Agricultores plantam braquiária para proteger solo na entressafra de grãos
Uso do capim tem vários benefícios, segundo produtores. Agricultores plantam braquiária para proteger solo na entressafra de grãos Reprodução/TV TEM A braquiária era considerada uma praga nas lavouras, mas hoje é uma parceira na produção de grãos na propriedade de Mateus Scarpin, que fica no município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). O uso da braquiária no período de entressafra deu tão certo que o agricultor já utiliza a técnica em 90% da área de plantio. Mateus diz que enxerga o uso da braquiária com uma garantia a mais de sucesso da safra. Ele aponta a proteção contra erosão e contra o sol forte como duas vantagens importantes. A conservação de parte da umidade é outro ponto positivo. O capim de origem africana tem boa adaptação em diferentes solos pela rusticidade. Nas produções de grãos, ele é plantado após a colheita do milho safrinha. A função é melhorar a qualidade da terra para o próximo cultivo. (Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 27/09/2020) Agricultores plantam braquiária para proteger solo na entressafra de grãos O engenheiro agrônomo Daniel Gomes explica que, além de ajudar na troca de nutrientes, a braquiária permite um maior controle de ervas daninhas. O agricultor Mateus Ferrari trabalha com o cultivo de soja na propriedade da família. Ele começou a investir na braquiária há cinco anos. Para ele, o custo com o uso do capim é baixo em relação aos bons resultados que entrega. A produtividade pode aumentar até 20%. Ele conta que o custo de implantação gira em torno de R$ 200 a R$ 300 por hectare, incluindo sementes e adubação. Em anos de deficiência hídrica, os ganhos oscilam de 20 a 30 sacas por hectare. Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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Preço do mel melhora para apicultores
Produção diminuiu por causa do clima. Preço do mel melhora para apicultores Reprodução/TV TEM Onde tem fumaça tem também mel para ser colhido. Antes do apicultor trabalhar no apiário, o fumegador precisa entrar em ação para que as abelhas fiquem mais calmas. As colmeias de Alcindo Alves, que preside a Associação dos Apicultores e Meliponicultores do Estado de São Paulo, ficam espalhadas por cinco municípios das regiões de Sorocaba e Itapetininga. Quando as colmeias vão sendo abertas, revelam melgueiras cheias. Alguns dos favos guardam até 1,5 quilo de mel, o que rende, segundo o apicultor, pelo menos R$ 25. Alcindo tem 800 caixas com enxames no total. Parte delas fica na zona rural de Tatuí, pertinho de um laranjal. Cada colmeia tem de 80 mil a 90 mil abelhas operárias. Depois da retirada do mel, os enxames são levados para outros locais. Essa migração ocorre três vezes ao ano para aproveitar diferentes floradas. A da laranja está acabando e vai ser sucedida por outras. Até dezembro tem produção de mel silvestre e, depois, de eucalipto. As datas variam conforme as regiões. Apesar das colmeias estarem bem cheias de mel, no geral a produção diminuiu bastante. Alcindo explica que o clima prejudicou a florada no início. Ela veio antes da hora e a chuva lavou o néctar e derrubou parte das flores. (Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 27/09/2020) Preço do mel melhora para apicultores A previsão é que a colheita diminua cerca de 30%. Se a produção recuou, o preço ficou melhor. Alcindo diz que o quilo do mel de laranja, que era vendido no atacado por cerca de R$ 10, foi para R$ 15 o produto voltado para exportação. No ano passado, os produtores recebiam a metade desse valor. E quem tem mel de qualidade se dá bem no mercado aquecido. O apicultor Carlos Roberto Branco diz que o mel não fica encalhado. Na Cooperativa de Apicultores de Sorocaba (SP), o mel passa por diferentes etapas até estar pronto para a venda. Ele é filtrado, decantado e passa por uma análise de qualidade para checar se houve algum tipo de mistura. Após o processo de beneficiamento, o preço fica muito mais atraente para o apicultor. O quilo, comercializado na casa de R$ 12, passa para R$ 25 no atacado. Outros subprodutos da abelha também se valorizaram nos últimos meses. Diante do impacto da pandemia do novo coronavírus, muita gente reforçou o consumo de alimentos benéficos à saúde, como própolis e pólen. Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
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Empresários lançam drone terrestre para entregar compras dentro de condomínios
Equipamento funciona como um robô e é resultado de dois anos de pesquisa e de um investimento de R$ 1,2 milhão. Empresários lançam drone terrestre para entregar compras dentro de condomínios
As máquinas da ficção científica já viraram realidade no Brasil e serviram de inspiração para empreendedores do Rio de Janeiro, que usam drones para entregas de comida e produtos de e-commerce.
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A startup de Thiago Calvet e três sócios decidiu investir em drones terrestres, focando no mercado de condomínios.
O robô entregador, também chamado de drone terrestre, é resultado de dois anos de pesquisa. O investimento foi de R$ 1,2 milhão no software e na fabricação de 25 unidades.
“Ele é um robô que funciona num software baseado em geolocalização. A gente faz uma pré-programação das rotas daquele condomínio e o robô, num período de tempo, dependendo do condomínio, aprende todas as rotas e todos os pontos de entrega”, explica Thiago.
O uso é indicado para condomínios em que a portaria esteja, pelo menos, a 150 metros de distância da casa do morador.
Patrícia Bernardino é gerente de uma incorporadora que resolveu testar o produto em um condomínio de Nova Lima, em Minas Gerais. Ela conta que a estreia foi em uma semana bem apropriada.
“As pessoas aproveitaram que tava frio e queriam pedir delivery à noite e não queriam ter que andar, que descer no frio. É um diferencial que a gente quer colocar nos nossos empreendimentos”, explica.
Foram mais de cem entregas na primeira semana de teste. O robô anda a uma velocidade de 12 a 15 quilômetros por hora e tem um sensor para desviar de obstáculos como um carro, por exemplo. Ele é monitorado à distância por uma central de operação que funciona no Rio de Janeiro.
“O robô faz uma rota automatizada e se tiver que fazer, por exemplo, uma parada, ou alguma mudança de trajeto, o nosso operador, via 4G remotamente, consegue assumir o comando dele e fazer o caminho ou a alteração necessária de trajeto”, conta Thiago.
O equipamento entrega comida, remédios e mercadorias de até oito quilos. O aluguel mensal varia de R$ 2,5 mil a R$ 8 mil, de acordo com o tamanho do condomínio.
Para Thiago, além da comodidade, a pandemia aumentou a procura pelo serviço e ele quer chegar a São Paulo e Rio de Janeiro.
“A gente está com a meta de chegar a 500 condomínios até a metade do ano que vem. Chegando nisso, estruturando uma operação que funcione, que rode bem, a gente pretende também estender para shoppings e centros comerciais”, prevê o empresário.
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Transformação digital ajuda marca de camisetas durante a pandemia
Empreendedores vendem modelos inspirados na cultura do café e contam a história da marca no VC no PEGN. Transformação digital ajuda marca de camisetas durante a pandemia
Dois empresários transformaram o amor pelo café em negócio. Mas eles apostaram em outro mercado para faturar com o produto: o da moda. Eles contam a história no VC no PEGN.
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Milena Liberal e Felipe Liberal são irmãos e moram no Recife. Há dois anos, eles lançaram uma marca de camisetas. A produção é terceirizada, com oito modelos femininos e masculinos. Todos com frases inspiradas na cultura do café.
“As peças conversa com as pessoas, falando sobre essa bebida que é a segunda mais consumida do mundo”, conta Milena.
“A gente faz questão de criar, do zero, todas as ideias dos nossos produtos. Mas é claro que a gente recebe muita sugestão de clientes, que sempre sugerem uma frase pra colocar numa estampa”, diz Felipe.
As vendas eram feitas por lojas conveniadas e em quatro unidades de uma rede de livrarias. Com essa parceria, as vendas aumentaram 130% e chegaram a 1200 peças em 2019.
Com a pandemia, as pessoas simplesmente pararam de consumir produtos considerados não essenciais. Isso fez com que os empreendedores buscassem uma transformação.
“A grande diferença nesse pós-pandemia é que nós lançamos o nosso e-commerce, a nossa loja virtual, que já era um planejamento, mas que foi acelerado por conta da pandemia. Hoje, ele é o nosso maior canal de venda”, explica Milena.
Mas a transformação digital ainda não foi suficiente para a empresa recuperar o patamar anterior de vendas. Por isso, a diversificação continua.
Felipe explica que Muitas pessoas já procuravam a marca para comprar em atacado e revender os produtos: “A gente começou a fomentar a venda de atacado para as nossas peças de roupa”.
“Além das nossas camisetas, já é um planejamento para um futuro bem próximo aumentarmos o mix de produtos para moletons, meias, bonés e roupas íntimas”, conclui Milena.
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Conheça empreendedores que estão superando a crise
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Experiência culinária digital oferece aula com chef renomado
Clientes recebem uma caixa com os ingredientes e cozinham com a ajuda do chef por videoconferência. Serviço foi criado por uma empresa de turismo que precisou se reinventar durante a pandemia. Experiência culinária digital oferece aula com chef renomado
Bares, lanchonetes e restaurantes, apesar de terem equipe treinada, medidas de segurança e capacidade reduzida, estão sofrendo para reconquistar os clientes.
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Duzentas mil empresas da área temem fechar as portas por causa da pandemia. Inovar e chegar ao cliente de outras maneiras foi o caminho para retomar o movimento.
Frequentar um restaurante, sentir os aromas, falar com os amigos e até ouvir as conversas da mesa ao lado. Era assim antes da pandemia e o jeito foi criar uma nova experiência. Agora, os ingredientes necessários chegam embalados na cozinha.
Nesse formato, cada cliente coloca a mão na massa na sua casa, em um encontro virtual com o premiado chef Victor Dimitrow, dono do restaurante. Um grupo de pessoas recebe a caixa com os ingredientes e, na hora marcada, encontram o chef por videoconferência.
“A nossa proposta de restaurante é sempre tentar fazer uma comida muito boa, com produtos de qualidade, geralmente a um preço mais acessível. A gente se preocupa em entregar uma experiência em preços razoáveis”, explica Victor.
Antes, além dos clientes habituais, Victor recebia grupos de turistas para experiências diferenciadas no local.
“A gente está com seis mesas no salão, atendendo no máximo 16 pessoas. As mesas antigamente não tinham nem 10 centímetros de distância. O pessoal até gostava porque às vezes você senta numa mesa e começa a conversar com a pessoa do lado”, conta.
Agora, além do restaurante, Victor inovou e compartilha com os clientes o preparo de um dos seus pratos favoritos. São duas horas de experiência. Custa R$ 200 e serve duas pessoas.
Novo modelo de negócio
A refeição à distância foi criada por uma empresa de turismo de experiência. Sem qualquer perspectiva de faturamento, o empresário Ed Morais elaborou um modelo de negócio com uma receita diferente.
De acordo com Ed, a mentalidade de startup já fazia parte do DNA da empresa: aprender com os erros e se reinventar com agilidade. Para continuar trabalhando, ele precisava digitalizar o turismo.
“Nós temos que mudar nossa mentalidade, nosso ponto de vista e começar a nos preocupar sobre como prover, como entregar uma experiência excepcional ao cliente por meio do digital”, alerta Sandro Magaldi, consultor de negócios.
Além da experiência digital de cozinhar junto com chefs, Ed criou o happy hour para experimentar cervejas artesanais, queijos e vinhos. O preço varia e cada profissional recebe por porcentagem ou um valor fixo.
O empresário acredita que a experiência digital vai continuar mesmo com a reabertura de restaurantes e pontos turísticos: “Acho que o modelo é híbrido. Já tinha uma tendência de ser híbrido, mas quando a gente fala da indústria de eventos, de turismo, é um setor consolidado e os movimentos são muito lentos”.
Nesse momento, interagir com outras pessoas é fundamental, mesmo que seja através de uma tela. E o cliente já percebeu isso.
“Essa ideia de ‘se o cliente não vem até mim, eu vou até ele’ não pode ser vista como algo transitório, e sim definitivo”, afirma o consultor.
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Conheça empreendedores que estão superando a crise
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Artesãos se preparam para as vendas de Natal
Pandemia deve estimular ainda mais consumo por e-commerce. Confira dicas para um bom panejamento. Artesãos se preparam para as vendas de Natal
O empresário que também é artesão precisa de muito tempo para se preparar para as vendas de Natal. A dica de ouro é não deixar esses preparativos para última hora.
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As irmãs e artesãs Marcia Nitta e Áurea Nitta fazem trabalho com fibras naturais, como a juta e o sisal. Elas se especializaram em fornecer material e vender acessórios decorativos. Agora, se prepararam para deixar o Natal dos clientes mais elegante.
“Pro final do ano, nosso carro-chefe são os arranjos de mesa, guirlandas e principalmente os laços pra árvore de Natal”, conta Marcia.
A corrida contra o tempo já começou, porque até novembro tudo tem que estar pronto.
O que funcionou muito bem para o período de isolamento social e que deve se manter em alta pro final do ano é a tendência do ‘faça você mesmo’. O cliente compra um kit para montar as peças em casa. Para fazer, é só dar um play no vídeo com a aula mandada pelas empresárias.
O material produzido vai para o canal de venda online. “Tem muitas artesãs que não sabem vender. Então, entrando no marketplace facilita muito sua venda pro consumidor”, afirma Áurea.
Carlos Curioni é presidente do marketplace onde as irmãs vendem seus produtos. A plataforma reúne mais de 130 mil empreendedores criativos de todo o país. Para ele, por esse ser um fim de ano atípico, o empreendedor deve buscar, ainda mais, diferenciais.
“Uma coisa muito importante vai ser criar produtos originais, criativos que, na medida correta, tente fazer com que a situação seja um pouco mais leve”, afirma Carlos.
Para não estragar a festa de ninguém, tem que planejar as compras de matéria-prima. “Uma das grandes dificuldades que a gente teve nos últimos meses foi matéria-prima. Muitas fábricas ficaram fechadas, diminuíram seu volume de produção”, conta o empresário.
Também é preciso preparar a entrega. O cliente deve receber o produto em tempo de se organizar.
Para conquistar o consumidor, é importante responder às dúvidas dele em até 10 minutos. Isso converte a compra 30% mais rápido do que outros vendedores. “O que o consumidor quer é ter uma interação rápida”, alerta Carlos.
Para não deixar esse cliente esperando, as empresárias se dividiram: Marcia cuida da produção e Áurea do comercial. E a corrida contra o tempo para um bom faturamento já começou.
“Acho que este ano vai ser diferente e as pessoas vão estar um pouco mais planejadas. Elas vão fazer compra online para evitar o tumulto de final de ano, de shoppings. E elas sabem que o canal online tem toda a parte de entrega, então vão começar a buscar isso com antecedência. Os vendedores têm que estar com mais antecedência ainda. A hora é agora”, orienta Carlos.
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Empresa muda de categoria para diminuir custos e sobreviver durante a crise
Com queda de 90% no faturamento, microempresário decidiu se tornar MEI e reduzir os custos fixos. Empresa muda de categoria para diminuir custos e sobreviver durante a crise
A pandemia do coronavírus deixou muitas microempresas no vermelho, com queda no faturamento. Mas antes de decidir fechar as portas, é possível mudar a categoria do negócio e, assim, reduzir os custos fixos.
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A crise derrubou 90% do faturamento do empresário Miguel Maria Barcena. Ele é instalador de alarmes e cercas elétricas há mais de 40 anos. No sufoco, encontrou uma saída: mudar a categoria de microempresa para microempreendedor individual (MEI).
O negócio do Miguel está longe de faturar o teto da categoria, que é de R$ 360 mil por ano. Aliás, com a pandemia, não está conseguindo nem faturar o limite da MEI, que é de R$ 81 mil.
Ao mudar de microempresa para MEI, ele vai deixar de pagar R$ 1 mil por mês em impostos e taxas, para ter uma despesa única de R$ 60 mensais.
Fazer a transição de categoria pode ajudar o empreendedor a sobreviver. “Vou reduzir para manter a empresa trabalhando, porque se eu continuasse como microempreendedor, daqui quatro, cinco meses, eu teria quebrado. O custo era muito grande pra pouca nota. Como MEI não tem tanto imposto, posso emitir notas fiscais e só pagar as taxas de serviços”, explica Miguel.
Para o consultor contábil Wagner dos Reis, essa decisão é possível e recomendável em uma situação como a atual, mas para fazer a mudança de categoria da empresa, é preciso se enquadrar nas condições da lei.
“Os critérios do MEI são: faturamento acumulado em 12 meses de R$ 81 mil, não pode ter sócio, tem que ser empresário individual. A migração de microempresa para MEI tem que estar enquadrada no Simples Nacional e não pode ter dívida com a Receita Federal”, orienta o consultor.
Se quiser manter o CNPJ, o empresário só poderá fazer a mudança em janeiro. Caso contrário, terá que fechar a microempresa e só depois abrir a MEI.
“Eu entendo que as vantagens de manter o CNPJ seriam os cadastros que esse empresário já tem no mercado. Ele tem contas bancárias, fornecedores e já existe ali o histórico de operações daquele CNPJ. Até credibilidade com o cliente, de uma empresa já algum tempo constituída, dá uma boa visibilidade no mercado”, explica Wagner.
Miguel não pode esperar e já pediu para o contador fechar sua microempresa. Agora, ele vai virar MEI com vantagens. “Com menos custo, mais lucro para poder gastar em outras coisas e fazer investimentos na própria empresa”, afirma.
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Downloads do TikTok podem ser restritos nos EUA a partir de hoje
Aplicativo seria barrado na semana passada, mas avanços em negociações para sua venda impediram bloqueio. Após audiência neste domingo (27), o juiz distrital dos EUA, Carl Nichols, disse que planeja emitir uma ordem pública no final do dia para decidir sobre a permanência do app nas lojas de Android e iPhone. Aplicativos chineses TikTok e WeChat estão na mira do governo americano. Dado Ruvic/Reuters Os Estados Unidos pretendem proibir a partir da noite deste domingo (27) o download do aplicativo de vídeos TikTok. A restrição deve começar às 23h59, a menos que seja barrada por uma decisão judicial, atendendo a um pedido da dona do app, a chinesa ByteDance. Após audiência neste domingo (27), o juiz distrital dos EUA, Carl Nichols, disse que planeja emitir uma ordem pública no final do dia para decidir a permanência do app nas lojas de Android e iPhone. O app teria downloads restritos no Android e iPhone na semana passada, em cumprimento a uma ordem uma executiva de Trump emitida em agosto. O presidente americano alegou questões de segurança nacional e disse que iria banir os apps TikTok e WeChat caso não fossem repassados a empresas americanas. Porém, avanços nas negociações para a venda do aplicativo de vídeos e uma ação judicial de usuários do mensageiro impediram as proibições. O TikTok ganhou uma semana extra nas lojas de aplicativos por iniciativa do Departamento do Comércio dos EUA, que citou "desenvolvimentos positivos recentes" nas negociações sobre o destino de suas operações nos EUA. A ByteDance tem negociações avançadas com as americanas Oracle e Walmart para a criação de uma empresa norte-americana chamada TikTok Global, mas há divergências entre os envolvidos. Saiba mais: Entenda os impasses da negociação entre ByteDance, Oracle e Walmart Na última sexta-feira (25), os EUA se recusaram a conceder ao aplicativo um novo prazo para transferir seu controle para empresas norte-americanas, de acordo com documentos enviados à Justiça. Futuro do WeChat O WeChat, espécie de WhatsApp chinês, seria completamente banido nos EUA no domingo passado (20), mas usuários entraram na Justiça para continuar usando o mensageiro. Uma juíza da Califórnia suspendeu a proibição no país afirmando que "embora a evidência geral sobre a ameaça à segurança nacional" relacionada com a China fosse considerável, a "evidência específica sobre o WeChat era modesta". O governo americano recorreu da decisão judicial, e solicitou na última sexta (25) que a Justiça permitisse a proibição enquanto o caso segue no tribunal. Na apelação, os EUA enviaram novos documentos que respaldariam as preocupações do país a segurança nacional. O governo pediu que a juíza decida até 1º de outubro. Como ficam os apps? Quem tem o TikTok instalado poderá continuar a usar o app normalmente, mas novos downloads e atualizações pelas lojas de aplicativos do iPhone e Android serão barrados. O aplicativo de vídeos só será restrito completamente nos EUA caso Trump não aprove o acordo. A China também precisa dar o aval. A restrição para o WeChat é mais abrangente e inclui "qualquer provisão de hospedagem de internet que habilite o funcionamento ou otimização do aplicativo nos EUA", mas ainda não tem data para acontecer. Atualmente, o TikTok tem cerca de 100 milhões de usuários nos EUA e, o WeChat, 19 milhões. Essa é a primeira vez que o país anuncia a proibição de aplicativos. O que é o TikTok TikTok: o aplicativo chinês que conquistou milhões de usuários O TikTok é um aplicativo desenvolvido pela empresa chinesa ByteDance, conhecido por vídeos curtos populares entre adolescentes. É a primeira rede social surgida na China a ganhar popularidade em mercados como Estados Unidos, Europa e Brasil. O TikTok é gratuito, uma espécie de versão resumida do YouTube. Os usuários podem postar vídeos de até um minuto e escolher entre um enorme banco de dados de músicas e filtros. Geralmente, os vídeos têm sincronização labial de músicas, cenas engraçadas e truques de edição incomuns. A ByteDance, atual desenvolvedora do app, foi fundada em 2012 e tem sede em Pequim, na China. Em 2017, a empresa comprou o Musical.ly, outro aplicativo chinês que vinha fazendo sucesso nos EUA. Em 2018, o Musical.ly foi renomeado para TikTok. O que é o WeChat O WeChat é uma espécie de "WhatsApp chinês", lançado em 2011. É um dos aplicativos mais populares da China, e possui 1,2 bilhão de usuários ao redor do mundo. O app teve uma média de 19 milhões de usuários ativos nos Estados Unidos nos últimos três meses, de acordo com estimativas da empresa de análise Apptopia. Nos EUA, ele é bastante utilizado pelos imigrantes chineses para conversar com seus amigos e familiares que estão na China, onde aplicativos americanos como WhatsApp, Facebook, YouTube, Twitter e outros são proibidos. O WeChat é desenvolvido pela Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia da China. A companhia possui participação em uma série de empresas americanas que desenvolvem jogos, incluindo Epic Games, Blizzard e Activision. O aplicativo reúne diversas funções no mensageiro, incluindo uma carteira digital para a transferência de dinheiro e opções de comércio eletrônico. Com essas funções, ele também é utilizado por chineses nos EUA que querem transferir dinheiro para pessoas no país asiático. O WeChat possui regras diferentes para os usuários dentro e fora da China, mas permite a conexão entre as pessoas, independente de sua localização. Somente em contas criadas com números de telefone da China as mensagens podem ser censuradas — a partir de uma lista de palavras-chave definidas pelo governo. ASSISTA: últimos vídeos sobre tecnologia no G1
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Com pandemia e plano de privatizações empacado, leilões do governo agora são promessa para 2021 e 2022
De um total de 64 projetos do PPI prometidos em janeiro para o ano, apenas 4 saíram do papel. Governo prevê realizar ainda 15 leilões em 2020, mas os mais aguardados foram adiados e muitos ainda são dúvida. Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, durante leilões de áreas do Porto de Santos, em agosto. De um total de 64 projetos do PPI prometidos para 2020, apenas 4 saíram do papel até o momento. Divulgação/Ministério da Infraestrutura O governo pretende leiloar ainda neste ano 15 ativos federais do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Esse número, no entanto, é bem menor que o previsto no início do ano: a grande maioria dos leilões de concessão ou privatização prometidos para 2020 foi adiada para 2021 e 2022. Levantamento do G1 a partir dos dados do PPI mostra que, dos 64 projetos que estavam previstos no começo do ano para serem ofertados à iniciativa privada ainda em 2020, 47 foram adiados para 2021, 2 para 2022 e ao menos 5 tiveram o andamento suspenso. A lista de promessas frustradas no ano inclui, entre outros, o leilão do 5G, 22 aeroportos, 6 rodovias, 2 ferrovias e a venda de ao menos 6 estatais. Em quase dois anos de governo, a atual gestão não concluiu nenhuma privatização ou liquidação de empresas públicas de controle direto da União. Os adiamentos e revisões de cronograma são uma consequência do impacto da pandemia de coronavírus na economia e na estruturação dos leilões, mas também refletem as dificuldades enfrentadas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes para fazer avançar a sua agenda liberal. O programa de privatizações reúne atualmente 17 estatais, além de projetos de concessão, arrendamento e outros modelos de parceria em diferentes áreas como transportes, defesa, óleo e gás, energia, mineração e até parques nacionais e florestas. Veja mais abaixo quadro completo. Neste ano, até o momento, apenas 4 dos projetos do PPI saíram do papel: a concessão da BR-101/SC, os leilões de dois terminais portuários em Santos (SP) e a renovação do contrato da concessão da Malha Paulista, ferrovia da Rumo. A decepção com a lentidão do ritmo da agenda de privatizações foi inclusive a justificativa apresentada pelo empresário Salim Mattar para deixar em agosto o cargo de secretário de Desestatização do Ministério da Economia. Sete já deixaram equipe econômica desde o ano passado Em entrevista ao G1, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, classifica como "míopes" as críticas ao andamento do programa de desestatizações, afirma que a venda de estatais continua sendo uma "prioridade" e que o desejo é que a Eletrobras seja a primeira grande privatização do governo Bolsonaro. "Eu chamo de míope [as críticas] porque é como se não tivesse uma prioridade. A prioridade está muito clara quando você olha para essa carteira de 17 ativos, sendo que no governo passado tínhamos um único ativo, que era a CeasaMinas", afirma. "É o início de construção de uma agenda que naturalmente leva tempo, assim como as concessões de infraestrutura, e que ainda é mais desafiadora pela falta de paralelo", disse. Martha Seillier, secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) Antonio Cruz/Agência Brasil 17 estatais na mira, a maioria em estudos iniciais Das 17 estatais incluídas pelo governo no programa de privatizações até o momento, Eletrobras, Correios e Casa da Moeda são as 3 que dependem de autorização do Congresso e até mudança constitucional para que o processo siga adiante. O plano de privatizar a gigante do setor de energia mediante aumento de capital e venda do controle acionário foi anunciado ainda em 2017, durante o governo de Michel Temer, mas continua enfrentando forte resistência de parlamentares. "Tendo o OK do Congresso, conseguiríamos em alguns meses finalizar a estruturação e precificação para levar a mercado a Eletrobras", afirma Seillier. Embora a promessa agora seja de realizar a venda de ao menos 13 estatais em 2021, incluindo Correios, Ceagesp, Telebras e Dataprev, a grande maioria dos processos ainda se encontra na fase de preparação de estudos e de contratação de serviços técnicos especializados, sem modelagem definida. A única que segue no cronograma de 2020 é Ceitec, empresa na área da indústria de microeletrônica. Mesmo assim, o que está previsto é o início do processo de liquidação, após conclusão de que não haveria interesse de mercado para vender a empresa como um todo. A ABGF, que administra garantia para grandes obras, é outra que caminha mais para liquidação do que para a privatização. "Eventualmente, a gente pode não ter o que vender no fim das contas", admite a secretária. O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste mês que qualquer processo é “demorado” e que não está “segurando privatizações”, mas anunciou que a Casa da Moeda não será privatizada no seu governo, tendo em vista informações que teve de outros países que "a privatizaram e depois voltaram atrás”. Ele também afastou novamente a possibilidade de incluir Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal no programa. "Estamos falando de uma carteira de 17 ativos que, pelo menos 16 deles, com exceção da Casa da Moeda, a gente espera entregar nesse governo. E isso é muito grande é muito impactante", afirma a secretária. "Todas estão seguindo um fluxo muito responsável de estudos de viabilidade e precificação, e todas tem um cronograma crível". Leilões previstos para ocorrer ainda em 2020 2 ferrovias (renovações da EFVM e EFC): sem data definida 1 óleo e gás (leilão de oferta permanente): 3 de dezembro 1 energia elétrica (leilão de transmissão): 17 de dezembro 4 terminais portuários (1 em Paranaguá/PR, 1 em Maceió/AL e 2 em Aratu/BA): 18 de dezembro 3 direitos minerários (Fosfato–Miriri PB/PE, Cobre–Bom Jardim de Goiás/GO e 1ª Rodada de Disponibilidade de Áreas da ANM): só o último já tem data, 25 de novembro 1 terminal pesqueiro (Cabedelo/PB): sem data definida 2 parques e florestas (Aparados da Serra/RS e Serra Geral/SC e Floresta de Humaitá/AM): sem data definida 1 desestatização (liquidação da Ceitec) Além destes projetos, o cronograma do PPI também prevê a realização de 8 leilões de projetos subnacionais na área de saneamento básico, resíduos sólidos e iluminação pública, com destaque para a concessão de distribuição de água e esgoto na região metropolitana de Maceió, estruturado pelo BNDES e previsto para acontecer no dia 30 de setembro. Se todos os leilões previstos para ocorrer até o final do ano forem realizados, a estimativa é que os investimentos decorrentes das assinaturas dos contratos somem R$ 35 bilhões, com destaque para o leilão de transmissão de energia (R$ 7 bilhões) e para a renovação da concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), com compromissos de investimentos de R$ 17 bilhões. Carteira total A carteira do PPI reúne atualmente 155 ativos federais, além de projetos municipais que estão sendo estruturados com o apoio do governo federal. De acordo com o governo, os investimentos decorrentes da agenda de leilões previstos até 2021 somam ao menos R$ 466 bilhões. As áreas com o maior número de projetos são portos, aeroportos, rodovias e energia. Veja quadro abaixo: Carteira atual de projetos do PPI Arte G1 Projetos adiados ou suspensos Entre os leilões que o governo contava realizar ainda em 2020 e que foram adiados para 2021 estão os das rodovias BR-153/080/414/GO/TO e BR-163/230/MT/PA, e o da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Segundo o Ministério da Infraestrutura, os editais serão lançados ainda este ano, mas a previsão agora é que os leilões ocorrem no primeiro trimestre de 2021. Já os dois leilões de geração de energia, que inicialmente estavam previstos para ocorrer em abril, foram suspensos por tempo indeterminado em razão da pandemia. "É natural que a gente tenha tido alguns cronogramas impactados pelo coronavírus, pela crise, principalmente nos estudos que envolviam análises in loco, levantamentos e estudos de engenharia e ambientais", afirmou a secretária, citando também as restrições para viagens aéreas de técnicos. Ao menos um leilão, o do terminal de passageiros de Mucuripe (CE), foi suspenso e segue sem previsão de retomada em razão do abalo da pandemia no setor de turismo e, por extensão, na atratividade do projeto. "Os players que vínhamos conversando eram do setor de cruzeiros marítimos. Está suspenso, por enquanto, justamente pelo perfil do investidor, cujo setor ainda não tem muitos sinais de recuperação", explica Martha Seillier. Sobre a decisão pela liquidação da Ceitec no lugar da ideia inicial de privatização, a secretária diz que o governo deixará de gastar R$ 75 milhões por ano no setor de semicondutores e poderá destinar os recursos para atividades que impactam mais brasileiros. "Na sondagem de mercado que foi feita ficou claro que ela não pode ser vendida tal como está hoje. Agora ela tem equipamentos, patentes e alguns ativos que podem ser comercializados pelo liquidante", afirma. Da lista de desestatizações que não dependem de aval do Congresso, uma das mais avançadas é a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo, prevista para o 2º trimestre do ano que vem. A intenção do governo é usar o projeto como um laboratório para a abertura do setor portuário e para a privatização do Porto de Santos, até o final de 2022. Incertezas e críticas do mercado Os leilões de 22 aeroportos e do 5G estão previstos para acontecer no 1º trimestre de 2021, mas são considerados dúvida pelo mercado em razão dos abalos na demanda e também pela maior incerteza em razão da pandemia e da disputa tecnológica e comercial entre China e Estados Unidos. Projetos do PPI previstos para serem leiloados em 2021 Divulgação Para Fernando Vernalha, sócio do escritório VGP Advogados e especialista em infraestrutura, a próxima rodada de concessões de aeroportos provavelmente só será viabilizada no pós-pandemia. "O transporte aéreo foi um dos mais atingidos pela crise da pandemia, havendo ainda dificuldade em se reposicionar a curva de demanda para o setor", afirma. Quanto às desestatizações, ele avalia que as mais complexas são a dos Correios e da Eletrobras. "Muitas vezes o governo cria uma expectativa de tempo para a conclusão destes projetos que é incompatível com as complexidades inerentes à sua gestação", crítica. Na avaliação do economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, a equipe de Paulo Guedes "superestimou" a capacidade de realizar privatizações no país e "minimizou as dificuldades". "Você tem muitos passos e muitas resistências. É um processo muito difícil", diz. "Acho que a equipe econômica minimizou as dificuldades e também o apoio que teria do presidente. A verdade é que o recado do Bolsonaro foi claro. Já naquela famosa reunião de abril ele já falou que nem pensar na privatização de algumas grandes estatais icônicas". Projetos do PPI previstos para serem leiloados em 2022 Divulgação Já para Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores, o maior entrave para a agenda de privatização é a falta de habilidade política e de negociação da equipe econômica. "Conseguem pensar só para dentro, como se todo mundo pensasse ou devesse pensar como eles. Não conseguem entender as resistências mais legítimas. Então fica um negócio megaempacado realmente", afirma. O especialista afirma que, do ponto de vista de mercado, há "meia dúzia de empresas muito interessantes" na lista de privatizações, mas destaca que há também coisas "sem pé nem cabeça" que "nunca ninguém botou muita fé". "O que tem de mais atraente e deveria ser tratado com cuidado e respeito, inclusive aos atores envolvidos, não anda porque tem um recorte ideológico. Nasce da visão de encolher o Estado. Começam a colocar na lista tudo que se acha que não precisa mais, anunciam vendas com cifras incríveis e dois anos depois descobre-se que não conseguem", critica. Privatizações x concessões e PPPs Apesar da lentidão da agenda de privatização, os analistas veem avanços nas concessões e parcerias público-privado em projetos de infraestrutura, tanto na esfera federal como nos estados e municípios, e afirmam que esses projetos tem se mostrado inclusive mais relevantes em termos de garantia de novos investimentos. "Acredito que, com o advento do novo marco legal do saneamento, haverá uma demanda intensa por concessões principalmente no setor de água e esgoto, mas também de resíduos sólidos", diz Vernalha. Segundo levantamento da GO Associados, só na PPPs engatilhadas na área de saneamento em todo do país e em oferta ao mercado, são quase R$ 50 bilhões em investimentos previstos. "Do ponto de vista prático, o que interessa e coloca a economia para crescer é o investimento. Sinceramente, acho que a gente vai andar muito mais em termos de parcerias do que em termos de privatização clássica", diz Oliveira. VÍDEOS: últimas notícias de economia
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