tivemos muita sorte com todos os artistas convidados que vieram, todos trouxeram muito, mas sinto que todos eles também se divertiram muito. Acho que Chris é um gênio da comédia, acho ele hilário. G1 – Tosin Cole (Ryan) e Bradley Walsh (Graham) deixaram a “família” no especial de Ano Novo – eles ainda podem retornar para aparições ocasionais, como aconteceu com Jack Harkness? E veremos isso acontecer com outros atores também? Chris Chibnall –Você terá que esperar para ver, não é? Cena do especial do fim de ano de 'Doctor Who' Divulgação/BBC VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento

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Por que ‘BBB21’ se tornou edição do ‘medo de cancelamento’?

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Vontade de bombar carreira, olho nos seguidores e medo de perder contratos pesam tanto quanto o prêmio na hora de guiar comportamentos. Mesmo com medo, há cancelados. Semana Pop conta fofocas e tudo o que você precisa saber sobre os VIPs do 'BBB 21' Só se fala em cancelamento no "Big Brother Brasil" deste ano. Às vezes, do medo constante de ser cancelado. Outras, de que é preciso dar uma "banana" para ele e viver de verdade. Na primeira roda de conversa entre os participantes, quase todos os artistas citaram a palavra. A influenciadora Camilla de Lucas chegou a decretar que o tema desta edição seria "cancelando o cancelamento". "Cancelar" é o termo usado quando você deixa de seguir ou de ser fã de alguém após o famoso falar ou fazer algo que tem uma repercussão negativa. Mas o que os participantes mais fizeram na primeira semana foi sentir medo de falar demais e desagradar o público. A atitude pode ser um reflexo da edição passada, que deixou cancelados, investigados, mas também alavancou carreiras e deixou uma porção de influenciadores digitais. Quem não foi cancelado se deu muito bem. Babu Santana chegou ao "BBB20" endividado e saiu com contrato com a Globo e convites para projetos. Manu Gavassi emplacou séries e hits. No "BBB21", com 20 artistas e anônimos querendo bombar a carreira ou o Instagram, esse cenário ganha outras dimensões. Por isso, todos estão com medo de o tiro sair pela culatra e o saldo de estar ao vivo na TV gerar uma popularidade negativa. E isso deixou muitos participantes acuados na primeira semana: A youtuber Viih Tube já entrou "cancelada". Em 2016, ela publicou um vídeo em que cuspia na boca de um gato e foi muito criticada. No "BBB", ela disse que tem muito medo do julgamento da internet; O cantor e ator Fiuk fez aulas sobre feminismo antes de entrar no programa e, desde o começo da edição, se desculpa e chora "por seus privilégios", já se preocupou se a palavra fulano carregava algum preconceito e se aproximou de pessoas que "militam' dentro da casa; Lucas Penteado brigou com algumas pessoas na segunda festa e a maioria dos participantes se afastou dele por medo da associação. Além disso, Lucas tem recebido “sermões” e “conselhos” de outros brothers; Os participantes estão sempre policiando as palavras e atitudes, e uma lista de “termos proibidos” já foi até tema de conversa em festa; Palavras como desconstrução e evolução são sempre usadas pelos confinados, que ponderam, repensam e tentam justificar suas atitudes constantemente. BBB21: medo de cancelamento vira preocupação entre brothers; entenda Cultura do cancelamento A "cultura do cancelamento" é muito popular nas redes sociais e consiste em críticas massivas a uma pessoa por conta de um comportamento considerado errado. No caso de artistas, ela pode implicar na perda de público, seguidores, trabalhos, contratos e patrocínios, por exemplo. No episódio sobre cultura do cancelamento do podcast G1 ouviu, o jornalista e professor Arthur Dapieve explica que o cancelamento é produto do mundo binário em que vivemos. “As redes sociais são binárias. Os próprios símbolos dados para curtir, descurtir tendem a ser binários, ou isto ou aquilo. E a vida, às vezes, é isto e aquilo ao mesmo tempo. Então fica mais um espírito de manada ‘vamos cancelar essa pessoa porque ela falou algo que eu não gostei’. A gente tende a confirmar aquilo que a gente já acha, existe essa carência nas redes sociais.” Mosaico dos participantes do BBB 21 Arte/Gshow Quase cancelados Mesmo com tanto medo, alguns participantes já foram quase cancelados na edição – inclusive por conta da tentativa desesperada de não serem. Fiuk e Lumena, por exemplo, não estão completamente cancelados, mas comentários e problematizações excessivos irritaram o público. E Lucas Penteado, protagonista de duas brigas, foi abandonado por sua assessoria de imprensa. Mas caso mais sério até o momento é o de Karol Conká. Dona de um repertório empoderado e feminista, a cantora tem feito comentários considerados ofensivos contra a atriz Carla Díaz, xenofóbicos contra a maquiadora e advogada Juliette, e maldosos contra Lucas Penteado, inclusive sugerindo que ele deveria "lavar a bunda dos outros participantes da casa" para se desculpar pela confusão causada. Muitos artistas já se posicionaram contra Karol, alguns dizendo que já tiveram problemas com ela e outros, que ficaram decepcionados com suas atitudes na casa. O comportamento já começa a impactar a carreira da cantora: a organização do Rec Beat Festival, que exibiria conteúdo gravado por ela, afirmou que está repensando a exibição devido aos comentários feitos na casa. Initial plugin text Cancelamento x crime Assim como o cancelamento, a crítica a essa cultura também se tornou popular. Mas muita gente ainda confunde cancelamento por opiniões conflitantes com punição por delitos. Em 2020, o "BBB" deixou muitos cancelados, como Daniel, por ser considerado inconveniente; Ivy, por votar sempre em Babu Santana; e Bianca Andrade, por ter flertado com Guilherme enquanto ele estava com Gabi Martins. Mas também houve casos que extrapolaram o simples cancelamento. O ginasta Petrix Barbosa foi investigado por supostos casos de assédio dentro da casa. E Felipe Prior foi investigado por denúncias de estupro e tentativa de estupro que ocorreram fora do “BBB”, mas que ficaram conhecidas por conta de sua participação no reality. Nos últimos anos, outras atitudes, comportamentos e falas de participantes iniciaram investigações policiais: O ex-BBB Laércio de Moura foi condenado a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável. A investigação foi iniciada depois de Laércio ter afirmado, dentro do "BBB16", que gostava de se relacionar com meninas mais novas; Paula von Sperling, vencedora do “BBB19”, foi indiciada por intolerância religiosa pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância depois ter feito comentários sobre outro participante; Marcos Harter foi indiciado por caso de agressão a Emilly Araújo no "BBB17"; Vanderson Brito, da edição de 2019, foi indiciado por lesão corporal leve. A denúncia foi feita um dia antes do ex-participante entrar na casa; VÍDEOS: Semana pop explica temas do entretenimento

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Após acusações de abuso, Marilyn Manson diz que ‘relacionamentos íntimos sempre foram consensuais’

terça-feira, 02 fevereiro 2021 por Administrador

Cantor se manifestou nas redes sociais após ser acusado de assédio e estupro por várias mulheres, incluindo a atriz americana Evan Rachel Wood. Marilyn Manson toca no Maximus Festival nesta quarta-feira (7) em Interlagos, em São Paulo Flavio Moraes / G1 Acusado de assédio e estupro por várias mulheres, incluindo a atriz americana Evan Rachel Wood, o cantor Marilyn Manson negou as alegações e afirmou que as relações foram consensuais. "Obviamente, minha arte e minha vida sempre foram ímãs para polêmica, mas essas afirmações recentes sobre mim são horríveis distorções da realidade." "Meus relacionamentos íntimos sempre foram totalmente consensuais com companheiras que pensam como eu", escreveu o músico em sua conta no Instagram. "Independentemente de como – e por quê – outras estão optando hoje por manipular o passado, esta é a verdade", completou. Initial plugin text Sobre Brian Warner, seu nome verdadeiro, existia há alguns anos a suspeita de que era o agressor denunciado em 2018 por Evan Rachel Wood durante uma audiência sobre agressões sexuais no Congresso, sem revelar sua identidade. Na mensagem publicada na segunda-feira (1), a atriz de filmes como "Aos Treze" ou "Tudo Pode Dar Certo" revelou que efetivamente seu agressor era o cantor. No Congresso, ela disse que foi violentada em várias ocasiões. Evan Rachel Wood, de 33 anos, afirmou que o cantor a "manipulou psicologicamente" quando não tinha nem 20. Ela conta que depois foi submetida "a horríveis abusos durante anos". Evan Rachel Wood diz que foi abusada durante anos por Marilyn Manson A atriz, da série "Westworld", esteve oficialmente em uma relação com Marilyn Manson por vários anos antes de ficarem noivos em 2010 e se separarem alguns meses depois. Em 2018, Evan Rachel Wood prestou depoimento no Comitê de Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes, falando de sua longa e dura experiência como vítima de abusos físicos e psicológicos. Em sua mensagem postada na segunda, ela revelou que seu agressor, cujo nome havia se recusado a fornecer na época, é Brian Hugh Warner. No Congresso, ela alegou, entre outras coisas, que havia sido estuprada várias vezes. Outras quatro mulheres, que afirmam ter tido uma relação afetiva com ele, acusaram o artista de manipulação, assédio, abuso e ameaças. Uma delas também menciona vários estupros. Sua relação começou em 2015. Em poucas horas, a gravadora de Manson, Loma Vista Recordings, anunciou sua separação do artista. "Diante das alegações perturbadoras de Evan Rachel Wood e outras mulheres nomeando Marilyn Manson como seu abusador, a Loma Vista deixará de promover, de forma imediata, seu álbum atual", afirmou a gravadora em um comunicado. "Devido a esses eventos preocupantes, também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em projetos futuros". Manson lançou três álbuns com a Loma Vista, o mais recente, "We Are Chaos", no ano passado. "Pulverizar" o crânio Marilyn Manson, 52 anos, criou uma personalidade pública com uma imagem perturbadora de inspiração gótica. Ele usa maquiagem e lentes de contato de diferentes cores e cabelos pretos. O nome do que era originalmente uma banda, mas agora se resume à sua pessoa, é inspirado em Marilyn Monroe e Charles Manson, conhecido pelo assassinato da atriz Sharon Tate. Seu universo musical, o "shock rock", combina o heavy metal com uma encenação espetacular para capturar o público, mesclando imagens satânicas e góticas. Dois de seus álbuns alcançaram o primeiro lugar em vendas nos Estados Unidos. As mulheres que fizeram seus relatos na segunda, muitas delas ex-groupies, retrataram um personagem tão sedutor quanto manipulador, capaz de prendê-las, ameaçá-las de morte ou obrigá-las a usar drogas. Várias das supostas vítimas afirmam sofrer de transtorno de estresse pós-traumático. "Estou farta de viver com medo das represálias, das calúnias e da chantagem", escreveu Evan Rachel Wood. Em uma entrevista ao site da revista Spin em 2009, Marilyn Manson disse que tinha "todos os dias a fantasia de pulverizar" o crânio de Wood "com um martelo". "Quero expor esse homem perigoso", declarou Evan Rachel Wood, "e bradar contra as muitas indústrias que permitem que ele faça isso, antes que ele destrua mais vidas". "Apoio Evan Rachel Wood e as outras mulheres corajosas que deram um passo à frente", comentou a atriz Rose McGowan, ex-companheira de Marilyn Manson no início dos anos 2000. McGowan foi uma das primeiras mulheres a denunciar o produtor de cinema Harvey Weinstein, com participação no movimento #MeToo. "Vamos deixar a verdade apareça", escreveu no Twitter. "Deixemos que a cura comece". Marilyn Manson não enfrenta até o momento nenhum processo penal. Em setembro, Dan Cleary, um ex-funcionário de Manson, afirmou ter visto o cantor "destroçar" Evan Rachel Wood durante as semanas em que a atriz o acompanhou em turnê, em 2007 e 2008. "Ele é um músico brilhante, um homem incrivelmente inteligente e engraçado", escreveu ele no Twitter, "mas também é um viciado em drogas e capaz de abusos psicológicos e físicos".

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