‘Borat Subsequent Moviefilm’ mira seguidores de Trump e negacionistas do Holocausto
Segundo filme do personagem de Sacha Baron Cohen estreia nesta semana no Amazon Prime. Primeiro longa do comediante britânico foi lançado em 2006 e foi sucesso de bilheteria. Sacha Baron Cohen no segundo filme do personagem Borat Divulgação Borat, o jornalista cazaque fictício encarnado por Sacha Baron Cohen, está de volta e põe na mira os negacionistas do Holocausto e os seguidores do presidente Donald Trump, bem como seu advogado, Rudy Giuliani. O filme "Borat Subsequent Moviefilm" (ainda sem título em português) estreia na sexta-feira na plataforma Amazon Prime. O primeiro longa do comediante britânico de 2006, um sucesso de bilheteria, arrecadou US$ 260 milhões e lhe rendeu uma indicação ao Oscar. Rodado em sigilo durante o verão no hemisfério norte, quando os Estados Unidos começaram a relaxar o confinamento pelo novo coronavírus, no longa a câmera segue Baron Cohen enquanto ele interage com as pessoas comuns e políticos através de seu alter-ego desajeitado e altamente ofensivo. Embora os detalhes da trama permaneçam em segredo, uma das cenas envolve Giuliani, que chamou a polícia em julho, depois de ter concedido uma sórdida "entrevista" em um quarto de hotel para uma jovem atraente e paqueradora. No filme, o encontro parece deixar o ex-prefeito de Nova York, de 76 anos, em uma situação muito embaraçosa, literalmente com as mãos presas dentro das calças. Giuliani, que não atendeu aos pedidos da AFP, disse ao "New York Post" ter pensado que o encontro fosse uma entrevista séria sobre os esforços do governo Trump para combater a pandemia. "Só um pouco depois me dei conta de que era Baron Cohen. Pensei em todas as pessoas que ele enganou anteriormente e me senti bem comigo mesmo, porque não me pegou", disse Giuliani ao jornal, acrescentando ser "fã de alguns de seus filmes". 'Saudamos Trump' Giuliani, aliado próximo de Trump, é a vítima mais destacada do círculo do presidente no filme. Baron Cohen escreveu em um artigo de opinião recente na revista "Time" que temeu por sua vida depois de participar de um comício sobre os direitos ao porte de armas no Washington. No longa, Borat, caído em desgraça pelos eventos do primeiro filme, tenta redimir a si e ao seu país, levando um presente ao vice-presidente Mike Pence, que aparece rapidamente. A campanha de marketing incluiu uma conta fictícia do governo do Cazaquistão no Twitter, com mensagens como "Parabenizamos Trump por esmagar a covid que os democratas lhe deram", e cumprimentos a Mike Pence por seu desempenho no debate. Pence é descrito como o vice-presidente "Pussygrabber", em alusão às gravações de Trump durante a campanha passada, na qual o presidente se vangloriou de agarrar as mulheres. Baron Cohen apareceu na pele do personagem na noite de segunda-feira no programa de TV de Jimmy Kimmel, a quem aplicou um "questionário da peste do cazaque normal", antes de submetê-lo a um exame físico pouco ortodoxo. Ações judiciais Muitas das vítimas de Baron Cohen no filme foram novamente membros involuntários do público. Várias pessoas que apareceram no filme original, inclusive uma dupla de estudantes universitários bêbados, processaram os cineastas por enganá-los para que aparecessem na fita. O novo filme também já foi alvo de um recurso na justiça pelo testemunho de um sobrevivente do Holocausto, que morreu no verão boreal pouco depois de falar com Borat e a produção do documentário falso. Judith Dim Evans aparece no filme para ensinar Borat sobre o Holocausto e é apresentada de forma positiva. Mas sua filha recorreu à justiça porque sua mãe não queria ser incluída em uma comédia que abordasse o Holocausto. "Ao tomar conhecimento, depois de dar a entrevista, de que o filme era na realidade uma comédia destinada a debochar do Holocausto e da cultura judaica, a senhora Evans ficou horrorizada e se incomodou", diz o recurso, ao qual a AFP teve acesso. Baron Cohen, que é judeu, é um crítico declarado do antissemitismo e das teorias da conspiração e, sobretudo, de sua propagação nas redes sociais.
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Paul McCartney vai lançar álbum ‘McCartney III’ em dezembro
'Cada dia eu começava a gravar com o instrumento em que compus a canção, e gradualmente ia acrescentando camadas, foi muito divertido', contou ele. Paul McCartney durante show no Hollywood Casino, em julho de 2017 Kamil Krzaczynski / AFP Paul McCartney lançará em dezembro "McCartney III", com canções compostas, tocadas e produzidas pelo beatle, 50 anos após seu primeiro disco solo. Gravado neste ano em Sussex, no sul da Inglaterra, "McCartney III" tem Paul cantando e tocando guitarra ou piano ao vivo e complementando-as com baixo e bateria. O futuro lançamento se junta a dois outros álbuns, McCartney e McCartney II, criados unicamente pelo músico de 78 anos em momentos críticos de sua vida, nos anos 1970 e 1980, em que buscava um renascimento criativo. "Estava vivendo a vida de quarentena na fazenda com minha família e ia ao estúdio todo dia. Tinha que trabalhar um pouco em uma trilha sonora, e isso se transformou na faixa de abertura, e quando estava pronta pensei 'o que vou fazer em seguida?'", contou Paul. Foi quando ele se voltou a fragmentos parcialmente finalizados que criou ao longo dos anos. "Cada dia eu começava a gravar com o instrumento em que compus a canção, e gradualmente ia acrescentando camadas, foi muito divertido. A questão era fazer música para mim mesmo, ao invés de música que tem que cumprir uma função. Então, fiz coisas que deu vontade de fazer. Não fazia ideia de que acabaria sendo um disco." "McCartney III" é descrito como um disco que oferece uma gama vasta e íntima de sensações e climas, do reflexivo ao melancólico, do brincalhão ao estridente e tudo que existe entre um e outro.
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O Menino Maluquinho: o moleque quarentão
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44ª Mostra Internacional de Cinema começa nesta quinta em streamings e drive-ins; veja destaques
Evento vai até 4 de novembro com 198 filmes. Longa premiado com Elisabeth Moss e brasileiro com Andréa Beltrão e Marina Lima estão na programação. Brasileiro 'Verlust', mexicano 'Nova ordem' e americano 'Shriley' estão na programação da 44ª Mostra Internacional de cinema de São Paulo Reprodução A 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo começa nesta quinta-feira (22) e vai até 4 de novembro com 198 filmes na programação. O G1 lista, abaixo, quais são os destaques. Neste ano, a maior parte dos filmes será exibida on-line devido à pandemia de Covid-19. Eles vão estar disponíveis em três plataformas: a Mostra Play, o Sesc Digital e a Spcine Play. Alguns filmes serão gratuitos. Outros custarão R$ 6. O evento também levará sessões para dois cinemas drive-in na capital: o Belas Artes drive-in e o CineSesc Drive-in. Veja a programação completa no site da Mostra O mexicano "Nova ordem" abre o evento. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza, ele narra protestos e um golpe de estado na Cidade do México por meio da história de uma família rica e seus empregados. Cinemas de volta: Como as sessões e salas vão se adaptar para a reabertura Acha caro ir ao cinema? Entenda como se calcula o valor dos ingressos e a divisão da bilheteria Brasileiros Filme brasileiro 'Cidade pássaro', selecionado para o Festival de Berlim Divulgação "Cidade pássaro", coprodução entre Brasil e França, é um dos destaques entre os 30 filmes nacionais na programação. Dirigido por Matias Mariani, ele foi selecionado para a mostra Panorama no Festival de Berlim e acompanha a história de um músico nigeriano que vai a São Paulo em busca do irmão mais velho. O filme foi recebido com aplausos no festival. "Todos os mortos", de Caetano Gotardo e Marcos Dutra, conta a história de uma família em declínio no fim do século 19, narrada por três mulheres. O longa, que concorreu ao Urso de Ouro, expõe o racismo estrutural brasileiro. Filme brasileiro 'Todos os mortos' Divulgação/festival de Berlim E "Verlust", filme de Esmir Filho com Andréa Beltrão e a cantora Marina Lima, acompanha uma poderosa empresária que prepara uma festa em uma praia isolada. Em crise no casamento e com a filha, administra a carreira de uma pop star complicada. "Quando uma criatura estranha surge do fundo do mar, a crise se instaura", diz a sinopse. Marina Lima e Andréa Beltrão estão no filme 'Verlust' Reprodução/Instagram/Andréa Beltrão 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema traz seleção com 198 filmes Premiados Há uma grade seleção de filmes premiados em festivais internacionais na mostra deste ano. Um dos principais destaques é o iraniano "Não há mal algum", vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, em fevereiro. É um filme sobre liberdade individual em um país governado por um regime autoritário e que exerce a pena de morte. Ao fazer esse longa, o diretor Mohammad Rasoulof driblou uma proibição de filmar imposta contra ele. A atriz iraniana Baran Rasoulof posa com o Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim 2020 ao lado do presidente do júri, o ator britânico Jeremy Irons Tobias Schwarz/AFP Outro filme que merece atenção é "Shirley", terror biográfico com Elizabeth Moss e Logan Lerman inspirado na escritora de terror e mistério Shirley Jackson. Na história, ela sofre uma crise de inspiração para seu novo livro quando o marido recebe um casal de universitários para hospedar. "Shirley" ganhou o Prêmio Especial do Júri de drama norte-americano do Festival de Sundance. Michael Stuhlbarg e Elisabeth Moss em cena do filme 'Shirley' Reprodução O canadense "Beans" venceu o prêmio Estrelas em Ascensão do Festival de Toronto. Baseado em fatos reais, mostra o embate entre o governo de Quebec e duas comunidades nos anos 1990. Em meio aos protestos, o filme mostra o amadurecimento e os conflitos da adolescente Beans. E "Isso não é um enterro, é uma ressurreição", uma coprodução entre Lesoto, Itália e África do Sul, foi vencedor do Prêmio Especial do Júri de cinema dramático do Festival de Sundance. Ele conta a história de uma viúva de 80 anos que perde o filho e fica sozinha. Ela, então, planeja sua morte e seu enterro em um cemitério da cidade, ameaçado por planos do poder local de transformá-lo em barragem. Também merecem destaque dois filmes do artista Ai Weiwei: o documentário "Coronation", que mostra o confinamento em Wuhan durante o início da pandemia de Covid-19, e "Vivos", sobre desaparecimentos forçados no México. Homenagem a funcionários da Cinemateca Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, possui o maior acervo de imagens em movimento da América Latina, com cerca de 200 mil rolos de filmes Alf Ribeiro/Estadão Conteúdo Neste ano, a mostra vai homenagear os funcionários da Cinemateca Brasileira com o Prêmio Humanidade. "Essa decisão foi tomada num impulso, em um momento de indignação e, por que não, de paixão?", diz a organização do evento. Em agosto, os 52 funcionários da Cinemateca Brasileira foram demitidos depois que o governo federal assumiu a gestão do órgão. Segundo os organizadores do Movimento SOS CINEMATECA, a instituição não recebe recursos governamentais para o básico, incluindo atrasos em salários, contas de água e energia, fim do contrato com a brigada de incêndio e com a equipe de segurança. O documentarista americano Frederick Wiseman, diretor de "City Hall", também será homenageado com o prêmio. Entidades e funcionários da Cinemateca protestam em frente a instituição na manhã desta sexta-feira (7) Suamy Beydon/Agif/Estadão Conteúdo Serviço Belas Artes Drive-in Onde: Memorial da América Latina – Entrada pela Rua Tagipuru s/no. – Portão 2 – São Paulo Quando: de 22/10 a 4/11 Horários: a partir das 18h40 Valor: R$ 65 para carro com até 4 pessoas Capacidade: 100 carros CineSesc Drive-in Onde: Sesc Parque Dom Pedro II – Praça São Vito s/n, Centro – São Paulo Quando: de 22/10 a 4/11 Valor: R$ 40 a inteira para carro com até 4 pessoas, e R$ 20 a meia VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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‘Desalma’ discute relação com a morte em cidade parada no tempo: ‘É um encontro de almas’
Cássia Kis fala sobre suspense sobrenatural e personagem bruxa na série que estreia nesta quinta (22) no Globoplay. Claudia Abreu e Maria Ribeiro completam o trio protagonista. Cássia Kis fala sobre 'Desalma', nova série do Globoplay "'Desalma' é uma história de relacionamentos muito profundos que chega em um lugar incrível, que é a alma". É assim que Cássia Kis descreve a série que estrela ao lado de Claudia Abreu e Maria Ribeiro. Assista vídeo acima. O suspense sobrenatural estreia nesta quinta (22) no Globoplay com dez episódios. O povoado pacato de Brígida é o cenário de fenômenos que assombram a população por décadas e é marcado por rituais de bruxaria que buscam trazer almas de pessoas que não estão mais por aqui. Cássia Kis interpreta a feiticeira Haia, que sofre com a morte repentina da filha no final dos anos 80, primeira fase da série. As consequências dessa perda persistem por quase 30 anos, na outra fase em 2018. Cássia Kis interpreta a feiticeira Haia na série 'Desalma' Divulgação/Globoplay "Foi divertido e está sendo divertido fazer esses dois momentos. Eu sou uma mulher de 62 anos com essa cara de 305", brinca a atriz. "É uma história de uma família, de uma mulher com seu marido, ela com sua filha… Depois, o desaparecimento dessa filha e as consequências disso nestes 30 anos esse vácuo, esse buraco que essa mulher foi parar", explica. Floresta e influência ucraniana A floresta é um importante cenário para 'Desalma'; série tem 75% do elenco de novos atores Divulgação/Globoplay "Desalma" se apoia na cultura ucraniana para reproduzir a mitologia, as lendas e as festas, como Ivana Kupalla, uma das principais comemorações do calendário eslavo. "Não para Haia só, mas para a história toda é quase uma ameaça, assusta. É uma festa de tradição ucraniana linda, uma festa de amor, de relações amorosas entre meninas e rapazes e acontece uma tragédia dentro dessa festa", explica Cássia. Outro cenário importante para a série é a floresta. Na série, ela é um local de encontro, celebração e magia. "A floresta de um modo geral esconde histórias. A gente entra em uma floresta e as coisas começam sempre a acontecer os barulhos, as coisas que a gente não conhece", afirma Cássia Kis. "Dentro da floresta, nesse caso, tem gente, tem alma, tem vozes. Ela pulsa porque é floresta, porque está viva, mas pulsa mais e, de outro jeito, porque tem alma", continua. Foi lá que a filha de Haia, personagem de Cássia, morreu em uma celebração da Ivana Kupalla. Giovana (Maria Ribeiro) e as filhas Melissa (Camila Botelho) e Emily (Juliah Mello) em 'Desalma' Divulgação/Globoplay A provocação sobre a relação humana com a morte é constante na série e aparece também nas histórias de Ignes (Claudia Abreu) e Giovana (Maria Ribeiro). "Desalma' é um drama sobrenatural que fala da nossa relação com a morte e a dificuldade de aceitar as perdas. A partir dessa não aceitação que entra a atmosfera sobrenatural, com a personagem Haia (Cássia Kis), que faz parte de uma linhagem de bruxas ucranianas", explica o diretor artístico Carlos Manga Jr. Cláudia Abreu comenta estreia de 'Desalma' e chegada aos 50: 'A maturidade é subestimada' 'Direção sugerida' Para Manga Jr., representar o universo sobrenatural está mais relacionado ao que não aparece, o que não é dito do que em efeitos especiais, como voos ou paredes atravessadas pelas personagens. "Nós escolhemos a direção sugerida, aquela que não mostra. É uma série que surpreende porque não trabalha nas mensagens diretas e, sim, no subliminar", diz Manga Jr. "Se eu pudesse usar três palavras para definir a atmosfera de ‘Desalma’ seriam densidade, estranheza e rigor. É usar a tecnologia – os efeitos à nossa disposição – para que isso seja invisível". Escrita por Ana Paula Maia, "Desalma" foi gravada em locações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, e tem 75% do elenco de jovens atores. Antes da estreia no streaming, a série foi selecionada para exibição no festival de Berlim em fevereiro. VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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Camilla de Lucas lamenta má vontade com humoristas mulheres e planeja aulas de teatro
'Mulher tem muito isso de dizer que ela é forçada, que quer aparecer.' G1 publica entrevistas com mulheres que estão fazendo sucesso com humor em vídeos curtos. Camilla de Lucas Reprodução/Instagram Camilla de Lucas não surgiu nas redes sociais na quarentena, mas triplicou seus seguidores nesse período ao retratar personagens que marcam presença no pagode, na igreja ou no churrasco de família. Esses "seres" estão em vídeos divertidos publicados no TikTok e no Instagram. Ela já postava vídeos de humor nas plataformas, "mas não com a mesma quantidade que faço hoje em dia". "Sei que nesse período as pessoas estão procurando mais esse tipo de conteúdo, porque é só notícia ruim, mas não foi por isso. Juntou tudo. A entrada no Tik Tok, o meu jeito de ser assim bem doidinha e essa época da pandemia, que as pessoas estão consumindo mais esse conteúdo." O G1 publica nesta semana entrevistas com mulheres que estão fazendo sucesso com humor em vídeos curtos nas redes sociais. Mulheres que estão fazendo sucesso com vídeos de humor Camilla já tinha cerca de 700 mil seguidores em junho. Hoje, chegou a 1,9 milhão de seguidores no TikTok, além de 2,5 milhões no Instagram e 2 milhões no YouTube. Ela viu o número subir ao iniciar a publicação de uma série de vídeos batizada de "saindo de fininho": "Falo situações que a gente vai super feliz, achando que é uma coisa, e quando chega lá, se depara com outra situação." O primeiro deles mostra uma pessoa toda animada com o valor atraente de uma pizza em um aplicativo, mas em seguida descobre que é o preço para o tamanho brotinho. Os bons números de Camilla na plataforma já rendem muitas parcerias publicitárias. "Quando eu vou fechar um trabalho, primeiro eu vejo a ideia da marca para ver se vai bater com o que gosto. Tem que ver o que a marca vai falar, se a marca dá liberdade de a gente cocriar com eles." Planos para atuar Camilla de Lucas Reprodução/Instagram Apesar da desenvoltura frente à câmera, Camilla não é atriz. Com 26 anos e moradora de Nova Iguaçu (RJ), ela pretende fazer um curso de teatro. "Tem algumas coisas que estão surgindo aí, algumas propostas de trabalho. Depois de alguns comentários de pessoas que já trabalham com a TV, me animei ainda mais", afirma Camilla. Sobre a abertura de mulheres no mercado do humor, Camilla acha que "precisa ainda melhorar muito". "Ninguém é obrigado a achar graça de todo mundo, tem gente que olho e também não acho graça. Mas eu vejo muitos comentários de quando é uma mulher fazendo vídeo." "Se é homem, falam 'ah homem é bobo mesmo, que legal'. Uma mulher tem muito isso de dizer que ela é forçada, que quer aparecer ou que é muito sem graça. Tem essa diferença." Ela também rebate o argumento muitas vezes usados nas redes sociais de que "está difícil fazer humor ultimamente". "Não acho que está difícil, não. O que eu acho é que antes algumas coisas eram permitidas porque as pessoas tinham medo de se posicionar. As pessoas achavam que era engraçado zoar um corpo feminino. Hoje a gente já começa a se posicionar e a dizer que não é legal você fazer esse tipo de comentário, então não é legal você colocar em uma piada."
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Gusttavo Lima polemiza ao sincronizar singles com situação conjugal do cantor
Artista promove 'Tudo que eu queria', música sobre reconciliação, dias após ter lançado composição sobre separação. ♪ ANÁLISE – Assunto que vem mobilizando o universo sertanejo nos últimos dias, a separação de Gusttavo Lima e Andressa Suita foi anunciada em 9 de outubro. Curiosamente, na mesma data, o cantor lançou single com Café e amor (Gabriel Vittor, Normani Pelegrini, Rodolfo Alessi e Miguell), música sobre a separação de um casal. Treze dias depois, Gusttavo apresenta outro single, Tudo que eu queria, extraído da gravação do show que irá gerar o álbum ao vivo e DVD O embaixador – The legacy. Lançado nesta quinta-feira, 22 de outubro, o single Tudo que eu queria apresenta regravação de composição de Raphael Moura, lançada em 2018 nas vozes da dupla Maycon & Vinicius. Desta vez, a música fala sobre um pedido de reconciliação em letra que inclui versos como “Vem, que essa saudade não me deixa viver mais / Ficar sofrendo sem motivo é ruim demais / Não vou deixar você morando aí sozinha / Você é tudo o que eu queria”. Mera coincidência? Ninguém pode assegurar que não. Até porque músicas sobre separações e reconciliações são recorrentes no universo pop, sobretudo no segmento que se alimenta da sofrência para atrair ouvintes. De toda forma, a sincronia desse dois singles com o momento atual da vida conjugal do cantor levanta a dúvida na web se tudo não passaria de estratégia de marketing para promover a gravação ao vivo do show captado, sob direção de Anselmo Trancoso, em 28 de julho, em apresentação feita por Gusttavo Lima na Villa Cavalcare, em Goiânia (GO), com cenário inspirado na série Game of Thrones. O atual single Tudo que eu queria já polemiza e provoca discussões na internet porque, de fato, é muita coincidência. E porque não seria o primeiro e tampouco o último caso de marketing estratégico no universo pop. Cantores de massa, em geral, são sustentados pela curiosidade dos seguidores sobre a vida particular dos ídolos. Tanto que fãs-clubes de Luan Santana – rival não declarado de Gusttavo Lima no segmento pop sertanejo – paralisaram provisoriamente as atividades com o argumento de falta de acesso a informações sobre a vida pessoal de Luan em redes sociais. O fato é que, por conta da separação, Gusttavo Lima tem sido assunto quase diário na mídia que se ocupa do universo sertanejo e essa onipresença nas manchetes contribui para inflar o número de streamings e visualizações das músicas e clipes do atual projeto do cantor. Gravado com produção musical dividida por Gusttavo Lima com Reinado Meirelles, O embaixador – The legacy já rendeu três singles. O primeiro foi lançado em 18 de setembro com o registro da música De menina para mulher (Thawan Alves, Thales Gui, Vinni Miranda, Gui Prado e Allef Rodrigues). No momento em que a indústria de shows ainda opera em marcha lenta e de forma reduzida, faturar com o sucesso de singles e clipes é o primeiro mandamento de astros que mobilizam público massivo. Seja real ou seja estratégia de marketing, como suspeitam (sem provas) na internet, a separação de Gusttavo Lima e Andressa Suita vem rendendo dividendos para o cantor.
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Marge Champion, atriz e coreógrafa, morre aos 101 anos
Marge foi modelo de referência para a criação dos movimentos da personagem Branca de Neve. Segundo o site The Hollywood Reporter, ela morreu na quarta-feira (21). A causa não foi revelada. Marge Champion, em foto de abril de 2012 Frederick M. Brown/Getty Images North America/Getty Images Via AFP/Arquivo A atriz, dançarina e coreógrafa americana Marge Champion, morreu aos 101 anos, segundo informações do site The Hollywood Reporter. De acordo com a publicação, a informação foi confirmada pelo instrutor de dança e amigo de Champion, Pierre Dulaine. Marge morreu na quarta-feira (21) e a causa não foi revelada. Na adolescência, Marge que serviu de modelo de referência para a criação dos movimentos da personagem Branca de Neve. Ela era filha de Ernest Belcher, conhecido professor de dança em Hollywood e amigo de Walt Disney. Aos 14 anos, Marge passou meses mostrando seus passos de dança para que a equipe de “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937) pudesse analisar seus movimentos para a criação da personagem. "Nenhum deles havia sido uma jovem garota ou sabia como um vestido faria isso ou aquilo",comentou a coreógrafa em uma entrevista em 1998, citando que toda a equipe era formada por homens. Além de "Branca de Neve", ela tambem serviu de modelo para os filmes "Pinóquio" (1940), "Fantasia" (1940) e "Dumbo" (1941). Marge Champion também participou de diversos musicais da Broadway, programas de TV e filmes ao lado de seu pirimeiro marido, o ator Gower Champion. Em 1975, ela venceu o Emmy por sua coreografia para o filme "Queen of the Stardust Ballroom". A atriz Marge Champion posa para foto com pessoas fantasiadas como os personagens de 'Os Sete Anões', no Great American Ink Animation Fine Art Gallery, em Los Angeles, em foto de 19 de agosto de 2004 Getty Images/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo Marge Champion Divulgação
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Chico Buarque e Jair Rodrigues detalham polaridade apaixonada em noites de festival
Embate e empate entre 'A banda' e 'Disparada' são os assuntos do segundo episódio de série sobre as competições musicais dos anos 1960. Resenha de série documental de TV Título: Noites de festival – Episódio 2 Direção e roteiro: Renato Terra e Ricardo Calil Exibição: Canal Brasil Data: 21 de outubro de 2020 Cotação: * * * 1/2 ♪ Em depoimento alocado no início do segundo episódio da série Noites de festival, exibida pelo Canal Brasil nas noites de quarta-feira e disponível para assinantes da plataforma Globoplay, Nelson Motta é enfático ao dizer que, em meados dos anos 1960, a música popular era discutida com a mesma paixão com que, nas décadas seguintes, a novela seria assunto nas conversas. Tal paixão gerou e alimentou o embate entre A banda (Chico Buarque, 1966) e Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros, 1966), músicas que terminaram empatadas no Festival de Música Popular Brasileira exibido de 27 de setembro a 10 de outubro de 1966 pela TV Record. O embate e o empate – na realidade, um arranjo providencial sugerido por Chico Buarque para evitar a hostilidade do público que torcia por Disparada – são os assuntos do segundo dos seis episódios da série roteirizada e dirigida pelos cineastas Renato Terra e Ricardo Calil como spin-off do filme Uma noite em 67 (2010). Os depoimentos de Chico Buarque e de Jair Rodrigues (6 de fevereiro de 1939 – 8 de maio de 2014) – cantor convidado a defender Disparada, composição de estilo até então dissociado da personalidade esfuziante de Jair – conduzem e valorizam o episódio da série de TV. Engenheiro de som dos festivais, Zuza Homem de Mello (1933 – 2020) lembra que, na primeira vez em que A banda foi apresentada, a voz da cantora Nara Leão (1942 – 1989) foi abafada pelo som da bandinha arregimentada para a defesa da música. Zuza conta ter sido de Manoel Carlos a ideia de chamar Chico para reforçar a defesa da música, somente com a voz e o violão do artista, para somente depois Nara entrar em cena com a banda. Manchete principal de jornal, como lembra o empresário Paulo Machado de Carvalho (1924 – 2010), a apaixonada polaridade entre as músicas dividiu não somente o público, como também o júri, como enfatiza o maestro Julio Medaglia, integrante desse júri. De certa forma, o embate também foi entre a “música de protesto” e a “música alienada” (e o próprio Chico Buarque admite no programa que A banda era música intencionalmente alienada da situação política da época). Por isso mesmo, o empate foi providencial. “Havia rivalidade, mas não hostilidade nos bastidores”, diferencia Chico, caracterizando o empate como “confortável”. No fim do episódio, Caetano Veloso desempata ao dar o próprio veredito: “(A banda) é uma canção mais tola dentre todas as canções de Chico. Era bem feita, mas não era genial como quase todas as canções que Chico faz. Mas era irresistível. Já A disparada me parecia uma canção de certa força poética. É uma canção maior do que A banda”, sentencia o artista baiano, ressaltando, no entanto, que compôs a marcha pop Alegria, alegria (1967) com inspiração em A banda. No todo, os depoimentos do segundo episódio da série Noites de festival corroboram a tese de Nelson Motta sobre um tempo em que a música do Brasil era feita e discutida com paixão.
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Lily Allen lança edição limitada de vibrador: ‘Mulheres não deveriam ter vergonha de sua sexualidade’
Antes de lançamento oficial, cantora informou que teria uma novidade, mas fãs esperavam que anúncio seria sobre novo álbum. Lily Allen lança edição limitada de vibrador Reprodução/Instagram Lily Allen anunciou um novo investimento além da música. Nesta quinta-feira (22), a cantora divulgou sua parceria com uma marca de vibradores. Lily investiu em uma linha própria do produto e, segundo a empresa, será uma edição limitada. "Eu estou muito empolgada em revelar algo em que eu venho trabalhando com uma de minhas marcas favoritas. Meu próprio brinquedo sexual. As mulheres não deveriam ter vergonha de sua sexualidade, e todos nós merecemos nosso próprio prazer. Espero que este pequeno brinquedo possa te ajudar a fazer isso", escreveu a cantora em seu Instagram. Initial plugin text Um dia antes, Lily fez uma publicação em seu Instagram e deixou os fãs curiosos e na expectativa de um novo álbum. "Eu tenho um grande anúncio para amanhã. Não posso falar pra vocês agora, mas se você quer se sentir empoderada e se dar um pouco de amor-próprio, fique ligada", escreveu a cantora em uma publicação na quarta-feira (21). Após a divulgação de que o lançamento era o vibrador, fãs da cantora brincaram nas redes sociais sobre as expectativas para o projeto musical, que não veio. O álbum mais recente da cantora, "No shame", foi lançado em 2018. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text
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