Tesouro Direto: resgates superam emissões pelo 3º mês seguido
Em setembro, retirada 'líquida' de recursos somou R$ 168 milhões. No mês, 289.943 novos investidores se cadastraram no programa. As emissões de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somaram R$ 1,855 bilhões em setembro. Os resgates totalizaram R$ 2,024 bilhões no período, informou o Ministério da Economia nesta sexta-feira (23).
Com isso, o resgate de títulos foi maior do que as emissões, pelo terceiro mês seguido, resultando em um "saída líquida" de R$ 168 milhões de recursos do programa no mês passado.
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet.
No mês passado, segundo o Ministério da Economia, o título mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 39,9%. Os títulos indexados à inflação corresponderam a 35,4% do total e, os prefixados (com correção fixada no momento do leilão), 24,7%.
Desde agosto, a taxa de de manutenção para investimentos no Tesouro Selic de até R$ 10 mil está zerada. O valor era de 0,25% ao ano, e foi reduzido pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela bolsa de valores brasileira, a B3.
Investidores cadastrados
De acordo com o Tesouro Nacional, 289.943 novos investidores se cadastraram no programa em setembro. Com isso, o número total de investidores cadastrados até o fim do mês passado atingiu 8.386.216, um aumento de 67,7% nos últimos doze meses.
"O número de investidores ativos chegou a 1.359.609, uma variação de 18% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 14.954 novos investidores ativos", informou a instituição.
Volume total
Em setembro, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o valor de R$ 61,5 bilhões, uma alta de 0,4% em relação ao mês anterior (R$ 61,2 bilhões).
"Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 48,8%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 31,6% e, por fim, os títulos prefixados, com 19,6%.", informou o Tesouro Nacional.
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YouTube lança página para defender suas políticas de remoção de conteúdo
Alvo frequente de críticas por suas decisões de moderação, plataforma tenta responder a cinco questionamentos frequentes. YouTube publica página para explicar algumas de suas diretrizes de conteúdo. Dado Ruvic/Reuters ee , O YouTube lançou na última quinta-feira (22) uma página sobre desinformação e conteúdos impróprios na plataforma, para tentar defender a maneira como aplica suas políticas. O material, chamado "5 mitos e fatos", tem posicionamentos sobre questões como "o YouTube não consegue combater fake news pois não possui uma política sobre o tema". A novidade é extensão de um portal de transparência lançado em setembro pela companhia. A plataforma de vídeos é destino frequente de materiais compartilhados em grupos no WhatsApp, e uma fatia deles contém conteúdo falso ou que induz a erro, como apontou um levantamento do G1 no início deste ano. Na nova página, o YouTube diz que a desinformação é tratada "com diversas ferramentas", que envolvem remoção de vídeos, destaques de fontes confiáveis e redução de recomendações de conteúdo duvidoso e desinformação nociva. Saiba mais: Vídeos de YouTube com informações falsas somam milhões de visualizações e alimentam debate político no WhatsApp Ao fim de cada "mito", a página tem um link para um "saiba mais", que amplia a resposta e leva os leitores a mais links sobre suas políticas. No entanto, a seção dedicada a responder se "o YouTube não remove conteúdo inadequado" diz que a plataforma tem "políticas claras que determinam qual conteúdo é permitido", mas não apresentava um link que mostrasse essas diretrizes. Pouco depois da publicação desta matéria, a empresa atualizou o tópico sobre remoção de conteúdo, incluindo links para as suas políticas. Conteúdos 'duvidosos' O YouTube tem sido questionado nos últimos anos por supostamente dar espaço a vídeos com discurso de ódio, teorias da conspiração e por manter os usuários em "bolhas", reforçando as recomendações de vídeos similares. A plataforma já foi criticada por governos que disseram que ela não fazia o suficiente para remover conteúdo extremista, e por anunciantes, que boicotaram o serviço por um breve período, quando anúncios foram colocados ao lado de vídeos considerados inadequados pelas empresas. No ano passado, a empresa anunciou mudanças no sistema de recomendação de vídeos, pouco tempo depois de ter sido acusada de ser usada por pedófilos para ver vídeos de crianças em roupas de banho e de remover milhares de filmagens que violavam suas políticas de terrorismo. De acordo com a companhia, as alterações nos algoritmos de recomendação teriam reduzido o consumo de conteúdos "duvidosos" como curas milagrosas a doenças graves, afirmações de que a Terra é plana ou que façam alegações falsas sobre eventos históricos. Questionada por que o YouTube mantém vídeos como esses, a gerente de políticas públicas do YouTube, Juliana Nolasco, disse ao G1 que há "uma preocupação em permanecer como uma plataforma aberta". "Queremos continuar trazendo multiplicidade de vozes, mas ao mesmo tempo nos preocupamos com a segurança dos usuários", afirmou Nolasco. "Quando acreditamos que um conteúdo é duvidoso, reduzimos a recomendação. E não tomamos essa decisão sozinhos, fazemos com parceiros e parceiras [especialistas nos temas]", completou. Definindo as diretrizes Para definir um vídeo "limítrofe", que não fere as diretrizes da plataforma, mas tem o seu alcance reduzido, são levadas em consideração 9 ou mais opiniões diferentes, segundo o YouTube. A companhia não detalha como esses especialistas são escolhidos, e diz apenas que algumas áreas exigem "especialistas certificados", como em questões médicas. Não existe uma página que reúna as pessoas ou instituições que colaboraram nesses casos. O consenso definido pelos especialistas é utilizado nos sistemas de aprendizado de máquina, que são os algoritmos desenvolvidos para detectar automaticamente vídeos que possam ferir as regras do YouTube. Alguns desses conteúdos "duvidosos" também podem receber um selo de checagem de fatos, que utiliza informações de parceiros da plataforma. Política de remoção Se por um lado o YouTube é alvo de críticas por não moderar alguns conteúdos, parte do público aponta que a plataforma pode agir como um "árbitro" ou errar em suas decisões. A gerente de políticas públicas do YouTube afirma que todas as regras são aplicadas "independente de quem publica o conteúdo". Saiba mais: Veja o que as redes sociais anunciaram para conter a desinformação nas eleições de 2020 "O desafio é na formulação das políticas e na aplicação delas de uma forma justa. Por isso temos um processo de notificação para os usuários nos avisarem de conteúdos que podem ferir as regras", disse Juliana Nolasco ao G1. "Também temos um mecanismo para aqueles que tiveram um conteúdo removido possam apelar da decisão", completou. Nesses casos, o conteúdo é reavaliado por um membro diferente do YouTube. Em seguida, o vídeo pode ser restabelecido, receber uma restrição de idade ou continuar fora do site. Veja os vídeos mais assistidos do G1 o
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INSS marca início da teleperícia para 6 de novembro
O governo federal definiu a data de 6 de novembro para o início da teleperícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O serviço será realizado com segurados que estejam acompanhados do médico do trabalho das empresas. Nos casos de empresas que não têm médico do trabalho, está mantida a necessidade de realizar a perícia presencialmente no INSS.
A decisão foi tomada porque, em uma teleperícia sem o segurado estar acompanhado de um médico especializado em saúde ocupacional, não seria possível realizar testes considerados essenciais para definir o estado da pessoa avaliada.
O plano foi apresentado nesta quinta-feira (22) pelo INSS ao Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública.
INSS: saiba como agendar ou remarcar perícia médica
O INSS informou ao TCU que para uma perícia em que o segurado não tivesse acompanhamento de um médico, seria necessário o órgão investir em equipamentos. Neste momento, de acordo com o INSS, tais gastos seriam pouco viáveis e exigiriam que os segurados também tivessem câmeras específicas.
Segundo o INSS, empresas médias e grandes já são obrigadas a ter médico do trabalho, por isso é grande o número de segurados que poderia ser atendido no novo sistema. O atendimento por teleperícia também deve tornar mais rápida a perícia presencial.
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Argentina ‘manterá ritmo lento de desvalorização da moeda’, diz ministro da Economia
Na avaliação do ministro Martín Guzmán, economia do país dá 'sinais de recuperação'. No início do mês, banco central local informou que passaria a permitir uma flutuação controlada do peso. O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, prometeu nesta sexta-feira (23) manter um ritmo lento de desvalorização da moeda local, apesar do aumento da pressão sobre o peso e da redução das reservas estrangeiras. A Argentina teve um "sério problema" com seu déficit fiscal por causa da pandemia de coronavírus, mas a economia real está dando "sinais de recuperação" e a desvalorização do peso não refletiu a verdadeira condição da macroeconomia do país, disse Guzmán em entrevista à Radio con Vos. O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman, em imagem de arquivo Remo Casilli/Reuters Crise e coronavírus: uma combinação às vezes 'impossível' para as empresas na Argentina Ele reconheceu que as expectativas de desvalorização da moeda prejudicam a economia, mas disse que a estabilização do câmbio não pode ser alcançada "de um dia para o outro". O banco central da Argentina informou no início deste mês que permitiria uma flutuação controlada do peso e abandonaria sua atual estratégia de "desvalorização diária uniforme" conforme busca adaptar sua política monetária em meio a turbulências econômicas cada vez mais intensas. Restrições cambiais adotadas na Argentina pra frear a escassez do dólar faz moeda disparar A diferença entre a taxa de câmbio oficial e a cotada nos mercados informais da Argentina chegou a 143% na quinta-feira, devido à desconfiança dos investidores e à forte demanda por dólares no mercado paralelo. Veja as últimas notícias de economia
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Bolsas da Europa fecham em alta, mas não evitam segunda semana consecutiva de perdas
O Stoxx 600 terminou a sexta-feira (23) em alta de 0,62%, a 362,50 pontos, mas recuou 1,36% na semana. A piora da pandemia na Europa, que culminou na adoção de novas medidas de restrição à atividade econômica em diversas partes do continente, pressionou as bolsas locais ao longo da semana, que fecharam com perdas acumuladas no período. No entanto, resultados positivos de empresas do setor automobilístico e financeiro impulsionaram os índices desta sexta-feira (23), que encerraram o dia em alta.
Com os ganhos, as principais referências europeias puseram fim a uma sequência de quatro pregões de perdas. O Stoxx 600 terminou a sexta-feira em alta de 0,62%, a 362,50 pontos, mas recuou 1,36% na semana.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,29% hoje, a 5.860,28 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve ganhos de 0,82%, a 12.645,75 pontos, enquanto, em Paris, o CAC 40 avançou 1,20%, a 4.909,64 pontos. Em Milão e Madri, as referências subiram 1,09% e 1,42%, respectivamente.
No acumulado semanal, o FTSE recuou 1%, enquanto o DAX perdeu 2,04%. O CAC 40 recuou 0,53%, e o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,54%. A exceção foi o IBEX 35, que avançou 0,64% no período.
Vários países europeus impuseram restrições e toques de recolher às populações para conter a propagação do vírus nesta semana. As autoridades francesas expandiram um toque de recolher noturno em 38 regiões do país. O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, alertou hoje que a economia vai se contrair no quarto trimestre, em entrevista à rádio Europe 1.
Na Europa, depois da Espanha, a França ultrapassou um milhão de casos
Enquanto isso, os dados econômicos continuam indicando que a economia europeia segue em dificuldades. Os dados preliminares dos índices de gerentes de compras (PMIs) de outubro mostraram que o índice composto da França caiu de 48,5 para 47,3, uma mínima de cinco meses. O PMI Composto da Alemanha recuou de 54,7 para 54,5, uma baixa de dois meses.
"A queda nos PMIs de outubro destaca o risco de que o resultado possa ser pior do que a (quase) estagnação que projetamos para o PIB do quarto trimestre na zona do euro e no Reino Unido", afirmam os economistas do Berenberg.
Apesar da piora na trajetória da pandemia e da recuperação econômica da Europa, resultados corporativos impulsionaram os índices do continente nesta sexta-feira.
As ações do Barclays avançaram 6,96% após o banco do Reino Unido ter relatado receita total, lucro líquido e lucro antes dos impostos no terceiro trimestre maiores do que o mercado esperava.
O setor bancário foi o grande destaque positivo dentro do Stoxx 600, fechando o dia em alta de 2,80%. As ações do HSBC subiram 4,71% e as do Banco Santander tiveram alta de 3,35%.
As fabricantes de automóveis também tiveram desempenho positivo hoje. A Daimler fechou em alta de 0,47%, após ter relatado um aumento no lucro, mas uma queda na receita. No setor automobilístico, destaque para a Michelin, que subiu 3,70%.
No lado negativo, as ações da Kering caíram mais de 3,15% depois que o grupo de bens de luxo relatou vendas do grupo melhores do que o esperado no terceiro trimestre, mas decepção com o desempenho da marca Gucci, disseram analistas do Citigroup.
"Com as ações tendo superado os pares nos últimos três meses (+13%, contra +7% do setor e uma queda de 6% no mercado europeu) e a provável decepção com a Gucci, a reação do preço das ações pode ser mista", disse uma equipe de analistas liderada por Thomas Chauvet, em nota aos clientes.
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Toffoli vota por proibir estados de tributar doação e herança enviada do exterior para o Brasil
Constituição prevê que tema deve ser regulado por lei complementar que até hoje não foi editada, o que levou governos estaduais a instituírem cobrança por conta própria. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (23) por impedir que estados fixem a cobrança de um imposto que incida sobre doações e heranças enviadas a residentes por pessoas que moram no exterior.
Os ministros discutem a validade das legislações locais em relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), um tipo de tributo previsto na Constituição que incide sobre doações e herança de patrimônio.
A Constituição prevê que uma lei complementar deverá ser editada para regulamentar a competência para cobrar o tributo de quem mora no país e recebe uma doação ou herança de quem está no exterior, mas ela nunca foi editada.
Sem uma norma geral, estados editaram normas locais estabelecendo regras gerais de cobrança.
Relator do caso, o ministro Dias Toffoli foi o primeiro a votar e defendeu que a Constituição impôs um limite à atuação dos estados nesses casos. Segundo o ministro, mesmo diante da falta de uma lei federal complementar para tratar do tema, os estados não podem legislar sobre o tema.
“A Constituição de 1988 não concedeu aos estados a competência para instituir o ITCMD nessa hipótese, pois tal competência deve ser regulada por lei complementar”, afirmou o ministro.
Toffoli defendeu ainda o julgamento do STF só produza efeito para casos futuros, após a publicação do resultado.
Perda bilionária para os estados
Para se ter uma ideia do impacto nos cofres dos Estados, a Secretaria da Fazenda e Planejamento de SP informou ao STF que, caso os ministros entenderam que não cabe a tributação, a perda estimada é de R$ 5,4 bilhões em cinco anos.
Em julgamento no plenário virtual previsto para terminar no dia 3 de novembro, os ministros vão decidir se estes textos são ou não válidos. A decisão dos ministros terá repercussão geral, ou seja, deverá ser obedecida por outras instâncias da Justiça no país.
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Livro explica as ramificações da ‘árvore’ da música brasileira em 23 textos de alcance sociológico
Capa do livro 'Uma árvore da música brasileira' Divulgação Resenha de livro Título: Uma árvore da música brasileira Autores: Guga Stroeter e Elisa Mori (organização) Editora: Edições Sesc Cotação: * * * * ♪ Resultante da mistura da matriz negra africana com os sons indígenas, as harmonias europeias e a influência incisiva da cultura norte-americana, a música do Brasil reflexe essa miscigenação na diversidade rítmica, melódica e lírica dos sons que brotam em todos os cantos do país. Editado pelo Sesc de São Paulo, o livro Uma árvore da música brasileira historia e explica as múltiplas ramificações dos sons produzidos em solo nacional a partir de 23 artigos apresentados com a organização do músico e produtor Guga Stroeter e da pesquisadora Elisa Mori. Cada gênero da música do Brasil é apresentado sob a perspectiva de um artista ou pesquisador associado a esse gênero específico. Com diferentes alcances sociológicos e/ou musicais, os textos possuem valor oscilante, mas, no conjunto da obra, formam um todo interessante por fugir da abordagem acadêmica ao explicar cada estilo sob a ótica de quem faz parte da cadeia produtiva da música. O texto do rapper paulistano Xis, por exemplo, sobressai no livro por mostrar como a cultura do hip hop molda a personalidade musical de jovens da periferia, permitindo ascensão social vinda após muita luta. O produtor e músico Alexandre Kassin também brilha ao expor com fluência a evolução da música eletrônica, mais antiga do que se supõe. Se Paulo Catagna opta pelo didatismo formal ao discorrer (longamente) sobre a modinha e o lundu, gêneros seminais dos séculos XVIII e XIX, o ás do bandolim Izaias Bueno de Almeida explica o choro em texto breve, sucinto e certeiro. Compositor e escritor, o bamba Nei Lopes dá a habitual aula sobre o samba, montando bom painel evolutivo do gênero. Já o baterista Luiz Franco Thomaz – o Netinho, músico do grupo Os Incríveis – peca por enfatizar mais a própria trajetória no texto em que contextualiza (mal) a explosão pop da Jovem Guarda de 1965 a 1967. Suzana Salles também parte da experiência pessoal – no caso, como jurada de festival de marchinhas – para escrever sobre o gênero carnavalesco sem a preocupação de oferecer precisa abordagem histórica da música de Carnaval. Paulo Freire se destaca ao alinhar diferenças entre música caipira e sertaneja sem pré-conceitos, valorizando tanto os trabalhos dos pioneiros tradicionais quanto os artistas do sertanejo mais urbano, caso de Chitãozinho & Xororó, dupla exaltada por Freire. A partir de entrevista com Oswaldinho do Acordeom, a historiadora Liliane Braga consegue fazer boa introdução ao universo do forró, termo que abarca diversos gêneros da música do nordeste do Brasil. Aliás, Liliane Braga é a única com dois textos no livro, apresentando também crônica afetuosa sobre Milton Nascimento e o Clube da Esquina. Já O pianista, compositor e arranjador Nelson Ayres discorre muito bem sobre a música instrumental, em texto tão fluente quanto elucidativo. Se o compositor Caetano Zamma romanceia a gênese da bossa nova, o músico Marco Mattoli explica com propriedade o balanço do samba-rock, subgênero do samba. Júlio Medaglia fala com maestria sobre a Tropicália. Mas nenhum artigo sintetiza tão bem a pluralidade dos sons nacionais como o (longo e excelente) texto do cantor e compositor Chico César sobre a música produzida no Brasil no fim do século XX. O artista mapeia a geografia ampla de uma música que se alimenta entre os gêneros e se renova constantemente pela própria natureza mestiça e gregária. Em cena desde os anos 1990, o próprio artista paraibano é fruto dessa árvore frondosa enraizada no solo do Brasil e exposta nos textos que compõem livro indicado para quem se interessar em sair do próprio nicho para entender a pluralidade do som brasileiro.
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Fã-clubes de Luan Santana anunciam pausa em atividades: ‘Precisamos de um tempo para refletir’
'Somos uma via de mão dupla, e no momento, um dos lados, está estático', alegam oito grupos. Outros fãs saíram em defesa do artista. Assessoria informa que ausência de Luan nas redes é por causa de compromissos profissionais. Luan Santana se apresenta em festa de carnaval na cidade de São Paulo Eduardo Martins/AgNews Oito fã-clubes de Luan Santana se uniram e anunciaram uma pausa nas atividades. Em um comunicado em conjunto, eles informaram: "Fizemos de tudo, demos todos os sinais com clareza de detalhes, temos nossa vida pessoal e profissional, e mesmo assim continuamos fazendo as tarefas daqui também, já que aceitamos esse compromisso." "Somos uma via de mão dupla, e no momento, um dos lados, está estático, impossibilitando que o outro continue trabalhando sozinho". No texto, eles reclamam da ausência do cantor nas redes sociais em um momento em que não estão podendo ter contato físico com o Luan por conta da pandemia. "No momento em que não podemos ter nem um contato físico, que já nos era limitado antes, diante do número de vagas insuficientes para camarim, e caos em aeroportos e hotéis causados pela pressa nos atendimentos, não temos também a presença de quem era pra ser o nosso combustível diário através das redes sociais", defende o grupo. (Confira comunicado na íntegra mais abaixo). Eles usaram ainda um trecho da música "Boa Memória" do cantor – "Amar é saber sair de cena" – para definir o momento com um banner em suas páginas oficiais. Procurada pelo G1, a assessoria de Luan Santana informou: "Luan Santana está no México desde domingo à noite, quando chegou do aeroporto e foi direto para reunião com compositores e produtores locais. A sua ausência nas redes sociais é por conta do compromisso em questão, que tem como objetivo único mostrar mais um trabalho primoroso e à altura do carinho e reconhecimento do seu público." #estamoscomvocêluan Nos comentários dos comunicados sobre o blackout, muitos fãs saíram em defesa do cantor, alegando que não era o momento certo para tal ação dos fã-clubes, usando a hashtag "estamos com você Luan". Isso porque Luan Santana e Jade Magalhães anunciaram, no início desta semana, o término do relacionamento de 12 anos. "Eu concordo, mas não acho que seja o momento certo pra essa decisão. Luan precisa de apoio mais do que nunca com tudo isso que tá acontecendo na vida dele. Mas, a decisão é de vocês e já foi tomada, boa sorte", escreveu uma fã. "Gente. Isso pra mim está sendo incoerente, eu sei que isso que está acontecendo não está certo, mas tomar essa atitude agora…sabe…o Luan está precisando de apoio, ele acabou de terminar um relacionamento de 12 anos.. tanto ele quando a Jade estão com seu emocional abalado", postou outra. "Nunca se esqueça, seja lá o que aconteça, os seus fãs de verdade nunca irão te abandonar. Eu te amo eternamente", comentou uma terceira, manifestando seu apoio ao cantor. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Veja comunicado do grupo de fã-clubes na íntegra: "Não é de hoje, nem de ontem. Vem de muito tempo. Quem realmente presta atenção nos fatos, provavelmente sabe do que estamos falando. Não foi uma ação específica, foi um conjunto de fatores que influenciaram nossa decisão. No momento em que não podemos ter nem um contato físico, que já nos era limitados antes, diante do número de vagas insuficientes para camarim, e caos em aeroportos e hotéis causados pela pressa nos atendimentos, não temos também a presença de quem era pra ser o nosso combustível diário através das redes sociais. Não queremos que ele explane a vida como influenciadores fazem, mas, como pessoas que sempre estiveram aqui desde o início, acreditamos que merecemos participar um pouco dela fora de estúdio, fora de holofotes. Não queremos roteiro, nem ninguém dizendo o que ele deve fazer ou não, queremos espontaneidade, e isso vem faltando há muito tempo. Fizemos de tudo, demos todos os sinais com clareza de detalhes, temos nossa vida pessoal e profissional, e mesmo assim continuamos fazendo as tarefas daqui também, já que aceitamos esse compromisso. Somos uma via de mão dupla, e no momento, um dos lados, está estático, impossibilitando que o outro continue trabalhando sozinho. Precisamos de um tempo para respirar e refletir, para tomarmos a decisão certa quanto a continuar ou não. Diante de tudo isso, decidimos, em conjunto, paralisar as nossas atividades. Pedimos desculpas a quem nos acompanha e sentimos muito, mas é algo que é necessário nesse momento. Luan Daily, News Luan Santana, Planeta Santana, Projeto Luan Santana, Modéstia Santana, Vips Capixabas, Spies Santana, Tags Luan." Fã-clubes de Luan Santana anunciam paralisação nas atividades Reprodução/Twitter Luan Santana canta "Meteoro" no Planeta Atlântida 2020
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Edi Rock anuncia gravação com Thiaguinho em música ‘para a família’
Cantor de pagode integra o time de convidados do álbum 'Origens 2 – Ontem, hoje e amanhã'. ♪ Thiaguinho é um dos convidados de Edi Rock no álbum Origens parte 2 – Ontem, hoje e amanhã, programado para ser lançado na sexta-feira, 23 de outubro, pela gravadora Som Livre. O cantor paulista de pagode participa da música intitulada Um novo amanhã. A intenção do rapper paulistano foi se unir a Thiaguinho para fazer “um som para todos, desde a criança até o idoso, (um som) daqueles que as pessoas podem colocar na sala de casa ou no lazer com a família reunida”. Além de Thiaguinho, a sequência do álbum Origens traz também Jorge Du Peixe. O vocalista da banda Nação Zumbi é parceiro e convidado de Edi Rock na música Vai, faixa produzida por Pedro Penna, também creditado como autor da composição.
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Roberto Menescal ganha tributo de artistas japoneses pelos 60 anos da canção ‘O barquinho’
♪ Roberto Menescal faz 83 anos no domingo, 25 de outubro. Em sintonia com a data, artistas japoneses se uniram em clipe e single com gravação coletiva da canção O barquinho, standard mundial da obra composta por Menescal em parceria com o letrista Ronaldo Bôscoli (1928 – 1994). A intenção foi celebrar Menescal pelos 60 anos da criação de O barquinho. Lançada em disco em 1961, em gravações de Maysa (1936 – 1977), João Gilberto (1931 – 2019) e Pery Ribeiro (1937 – 2012), entre outros cantores, a música O barquinho emergiu em 1960 durante passeio de barco pelos mares de cidades fluminenses como Arraial do Cabo (RJ) e Cabo Frio (RJ). Pilotada por Menescal com Bôscoli e outros amigos, a embarcação pifou no meio da viagem. Enquanto aguardava o resgate marítimo, Menescal dedilhou ao violão a melodia leve de O barquinho, letrada posteriormente por Bôscoli com versos ensolarados. Um dos símbolos da Bossa Nova, a canção ganha registro conjunto de nove artistas japoneses – Akiko Morishita, Michinari Usuda, Noriko Ito, Sachiko Yoshino, Nina, Yoshiro Nakamura, Tomoko Nunokami, Saigenji e Kumi Hara – em gravação feita com arranjo do próprio Menescal e produção musical de Kazuo Yoshida. Detalhe: Menescal pediu que, nessa gravação, a música O Barquinho fosse cantada em português pelos cantores do Japão, país que valoriza a Bossa Nova mais do que o Brasil.
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