Ipea reduz estimativa de queda do PIB de 6% para 5% em 2020
Revisão considera desempenho econômico melhor que o esperado no terceiro trimestre do ano. Para 2021, órgão mantém projeção de uma alta de 3,6% do indicador. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira (1) ter revisado a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2020, prevendo uma retração menor da economia do país. Segundo o órgão, o indicador deve encolher 5% no ano, e não 6% como havia divulgado em junho. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Segundo o Ipea, a revisão de sua queda em 2020 foi feita "em razão do bom desempenho, melhor do que esperado para o terceiro trimestre", indicando melhor recuperação econômica. Todavia, o órgão ponderou que, no curto prazo, "a intensidade da recuperação ainda depende da evolução da pandemia, em especial da continuidade da trajetória de redução do número de novos casos e mortes". O controle efetivo da pandemia, destacou o Ipea, é "particularmente importante" para a retomada do setor de serviços, um dos mais prejudicados pelas medidas de isolamento social implementadas para conter a disseminação do novo coronavírus. Mercado reduz previsão de queda do PIB e volta a ver inflação acima de 2% em 2020 PIB tem tombo recorde de 9,7% no 2º trimestre e Brasil entra de novo em recessão Estimativas do Ipea para o PIB brasileiro em 2020 e 2021 Economia/G1 "Apesar do cenário de recuperação, o ano deve fechar com ociosidade elevada na economia. O hiato do produto, que mede o grau de ociosidade, saltou de 4,2% no primeiro trimestre deste ano para inéditos 13,9% no terceiro trimestre", ponderou o órgão. O Ipea destacou que, além do avanço do grau de ociosidade na economia, o penúltimo trimestre do ano também registrou aceleração da inflação, devido à alta nos preços dos alimentos. "No acumulado de 12 meses encerrados em agosto, os produtos alimentícios responderam por 70% de toda a variação do IPCA. Isso fez com que a previsão de inflação geral para 2020 fosse revisada de 1,8% para 2,3%", ressaltou. Para 2021, a taxa de inflação estimada pelo Ipea é de 3,3%. A estimativa do Ipea está dentro do que é projetado por economistas do mercado financeiro que, nesta semana, também reduziram a projeção de queda do PIB de 5,05% para 5,04%. Para 2021, o mercado prevê uma alta de 3,5%, também próximo ao estimado pelo Ipea. Já a inflação é estimada pelos analistas em 2,05% para 2020, e 3,01% para 2021. Governo mantém projeção de queda de 4,7% para o PIB em 2020 Equilíbrio fiscal em xeque O Ipea enfatizou, ainda, que a análise trimestral da conjuntura econômica aponta que o conjunto de medidas emergenciais lançado pelo governo federal para combater os efeitos da pandemia acarretará forte aumento do déficit e da dívida pública, o que poderia comprometer o equilíbrio fiscal do país. Segundo o órgão, os gastos da União em ações relacionadas à Covid-19 no ano de 2020 estão estimados em cerca de R$ 590 bilhões. “É importante que o país saia da pandemia reforçando o compromisso com o equilíbrio fiscal, que é pré-requisito fundamental para a retomada sustentável da nossa economia”, avalia o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo Souza Júnior.
- Publicado em Negócios
67% dos municípios de Rondônia já cultivam soja, revela IBGE
Pesquisa diz que produção da sojicultura cresceu 18%. Corumbiara foi a cidade que mais colheu soja. Soja já está presente em mais da metade dos municípios de Rondônia Jaelson Lucas/AEN Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1°) revelou que 67% dos municípios de Rondônia cultivaram soja na safra 2019/2020. Isso corresponde a 35 das 52 cidades, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente no ano passado foram plantados 344 mil hectares de sojicultura no estado, o que gerou uma produção de 1,19 milhão de toneladas (um aumento de 18% em relação a 2018). Apesar de Vilhena ser chamada por muitas pessoas como a "capital da soja", Corumbiara foi o município que mais colheu soja no ano de 2019, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM). Veja o top 3 da produção de sojicultura: Corumbiara – 147 mil toneladas Vilhena – 142 mil toneladas Pimenteiras do Oeste – 133 mil toneladas MILHO A pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) também divulgou a produção de milho na última safra em Rondônia. A cultivar cresceu 27,6% entre 2015 e 2019 no estado, segundo o IBGE, ultrapassando um milhão de toneladas. A área plantada subiu de 175 mil hectares para 225 mil hectares no período avaliado. Veja os municípios que mais produziram milho: Vilhena – 214 mil toneladas Cerejeiras – 144 mil toneladas Corumbiara – 120 mil toneladas Veja mais notícias do agronegócio em Rondônia:
- Publicado em Negócios
Em 23 anos, Anatel recebeu 7,5% do valor das multas aplicadas, diz CGU
Multas somam mais de R$ 11 bilhões. Agência reguladora afirmou que está revisando modelo de atuação. Desde que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi criada, em 1997, o órgão recebeu 7,5% do valor das multas aplicadas. Os números são de um relatório feito pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A Anatel tem como uma de suas responsabilidades fiscalizar a prestação dos serviços de telecomunicações. Nos últimos 23 anos anos, a agência impôs 66 mil multas a empresas de telefonia fixa e móvel, provedoras de internet banda larga e de TV por assinatura, somando R$ 11,5 bilhões. Desse total, R$ 873,2 milhões foram efetivamente pagos pelos multados. O restante é discutido na Justiça ou prescreveu.
A maior parte das multas efetivamente quitadas é de baixo valor, segundo o levantamento da CGU. Apesar de representarem menos de 8% do total aplicado, as sanções efetivamente pagas correspondem a mais de 50% de todas as multas.
De acordo com a CGU, a maioria das multas se refere a a temas que não afetam diretamente os consumidores, como mudanças societárias nas empresas ou obstrução de fiscalização. Desde 2015, mais de 20% dos processos abertos foram nesses temas, superando processos relativos aos direitos do consumidor.
Para os auditores, o baixo índice de multas pagas mostram a ineficiência do modelo utilizado pela Anatel.
"Se os infratores não estão pagando as multas devidas, questiona-se se o efeito repressivo, coercitivo e educador da principal sanção administrativa adotada pela Anatel tem contribuído para o alcance dos seus objetivos", diz o relatório.
"O baixo índice de arrecadação das multas constituídas, em questão de valores, significa que as prestadoras que não pagam as multas, não sofrem os efeitos esperados desse tipo de sanção e, assim, não há coerção ou estímulo para a reparação da conduta delituosa, cuja continuidade prejudica a qualidade na prestação dos serviços de telecomunicações", concluem os auditores.
A CGU identificou ainda que a agência gasta mais horas de fiscalização em áreas em que há menos reclamações dos consumidores.
Em 2015, o números de acessos na telefonia móvel se aproximava dos 270 milhões, mais de cinco vezes os acessos em telefonia fixa. As reclamações também eram muitos superiores entre os usuários de celular – cerca de 1,8 milhão, contra aproximadamente 1 milhão na telefonia fixa. Mesmo assim, o número de horas de trabalho dos fiscais da agência na telefonia fixa era pouco menor do que o destinado a fiscalizar a telefonia móvel.
Em 2012, eram mais de 200 mil horas de serviços destinadas à telefonia fixa, contra menos de 100 mil na telefonia móvel.
"Ante a limitação de recursos, a Agência deve priorizar seus esforços de fiscalização, acompanhamento e controle nos serviços mais demandados para que haja um incremento da melhoria nos serviços de telecomunicações mais imprescindíveis para a sociedade", avaliaram os auditores da CGU.
Anatel quer mais rigor contra operadoras que ligam para oferecer produtos ao consumidor
'Retrato do passado'
O superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Carlos Manoel Baigorri, vê o relatório como um "retrato do passado". Ele afirmou que o modelo de fiscalização que está sendo modernizado.
Há dois anos no cargo, ele diz que as multas eram tratadas como a principal ferramenta de sanção. "O que a gente percebeu é que isso não gera efeito. A multa continua sendo um mecanismo, mas ele não precisa ser o primeiro mecanismo a ser aplicado", explica.
"É uma mudança cultural da administração pública, que já vem sendo feita, discutido com a sociedade, justamente para que não seja interpretado como um libera geral. Não é abandonar a multa, ela continua sendo uma ferramenta, mas não é necessariamente o único", diz Baigorri.
Segundo ele, um novo regulamento que prevê mais medidas alternativas para punir e obrigar as empresas a prestar o serviço adequadamente está em fase final de análise na agência, aguardando votação apenas do Conselho Diretor da Anatel.
Sobre os outros pontos identificados pela CGU, ele explica que a telefonia fixa exigia mais horas de fiscalização porque envolvia regras mais rígidas do que a telefonia móvel, por exemplo. E também incluía ação em campo, como na verificação do funcionamento de orelhões.
Com mais regras, os processos se tornavam mais longos, o que, segundo Baigorri, explica o fato de continuarem predominando na agenda da fiscalização. Em 2018, os processos que estavam em conclusão haviam começado em fiscalizações de 2014, por exemplo.
O tempo varia de caso para caso, mas ele afirma que, em média, o período entre a identificação da infração e a conclusão do processo é de 23 meses. A partir daí, segundo Baigorri, as multas elevadas normalmente vão parar na Justiça, enquanto as pequenas são pagas.
"A gente regulamenta milhares de prestadores de serviços. O pequeno prestador de banda larga, o caminhoneiro que não tem rádio registrado na Anatel, feirante vendendo equipamento não certificado é multado. Mas as multas que são dezenas de milhões de reais, de grandes empresas, regra geral eles judicializam, conseguem uma liminar e o processo fica parado", afirma o superintendente. O relatório da CGU aponta que um quinto das multas foi parar na Justiça, com mais de 70% incluídas na dívida ativa e no cadastro federal de dívidas não-pagas.
Segundo Baigorri, o relatório da CGU mostra algo que já havia sido percebido na agência, sobre a baixa efetividade das multas. Mas, para ele, ainda há um efeito mesmo se as multas não forem pagas, como as restrições para contratações públicas de empresas devedoras e os depósitos judiciais.
"No âmbito da Anatel, a gente decide. Se ele recorre à Justiça, é um direito dele. Agora, essa empresa não recorre de graça. O juiz exige garantias no valor para dar uma liminar, então o efeito financeiro existe. Então estas empresas têm um volume muito grande de depósito judicial, o dinheiro não está disponível para eles", argumenta.
- Publicado em Negócios
Huawei não conseguiu melhorar segurança dos seus equipamentos de rede, diz agência do Reino Unido
Órgão governamental pediu que empresa chinesa de telecomunicações revisasse códigos, mas não viu avanços e considera que produtos da companhia podem representar riscos. Órgão que faz parte da inteligência do Reino Unido alegou que Huawei não fez progressos na segurança de seus equipamentos de telecomunicações. REUTERS/Aly Song A Huawei, empresa chinesa de telecomunicações, não conseguiu resolver problemas de segurança digital apontados por uma agência do Reino Unido, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (1º). O Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido (NCSC, na sigla em inglês) pediu no ano passado que a Huawei reescrevesse seus códigos para resolver uma vulnerabilidade em seus produtos de telecomunicações. A companhia chinesa resolveu o problema, mas criou outras "grandes falhas" no produto, segundo a agência britânica. Os detalhes sobre as intervenções foram divulgadas em um relatório anual de um corpo de monitoramento da Huawei no Reino Unido, que busca reduzir os riscos de segurança que possam existir em partes críticas da infraestrutura de telecomunicações do país. 'Garantias limitadas' O painel – que inclui autoridades da inteligência britânica – disse que a Huawei fez progresso limitado para a resolução de problemas apontados no ano passado, de acordo com a Reuters. O grupo afirmou que não tem confiança de que a empresa poderia completar uma reformulação completa de segurança em seus equipamentos, como havia prometido. Os problemas de engenharia e práticas de segurança da Huawei daria "garantias limitadas" de que todos os riscos às redes do Reino Unido poderiam ser reduzidas no longo prazo. Restrições dos EUA A publicação desse relatório acontece 3 meses depois de o Reino Unido proibir que operadoras britânicas instalem novos equipamentos fabricados pela Huawei a partir de 2021. A companhia chinesa poderia continuar oferecendo manutenção para os produtos existentes, mas a ideia é que a infraestrutura de 5G não conte com a presença da empresa até 2027. A decisão foi tomada depois de os Estados Unidos bloquearam a compra de tecnologia americana pela Huawei, alegando que a companhia representa riscos à segurança nacional. Saiba mais: Reino Unido exclui Huawei de sua rede 5G após sanções dos EUA contra a chinesa Huawei classifica decisão do Reino Unido sobre 5G de 'decepcionante' Os serviços de segurança do Reino Unido afirmaram que com a limitação de compra de chips vindos EUA não poderiam garantir a segurança dos equipamentos chineses. A Huawei nega as alegações dos EUA. Falhas não foram exploradas A companhia afirma que o relatório do Reino Unido mostra que as vulnerabilidades encontradas não são um resultado de "interferência do Estado chinês". "O relatório reconhece que, embora nosso processo de transformação de software esteja em seus primeiros passos, fizemos progressos na melhoria de nossas capacidades de engenharia", disse um porta-voz da empresa, de acordo com a Reuters. O painel do Reino Unido disse que não teve conhecimento de que as vulnerabilidades tenham sido exploradas por hackers de nações-estado, mas que os problemas representavam sérios riscos. "A NCSC não acredita que os defeitos identificados sejam resultado de interferência do Estado chinês". Na última quarta-feira (30), a Huawei disse que está pronta para ter sua tecnologia examinada minuciosamente para mostrar que não representa qualquer risco de segurança aos países que incluírem seus equipamentos em redes de telefonia móvel 5G. Vídeos: aprenda sobre segurança digital no G1 'Pror
- Publicado em Negócios
TSE faz parceria com site de buscas para combate a desinformação nas eleições
Página do Google vai destacar conteúdo oficial produzido pelo tribunal sobre as eleições municipais de 2020. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou nesta quinta-feira (1º) uma parceria com o Google para combater a desinformação nas eleições.
Segundo o TSE, o site vai destacar em sua página de buscas o conteúdo oficial produzido pelo tribunal para as eleições municipais de 2020.
Leia mais: TSE lança parceria com redes sociais contra desinformação durante a campanha eleitoral
O diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, afirmou que o objetivo é fornecer informações relevantes e confiáveis ao eleitor.
"A busca é uma ferramenta simples, gratuita e aberta para checagem de todos", disse.
TSE faz parceria com redes sociais para evitar disparos de mensagens em massa
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a parceria ajudará a "superar vicissitudes que têm marcado processos eleitorais em grande parte do mundo".
Segundo Barroso, outra preocupação é preservar a liberdade de expressão.
"A liberdade de expressão é um componente da democracia para que as pessoas possam votar de maneira esclarecida estando expostas às múltiplas visões de mundo que se apresentam e participar do debate público de uma maneira esclarecida."
Como funciona
Segundo o TSE, o site de buscas vai disponibilizar recursos em suas plataformas para ajudar os eleitores brasileiros a encontrarem conteúdos confiáveis e de utilidade pública elaborados pela Justiça Eleitoral.
Uma das ferramentas é o painel "Como Votar", que traz respostas no topo da busca para perguntas frequentes sobre o processo eleitoral além de detalhes sobre os cuidados sanitários indicados pelo tribunal para que o eleitor vote com segurança.
Quando o eleitor pesquisar sobre "Como votar", ele terá acesso direto a informações oficiais do TSE antes de qualquer outro resultado.
Durante o período eleitoral, o Google também vai produzir e promover "lives" em parceria com o tribunal para ampliar o conhecimento do eleitor brasileiro em temas importantes como desinformação, protocolos sanitários para o dia da votação e mitos sobre o processo eleitoral.
O site vai manter seus canais de comunicação abertos aos usuários, entre eles um suporte de reclamação para anúncios e denúncias de conteúdo falso.
- Publicado em Negócios
Pesquisa da CNI mostra consumidor ainda sem confiança em setembro
Índice Nacional de Expectativa do Consumidor ficou abaixo da média histórica. De acordo com a entidade, isso é reflexo dos efeitos da pandemia sobre a economia, em especial sobre o emprego e a renda. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), aferido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi de 42,8 pontos em setembro, 3,3 pontos abaixo da média histórica (46,1). Em dezembro de 2019, o índice foi de 47,3%.
As informações foram divulgadas pela CNI nesta quinta-feira (1º). A entidade ouviu 2.000 pessoas, em 127 municípios, entre 17 e 20 de setembro.
Pela metodologia do levantamento, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do consumidor. "Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança", explicou a entidade.
"A piora da confiança do consumidor é explicada pela piora das expectativas: os consumidores estão pessimistas com relação à evolução dos preços, do desemprego e de sua renda. Além disso, percebem piora em suas condições financeiras", informou.
De acordo com a entidade, a queda do INEC em setembro, na comparação com dezembro, é comum a todos os perfis de consumidor considerados na pesquisa.
"Destacam-se as quedas do INEC entre consumidores com renda familiar maior do que 5 salários mínimos (-7,4 pontos), os que possuem ensino superior (-6,8 pontos), aqueles com idade de 25 a 34 anos (-5,5 pontos) e os que moram em capitais (-5,3 pontos)", informou.
Acrescentou que os menores índices são registrados entre a população de renda familiar até 1 salário mínimo (INEC de 40,4 pontos), entre os consumidores que residem nas capitais (41,1 pontos), os com ensino superior (41,4 pontos) e os que residem na região Sudeste (41,6 pontos).
- Publicado em Negócios
Produção de tomate quase triplica em Rondônia, mas feijão tem queda de 15%
Pesquisa do IBGE revelou panorama agrícola de Rondônia referente ao ano de 2019. Veja as cultivares que se destacaram. Tomate quase triplicou a produção no ano passado Pexels Os produtores de tomate "colheram bons frutos" na safra 2019 em Rondônia. Isso porque a produção quase triplicou, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgada nesta quinta-feira (1°) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja, abaixo, o ranking de produção das principais cultivares em 2019: TOMATE Entre 2015 e 2019, a produção de tomate aumentou de 2.542 toneladas para 7.437 toneladas, enquanto que a área plantada subiu 54,8%. Os três municípios campeões do ranking são: Vilhena – 1.110 toneladas Cerejeiras – 1.000 toneladas Espigão D’Oeste – 730 toneladas ARROZ A produção de arroz cresceu 13% em comparação a 2018, atingindo quase 124 mil toneladas em 43 mil hectares plantados. Os três municípios que mais colheram arroz foram: Porto Velho – 28 mil toneladas Pimenteiras do Oeste – 20 mil toneladas São Miguel do Guaporé – 12 mil toneladas FEIJÃO Mesmo com um aumento na produtividade, a produção de feijão diminuiu 3 mil toneladas entre 2015 e 2019, caindo de 19 mil toneladas para 16 mil (cerca de -15%). As maiores produções em 2019 foram em: Alto Alegre dos Parecis – 10 mil toneladas Alta Floresta D’Oeste – 2 mil toneladas Cacoal – 788 toneladas ABACAXI A produtividade de abacaxi aumentou em quase 3,1 mil frutos por hectare, mesmo com a área plantada diminuindo 115 hectares no estado. Segundo a PAM, a produção rondoniense aumentou quase 500 mil frutos de abacaxi neste período de quatro anos, atingindo quase 18 mil abacaxis produzidos. Os maiores produtores foram: Cujubim – 2992 mil frutos Cacoal – 1750 frutos Rolim de Moura – 1750 mil frutos URUCUM A produção desta cultivar apresentou um aumento de 77,1% nos últimos quatro anos, enquanto que a área destinada para colheita aumentou 52,9%. No ano passado, segundo o IBGE, foram colhidos 3.566 toneladas em Rondônia. Veja as cidades que mais colheram urucum: Costa Marques – 774 toneladas Seringueiras – 697 toneladas São Francisco do Guaporé – 450 toneladas Cabixi – 440 toneladas Veja as últimas notícias do campo em Rondônia:
- Publicado em Negócios
Coca-Cola reorganiza estrutura e transfere comando da América Latina para o Brasil
Até então, a Argentina era a sede da coordenação das filiais do Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia. Coca-Cola diz que mudança não afeta produção e nega 'que esteja contemplando uma transferência de suas operações' na Argentina. Coca-Cola reorganiza estrutura e transfere comando da América Latina para o Brasil Reuters/Regis Duvignau Como parte de uma reestruturação global, a Coca-Cola decidiu transferir o comando da operação da companhia na América Latina para o Brasil. Com a mudança, o presidente da Coca-Cola Brasil, Henrique Braun, assumiu no mês passado o comando da operação da gigante de bebidas em 22 países das Américas do Sul, Central e Caribe, mais o México. Até então eram 4 unidades de negócios na América Latina: Brasil, México, Latin Center e South Latin. Com a mudança, a coordenação das filiais do Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia será transferida da Argentina para o Brasil. "Na América Latina, a reorganização contempla a criação de três novas zonas geográficas que trabalharão em estreita colaboração com as equipes de liderança globais. A Argentina se integrará na nova estrutura para o sul da região, que inclui também Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia", informou, em nota, a Coca-Cola. Apesar do novo desenho representar uma mudança simbólica para a região, a Coca-Cola afirma que se trata de uma reestruturação corporativa, sem qualquer relação com fábricas. Após as repercussões da decisão, a Coca-Cola divulgou uma nota negando categoricamente a transferência de suas operações na Argentina. "A Coca-Cola Argentina desmente categoricamente que esteja contemplando uma transferência de suas operações. A companhia e suas engarrafadoras seguirão operando com o mesmo compromisso com que vêm atuando há 78 anos naquele país", disse a companhia. Segundo a empresa, a reestruturação na região faz parte de uma reorganização que está sendo feita em nível mundial "com o objetivo de acelerar a estratégia de crescimento", combinando "a capacidade de sua escala global e as necessidades locais dos mercados". A partir de 1º e janeiro, a Argentina será integrada à nova estrutura para o sul da região, que também inclui Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia, explicou a multinacional. "Roberto Mercade foi nomeado presidente da Operação Norte (México), Luisa Ortega, presidente da Operação Central (Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e outros países da América Central e do Caribe), e Luis Felipe Avellar, Presidente da Operação Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai)", informou a Coca-Cola. A companhia possui atualmente 11 fábricas na Argentina, que empregam mais de 12 mil funcionários. Segundo o jornal "Clarín", a reestruturação deverá resultar em um enxugamento da estrutura da companhia na Argentina. A reportagem afirma que a empresa já lançou um plano de aposentadoria voluntária no Canadá, Estados Unidos e Porto Rico, e que o programa será estendido para o país. O jornal "La Nacion" afirma que uma questão em aberto é o que acontecerá com o prédio de escritórios que a Coca-Cola inaugurou há poucos anos na Avenida General Paz, em Buenos Aires, e que era até então ocupado por funcionários encarregados de funções regionais. Vídeos: últimas notícias de economia no Brasil e no mundo
- Publicado em Negócios
Fábrica da BRF em SC é habilitada para exportar suínos ao Vietnã
Fábrica em Concórdia tem mais de 6 mil funcionários e já exporta cortes de suínos para Hong Kong, Filipinas e África do Sul. Frigorífico da BRF em Concórdia, SC Reprodução/NSC TV A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou nesta quinta-feira (1º) que sua fábrica em Concórdia (SC) recebeu permissão para exportar produtos de carne suína para o Vietnã. A fábrica em Concórdia tem mais de 6 mil funcionários e já exporta cortes de suínos para Hong Kong, Filipinas e África do Sul. O vice-presidente de relações institucionais da BRF, Bruno Ferla, afirmou em comunicado à imprensa que a habilitação tem importância estratégica para a companhia. "O Vietnã é um país que tem atraído muitos investimentos de empresas, gerando aumento na renda per capita da população e, por consequência, maior consumo de produtos suínos”, disse o executivo. VÍDEOS: mais notícias do agronegócio
- Publicado em Negócios
EUA vendem 71,1 mil toneladas de arroz ao Brasil; volume no ano já é o maior desde 2003
Indústria brasileira recorreu aos americanos após governo liberar a importação do alimento sem tarifas fora do Mercosul por causa da disparada preços no país. Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta Reprodução/TV Diário O governo dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (1º) registro de venda de mais 71,1 mil toneladas de arroz ao Brasil, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em um momento em que brasileiros recorre à importação para lidar com preços recordes do produto. Com o registro desta quinta-feira, o total contabilizado pelo USDA de arroz norte-americano vendido ao Brasil chega a 108,3 mil toneladas neste ano. O volume total já se configura como a maior venda de arroz dos EUA ao Brasil em um ano desde 2003, quando brasileiros importaram ao todo 486,45 mil toneladas, conforme dados do governo norte-americano. Entenda por que a inflação dos alimentos disparou no país Veja quais países lideram a venda e a compra de arroz do Brasil Na semana passada, a associação do setor Abiarroz informou à Reuters que os EUA deverão responder pela maior parte do fornecimento nas compras recentemente feitas fora de países do Mercosul, desde que o Brasil implementou uma cota sem tarifa extra bloco comercial de 400 mil toneladas até o final do ano. Dentro do Mercosul, as importações não pagam tarifas, que variam de 12% para o grão beneficiado e 10% sobre o produto em casca. Além de 100 mil toneladas de arroz em casca dos EUA, a Abiarroz estimou compras de 70 mil toneladas do produto da Índia e 18 mil da Guiana. Apesar das importações, os preços do arroz seguem em patamares elevados. A cotação da saca de 50 kg do arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, atingiu R$ 104,29 na quarta-feira (30), perto de máxima histórica, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O recorde, de R$ 106,24 por saca, foi registrado pelo Cepea no último dia 23. Os preços estão elevados após um maior consumo do produto durante a pandemia, com crescimento estimado em 2020 de cerca de 5% pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para quase 11 milhões de toneladas. Isso ocorreu após o país ter entrado no ano com estoques relativamente pequenos, nos menores níveis desde 2014, pelo menos, segundo a Conab. Simultaneamente, as exportações brasileiras aumentaram mais de 70% nos oito primeiros meses do ano, para 1,15 milhão de toneladas, com um câmbio favorável ajudando a reduzir a oferta interna, conforme dados do governo, enquanto importações –em sua maioria de países vizinhos– declinaram 17% nos primeiros oito meses do ano, para 417,4 mil toneladas. VÍDEOS: notícias sobre a alta no preço dos alimentos
- Publicado em Negócios