IGP-M: índice que corrige o aluguel dispara para 4,34% em setembro
Com este resultado, alta acumulada é de 14,4% no ano e de 17,94% em 12 meses, aponta FGV. Inflação do aluguel: IGP-M sobe 4,34% em setembro; em 12 meses, alta é de 17,94%
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 4,34% em setembro, contra um avanço de 2,74% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (29)
Com este resultado, o índice já acumula alta de 14,4% no ano e de 17,94% em 12 meses, bem acima do índice de inflação oficial do país.
Em setembro de 2019, o índice havia caído 0,01% e acumulava alta de 3,37% em 12 meses.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.
"Os três índices componentes do IGP-M registraram aceleração. O índice de preços ao produtor segue influenciado pela alta de grandes commodities, como a soja em grão que subiu 14,32% em setembro. No IPC, o destaque coube ao subgrupo recreação cuja a variação foi de 4,77%, sob influência de passagens aéreas que avançaram 23,74% nesta apuração. Por fim, no INCC destacam-se materiais e equipamentos, cujos os preços avançaram em média 2,97% no mês e 9,67% em 12 meses”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Preço do aluguel volta a subir no Rio
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 5,92% no mês, depois de subir 3,74% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,98% para 5,99%, no mesmo período. A alta das Matérias-Primas Brutas chegou a 10,23% em setembro, de 6,93% no mês anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,64% em setembro contra 0,48% em agosto.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,15% em setembro, ante 0,82% no mês anterior.
Os economistas do mercado financeiro voltaram a estimar inflação acima de 2% para 2020 — algo que não acontecia desde o final de abril, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira. Para o IPCA, a estimativa agora é de uma alta de 2,05% no ano. A expectativa, porém, segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
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Pix: como novo meio de pagamento desafia indústria de cartões, maquininhas e grandes bancos
Se você é cliente de alguma instituição financeira, ela provavelmente tem tentado convencê-lo nas últimas semanas a fazer o pré-cadastro no Pix. Mercado de pagamentos eletrônicos movimentou R$ 1,8 trilhão no Brasil em 2019 Getty Images O novo meio de pagamento eletrônico instantâneo que vem sendo desenvolvido pelo Banco Central será lançado em 16 de novembro e o registro começa agora em 5 de outubro. A plataforma vai permitir a realização de transferências bancárias a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana e sem ônus — colocando em xeque a TED ou do DOC, que hoje podem custar mais de R$ 15, a depender do pacote de serviços do correntista. O impacto potencial da mudança, entretanto, vai bem além da isenção das transferências. O Pix também tem vocação para substituir os boletos bancários e pode mudar a experiência de consumo no débito e em dinheiro em espécie. Entenda como funciona o PIX, novo sistema de pagamentos desenvolvido pelo BC Golpistas usam cadastro no PIX para roubar dados de consumidores De qualquer maneira, qualquer ponto percentual nesse mercado é muito coisa: por ano, ele movimenta cerca de R$ 1,8 trilhão, conforme os dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços referentes a 2019. Entenda, a seguir, como o serviço pode afetar consumidores, empresas e os protagonistas e coadjuvantes da cadeia de meios de pagamentos (a indústria de maquininhas, as operadoras de cartões e os grandes bancos). Consumidores Além da isenção de cobrança pelas transferências de recursos, uma das principais mudanças potenciais para os consumidores será a experiência de compra no boleto, no débito e em dinheiro. Isso porque o Pix pode substituir essas três modalidades. No caso do boleto, o pagamento passa a ser feito pelo aplicativo do banco ou de uma carteira eletrônica. Por exemplo: quando o cliente fizer uma compra pela internet, para efetuar o pagamento ele só precisará abrir o app e ler o QR code do Pix. Ao contrário do boleto, a transação é processada instantaneamente. As compras em dinheiro ou débito seguem a mesma lógica. Em um estabelecimento comercial físico, por exemplo, o lojista pode gerar o QR code ou imprimi-lo e deixá-lo no balcão — como já acontece hoje em estabelecimentos que aceitam pagamentos instantâneos de carteiras digitais como PicPay ou Mercado Pago. Para que uma pessoa física use o serviço ela só precisa ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital, com cadastro no Pix. Esse cadastro é feito na instituição gestora da conta. O cliente tem a possibilidade de cadastrar uma "chave Pix" para facilitar as transações — uma espécie de "apelido" que será usado para identificá-lo, como CPF, e-mail e telefone. Com ela, não será preciso mais digitar os dados bancários do destinatário de uma transferência, por exemplo. É só colocar a chave Pix e a transação será efetuada. A pessoa física pode ter "chaves Pix" em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se você cadastrou em CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave Pix naquele banco. Empresas A maior vantagem do Pix, na avaliação de Felipe Ahouagi, especialista em meios de pagamento da consultoria L.E.K, é para os recebedores. A modalidade não será gratuita para pessoa jurídica. Ela terá um custo, mas muito menor do que aqueles nos quais se incorre hoje. A cada venda feita no débito, um estabelecimento é cobrado por um percentual da transação, a "merchant discount rate" (MDR), composta por três tarifas: a de intercâmbio, que fica com o banco, a de bandeira, que vai para a bandeira do cartão, como Visa, MasterCard e American Express, e uma terceira, retida pela própria empresa que emite a maquininha. A cobrança reflete os vários elos que essa cadeia tem hoje, dos quais o Pix não necessariamente precisa para operar. Em uma venda feita por essa modalidade com QR Code, por exemplo, o consumidor pode pagar com o celular (ou seja, sem a maquininha), e a operação é processada pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), gerido e operado pelo Banco Central. Por isso o custo é menor. Compra por meio de QR code pode ser feita pelo celular e sem a necessidade de uso da maquininha pelo estabelecimento Getty Images "O estabelecimento comercial tem todo interesse em adotar, assim como autônomos", avalia. João Bragança, especialista em meios de pagamento da consultoria Roland Berger, avalia que, em um segundo momento, as médias e grandes varejistas também vão ter um grande incentivo para desenvolver a modalidade, já que muitas delas atuam como financeiras. Algumas já entraram no ramo dos meios de pagamentos digitais, como as Americanas com a carteira digital Ame, a Via Varejo (dona das Casas Bahia) com o banco digital BanQi e o Magazine Luiza com a conta digital Magalu Pay. Com o Pix, diz Bragança, elas teriam acesso a mais uma camada enorme de dados sobre os hábitos de consumo de clientes, o que lhes possibilitaria fazer ofertas direcionadas, por exemplo. Além disso, poderiam atrair clientes potenciais que hoje estão fora do sistema financeiro — os chamados "desbancarizados", que não possuem conta corrente ou cartão de crédito ou débito. Outros potenciais ganhadores Com a capilarização do Pix no varejo, quem também tende a se beneficiar são as carteiras eletrônicas, que passam a contar com uma rede de aceitação muito maior. Grandes empresas de tecnologia, por sua vez, teriam oportunidade de entrar ou acelerar o crescimento na área de serviços financeiros, avalia o consultor da Roland Berger, enquanto os bancos digitais e fintechs teriam espaço não apenas expandir a carteira de clientes, mas consolidar a base que já têm. Hoje muitos brasileiros que têm conta nessas instituições financeiras menores ainda concentram boa parte de suas movimentações nos bancos de varejo tradicionais. Com o Pix, essa lógica poderia começar a mudar — e daí a movimentação dos grandes bancos, alguns com grandes campanhas publicitárias, para que os clientes registrem o Pix em suas plataformas. "Todo mundo vai passar a disputar conta corrente (de clientes). A qualidade da oferta do serviço e a experiência do cliente vão ser críticas", ressalta Bragança. A "corrida para garantir a captura", diz Ahouagi, da consultoria L.E.K., se baseia de lógica de que, uma vez dentro da plataforma do banco, seja ele tradicional ou uma fintech, o cliente tende a usar outros serviços. "Com uma âncora de relacionamento (o Pix), eu tento vender todos os serviços bancários, abro a possibilidade de que ele possa fazer tudo em um lugar só." Mercado de cartões envolve diversos elos: as bandeiras, as empresas das 'maquininhas', os bancos e as processadoras Getty Images Impacto nos elos da cadeia Os potenciais perdedores são aqueles que hoje lucram com os vários elos da cadeia de pagamentos: as "maquininhas", conhecidas como adquirentes, as bandeiras de cartões e as processadoras, que prestam serviços operacionais ligados aos cartões e às transações. Bragança estima que, em um cenário de sucesso com Pix (ou seja, de ampla adoção), com queda de 60% das vendas e aluguel de maquininhas e de 65% nas receitas com MDR, as empresas adquirentes perderiam quase R$ 9 bilhões em receitas. No cenário mais adverso para essas empresas, a perda chegaria a R$ 13 bilhões. Ahouagi também avalia que as margens do setor serão pressionadas. Mas pondera que a modalidade de crédito tende a ser pouco afetada, pelo menos neste primeiro momento. Isso porque as transações pelo Pix são instantâneas. Há previsão de um Pix agendado, que poderia se assemelhar a uma operação de crédito. A regulamentação do Banco Central estabelece, entretanto, que a oferta da modalidade pelas instituições financeiras é facultativa, que a transação não pode bloquear um limite da conta e que, caso o saldo seja insuficiente na data do pagamento, a operação será cancelada. Ou seja, não há garantia de que o valor seria pago. Assim, pelo menos em um primeiro momento, o incentivo para os estabelecimentos comerciais é pequeno. O consultor acrescenta que a perda de rentabilidade não é algo exatamente novo para algumas das empresas do ramo. Em 2009, o Banco Central quebrou o monopólio do mercado de adquirência, o que permitiu, na prática, a entrada de novas empresas em um setor até então dominado basicamente por Cielo e Rede. Com a maior concorrência, os preços caíram. Desde então, o mercado de meios de pagamentos global vem passando por grandes mudanças, inclusive com o surgimento de novos meios de pagamentos, como as criptomoedas, as carteiras digitais e os money transfer operators, que têm mudado a lógica de remessa de recursos para o exterior. Os pagamentos instantâneos, em sua visão, entram dentro desse contexto. Assim, Ahouagi estima que, em cinco anos, o Pix pode ocupar 11% do mercado de meios de pagamentos eletrônicos (o equivalente a R$ 440 bilhões, sem levar em conta a inflação do período), uma fatia bem mais modesta do que os meios de pagamento instantâneos tomaram na China ou na Índia. Nesses casos específicos, pontua o consultor, o grande sucesso do sistema se deveu ao fato de que muita gente já estava habituada a fazer pagamentos pelo celular, caso da China, ou de que parte relevante da população não usava cartões, caso da Índia. Para Bragança, a novidade pode representar uma mudança de paradigma na cadeia de valor dos pagamentos. O Brasil, diz ele, é um dos poucos países em que a autoridade monetária (o Banco Central) se envolveu ativamente no desenvolvimento da plataforma. A chance de que ele ganhe escala, nesse sentido, é grande. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, a rede de pagamentos instantâneos foi instituído por iniciativa de um grupo de empresas. Qual o interesse da autoridade monetária? O Pix, diz Ahouagi, é mais uma etapa da agenda de competitividade do BC — a mesma que quebrou o monopólio das maquininhas em 2009, que visa estimular a concorrência diminuir os custos de transação no país. Além disso, a autoridade monetária também conta com a vantagem de que essa modalidade dá maior visibilidade às transações (especialmente àquelas que antes eram feitas com dinheiro em espécie), com rastreamento de ponta a ponta. "Isso ajuda a reduzir a informalidade, a evasão de divisas, e a aumentar regularização do sistema", afirma. Segurança Em um país cheio de modalidades cada vez mais criativas de cibercrime, a segurança é uma questão chave para a plataforma. Bragança recorda que não houve uma padronização por parte do Banco Central. A questão da segurança é de competência das instituições financeiras. A lógica é a mesma das demais transações bancárias: os sistemas de mitigação de risco e as barreiras antifraude variam de uma empresa para outra. No caso do Pix, por exemplo, além da segurança dos próprios aplicativos das instituições financeiras, elas podem colocar outras camadas — como, por exemplo, um limite máximo para realização de operação com o pagamento instantâneo. O especialista alerta, contudo, que provavelmente devem aparecer casos de fraude, assim como acontece com praticamente todas as modalidades de pagamentos. "É o ciclo de vida de qualquer operação. É uma jornada de aprendizado." E deve-se ficar atento não apenas à possibilidade de golpes, mas também de erros cometidos pelos próprios clientes. Como o Pix é instantâneo, uma transferência ou um pagamento feitos por engano não têm garantia de ressarcimento. Também ficará a cargo de cada instituição decidir como vão lidar com essas situações. Assista aos últimos vídeos em Economia
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Índice de confiança do setor de serviços tem quinta alta seguida, aponta FGV
Instituição ressalva que trajetória ascendente do indicador é desigual entre os segmentos do setor. Índice que mede situação atual sugere que não há alteração no ritmo de demanda mensal. O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 2,9 pontos em agosto, para 87,9 pontos. Embora seja a quinta alta consecutiva, há desaceleração do indicador desde julho. Em julho, a confiança dos serviços havia avançado 11,2 pontos. Já em agosto, a alta foi de 6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice apresenta alta de 5,4 pontos. De acordo com Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, apesar de manter a trajetória ascendente, a confiança do setor de serviços mostra ritmo desigual entre os seus seguimentos. Além disso, enfatizou que o índice permanece abaixo do patamar pré-pandemia. “Houve acomodação nos indicadores que medem a situação atual, sugerindo que não há alteração no ritmo de demanda por serviços no mês, apenas aumento das expectativas", apontou Tobler. Confiança do setor de serviços em setembro Economia/G1 Dos 13 segmentos dos serviços pesquisados pela FGV, 11 apresentaram variação positiva na passagem de agosto para setembro. As avaliações sobre o momento atual se mantiveram estáveis, enquanto as expectativas em relação aos próximos meses melhoraram, acumulando os cinco meses de alta consecutivos. O Índice de Situação Atual (ISA-S) variou 0,1 ponto, para 76,9 pontos, ainda abaixo do nível pré-pandemia. O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, cresceu 5,4 pontos, para 98,9 pontos, igualando-se ao nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços se manteve estável em 81,8%. Ainda segundo o economista da FGV, a conjuntura econômica atual ainda não sugere que a retomada do setor de serviços seja sustentável. "Para os próximos meses, o cenário de recuperação deve ser mantido, mas ainda há muita incerteza na sustentabilidade dessa retomada, principalmente pela cautela dos consumidores, piora do mercado de trabalho e proximidade do fim dos programas de auxílio do Governo”, avaliou. Melhor perspectiva para o terceiro trimestre A FGV destacou que o setor iniciou o segundo semestre de maneira distinta ao encerramento do primeiro, registrando sucessivos ganhos de confiança em todos os setores. No terceiro trimestre, o Índice de Confiança de Serviços registrou aumento de 22,9 pontos no total. Comparando com o desempenho do trimestre anterior (queda de 30 pontos), houve uma recuperação de 76,2%. Entre os principais segmentos analisados, os serviços de Transportes foram os que conseguiram melhor recompor a confiança no período, recuperando 89,0% do ICS. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias, que registraram a maior queda no trimestre (38,5 pontos), não conseguiram recuperar sequer metade da confiança perdida (47,5%). Assista aos últimos vídeos em Economia
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Antecipação do auxílio-doença continuará em vigor, diz INSS
Segurado poderá fazer o agendamento da perícia médica ou optar pela antecipação. Peritos que não apareceram para trabalhar no INSS atendem nos próprios consultórios
A antecipação do auxílio por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, continuará em vigor para todas as localidades do país, segundo portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicada nesta terça-feira (29).
Isso significa que o segurado, no momento do requerimento, poderá fazer a opção pelo agendamento da perícia médica para a concessão do auxílio em uma das unidades de atendimento da Perícia Médica Federal cujo serviço de agendamento esteja disponível, ou optar pela antecipação.
Segundo o INSS, todos os segurados poderão requerer a antecipação do auxílio por incapacidade temporária, e não somente aqueles que residam a mais de 70 quilômetros de uma agência com serviço de perícia médica. Essa alteração tem o objetivo de atender os segurados durante o período de retorno gradual do atendimento presencial.
O segurado que optar pela antecipação será posteriormente notificado pelo INSS para agendamento da perícia médica destinada à concessão definitiva do benefício e pagamento da diferença devida, caso tenha direito a um valor maior do que R$ 1.045, que é o estabelecido para a antecipação.
Para requerer a antecipação do auxílio-doença o segurado deve enviar, pelo Meu INSS, o atestado médico e a declaração de responsabilidade pelos documentos apresentados. O atestado passará por análise da perícia médica para concessão da antecipação.
O atestado médico deverá estar legível e sem rasuras; conter a assinatura do profissional emitente e o carimbo de identificação, com registro do respectivo Conselho de Classe ou Registro Único do Ministério da Saúde (RMS); conter as informações sobre a doença ou Código Internacional de Doenças (CID); e ainda conter o período estimado de repouso necessário.
A antecipação do auxílio-doença pode ser feita até 31 de outubro. E o pagamento das antecipações não poderá exceder o dia 31 de dezembro – ressalvada a possibilidade de o segurado apresentar pedido de revisão para fins de obtenção integral e definitiva do auxílio por incapacidade temporária.
Dor, descaso e filas: mais de um milhão de brasileiros esperam por atendimento no INSS
Veja como pedir pelo Meu INSS
Os sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão adaptados para receber atestados médicos de trabalhadores que estão na fila do auxílio-doença e queiram solicitar a antecipação no valor de R$ 1.045. O segurado pode enviar o atestado médico diretamente pelo site Meu INSS ou pelo aplicativo do serviço. Para quem já usa o aplicativo, é preciso baixar a atualização disponível para Android e iOS.
Ao entrar no Meu INSS, selecione a opção "Agendar Perícia". Quem ainda não tem o cadastro no site, precisa se cadastrar para fazer o login.
Feito o login, basta fazer o seguinte:
Clique em "Agendar Perícia"
Selecione a opção “Perícia Inicial” e, em seguida, clique em “Selecionar”
Na pergunta “Você possui atestado médico”, selecione “SIM” e clique em continuar
Preencha as informações pedidas e clique em “Avançar”
Em “Anexos”, clique no sinal + para inserir o documento e clique em "Anexar"
Agora basta selecionar o documento (seu atestado médico) que você quer anexar, clicar em “Abrir” e, em seguida, em “Enviar”
Siga os passos seguintes e clique em “Gerar Comprovante” para que você o salve em seu computador ou celular
Cuidados
O atestado médico deverá ser anexado ao requerimento por meio do site ou aplicativo "Meu INSS" e deve observar os seguintes requisitos:
estar legível e sem rasuras;
conter a assinatura do profissional emitente e carimbo de identificação, com registro do Conselho de Classe;
conter as informações sobre a doença ou CID;
conter o prazo estimado de repouso necessário.
Em algumas situações os beneficiários terão que ser submetidos à perícia médica no INSS, após o término do regime de plantão reduzido nas agências. São elas:
quando o período de afastamento da atividade, incluídos os pedidos de prorrogação, ultrapassar o prazo máximo;
para fins de conversão da antecipação em concessão definitiva do auxílio-doença;
quando não for possível conceder a antecipação do auxílio-doença com base no atestado médico por falta de cumprimento dos requisitos exigidos.
A emissão ou a apresentação de atestado falso ou que contenha informação falsa configura crime de falsidade documental e sujeitará os responsáveis às sanções penais e ao ressarcimento dos valores indevidamente recebidos, alerta o INSS.
Perícia por telemedicina
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), deu prazo de cinco dias para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) elaborar um protocolo para realizar perícias médicas por meio da telemedicina.
O prazo do INSS começou na segunda-feira e vai até sexta-feira. Na próxima quarta-feira, o plenário do TCU vai se reunir para decidir se mantém ou não a determinação.
A decisão foi tomada a pedido do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o órgão, com a pandemia, as perícias foram interrompidas, resultado na paralisação de cerca de 200 mil ações judiciais relativas a benefícios previdenciários.
Diante desse contexto, o CNJ publicou norma em abril autorizando a realização de perícia “por meio eletrônico, sem contato físico entre perito e periciando, enquanto perdurarem os efeitos da crise ocasionada pela pandemia do novo Coronavírus”.
No último dia 18, o governo determinou o retorno do trabalho presencial dos peritos, mas a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) foi contra e entrou na Justiça. Segundo a entidade, as agências do INSS ainda não cumprem as especificações de segurança sanitária.
Dantas explicou na decisão que o ideal será que as perícias fossem realizadas com a presença física do assegurado, mas isso ainda não é possível.
Com impasse sobre perícia por telemedicina, 800 mil segurados aguardam na fila do INSS
“O ideal seria que os serviços periciais fossem realizados com a presença física do beneficiário perante o perito. No entanto, isso ainda não é totalmente possível, não obstante os esforços do INSS em reabrir parcialmente nesta semana [semana passada] as agências que foram vistoriadas e tiveram as medidas de segurança sanitárias implementadas e aprovadas. Como não é possível o retorno de 100% das perícias presenciais, é necessário que sejam verificadas, por ora, alternativas para minimizar os transtornos dessa paralisação para a população brasileira mais vulnerável”, anotou o ministro.
Na última quinta-feira (24), o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região derrubou decisão da Justiça Federal do Distrito Federal que havia dispensado os peritos médicos de retornarem ao trabalho presencial.
Na segunda-feira (28), a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social informaram que, de 915 peritos médicos federais que deveriam ter retornado ao atendimento presencial nas agências, 633 (69%) compareceram aos seus postos de trabalho. Foram realizadas, até as 16h, 5.716 perícias presenciais. Esses atendimentos ocorreram em 189 das 227 agências que deveriam ter perícia médica.
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Dólar tem volatilidade, negociado ao redor de R$ 5,65
Na segunda-feira, moeda norte-americana fechou a R$ 5,635, maior cotação desde maio. Notas de dólar Reuters O dólar opera com volatilidade nesta terça-feira (29), sem direção definida, refletindo a cautela dos investidores internacionais antes do primeiro debate presidencial dos Estados Unidos, enquanto que na cena doméstica o foco permanece na situação fiscal do país e nas discussões em torno do novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã. Às 14h16, a moeda norte-americana subia 0,12%, cotada a R$ 5,6428. Na máxima, chegou a R$ 5,6781 e, na mínima, a R$ 5,6071 Veja mais cotações. A Bovespa opera instável, ao redor dos 95 mil pontos. Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,42%, a R$ 5,6358 – maior valor de fechamento para o dólar desde 20 de maio (R$ 5,6875). Com o resultado, passou a acumular alta de 2,82% no mês e de 40,55% no ano. O Banco Central informou que iniciará na quarta-feira (30) a rolagem de 130.890 contratos de swap cambial com vencimento em 3 de novembro de 2020, num total de US$ 6,5 bilhões, segundo a Reuters. Mercado reage mal ao anúncio do Renda Cidadã pelo governo Incertezas locais A forte alta na véspera ocorreu em meio a péssima repercussão das medidas para financiar o novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã. Após as reações do mercado financeiro e no mundo político, assessores próximos do presidente Jair Bolsonaro começaram a defender uma mudança no programa, segundo informa o Blog da Ana Flor. Para especialistas em contas públicas, a proposta de rolar o pagamento de precatórios – despesa obrigatória do governo com dívida pública judicial – para financiar um novo programa social foi uma ruptura, uma sinalização do abandono do compromisso fiscal. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou parecer em que classifica como inconstitucional a proposta. A corretora Necton, por exemplo, revisou sua projeção para o dólar de R$ 5,90 para R$ 6,00 no fim de 2020. "A manobra em relação aos precatórios e a reação do mercado de maneira geral evidenciam que o espaço fiscal se exauriu. Dado que o governo não pode interromper o Auxílio Emergencial sob pena de jogar a economia numa desaceleração econômica e levando em conta que não há espaço para se cortar mais gastos uma vez que a demanda por serviços públicos irá aumentar em decorrência da crise, temos assim um impasse que não será resolvido", avaliou o economista André Perfeito. Cena externa Na cena externa, permanece a cautela em meio às preocupações com o avanço do coronavírus e ritmo de recuperação da economia global. Ativos considerados arriscados, como moedas emergentes pares do real, apresentavam desempenho misto, com os agentes do mercado operando em modo de espera. Nos EUA, o presidente Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden irão realizar nesta terça o seu primeiro debate televisivo de 90 minutos em Cleveland, Ohio, cinco semanas antes das eleições. Na Europa, a confiança econômica da zona do euro melhorou mais do que o esperado em setembro, graças principalmente a um aumento no otimismo do setor de serviços apesar das preocupações com uma segunda onda do coronavírus. A pesquisa mensal da Comissão Europeia mostrou que o sentimento nos 19 países que usam o euro subiu a 91,1 pontos este mês de 87,5 em agosto, superando as expectativas do mercado. O Banco Mundial afirmou nesta terça que a pandemia de coronavírus deve levar a região do Leste Asiático e Pacífico, bem como a China, a registrar o crescimento mais lento em mais de 50 anos, enquanto até 38 milhões de pessoas serão levadas à pobreza. O banco afirmou que a região deve crescer neste ano apenas 0,9%, taxa mais fraca desde 1967. Variação do dólar em 2020 G1 Assista: últimas notícias de economia
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Embraer e Sindicato têm nova audiência na Justiça do Trabalho sobre demissões
Audiência terá discussão sobre proposta sugerida por desembargadora de negociação de layoff para reversão de parte das demissões na Embraer. Embraer e Sindicato têm nova audiência na Justiça do Trabalho sobre demissões Divulgação/Embraer O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) realiza nesta terça-feira (29) a terceira audiência entre Embraer e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) após as demissões na empresa. A discussão já se arrasta há quase um mês após a empresa anunciar os 900 cortes de funcionários, que se somam aos 1,6 mil desligamentos por adesão a Planos de Demissões Voluntárias. Nesta terça-feira será debatida inicialmente a proposta de negociação sugerida pela desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani na última semana. Na ocasião, ela propôs um novo layoff para 502 dos demitidos – sendo 470 de São José dos Campos e 32 de Gavião Peixoto. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos foi favorável à medida, mas os representantes da empresa na audiência foram contra. Eles alegam que o prazo de layoff de até cinco meses é insuficiente para que se tenha a retomada econômica. Além disso, sustentam que os empregados já foram desligados da empresa e receberam as verbas rescisórias. Caso não haja acordo na proposta sugerida pela desembargadora ou não se apresente nenhuma nova alternativa, o dissídio coletivo será levado à julgamento. Embraer demite 2,5 mil funcionários nas fábricas do Brasil Ação pede anulação das demissões A ação do sindicato requer o cancelamento de todas as demissões, inclusive as referentes ao PDV. Os representantes da categoria alegam que a empresa fez os cortes sem buscar alternativas para minimizar o impacto social provocado. Já a Embraer alega que tentou negociar três PDVs com o sindicato e a proposta não foi levada para assembleia. O sindicato defende a equalização dos salários pagos pela empresa, com teto de R$ 39.200. O órgão acredita que essa medida seria suficiente para pagar os salários de todos os 2.500 demitidos. A Embraer informou que segue aberta à negociação e que já celebrou acordos com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, com o Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, com Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo e Sindicato Nacional dos Aeronautas. A empresa sustenta ainda que apresentou "proposta de extensão do plano de saúde e vale alimentação no valor de R$ 450 até junho de 2021 e reforçou a preferência de recontratação conforme retomada de mercado, em termos similares aos demais acordos coletivos celebrados com outras entidades sindicais". Além disso, afirmou que teve os negócios afetados pela pandemia e que adotou diversas medidas para manutenção do emprego em suas unidades. "A Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off e licença remunerada, conforme negociações com os sindicatos. Também reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios. A Embraer implementou ainda três planos de demissão voluntária (PDV)", diz. Tentativas de negociação Já foram realizados dois encontros sobre as demissões entre Sindicato dos Metalúrgicos e Embraer no TRT. O primeiro, marcado a pedido da Embraer, terminou sem acordo. A Embraer informou que na audiência "apresentou proposta de extensão dos benefícios de assistência médica e auxílio-alimentação aos colaboradores desligados. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos se manteve intransigente, recusou a proposta e nem mesmo se dispôs a levá-la para apreciação dos metalúrgicos através de assembleia". A entidade sindical informou que chegou a propor um teto salarial como forma de redistribuição de renda para manter os empregos e que a proposta foi rejeitada. Adesão ao PDV não foi suficiente A Embraer havia encerrado em 2 de setembro o prazo para inscrição no terceiro PDV aberto durante a pandemia. A medida era uma tentativa de ajustar o quadro de funcionários frente aos impactos causados pela pandemia. Foram 1,6 mil adesões aos PDVs, mas como o volume não atingiu a meta necessária, a Embraer anunciou que vai fazer mais 900 cortes. Pandemia e fracasso em parceria Para justificar as demissões, a Embraer alega o impacto provocado pela pandemia de coronavírus e o cancelamento da parceria com a Boeing, além da falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo. Entenda como Boeing e Embraer foram da aproximação ao rompimento do acordo bilionário Segundo a empresa, os cortes foram feitos com o "objetivo de assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia". Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas como férias coletivas, redução de jornada, lay-off ( suspensão temporária de contratos) e licença remunerada. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que foi pego de surpresa com as demissões. O órgão considera as demissões anunciadas na quinta ilegais. Denúncia de assédio O Ministério Público do Trabalho (MPT) apura denúncias recebidas de funcionários da Embraer que relatam pressão para aderir ao PDV. Uma campanha incentivando a denúncia de casos de assédio em relação ao PDV foi iniciada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, que encaminhou os denunciantes ao MPT. Segundo o sindicato, 15 trabalhadores foram orientados a procurar o MPT, que recebeu três denúncias até o fim de agosto. A Embraer reforçou que o PDV foi um processo voluntário e comunicado com transparência às pessoas, seguindo o código de ética e conduta. Segundo a empresa, os funcionários foram informados pelos canais oficiais sobre o programa. Prejuízo bilionário A Embraer registrou prejuízo de R$ 2,95 bilhões nos primeiros seis meses de 2020. Somente no segundo trimestre, o prejuízo líquido foi de R$ 1,68 bilhão, pior resultado para um trimestre em 20 anos. Segundo a Embraer, nos seis primeiros meses de 2020, foram entregues somente quatro aeronaves comerciais e 13 executivas, consequência da pandemia de coronavírus. No primeiro semestre, o prejuízo líquido acumulado da empresa brasileira foi de R$ 2,95 bilhões, enquanto no primeiro semestre de 2019 a empresa apresentou prejuízo de R$ 134 milhões. A empresa afirma que não teve nenhum cancelamento na carteira comercial, apenas mudanças no prazo de entregas. Fracasso com Boeing No final abril, a Boeing anunciou a rescisão do acordo que daria à gigante norte-americana o controle sobre a divisão de aviação comercial da Embraer, em meio às crises no setor de aviação e na economia global, deixando a Embraer sem um plano B claro. A Embraer informou no balanço que os custos de separação dos negócios relacionados com a parceria estratégica com a Boeing, agora encerrada, reconhecidos em janeiro, foram de R$ 96,8 milhões. Na tentativa de diminuir os impactos na companhia, a Embraer assinou contrato em julho com cinco bancos públicos e privados para contrair US$ 300 milhões em empréstimos para financiar o capital de giro para exportações.
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Santander anuncia compra de 60% da Toro Investimentos e fusão com a Pi para formar nova plataforma
Transação, que ainda precisa ser aprovada pela autoridades, prevê criação de plataforma digital completa para investimentos em renda fixa e variável. Grupo Santander pretende criar uma das maiores plataformas de investimentos 100% digital Luke MacGregor/Reuters O Grupo Santander Brasil anunciou nesta terça-feira (29) ter fechado um acordo de compra de 60% das ações da corretora Toro Investimento, o que lhe permitirá assumir o controle da companhia. A operação de compra, que ainda precisa de aprovação das autoridades econômicas, prevê a fusão da Toro à Pi Investimentos. De acordo com o Santander, o objetivo é “formar uma das melhores plataformas de investimentos em renda fixa e variável do país”. “Percebemos que a Pi e a Toro são duas legítimas representantes da mais nova geração das plataformas de investimento. Ambas são catalizadoras da desintermediação e democratização de produtos antes reservados a clientes com mais recursos”, disse o vice-presidente executivo de Wealth Management do Santander, Alberto Monteiro. Segundo o Santander, a Pi Investimentos emprestará suas cores ao logotipo da nova empresa. O executivo Gabriel Kallas seguirá no cargo de CEO, e o atual CEO da Pi, José Clemenceau, assumirá a função de COO. Histórico das duas empresas A Toro Investimentos foi a primeira plataforma brasileira a montar uma estrutura completa e autônoma de corretagem de valores. Ela foi criada em 2010, em Belo Horizonte, e há dois anos passou a atuar na intermediação de transações de valores mobiliários. Nos últimos cinco meses, a Toro saltou da 20ª para a 12ª posição na B3 em volume de negócios. Já a Pi foi lançada pelo Santander Brasil em março de 2019 como uma plataforma aberta de investimentos 100% digital, com oferta de mais de 240 produtos de renda fixa. Além de somar as carteiras de clientes, a nova empresa que será formada pela fusão das duas corretoras irá se beneficiar da infraestrutura tecnológica autônoma da Toro, que oferece facilidades de navegação e transação para investidores de varejo. Além disso, contará com o modelo de atuação B2B, desenvolvido pela Pi, para atuar junto a clientes como family offices, gestores e consultores de investimentos. “A associação com uma instituição como o Santander nos dará condições de atingir novos segmentos de mercado e ganhar escala sem abrir mão de nossas premissas fundamentais, de garantir ao investidor liberdade para fazer suas escolhas, simplicidade para gerir seus recursos e conhecimento sobre o mercado, por meio de nossos serviços de informação e assessoria”, avaliou Gabriel Kallas, co-fundador e CEO da Toro Investimentos. Assista aos últimos vídeos em Economia:
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Relator diz que usar verba de precatórios para financiar o Renda Cidadã não é calote
À GloboNews, senador Márcio Bittar disse que pandemia justifica emprego de parte da verba dos precatórios para atender população mais pobre. Medida foi anunciada pelo governo na segunda (28). Senador Marcio Bittar (MDB-AC) sobre o Renda Cidadã: ‘De algum lugar tem que sair o dinheiro’
O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, disse em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (29) que usar verba do pagamento de precatórios para financiar o programa social Renda Cidadã não é um calote.
Precatórios são dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça. No projeto do Orçamento para 2021, o governo reservou R$ 55 bilhões para saldar esses débitos. Nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro e aliados informaram que parte do valor será usado como fonte para o Renda Cidadã.
Na entrevista, o senador disse que a pandemia de Covid-19 justifica o remanejamento da verba, para atender as camadas mais pobres da população, que ficarão sem o auxílio emergencial a partir de janeiro.
"Não é calote. Você deve o sujeito da bodega da esquina, R$ 1000. Mas naquele momento não tinha pandemia. Chega o credor, olha, 'te devo R$ 1000, mas não tenho como pagar, porque tenho parentes aqui que para se alimentar precisam de mim. Vou te pagar um terço', afirmou Bittar.
"Os R$ 55 bilhões colocados no Orçamento nesse ano, não tinha pandemia, então vou te pagar um terço. E o restante eu vou atender cerca de 10 milhões de brasileiros que precisam se alimentar a partir de janeiro", continuou o senador.
A repercussão da alternativa encontrada pelo governo para o Renda Cidadã foi ruim no mercado financeiro e no mundo político. A cotação do dólar subiu e o risco Brasil subiram depois do anúncio.
Para especialistas em contas públicas, a proposta de rolar o pagamento de precatórios foi uma sinalização de abandono do compromisso fiscal.
Histórico
Nos últimos meses, o governo vem debatendo a criação de um novo programa social para substituir o Bolsa Família e abarcar os atuais beneficiários do auxílio emergencial, criado para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise do coronavírus.
Inicialmente, o programa se chamaria Renda Brasil. Bolsonaro planejava que o benefício tivesse valor de R$ 300. Integrantes da equipe econômica disseram que, para chegar a essa cifra, deveriam ser feitos cortes em outros benefícios sociais, o que desagradou Bolsonaro. O presidente chegou a dizer que daria "cartão vermelho" a quem apresentasse a ele essa proposta e proibiu que se falasse de Renda Brasil dentro do governo.
A intenção de criar um novo programa social, no entanto, nunca foi abandonada. A solução encontrada pelo governo foi embutir o projeto na PEC emergencial. A PEC ainda precisa ser apresentada e votada na Câmara e no Senado.
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Preços ao produtor renovam maior alta histórica em agosto, diz IBGE
Inflação na indústria acumula avanço de 10,80% no ano e de 13,74% em 12 meses. Os preços ao produtor no Brasil renovaram a maior alta da série histórica em agosto, em um resultado que se deve principalmente à elevação no custo dos alimentos e das atividades relacionadas ao refino de petróleo e biocombustíveis, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (29).
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 3,28% em agosto após alta de 3,22% em julho, quando já havia atingido o maior nível da série histórica iniciada em janeiro de 2014.
Após o 13º aumento mensal consecutivo, o IPP acumula avanço de 10,80% no ano e a inflação em 12 meses chegou a 13,74%.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
IGP-M: índice que corrige o aluguel dispara para 4,34% em setembro
Os dados mostram que, pela primeira vez, todas as 24 atividades pesquisadas apresentaram alta nos preços, segundo o IBGE.
A atividade de alimentos, que tem o principal peso no índice geral, passou a subir 4,07% em agosto, registrando a maior variação desde março (4,23%).
"Foram quatro produtos que mais impactaram o resultado da indústria alimentar: farelo de soja, óleo de soja, arroz descascado branqueado e leite esterilizado UHT longa vida”, explicou o gerente do IPP, Manuel Campos Souza Neto, em comunicado.
“O arroz e os produtos de soja são também influenciados pelos preços do mercado externo, pois também são exportados", completou.
A alta de 6,24% do preço do refino de petróleo e produtos do álcool na comparação com julho também se destacou no mês, no terceiro mês consecutivo de alta.
Risco de repasses ao consumidor
O fato da inflação ao produtor ter disparado nas últimas leituras acendeu o alerta quanto a repasses para os consumidores.
O Banco Central reconheceu um descolamento grande entre a inflação ao produtor (IPA), mais alta, e ao consumidor (IPCA), mais baixa, com a diferença observada em agosto tendo sido a maior desde 2003 considerando variações em trimestres móveis, e indicou que deverá haver algum repasse ao IPCA à frente.
Mas o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, afirmou que o BC tem posição de absoluta tranquilidade em relação à inflação, reconhecendo que há pressão no curto prazo, mas sem perspectiva de que transborde para os anos à frente.
Os economistas do mercado financeiro voltaram a estimar inflação acima de 2% para 2020 — algo que não acontecia desde o final de abril, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira. Para o IPCA, a estimativa agora é de uma alta de 2,05% no ano. A expectativa, porém, segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Alta de preço nos alimentos eleva prévia da inflação
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Google remove 17 aplicativos da Play Store após denúncia apontar presença do vírus ‘Joker’
Programas acumularam 120 mil downloads, de acordo com dados da loja. Aplicativos devem ser removidos automaticamente dos aparelhos. Ícones dos apps removidos da Play Store após análise da Zscaler Zscaler/Reprodução O Google removeu 17 aplicativos da loja Play Store que estavam contaminados com um vírus para Android conhecido como "Joker". De acordo com a empresa de segurança Zscaler, que disse ter realizado a denúncia ao Google e publicou uma análise dos apps, os programas conseguiram obter 120 mil downloads. O vírus Joker, que estava presente nos aplicativos, é conhecido desde 2017. Ele realiza fraudes de pagamentos, seja nos próprios aplicativos – com assinaturas irregulares – ou por meio de compras realizadas por meio de SMS. O vírus também captura mensagens de SMS e a lista de contatos. Os programas maliciosos foram cadastrados na loja oficial do Android com a promessa de realizar funções como digitalizar e converter documentos para PDF, traduzir texto, enviar mensagens seguras e editar fotografias. Caso algum dos 17 apps maliciosos tenha sido instalado, ele deve ser automaticamente removido do aparelho pelo Google Play Protect. Esse sistema de segurança faz parte da Play Store e analisa todos os programas instalados e baixados no aparelho. O Play Protect faz análises periódicas no aparelho. Para iniciar uma análise manual, abre o app da Play Store e procure a opção "Play Protect" no menu. Como o Joker se 'esconde' Em janeiro, o Google revelou que já removeu mais de 1.700 aplicativos contendo o Joker (que a empresa chama de "Bread") desde a sua descoberta em 2017. Em julho e agosto, outros 17 aplicativos com o Joker foram identificados pelas empresas de segurança Check Point e Pradeo. Especialistas apontam que o Joker adota diversas técnicas para burlar mecanismos de segurança e não ser detectado pelos filtros da loja do Google. O código do vírus é sempre baixado após a instalação inicial do app, o que significa que a versão cadastrada na Play Store não contém a praga digital. Embora o vírus em si atue quase sempre da mesma maneira, o método utilizado para baixá-lo varia de um app para outro. A Zscaler informou, por exemplo, que alguns utilizam uma instalação de dois estágios – ou seja, o app malicioso aparentemente inofensivo cadastrado na Play Store baixa outro app malicioso (primeiro estágio) que então baixa o vírus (segundo estágio). Em outras versões, o download ocorre em uma única etapa, mas o mecanismo para esconder o endereço varia – desde criptografia até palavras "inúteis" no meio do endereço, que são ignoradas pelo código. Com essas pequenas diferenças, não é fácil detectar todos os apps maliciosos cadastrados na Play Store após uma única versão do vírus ser identificada, nem adotar filtros capazes de identificar versões futuras do programa. Usuários, no entanto, podem se precaver evitando a instalação de aplicativos com avaliações muito baixas, cadastrados recentemente ou com outros sinais suspeitos. Como saber se você está baixando um aplicativo legítimo ou oficial Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com Veja mais conteúdo sobre tecnologia
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