Alaíde Costa faz ‘Outra viagem’ em álbum com músicas de José Miguel Wisnik
♪ Em 1968, o compositor, pianista e cantor José Miguel Wisnik tinha 20 anos e dava os primeiros passos musicais na cidade de São Paulo (SP) quando Alaíde Costa defendeu composição de autoria do artista nascido em São Vicente (SP) em 1948. Classificada em 4º lugar na disputa paulistana do I Festival Universitário de Música Popular Brasileira, exibido pela TV Tupi, a canção Outra viagem ficou esquecida por 30 anos até que Ná Ozzetti a gravou no álbum Estopim (1999). Mas eis que, 52 anos após o festival, Outra viagem entra novamente no destino de Alaíde Costa. A composição Outra viagem integra o repertório do álbum que está sendo gravado por Alaíde na cidade de São Paulo (SP), pelo Selo Sesc, com 10 músicas de José Miguel Wisnik, sendo que duas são inéditas. Alaíde já entrou em estúdio para pôr voz nas composições selecionadas para o disco, previsto para ser lançado em dezembro deste ano de 2020, por ocasião dos 85 anos da cantora. Até então, Alaíde Costa tinha gravado em disco somente uma música de Wisnik, Fim do ano (1997), parceria do compositor com Swami Jr. abordada pela cantora em álbum, Porcelana (2015), dividido com o cantor Gonzaga Leal. Mas cabe lembrar que, em show feito pela artista em 1997, com curadoria de Wisnik, Alaíde cantou Orfeu (1988) e Laser (Wisnik e Ricardo Breim, 1992). Enquanto o songbook com músicas de Wisnik é finalizado, Marcus Preto continua reunindo repertório inédito para um outro álbum de Alaíde Costa, projeto arquitetado por Preto com Emicida. Os compositores Francis Hime, Guinga, Ivan Lins, Joyce Moreno e Marcos Valle já mandaram melodias para esse disco, cujas letras deverão vir assinadas por Emicida. Esse segundo álbum da cantora deve ser concretizado em 2021.
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G1 Ouviu #109 – Segredos do RBD: bastidores do passado e do futuro do grupo
G1 conversa com criadores da novela e das primeiras músicas do Rebelde e investiga desde o nascimento do fenômeno até a volta na era do streaming e das lives Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado. G1 ouviu, podcast de música do G1 G1/Divulgação
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‘Felicidade’, para Elba Ramalho, é um xote que emana boas vibrações
Cantora revive música de Marcelo Jeneci e Chico César no terceiro single do álbum 'Eu e vocês'. Capa do single 'Felicidade', de Elba Ramalho Divulgação Resenha de single Título: Felicidade Artista: Elba Ramalho Compositores: Marcelo Jeneci e Chico César Gravadora: Acauã Cotação: * * * 1/2 ♪ Ao lançar o viçoso álbum O ouro do pó da estrada (2018), Elba Ramalho apresentou Oxente, arretado baião de autoria de Marcelo Jeneci e Chico César. Dois anos depois, a cantora dá voz a uma outra parceria dos compositores. A gravação de Felicidade é a terceira amostra do 39º álbum da artista, Eu e vocês, produzido por Luã Yvys e previsto para ser editado em 2021 com 12 músicas que serão lançadas paulatinamente em singles. Composição que há dez anos abriu o arrebatador primeiro álbum de Jeneci, Feito pra acabar (2010), e que já foi regravada por Amelinha no álbum Janelas do Brasil (2011), Felicidade é canção de exemplar leveza pop que emana boas vibrações. Letra e melodia parecem dançar na chuva em perfeita sincronia. Na imbatível gravação original de Jeneci, feita pelo artista com a adesão vocal de Laura Lavieri, as cordas orquestradas por Arthur Verocai contribuíram para criar atmosfera de frescor, sugerindo um mundo em harmonia interior. Na voz de Elba, Felicidade conserva essa leveza e tende para o xote no balanço da sanfona. Efeitos espaciais encorpam o arranjo sem diluir a energia positiva desse registro fonográfico de Elba, antecedido pelos singles com as gravações do samba de sintaxe forrozeira Maçã do rosto (Djavan, 1976) e do inédito xote Ainda tenho asas (composta e gravada com Luã Yvys). Outros singles, com as abordagens de Sintonia (Moraes Moreira, Fred Góes e Zeca Barreto, 1986) e da inédita música-título Eu e vocês (Juliano Holanda e Zélia Duncan), serão lançados por Elba até o fim deste ano de 2020, dando outros aperitivos do álbum gravado no estúdio montado pela cantora na casa em que mora na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, pelo visto e ouvido até o momento, felicidade para Elba Ramalho é um xote cheio de boas vibrações e mensagens de fé na vida com o recado de que, mesmo que esteja momentaneamente coberto por nuvens, o sol há de voltar a brilhar.
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Lucas Lucco e Lorena Carvalho fazem chá revelação: ‘Meu parceirinho tá vindo’
Cantor e a mulher levaram banho de tinta durante evento para a descoberta do sexo do bebê. Lucas Lucco e Lorena Carvalho fazem chá revelação Reprodução/Instagram Lucas Lucco e Lorena Carvalho anunciaram que serão pais de um menino. Na tarde deste sábado (3), o casal realizou um chá revelação e tomou um banho de tinta no momento de descobrir o sexo do bebê. "Meu parceirinho tá vindo! Que Deus abençoe com muita, muita, muita saúde, e que não puxe o nariz do pai. Amém", escreveu Lucco em suas redes sociais. Lorena também fez algumas publicações e escreveu: "Não tava me aguentando de ansiedade pra contar pra vocês. Meu mundo azul". Lucas anunciou que Lorena estava grávida em meados de setembro. Eles se casaram dias antes do anúncio em uma cerimônia intimista, após adiarem os planos de uma festa por conta da pandemia de coronavírus. Em outubro de 2019, Lorena sofreu um aborto espontâneo quando estava na 10ª semana de gestação. Initial plugin text Initial plugin text
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Zuza Homem de Mello: famosos lamentam morte do escritor e musicólogo
João Bosco, Chico César e outros artistas deixaram mensagens em homenagem a Zuza nas redes sociais. Segundo informações da família, ele sofreu um infarto enquanto dormia. Zuza Homem de Mello, em foto de agosto de 2015 Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo/Arquivo João Bosco e outros famosos usaram as redes sociais para lamentar a morte de Zuza Homem de Mello, aos 87 anos. O escritor, jornalista e musicólogo sofreu um infarto enquanto dormia, conforme informou sua família. "Nos melhores momentos, a gente aproveita a pessoa e não se preocupa com a qualidade da foto. Meu grande amigo se foi. Um brasileiro imenso, profundo conhecedor e apaixonado por nossa música. O mais importante pesquisador cultural que já tivemos. Sentirei muita saudade. Descanse em paz, Zuza", escreveu João Bosco em seu Instagram. Initial plugin text Chico César, cantor "Ah, Zuza! Meu amigo, mestre. Grato pela sua vida tão generosamente musical. Fico com seu abraço, seu afeto, sua sabedoria de bem viver em troca e consonância. Ouvidos e coração abertos, é certo. Sempre." Initial plugin text Morre aos 87 anos Zuza Homem de Mello Walcyr Carrasco, escritor e dramaturgo "Triste domingo! Perdemos o jornalista e escritor Zuza Homem de Mello, um dos maiores nomes da produção, pesquisa e história musical no Brasil. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e fãs. Vá em paz, Zuza." Initial plugin text Paula Lima, cantora "E a história da música brasileira se confunde com a história dele… Zuza Homem de Mello, gentil, amado, apaixonado por música e por gente! Quantos encontros deliciosos!!! Era uma felicidade quando cantando te 'avistava' nos shows… com esses olhinhos sorridentes e brilhantes! Obrigada por tantas idéias, carinho! Que sorte e que prazer o meu, ter a felicidade de estar junto em uma temporada de shows, onde você me convidou. Tão generoso! Você olhou pra mim, ouviu, me viu, abraçou, acreditou! Obrigada por tanto conhecimento compartilhado, pela simpatia, carisma! Pura serenidade, vibração, astral em uma grande história! Já tenho saudade de tanto!" Initial plugin text Pedro Luiz, músico "Ah, Zuza.. Vai fazer falta!" Initial plugin text Yamandu Costa, violinista "Perdemos um cavalheiro. Figura que amava o Brasil mais bonito, ajudou a criar esse lugar que tentamos manter e nos é tão profundo. Zuza Homem de Mello deixa o exemplo do incansável, da sensibilidade e dedicação à cultura do nosso país. Que em paz descanse e meus sentimentos à família." Initial plugin text Daniel Ganjaman, produtor musical "A primeira vez que estive com Zuza Homem de Mello foi com o Instituto num projeto de sua curadoria. Fiquei impressionado com a pesquisa aprofundada que ele fez pra me entrevistar e todas as vezes que nos encontramos, sempre muito atencioso e gentil. Descanse em paz, mestre." Initial plugin text João Sabiá, ator e cantor "Essa foto foi feita no antigo endereço da Trama. Neste dia um pouco mais cedo, meu amigo João Marcelo Bôscoli me ligou e disse: 'Acho melhor dar uma passadinha aqui por que tem alguém que você vai gostar muito de conhecer'. Foi amor 'a primeiro papo'. E ainda pude cantar algumas coisas pra ele." Initial plugin text MC Max B.O., músico "Zuza Homem de Mello, obrigado por seu legado, pelo que fez, deixou e principalmente pelas conversas que tivemos, foram extremamente importantes. Vai em paz, mestre." Initial plugin text Cainã Cavalcante, músico Initial plugin text Anna Seton, cantora e compositora "Acordei hoje com a notícia da passagem do Zuza. Um dos maiores conhecedores e pesquisadores da música brasileira , tive o prazer e a honra de trabalhar com ele este ano e no ano passado. Foram dias alegres e cheios daquela energia de quem respirou música durante uma vida. Generoso e vibrante, um presente ter convivido com você em estúdio e no palco." Initial plugin text Zuza Homem de Mello analisa os rumos da MPB e fala sobre livro
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Arnaldo Antunes inaugura uma nação musical em show com o pianista Vitor Araújo
Artista atinge alto grau de beleza plástica e poética ao interagir com o virtuoso instrumentista no espetáculo 'O real resiste'. Vitor Araújo e Arnaldo Antunes em cena no show 'O real resiste' Reprodução / Vídeo Resenha de show transmitido online através do projeto #SescEmCasa Título: O real resiste Artista: Arnaldo Antunes – com o piano de Vitor Araújo Local: Teatro do Sesc Pompeia (São Paulo, SP) Data: 3 de outubro de 2020, das 19h às 20h30m Cotação: * * * * 1/2 ♪ Show disponível para streaming no YouTube do Sesc São Paulo. ♪ Nos versos poéticos de João (2019), canção que assina com o compositor e violonista Cezar Mendes, Arnaldo Antunes sintetizou a grandeza de João Gilberto (1931 – 2019) ao sustentar que o criador da bossa nova fundou uma civilização com a voz e o violão aperfeiçoados pelo silêncio. Na estreia do show O real resiste, feito por Arnaldo com o pianista Vitor Araújo e transmitido online (com imagens de acabamento cinematográfico) do palco do Sesc Pompeia, na cidade de São Paulo (SP), o próprio artista paulistano inaugurou uma nação musical ao remodelar a própria obra em apresentação no inédito (para o artista) formato de voz & piano. E que piano! Aos 60 anos, Arnaldo Antunes encontrou em Vitor Araújo – prodígio pernambucano nascido em 1989 no Recife (PE) – um parceiro ideal para a exposição do pensamento que propaga desde os anos 1980 em obra construída com doses de música e poesia, às vezes com mais poesia do que música. Vitor Araújo em momento simbiótico com o piano no show 'O real resiste' Reprodução / Vídeo Se Arnaldo Antunes pega o ouvinte-espectador pela palavra, Vitor Araújo habita universo particular que, em fricção com a música do titã, deu frescor ao verbo do pensador em show de poesia potencializada pelas imagens abstratas projetadas por Marcia Xavier – que entrou em cena como cantora para dar voz com Arnaldo a Luar arder (2010), canção da qual é coautora – e pela luz climática de Ana Turra. Formatado sob direção musical dos dois artistas, o show O real resiste resultou tão sedutor – e inovador pela interação verdadeira de Arnaldo com Vitor – que conseguiu a proeza de diluir em cena as imperfeições melódicas do repertório autoral do álbum O real resiste (2020). Vestindo terno, Arnaldo Antunes soube se adaptar ao universo musical de Vitor Araújo ao mesmo tempo em que jamais deixou que a poética da própria obra fosse sobrepujada pela maestria heterodoxa do instrumentista. Expoente contemporâneo da música instrumental brasileira, o pianista vem quebrando as historicamente frágeis fronteiras entre a música popular e a música dita erudita com pulso frenético. Músico que sempre foi de Villa-Lobos (1887 – 1959) a Radiohead, passando pelo conterrâneo Luiz Gonzaga (1912 – 1989), Araújo demole esses muros com a mesma virulência com que martela a madeira do piano Yamaha para tirar sons percussivos do instrumento, como visto e ouvido em No fundo (Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, 1995), música que soou quase como rap na sintaxe de Arnaldo. Contudo, já na abertura do show, o instrumentista foi capaz de traduzir, no toque do piano, o minimalismo exigido pela já mencionada canção João. Em roteiro musical intercalado por poemas muitas vezes sussurrados por Arnaldo, canções se irmanaram com rocks em atmosfera que por vezes evocou a música inclassificável de John Cage (1912 – 1992) sem jamais deixar de evidenciar o traço de originalidade dos dois artistas. Arnaldo Antunes canta 'Bandeira branca' no show 'O real resiste' Reprodução / Vídeo E que canções! Meu coração (Arnaldo Antunes e Ortinho, 2009), De outra galáxia (Arnaldo Antunes e Marcia Xavier, 2020) – em link espacial com Contato imediato (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2006) que abduz pela apaixonante beleza romântica dos números – e a caymminiana Itapuana (Arnado Antunes e Cezar Mendes, 2004) se banharam na delicadeza melódica. Em contrapartida, Arnaldo pecou pelo excesso na desconstrução de Vilarejo (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Pedro Baby, 2006), canção sussurrada, quase recitada, que se tornou o único ponto a ser ajustado no roteiro. Ao misturar as cores de Lua vermelha (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1996) e de Bandeira branca (Max Nunes e Laércio Alves, 1969), marcha gravada pelo cantor para a trilha sonora do filme Gêmeas (1999) e interpretada no show com Vitor Araújo no devido tom introspectivo, sem qualquer alusão à origem carnavalesca do tema, Arnaldo Antunes mostrou que a obra do artista continua em movimento. Da aura punk do rock Saia de mim (Titãs, 1991) à suavidade da paisagem solitária vislumbrada em Alta noite (Arnaldo Antunes, 1993), passando pela força vital de O pulso (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, 1989), Arnaldo Antunes se irmanou com Vitor Araújo – pianista de meias verdes e mãos ora ternas, ora nervosas, que pareceu perceber o instrumento como extensão do próprio corpo – em show capaz até de harmonizar imperfeições. A beleza pensante de Arnaldo Antunes resiste em meio ao horror do Brasil de 2020, apontando os alicerces de outra civilização. Arnaldo Antunes em cena no show 'O real resiste', apresentado em 3 de outubro Reprodução / Vídeo
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Kenzo Takada, estilista japonês, morre vítima da Covid-19
Segundo informou seu porta-voz, o estilista de 81 anos morreu neste domingo (4), no Hospital Americano de Neuilly-sur-Seine Kenzo Takada, em foto de novembro de 2018 Joel Saget/AFP/Arquivo O estilista japonês Kenzo Takada, criador da marca de roupas e perfumes "Kenzo", faleceu neste domingo (4), aos 81 anos, vítima da Covid-19, anunciou seu porta-voz. Primeiro estilista japonês a fazer sucesso em Paris, onde desenvolveu toda sua carreira e tornou seu nome famoso, Kenzo Takada faleceu no Hospital Americano de Neuilly-sur-Seine, na França. Nascido em 27 de fevereiro de 1939 em Himeji, perto de Osaka, Kenzo se apaixonou ainda jovem pelos desenhos e a costura, ensinado por suas irmãs. Ele chegou de navio ao porto francês de Marselha em 1965 e ficou fascinado por Paris. Embora estivesse de passagem, ele se mudou em definitivo para a capital francesa. Sua primeira coleção foi lançada em 1970 e seis anos depois ele criou a própria marca, apenas com seu primeiro nome. Lançou a primeira linha masculina em 1983, o primeiro perfume cinco anos depois. Em 1993, a empresa foi adquirida pelo grupo de luxo LVMH. O estilista japonês Kenzo Takada durante sessão de fotos em Paris, em 9 de janeiro de 2019 Joel Saget /AFP/Arquivo Kenzo Takada se aposentou da moda em 1999 após vender seu império para o conglomerado de luxo LVMH. Desde então, passou a se dedicar a projetos mais pontuais, como o design de interiores. Em 2009, Kenzo se desfez de várias peças de sua casa parisiense em um leilão. O estilista decidiu se desfazer da maior parte de suas coleções quando resolveu se mudar da espaçosa, cheia de andares e moderna casa em Paris para um flat 80% menor. Com "quase oito mil desenhos", o japonês "nunca deixou de celebrar a moda e a arte de viver", afirmou seu porta-voz. O estilista japonês Kenzo Takada durante sessão de fotos em Paris, em 9 de janeiro de 2019 Joel Saget/AFP/Arquivo
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Filme brasileiro ‘O Índio Cor de Rosa contra a Fera Invisível’ leva prêmios e menção especial no Festival de Biarritz
Documentário sobre médico sanitarista que dedicou sua vida ao tratamento dos indígenas conquistou o prêmio do público no festival francês. 'O índio cor de rosa contra a fera invisível' Reprodução/ Festival Biarritz Amérique Latine O filme brasileiro "O Índio Cor de Rosa contra a Fera Invisível", de Tiago Carvalho sobre as expedições do médico sanitarista Noel Nutels conquistou o prêmio de público de melhor documentário, a menção especial do júri da categoria e o prêmio dos estudantes no Festival Biarritz Amérique Latine, realizado na França entre 28 de setembro e 4 de outubro. Carvalho, que não pode viajar a Biarritz para apresentar o filme, reuniu imagens fascinantes em 16mm feitas pelo próprio Nutels em suas viagens às aldeias indígenas entre as décadas de 40 e 70. Primeiro longa do documentarista, o filme vai muito além de um trabalho etnográfico e sensibilizou o público e o júri do festival para a situação das populações indígenas do Brasil, particularmente afetadas pela pandemia de Covid-19. Noel Nutels foi um dos primeiros sanitaristas a denunciar o genocídio dos povos indígenas no Brasil. Um dos momentos mais comoventes do filme é o seu discurso na CPI do Índio na Câmara dos Deputados, em 1968, quando ele lança o grito de alarme: “A essa hora alguém está matando um índio. É a cobiça da terra, é a cobiça do subsolo, é a cobiça das riquezas naturais. É um vício de estrutura econômica. Enquanto a terra for mercadoria e objeto de especulação, vai se matar índio. A quem interessa o crime?” Veja na Globo News: os 100 anos de Noel Nutels e a defesa dos índios no Almanaque O documentário reúne imagens de 21 filmes de Nutels, que dirigia as ações de combate à tuberculose realizadas pela equipe do SUSA (Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas). O médico sanitarista produziu imagens de extrema beleza, onde vemos muitas cenas de crianças indígenas brincando nos rios, as populações caçando, pescando ou fazendo trabalhos domésticos. “O Índio Cor de Rosa” é o título do romance biográfico sobre Nutels do escritor Orígenes Lessa (1903-1986), mas é também o apelido carinhoso que os amigos davam ao sanitarista, de origem ucraniana, que aparece muitas vezes nos filmes de short e sem camisa, brincando e tratando dos índios. O documentário deve estrear no Brasil em 10 de outubro. O filme, lançado pela Fiocruz Vídeo e pela Banda Filmes em dezembro de 2019, já foi exibido esse ano no Olhar de Cinema, o Festival Internacional de Curitiba, e no Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires (FDBA). Premiação O Abrazo de melhor filme do Festival Biarritz América Latina, ou seja o prêmio de melhor longa-metragem de ficção, foi concedido a “Ofrenda”, primeiro filme do jovem cineasta argentino Juan Maria Mónaco Cagni, realizado com um orçamento de menos de mil dólares. O longa trata da andança sem rumo de duas mulheres que se encontram em uma pequena cidade na província de La Pampa argentina. O prêmio do júri foi para o filme venezuelano “La Fortaleza”, de Jorge Thielen Armand, rodado na selva amazônica e interpretado pelo próprio pai do cineasta. O prêmio de público do melhor longa de ficção foi concedido a “Selva Trágica”, da mexicana Yulene Olaizola, uma trama tendo como pano de fundo os seringueiros que trabalham na mata que faz fronteira entre México e Belize. O prêmio da crítica ficou com “Chico Ventana también quisiera tener um submarino”, do uruguaio Alex Piperno. O filme do gênero fantástico, rodado em vários países, é uma produção conjunta do Uruguai, Brasil, Argentina, Holanda e Filipinas. Na categoria documentário, além da premiação concedida ao filme brasileiro “O Índio Cor de Rosa contra a fera Invisível”, o longa “El Outro”, do chileno Francisco Bermejo, ganhou o prêmio de melhor longa. O filme trata do retorno à vida primitiva de dois homens que vivem isolados numa cabana no litoral pacifico do Chile. O prêmio de melhor curta-metragem foi para "Teoría Social Numérica", da colombiana Paola Michaels, uma discussão sobre a evolução digital e sobre a passagem do tempo, recorrendo a diferentes suportes de imagens, do Super 8 aos filmes feitos com celulares. Quatro filmes brasileiros concorreram aos prêmios em diversas categorias dessa 29ª edição do festival: além do premiado documentário “O Índio Cor de Rosa”, o longa-metragem “Um animal amarelo”, de Felipe Bragança, disputou o prêmio de melhor longa de ficção. Na seção de curtas-metragens, dois filmes brasileiros figuravam na competição: “Menarca”, de Lillah Halla e “O Prazer de matar insetos”, de Leonardo Martinelli.
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Youtuber de SC chega a 1 bilhão de visualizações e faz sucesso entre famosos
Joinvilense João Sampaio publica vídeos sobre o jogo online 'Fortnite'. Ele é elogiado por celebridades como Luan Santana e Juliana Paes. Youtuber de SC tem mais de 1 bilhão de visualizações e faz sucesso entre famosos O canal no YouTube do joinvilense João Sampaio, mais conhecido como "Flakes Power", ultrapassou a marca de 1 bilhão de visualizações, como mostrou o NSC Notícias de sábado (3). Sampaio faz vídeos principalmente sobre o jogo online "Fortnite", um dos mais populares da atualidade. O canal gerou empregos em Joinville, cidade do Norte catarinense, e já recebeu elogios de celebridades como Luan Santana e Juliana Paes. Em quatro anos, Sampaio publicou 1,2 mil vídeos. "Quando eu comecei o canal, jamais me passou pela cabeça que as coisas tomariam as proporções que tomaram. Comecei totalmente de brincadeira e quando eu vi eu cheguei à marca de 1 milhão de inscritos, foi tudo muito rápido. E agora chegar à marca de 1 bilhão de visualizações é assustador, sabe?", contou o youtuber. Youtuber de Joinville João Sampaio Reprodução/NSC TV Nos vídeos, ele dá dicas para outros jogadores. E assim ele já conta com quase seis milhões de inscritos, alguns deles famosos. Os cantores Marcos, da dupla Marcos e Belutti, e Luan Santana já mandaram vídeos para ele dizendo que são fãs. Ele já jogou online com o Felipe Melo, atleta do Palmeiras. E a atriz global Juliana Paes também gravou um vídeo dizendo que os filhos dela adoram ele. "É animal, eu acho muito legal. Eu estou lá no Instagram e do nada eu recebo uma mensagem de algum artista que eu já acompanho faz tempo e saber que essa pessoa também tem uma admiração por mim, saber que essa pessoa acompanha o meu conteúdo na internet. Muitas vezes nem cai a ficha quando eu recebo uma mensagem de algum artista que realmente eu sou fã", disse Sampaio. Geração de empregos O Youtube paga para o dono do canal uma fração de centavo para cada visualização em seus vídeos. Isso permite que youtubers como Sampaio ganhem a vida produzindo esse tipo de conteúdo. E por trás de tudo isso, nos bastidores, o negócio ainda gera emprego. Escritório de apoio ao canal de João Sampaio, em Joinville Reprodução/NSC TV "No escritório, são 10 pessoas. Fora os outros prestadores de serviço que acabam atuando com a gente também de forma indireta", explicou Eduardo Sampaio, diretor comercial do canal. "Desde criança, eu sempre tive o sonho de trabalhar com videogame. Na época, eu não sabia muito bem o que eu ia fazer, mas eu sabia muito bem com o que eu queria trabalhar. Eu sempre fui apaixonado por computador, eu sempre fui apaixonado por videogame e eu fico muito feliz, muito realizado de saber que eu consegui realizar esse sonho", disse João Sampaio. Veja vídeos do NSC Notícias Veja mais notícias do estado no G1 SC
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Filme ‘Eduardo e Mônica’ ganha prêmio em festival no Canadá
Longa de René Sampaio venceu categoria de melhor filme internacional neste domingo (4). Inspirado na música de Renato Russo, teve estreia adiada nos cinemas devido à pandemia. Gabriel Leone e Alice Braga no filme 'Eduardo e Mônica' Divulgação/Janine Moraes "Eduardo e Mônica", do diretor René Sampaio, venceu o prêmio de melhor filme internacional no Festival de Edmonton, do Canadá, neste domingo (4). Inspirado na história de amor entre dois jovens completamente opostos da música de Renato Russo, o longa deveria ter estreado em 12 de junho, em comemoração ao Dia dos Namorados. Mas, com os cinemas fechados pela pandemia de Covid-19, a estreia foi adiada. Filme inédito ‘Eduardo e Mônica’ ganha prêmio internacional no Canadá "Eu não acreditei, recebemos um e-mail, a láurea e começamos a comemorar. Liguei para os atores e comemoramos. Acho que esse prêmio vem em um bom momento para ajudar que as autoridades e o governo se organizem para que possamos promover de fato a cultura brasileira com sua pluralidade total", disse Sampaio à GloboNews. Gabriel Leone e Alice Braga dão vida ao casal. No elenco, ainda estão Fabricio Boliveira, Victor Lamoglia e Otavio Augusto. O filme foi gravado em 2018 em três locações diferentes: Rio de Janeiro, Brasília e Chapada dos Veadeiros. Sampaio também dirigiu outra adaptação de Legião Urbana para o cinema: "Faroeste Caboclo", de 2013. Naquela obra, Fabrício Boliveira é João do Santo Cristo e Ísis Valverde interpreta Maria Lúcia. O filme venceu 10 prêmios. Filme Faroeste Cabloco será um dos apresentados em Jundiaí Divulgação/ Prefeitura de Jundiaí
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