Faturamento das exportações de carne bovina até setembro alcança US$ 6,1 bilhões
Valor representa uma alta de 20% na comparação com os 9 meses de 2019. Frigorífico de carne bovina REUTERS/Paulo Whitaker As exportações de carne bovina (in natura e processada) em setembro somaram 166,4 mil toneladas, alta de 2% ante mesmo mês de 2019, enquanto a receita atingiu US$ 668,7 milhões, contra US$ 679,8 milhões no ano anterior, disse a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta quarta-feira (7). "Esta foi a primeira vez que houve queda comparativa nos preços obtidos pela carne bovina brasileira no exterior neste ano. Desde janeiro o setor obteve altas expressivas em dólares que chegaram a atingir 40% de crescimento em junho passado", destacou a entidade em nota. A associação não detalhou o motivo da queda do preço. Mercado aquecido para o boi gordo faz aumentar o abate de vacas em MT Com base em dados compilados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a associação disse que as exportações no acumulado do ano registram crescimento de 10% em relação a 2019, com total de 1,46 milhão de toneladas registradas até setembro. Em receitas, o aumento em base anual é ainda mais expressivo, de 20%, para 6,1 bilhões de dólares, acrescentou a Abrafrigo. "O principal comprador do produto brasileiro continua sendo a China", destacou, ao apontar que o país e a cidade-Estado de Hong Kong adquiriram 839,1 mil toneladas de carne bovina brasileira até setembro, contra 519,65 no mesmo período de 2019. As compras chinesas até o momento representam 57,4% do total exportado pelo Brasil, com o país sendo seguido pelo Egito, com 101,4 mil toneladas em 2020, e pelo Chile, com 60 mil toneladas. A Rússia foi o quarto principal destino da carne bovina brasileira até setembro, com 46,2 mil toneladas, enquanto os Estados Unidos ficaram no quinto lugar, com 40,6 mil toneladas, ainda segundo a associação do setor. VÍDEOS: mais notícias do agronegócio
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‘Tudo é reversível’, diz Mourão após Parlamento europeu indicar rejeição a acordo Mercosul-UE
Parlamentares europeus apontam preocupação com agenda ambiental e chegaram a citar política do presidente Jair Bolsonaro para a área. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (7) que há é possível usar a diplomacia para reverter a posição expressa pelo Parlamento Europeu, que aprovou resolução em que pede mudanças na agenda ambiental de países do Mercosul para que seja ratificado o acordo entre a União Europeia e o bloco sul-americano.
O documento não tem poder de vetar o acordo, porém, indica a contrariedade de parlamentares europeus com o desenho da parceria e com a agenda ambiental do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
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A resolução foi confirmada nesta quarta pelo Parlamento Europeu por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções. "O acordo UE-Mercosul não pode ser ratificado tal como está", registra o texto.
França volta a se manifestar contra acordo UE-Mercosul
O item 36 do documento citou que o acordo deve garantir que os produtos de parceiros passem pelo mesmo controle de qualidade, equivalência de leis trabalhistas e padrões de sustentabilidade da cadeia de produção europeia.
"O acordo contém um capítulo vinculativo sobre o desenvolvimento sustentável que deve ser aplicado, implementado e totalmente avaliado, […] incluindo a implementação do Acordo de Paris sobre o clima e as respectivas normas de execução", diz a resolução.
Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão foi questionado sobre a resolução. Para ele, há “muito ruído” nas negociações e o caminho para efetivar o acordo é usar a diplomacia.
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"Tem muito ruído nisso aí. Isso tudo faz parte do trabalho diplomático que tem que ser feito. Então, vamos com calma", disse o vice-presidente. "Isso é uma coisa simples, né? Levou 20 anos para ser acertado isso aí e envolve muitos interesses, tem muitos interesses aí”, declarou.
O vice-presidente mencionou o “lobby dos agricultores europeus” e a força do Partido Verde em diferentes países da Europa como exemplo de interesses que podem barrar o acordo. Perguntado se é possível reverter a situação, Mourão afirmou que sim.
O vice-presidente mantém a ideia de levar embaixadores, entre os quais de países da União Europeia, para uma viagem à Amazônia no próximo mês. Em setembro, embaixadores de países europeus enviaram uma carta ao governo brasileiro cobrando medidas para conter o desmatamento na Amazônia e alertaram que a devastação dificulta a importação de produtos brasileiros.
Bolsonaro
A bancada francesa do Parlamento Europeu incluiu a emenda no documento sobre o acordo entre os dois blocos. Antes da aprovação, esse trecho citava nominalmente o presidente Jair Bolsonaro.
O texto proposto dizia que há "extrema preocupação com a política ambiental de Jair Bolsonaro, que vai na contramão dos compromissos firmados no Acordo de Paris, em particular no que trata do combate ao aquecimento global e proteção da biodiversidade".
O nome de Bolsonaro foi retirado, mas a frase de que não se poderia ratificar o acordo desta forma foi inserido pelos franceses e adotada pelos parlamentares.
Análise: as repercussões do novo discurso de Bolsonaro na ONU
Bolsonaro repete em discursos, como o feito na cúpula da biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil preserva o meio ambiente e que há uma cobiça de outros países em relação ao território amazônico.
Críticas ao Brasil
Anunciado em 2019 após duas décadas de negociação, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia precisa, para entrar em vigor, ser assinado e aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos.
A política ambiental do Brasil, único país do Mercosul coberto pela floresta Amazônica, tem sido apontada como um dos motivos para barrar o avanço do acordo.
A França é um dos países mais críticos ao governo brasileiro na área ambiental, com episódio de troca de farpas entre os presidentes Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron no ano passado.
Recentemente, a França reafirmou que se opõe à versão atual do tratado depois de ter tido acesso a um novo relatório sobre desmatamento no Brasil.
A França lidera o movimento, mas tem apoio de outros países da União Europeia, que pretendem impor condições ambientais para que as negociações prossigam. A ideia é estabelecer sanções se os países do Mercosul não fizerem nada para impedir o aumento dos incêndios ou permitirem que empresas mineradoras destruam reservas indígenas.
Em resposta, o governo brasileiro chegou a divulgar nota na qual afirmou que os problemas ambientais podem se "agravar" se o acordo entre o Mercosul e a União Europeia não entrar em vigor.
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Maranhão notifica primeiro caso de recebimento das ‘sementes misteriosas’, diz AGED
Pacote foi recebido pelos Correios por uma moradora do bairro São Francisco, em São Luís. Em todo o país, 23 estados e mais o Distrito Federal já notificaram casos semelhantes. Moradora de São Luís (MA) recebe pelo Correio pacote com 'sementes misteriosas'. Divulgação/Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA) O Maranhão notificou o primeiro caso de recebimento das 'sementes misteriosas'. O caso foi notificado na terça-feira (6), pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA). Em todo o país, mais de 23 estados e o Distrito Federal já registraram casos semelhantes. O pacote foi recebido pelo correio por uma moradora do bairro São Francisco, em São Luís. Ela afirmou que recebeu o produto sem ter feito nenhuma compra ou solicitação. Ao perceber que se tratava das sementes, ela encaminhou o pacote sem violação, para o setor de Defesa e Inspeção Vegetal da AGED. Sementes misteriosas entregues no Brasil têm fungos, ácaro e possíveis plantas daninhas, diz governo WEBSTORIES: entenda o caso das sementes misteriosas A AGED recomenda que em caso de recebimento das sementes misteriosas, a população não viole a embalagem, não descarte em cursos d'água ou junto do lixo comum. Além disso, a orientação é que as sementes não sejam plantadas, mesmo que o conteúdo descreva uma semente de fruta popular. Os pacotes devem ser encaminhados imediatamente à Superintendência Federal de Agricultura do Maranhão (SFA/MA) ou a sede da AGED. Caso não tenha um escritório da agência na região, o cidadão pode ligar para a Ouvidoria da AGED (98) 999132-0441 ou da SFA-MA/MAPA (98) 3131-3407. Sementes sob investigação O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), afirmou que a origem das embalagens é de países asiáticos, como China e Malásia. Após análises nas sementes, foram encontrados fungos, ácaro e até possíveis plantas daninhas nas sementes misteriosas enviadas a moradores do país. O governo afirma que os pacotes "supostamente" foram enviados de 4 países da Ásia. Moradores de Estados Unidos e Canadá também registraram casos semelhantes. A suspeita do governo brasileiro é que seja uma fraude relacionada ao comércio on-line. Governo anuncia resultado de pesquisas com as misteriosas sementes da Ásia Suspeita de fraude Nos Estados Unidos, onde os pacotes também chegaram, o Departamento de Agricultura (USDA, em inglês) trabalha com a possibilidade de que as encomendas indesejadas estejam relacionadas a uma fraude conhecida como "brushing". O "brushing" é, essencialmente, o envio de mercadorias não solicitadas com o objetivo de registrar compras falsas. A semente, no caso, apenas cumpre a finalidade de não deixar o pacote vazio. China nega envio de sementes misteriosas e diz cooperar com investigação A semente, no caso, apenas cumpre a finalidade de não deixar o pacote vazio. Isso explicaria por que as autoridades até agora não encontraram sinais de tentativas de bioterrorismo ou contaminação.
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Adiado por pandemia, Fórum Econômico Mundial deixa Davos em 2021
Evento, que é usualmente realizado em janeiro, foi adiado para maio. Organizadores esperam voltar à cidade alpina no encontro de 2022. Realizado anualmente em janeiro em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial de 2021 deve deixar a cidade alpina: segundo os organizadores, o evento será transferido para resort de Lucerne-Bürgenstock, também na Suíça. Em agosto, os organizadores já haviam informado que o evento do próximo ano seria adiado devido à pandemia do coronavírus. Nesta quinta-feira (7), foram divulgadas também as novas datas previstas: 18 a 21 de maio. O Fórum completou 50 anos este ano. Os organizadores esperam voltar a Davos no encontro de 2022. Em 2002, o evento também foi realizado em outro local: na ocasião, para demonstrar solidariedade após os ataques de 11 de setembro do ano anterior, o Fórum aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos. Os organizadores alertaram, no entanto, que o evento deve acontecer "desde que haja todas as condições para garantir a saúde e a segurança dos participantes e da comunidade". Painel do último fórum de Davos Denis Balibouse/Reuters Na semana de 25 de janeiro, data em que o encontro deveria ter início, o Fórum vai se reunir digitalmente nos "Diálogos de Davos", em que líderes globais vão compartilhar suas visões sobre a situação global em 2021. Já a reunião presencial terá como foco as soluções necessárias para atender aos desafios mais importantes do mundo. "Líderes globais se reunirão para projetar um caminho de recuperação comum, para moldar “A Grande Redefinição” na era pós-COVID-19 e reconstruir uma sociedade mais coesa e sustentável", diz o comunicado. Relembre no vídeo abaixo o encontro deste ano: Meio ambiente domina debate no Fórum Econômico Mundial, em Davos
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Autoridades da Casa Branca minimizam chances de auxílio contra coronavírus
Chefe de gabinete disse a repórteres que 'as negociações de estímulo estão suspensas', ecoando o anúncio de Trump de terça-feira. Importantes funcionários da Casa Branca minimizaram a possibilidade de mais alívio em resposta ao coronavírus, enquanto a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, criticou o presidente Donald Trump por se afastar das negociações para um acordo abrangente.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse a repórteres que "as negociações de estímulo estão suspensas", ecoando o anúncio de Trump de terça-feira, e afirmou em entrevista à Fox News que o governo apoiava uma abordagem mais fragmentada para ajudar alguns setores da economia.
Isolado por COVID, Trump faz declarações polêmicas na internet
Mas, em entrevista separada para a CNBC, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que essa abordagem provavelmente também não funcionará.
"No momento, em termos de curva de probabilidade, isso provavelmente seria assunto de baixa probabilidade."
Na terça-feira, depois de suspender as negociações sobre um pacote abrangente de resposta ao coronavírus, Trump escreveu no Twitter que o Congresso deveria repassar dinheiro para companhias aéreas, pequenas empresas e distribuir cheques emergenciais de US$ 1.200 para os norte-americanos.
Pelosi disse ao programa "The View", da ABC, que os tuítes de Trump foram um esforço para se recuperar de "um erro terrível". Contudo, ela deixou de lado perguntas sobre a elaboração de um pacote de auxílio mais enxuto, ainda preferindo uma versão abrangente.
"É muito importante para nós chegarmos a este acordo", disse ela.
Pelosi, no entanto, pediu nesta quarta-feira ao secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, que analisasse um projeto de lei independente no valor de US$ 25 bilhões em auxílio às companhias aéreas que os democratas tentaram fazer avançar na semana passada, escreveu seu porta-voz no Twitter.
Mnuchin, que havia sido parceiro de negociação de Pelosi enquanto eles tentavam chegar a um pacote abrangente nos últimos dias, perguntou a ela sobre a possibilidade de uma lei independente para as companhias aéreas em um telefonema nesta quarta-feira.
Quanto à sugestão de Trump sobre os cheques de estímulo, Pelosi disse à ABC: "Tudo o que ele sempre quis na negociação era enviar um cheque com seu nome impresso".
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Suprema Corte dos EUA recusa recurso de processo de plágio e dá vitória definitiva a Led Zeppelin
Decisão da mais alta corte do país põe fim definitivo a processo em relação aos direitos autorais de 'Stairway to heaves', que vinha sendo seguido de perto pela indústria da música. John Paul Jones, Robert Plant e Jimmy Page durante lançamento do filme 'Celebration day', em 2016 Miles Willis/Invision/AP A Suprema Corte americana recusou-se a aceitar nesta segunda-feira (5) um processo sobre direitos autorais do clássico "Stairway to Heaven" do Led Zeppelin, encerrando uma disputa legal de longa data sobre a música. Um tribunal decidiu em março de 2020 que os roqueiros britânicos não roubaram o riff de abertura da canção "Taurus", escrita por Randy Wolfe, membro de uma banda de Los Angeles chamada Spirit, que apelou em outras instâncias. Wolfe morreu afogado em 1997, antes de iniciar qualquer procedimento legal. A decisão da mais alta corte põe um fim definitivo a este processo que vinha sendo seguido de perto pela indústria da música. Inicialmente, o Led Zeppelin ganhou o caso em 2016, quando um tribunal não encontrou provas de que o clássico de 1971 infringia os direitos autorais de "Taurus". No entanto, a decisão foi anulada depois de um recurso, em 2018. Estima-se que "Stairway to Heaven" tenha arrecadado US$ 3,4 milhões durante um período de cinco anos, levado em consideração por um processo civil anterior. Em 2016, o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page – que foi processado junto com o vocalista Robert Plant e outro colega de banda, John Paul Jones – testemunhou que a sequência de acordes em questão "existia desde sempre". O gestor de patrimônio de Wolfe, Michael Skidmore, entrou com uma ação em 2015, exigindo indenização por danos e prejuízos, e uma citação de compositor para o músico. Wolfe sempre afirmou que merecia crédito como autor de "Stairway to Heaven", chamando a música de "um roubo". Especialistas convocados pelos solicitantes para o julgamento de primeira instância disseram que havia semelhanças substanciais entre as partes principais das duas canções. No entanto, testemunhas de defesa afirmaram que o padrão de acordes usado na melancólica introdução da guitarra de "Stairway to Heaven" era tão comum que não se aplicava direitos autorais ao trecho.
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Clark Middleton, ator de ‘Twin Peaks’, morre aos 63 anos
Ator, que atuou em séries como 'Law & Order' e 'The Blacklist', morreu por causa do vírus do Nilo Ocidental em sua casa em Los Angeles. Clark Middleton em cena de 'Twin Peaks' Divulgação O ator Clark Middleton, que atuou em séries como "Twin Peaks" e "The Blacklist", morreu neste domingo (4) aos 63 anos. Segundo o site Deadline, Steve Stone, agente de Middleton, afirmou que ele morreu por causa do vírus do Nilo Ocidental em sua casa, em Los Angeles. A doença, transmitida por mosquitos, não tem cura ou vacina. "Clark era uma alma linda que passou a vida desafiando limites e lutando por pessoas com deficiência", escreveu a mulher do ator, Elissa, em um comunicado. Middleton foi diagnosticado com artrite reumatoide aos 4 anos de idade. Ele começou sua carreira como ator em 1983, em um episódio da antologia "American Playhouse". Além dos trabalhos na TV, como na série "Law & Order", o ator também esteve em filmes como "Kill Bill: Volume 2" (2004), "Sin City: A Cidade do Pecado" (2005) e "Expresso do Amanhã" (2013).
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Músicas para descobrir em casa – ‘Temporal’ (Marcelo Jeneci e Isabel Lenza, 2013) com Marcelo Jeneci
Capa do álbum 'De graça', disco de 2013 em que Marcelo Jeneci apresentou a música 'Temporal' Daryan Dornelles ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Temporal (Marcelo Jeneci e Isabel Lenza, 2013) com Marcelo Jeneci ♪ Apresentado como compositor no posto de parceiro de Vanessa da Mata na criação da balada Amado (2007), um dos sucessos do terceiro álbum da cantora, Sim (2007), Marcelo Jeneci deu as caras como cantor em 2010 com a edição de magistral primeiro álbum, Feito pra acabar, disco de repertório autoral que confirmou a grandeza do compositor. Três anos depois, o artista paulistano fez o que poucos artistas conseguem fazer no universo pop: apresentar um segundo disco tão estupendo quanto o primeiro, De graça (2013). Terceira das 13 músicas desse álbum produzido por Alexandre Kassin com a colaboração de Adriano Cintra, Temporal caiu com leveza evocativa do pop aliciante da Jovem Guarda, uma das referências de Jeneci. A canção foi feita pelo compositor em parceria com Isabel Lenza, coautora de seis das 13 composições do disco De graça. Músico polivalente, Jeneci tocou sanfona e o piano eletrônico Wurlitzer na gravação de Temporal, feita também com os toques dos violões de Pedro Sá, do baixo de Kassin e da bateria e da percussão de Stéphane San Juan, além do vocal de Laura Lavieri. Com letra que aponta a luz vislumbrada após tempestade vinda para lavar o mal, Temporal atinge a perfeição pop em dois minutos e meio de registro fonográfico pautado pela leveza. Curiosamente, nenhum intérprete parece ter notado o potencial pop popular de Temporal. A música de Marcelo Jeneci e Isabel Lenza nunca foi regravada. ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 44 : Título: Temporal Compositores: Marcelo Jeneci e Isabel Lenza Intérprete original: Marcelo Jeneci Álbum da gravação original: De graça Ano da gravação original: 2013 Regravações que merecem menções: a música Temporal nunca foi regravada. ♪ Eis a letra da música Temporal : “É só mais um temporal Chuva lavando o mal Feche o portão Entra pra ver a enxurrada passar Quando acabar a luz E a escuridão subir Pro alto do céu Olha em paz Que a nuvem já se desfaz E a lua cheia de intuição Logo aparece pra multidão Como se dissesse: 'Preste atenção em mim O que tem começo, tem meio e fim Deixa passar o dia ruim Que a tempestade resolve com Deus' É só mais um temporal Bruxas rondando o mal Fecho o portão Vem espiar a noite desassombrar Quando acabar a luz E a escuridão subir Pro alto do céu Olha em paz Que a nuvem já se desfaz E a lua cheia de intuição Logo aparece pra multidão Como se dissesse: 'Preste atenção em mim O que tem começo, tem meio e fim Deixa passar o dia ruim Que a tempestade resolve com Deus Resolve com Deus' Foi só mais um temporal…”
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Arruda repõe o racismo na pauta em sambas que antecedem EP autoral do grupo carioca
♪ No Carnaval de 1988, a escola de samba Mangueira questionou na avenida a eficácia da abolição da escravatura em enredo que gerou um dos melhores sambas de todos os tempos, 100 anos de liberdade – Realidade ou ilusão? (Alvinho, Jurandir e Hélio Turco). Decorridos 32 anos daquele enredo histórico, a questão é reposta na pauta pelo Arruda, grupo carioca de samba originário da Mangueira, mais precisamente das rodas armadas de 2005 a 2008 na Barraca da Tia Zezé. Falsa liberdade é a sentença cravada pelo Arruda no título do inédito samba apresentado em single lançado na sexta-feira, 2 de outubro. Samba de autoria de Nego Josy e Júnior Oliveira, Falsa liberdade aponta o racismo enraizado na sociedade brasileira e versa sobre a sofrimento do povo negro diante do preconceito ora velado, ora escancarado. Negritude (Armandinho do Cavaco e Nego Josy), próximo samba inédito a ser lançado em single pelo Arruda, também versa sobre racismo. Falsa liberdade e Negritude integram e antecedem EP com seis músicas que será lançado pelo grupo ainda em 2020. Destino me deu você (Armandinho do Cavaco e Nego Josy), Guerreiros do bem (Armandinho do Cavaco e Nego Josy), Honrando a raiz (Armandinho do Cavaco e Diego Cabral) e Pra matar preconceito (Raul Di Caprio e Manu da Cuíca) são os outros quatro sambas que compõem o repertório do EP essencialmente autoral do Arruda, gravado com produção musical e arranjos de Alessandro Cardoso. Capa do single 'Falsa liberdade', do grupo Arruda Divulgação O Arruda é septeto formado atualmente por Anderson Popó (percussão), Armandinho do Cavaco (cavaquinho e bandolim), Fabão Araújo (surdo), Gustavo Palmito (repique de mão), Marcelinho (tan tan), Maria Menezes (voz) e Nego Josy (voz e pandeiro). Presença assídua nas rodas de samba da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o Arruda lançou o primeiro álbum em 2014. Além do EP, o grupo aguarda a edição do álbum ao vivo e DVD Flores em vida – Arruda canta Cleber Augusto. Feito sob direção musical do violonista Alessandro Cardoso, o show com o repertório do compositor Cleber Augusto – integrante do grupo Fundo de Quintal entre 1983 e 2003 – foi gravado ao vivo em 15 de setembro de 2019 em apresentação feita pelo Arruda no palco da Comunidade Samba do samba Maria Zélia na cidade de São Paulo (SP). Na ocasião, o grupo ainda era um octeto, também integrado pelo violonista Vitor Budoia, músico que participou da gravação do samba Falsa liberdade.
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Giulia Be e Luan Santana lançam single ‘Inesquecível’
Artistas se juntam em disco com a gravação de música inédita apresentada na live 'Clássicos'. ♪ Giulia Be e Luan Santana lançam o single Inesquecível na sexta-feira, 9 de outubro. Inédita, a música foi a novidade entre os sucessos do roteiro da live Clássicos, apresentada pelos artistas com Luísa Sonza em 26 de setembro. No show transmitido online, Giulia tocou piano ao mostrar Inesquecível, canção que compôs e que ganhou a colaboração de Luan. O single Inesquecível marca a primeira colaboração da discografia dessa cantora e compositora carioca de 21 anos. Trata-se também do primeiro disco da artista desde o EP autoral Solta (2020), lançado em 15 de maio com músicas inéditas como Eu me amo mais, Outro e Recaída, além de Menina solta (2019) – composição que projetou Giulia no ano passado – e de (Não) era amor e Se essa vida fosse um filme, faixas já previamente lançadas em singles antes do EP. Promovido com clipe que junta Giulia com Luan, o single Inesquecível pode dar visibilidade à cantora no mercado latino de língua hispânica. Está prevista a edição de versão em espanhol da música, intitulada Inolvidable.
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