Intenção de consumo das famílias sobe em setembro, após 5 quedas
Melhora foi mais percebida entre as famílias que ganham acima de dez salários mínimos. Depois de cinco meses de queda, a intenção de consumo das famílias voltou a subir em setembro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A alta, no entanto, foi de apenas 1,3%.
Com a alta, o indicador ficou em 67,6 pontos – ainda bastante abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos. Esse nível, no entanto, não é atingido desde abril de 2015, quando ficou em 102,9 pontos.
Faixas de renda
Na avaliação por faixas de renda, as famílias com renda acima de dez salários mínimos apontaram insatisfação menor, a 77,1 pontos – uma alta de 1,8% em relação a agosto, mas queda de 25,9% frente a setembro de 2019.
Já entre as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, a insatisfação é maior, com intenção de consumo de 65,8 pontos. A alta também foi menor na comparação com agosto, de 1,2%, enquanto em relação ao mesmo mês do ano passado a queda foi mais acentuada, de 27,1%.
Recuperação na indústria e no comércio não se reflete em mais postos de trabalho, diz IBGE
Regiões
Pelo critério regional, o Sul registrou a única queda mensal (-0,8%), enquanto o Centro-Oeste foi a região mais positiva (+2,8%). As famílias do Sul foram as mais confiantes (76,4 pontos), mesmo estando em nível insatisfatório; e as do Nordeste (65,6 pontos) foram as que apresentaram menor indicador.
Todas as regiões registraram recuo na comparação anual, sendo a taxa do Centro-Oeste a mais expressiva (-31,4%).
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Críticos do Facebook lançam ‘conselho de supervisão’ rival
Rede social anunciou que seu próprio conselho de supervisão irá funcionar a partir de meados de outubro. Grupo alternativo considera a resposta lenta e vai fazer sessões a partir de semana que vem. Logomarca do Facebook Dado Ruvic/Reuters/Arquivo Críticos do Facebook, incluindo os organizadores de um boicote publicitário contra a empresa, lançaram nesta sexta-feira (25) um "conselho de supervisão" para revisar as práticas de moderação de conteúdo da rede social. O novo grupo se autointitula "Real Facebook Oversight Board" (Verdadeiro Conselho de Supervisão do Facebook, em tradução livre) e fará sessões online para discutir temas relacionados à rede social. A intenção é pressionar o Facebook a tomar medidas contra desinformação, segurança eleitoral e discurso de ódio, por exemplo. Entre os membros iniciais da iniciativa estão os chefes de três organizações de direitos civis dos Estados Unidos, o ex-presidente da Estônia e o ex-chefe de integridade eleitoral do Facebook. O grupo planeja transmitir suas reuniões em programas semanais no Facebook Live, começando na semana que vem, segundo o comunicado. O lançamento ocorre um dia depois que Facebook disse que seu próprio conselho de supervisão irá funcionar a partir de meados de outubro – o planejamento inicial previa o início para o começo de 2020. O painel oficial do Facebook, que conta com 20 especialistas, terá até 90 dias para tomar decisões sobre conteúdos da rede social. Eles irão começar com apelos de usuários que tiveram publicações removidas. O atraso significa que o conselho financiado pelo Facebook provavelmente não analisará casos relacionados à eleição de 3 de novembro nos Estados Unidos. Saiba mais: Facebook nomeou brasileiro entre os 20 membros de comitê que vai julgar remoção de conteúdo Os períodos eleitorais geraram algumas das questões mais controversas enfrentadas pela maior rede social do mundo. O "conselho de supervisão" rival planeja mover-se em um ritmo mais rápido. Ele realizará uma primeira assembleia geral na próxima semana, e se concentrará diretamente em tópicos eleitorais, incluindo supressão de eleitores, segurança eleitoral e desinformação. O Facebook "responde às críticas com declarações de má-fé e mudanças cosméticas", disse o membro do conselho Roger McNamee, conforme reportagem da agência Reuters. McNamee é um dos primeiros investidores do Facebook e crítico de uso indevido da plataforma na eleição de 2016. "O Real Oversight Board atuará como um cão de guarda, ajudando parlamentares e consumidores a se defenderem contra uma plataforma rebelde." Os últimos vídeos sobre tecnologia no G1 a
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Petrobras inicia venda de dois campos de petróleo na Bacia de Campos
Empresa anunciou nesta sexta-feira (25) venda da totalidade das participações nas concessões dos campos de Albacora e Albacora Leste, localizados no litoral norte do Rio de Janeiro. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro Daniel Silveira/G1 A Petrobras comunicou na manhã desta sexta-feira (25) que começou a etapa de divulgação da oportunidade referente à venda da totalidade de suas participações nas concessões dos campos de Albacora e Albacora Leste, que ficam nas águas profundas na Bacia de Campos, no Norte Fluminense. Segundo a estatal, a operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos. O campo de Albacora possui uma área de 455 km² e está situado na área norte da Bacia de Campos, em lâmina d'água que varia de 100 a 1.050 m, a uma distância de cerca de 110 km do Cabo de São Tomé, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Em agosto de 2020, Albacora produziu 38,7 mil barris de óleo por dia e 716 mil m3/dia de gás. A Petrobras é operadora do campo com 100% de participação. Já o campo de Albacora Leste possui uma área de 511,56 km² e está situado na área norte da Bacia de Campos, em lâmina d'água que varia de 1.000 a 2.150 m, a uma distância de cerca de 120 km do Cabo de São Tomé. Em agosto de 2020, Albacora Leste produziu 33,3 mil barris de óleo por dia e 707 mil m3/dia de gás. A Petrobras é operadora do campo com 90% de participação e os 10% restantes pertencem à Repsol Sinopec Brasil. O teaser que contém as principais informações sobre a oportunidade e os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível no site da Petrobras. De acordo com a empresa, a divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.
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Duralex, famosa por seus pratos ‘inquebráveis’, pede recuperação judicial na França
Empresa passa agora por seis meses de observação, com tutela do Tribunal de Comércio de Orléans, na França, para tentar salvar os negócios ou declarar falência. Pedido não afeta operação da marca no Brasil, onde pertence à Nadir Figueiredo. A francesa Duralex entrou com pedido de recuperação judicial após 75 anos de atividades. Famosa por seus pratos "inquebráveis", a companhia precisa apresentar um plano de pagamento de dívidas para evitar a própria quebra. De acordo com declaração do presidente da empresa, Antoine Ioannidès, ao jornal Le Monde, houve perda de 60% do faturamento com a queda das exportações por conta da pandemia do novo coronavírus. Com sede em La Chapelle-Saint-Mesmin, interior da França, 80% da produção da Duralex vai para fora do país de origem. A Duralex passa agora por seis meses de observação, com tutela do Tribunal de Comércio de Orléans, para tentar salvar os negócios ou declarar falência. Histórico A Duralex foi criada em 1945, ano do fim da Segunda Guerra Mundial, pelo grupo industrial Saint-Gobain. Anos antes, o grupo havia lançado uma técnica de vidro temperado que daria aos itens uma resistência especial. O nascimento da Duralex era o início de uma alternativa de substituição às louças tradicionais. O auge veio nos anos 1970 e 1980, com ganhos de mercado dos vidros "inquebráveis". Longe dos tempos áureos, em 1997, a empresa foi vendida a um grupo italiano que permaneceria como controlador até 2005. Duralex: Trabalhadores verificam a qualidade de fabricação de uma tigela em 22 de dezembro de 2005 na fábrica da Duralex em La Chapelle Saint-Mesmin, perto de Orléans Alain Jocard/AFP/Arquivo Naquele ano, o empresário turco Sinan Solmaz assumiu a operação já combalida. Em 2007, uma das fábricas da companhia na França fechou. No ano seguinte, a empresa ameaçou entrar com um processo de recuperação judicial, mas acabou vendida para a atual administração. Dos mais de 1 mil funcionários que chegou a ter, passou nessa época a ter cerca de 260. Por 10 anos, conseguiram estabilizar as operações e planejavam ampliação com uma nova fábrica. A demanda não se confirmou e as instalações apresentaram problemas, trazendo de volta os problemas financeiros. Duralex no Brasil O pedido de recuperação judicial da empresa na França não afeta as operações da marca no Brasil. No país, assim como no resto da América do Sul, a marca Duralex pertence à Nadir Figueiredo. Em nota ao G1, a empresa reforça que trata-se de uma marca sólida, tradicional e que continuará a ser comercializada normalmente nestes países. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia d
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Pedidos de recuperação judicial no Brasil caem 7% em agosto, apesar da crise
Segundo a Serasa Experian, movimento ocorre porque credores estão aceitando negociar dívidas. Os pedidos de recuperação judicial no Brasil tiveram em agosto a quinta queda mensal seguida, apesar da crise desencadeada pelos efeitos da Covid-19. Segundo a Serasa Experian, o movimento ocorre porque credores estão aceitando renegociar dívidas.
De acordo com levantamento da empresa de informações de crédito, foram registrados 142 pedidos de recuperação no mês passado, 10 a menos do que em igual período de 2019. Desde abril, essa é a quinta queda consecutiva do índice, sempre na medição ano a ano. A análise mensal revela retração de -2,2%.
Por tamanhos, as grandes empresas fizeram em agosto 25% menos pedidos de recuperação judicial em agosto, enquanto nas médias o recuo foi de 20,8%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os negócios de maior porte estão se recuperando com mais rapidez diante da retomada das atividades comerciais e de serviço, diante do maior capital de giro. Já as micro e pequenas empresas tiveram leve alta de 1% no número de pedidos.
"As renegociações entre credores e devedores continuam sendo o principal fator para contribuição da queda do índice", afirmou o economista no relatório.
Na análise por segmento é possível observar a baixa dos pedidos em todos os segmentos da economia, exceto no Comércio, que elevou os pedidos de 24 para 31 na comparação ano a ano, com o setor sendo um dos mais atingidos pelas medidas de isolamento social para tentar conter a pandemia.
Em agosto, as solicitações de falências recuaram diminuindo de 125 para 102. Por faixas, as micro e pequenas empresas tiveram 54 pedido, enquanto médias e grandes registram ambas 24.
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Temores sobre vírus levam bolsas da Europa à pior semana desde junho
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,15%, a 1.380 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,1%, a 356 pontos. As ações europeias registraram sua pior queda semanal desde meados de junho nesta sexta-feira, refletindo temores dos investidores de que uma segunda onda de infecções por coronavírus prejudique a recuperação econômica, enquanto as ações bancárias registraram uma mínima histórica.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,15%, a 1.380 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,1%, a 356 pontos.
O índice de referência não acompanhou ganhos em Wall Street depois de sinais de que os parlamentares norte-americanos estavam fazendo progresso nas negociações de um pacote de estímulo de 2,2 trilhões de dólares que poderia ser votado na próxima semana.
O STOXX 600 caiu 3,6% em uma semana dominada por preocupações sobre novas restrições ligadas ao coronavírus na Europa, uma recuperação vacilante das gigantes de tecnologia de Wall Street e dados econômicos preocupantes de ambos os lados do Atlântico.
Europa tem uma segunda onda do coronavírus
A França e o Reino Unido estabeleceram novos recordes de infecções diárias por Covid-19 na quinta-feira, enquanto o governo espanhol recomendou a reimposição de um bloqueio parcial em toda a cidade de Madri depois que o país ultrapassou 700 mil casos da doença, o maior número na Europa Ocidental.
"Novas restrições na Europa, menos apoio fiscal, enfraquecimento do impulso de liquidez e o risco eleitoral devem pesar sobre a atividade no quarto trimestre", escreveram estrategistas de ações europeias do Barclays em nota.
Os bancos europeus recuaram a nova mínima recorde, com os investidores evitando o setor atingido por uma mistura de custos de empréstimos globais mais baixos, salto nos empréstimos inadimplentes devido à desaceleração econômica e escândalos de corrupção que o tornaram o setor o de pior desempenho esta semana.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,34%, a 5.842 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,09%, a 12.469 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,69%, a 4.729 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,10%, a 18.698 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,23%, a 6.628 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,33%, a 3.995 pontos.
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Bolsas da Europa fecham em queda e encerram pior semana em três meses
As preocupações com o crescimento de casos de covid-19 na região afastaram a demanda por ativos do continente nos últimos dias. Bolsas europeias encerram pior semana em três meses Reuters Os índices acionários europeus terminaram a sexta-feira (25) em queda e registraram a pior semana desde o início do mês de junho. As preocupações com o crescimento de casos de covid-19 na região, que culminou com a adoção de novas medidas de restrição por parte de autoridades em vários países, afastaram a demanda por ativos do continente nos últimos dias. Nesta sexta-feira, o índice Stoxx 600 Europe terminou o dia em queda de 0,10%, aos 355,51 pontos, acumulando perdas de 3,60% na semana. Em Frankfurt, o DAX perdeu 1,09%, a 12.469,20 pontos e, em Paris, o CAC 40 recuou 0,69%, fechando o dia a 4.729,66 pontos. Em Milão e Madri, as referências caíram 1,10% e 0,23%, respectivamente. Já, em Londres, o FTSE 100 foi o único que encerrou o dia em alta de 0,34%, aos 5.842,67 pontos. No acumulado semanal, as bolsas de Londres, Frankfurt, Paris, Milão e Madrid acumularam perdas de 2,74%, 4,93%, 4,99%, 4,23% e 4,35%, respectivamente. O governo britânico se juntou a outros países europeus para oferecer ajuda estendida às empresas, diante de um novo aumento nos casos de coronavírus no país. O anúncio segue a imposição, nesta semanan de um novo conjunto de restrições à economia do Reino Unido por causa do avanço da pandemia, o que leva alguns analistas a preverem uma nova desaceleração da economia este ano. Vídeo: Veja mais notícias sobre a Europa Alta de casos de Covid na Europa ajudam a derrubar bolsa de valores Já o governo espanhol recomendou um "lockdown" total em Madri para reduzir a propagação do vírus, segundo anunciou hoje o ministro da Saúde, Salvador Illa. Anteriormente, as restrições foram colocadas em áreas mais pobres e densamente povoadas, mas o aumento contínuo de casos empurrou o total de infecções no país, que superou 700 mil infectados, com Madri sendo responsável por mais de um terço das internações hospitalares na Espanha. "Na Europa Ocidental, o número de novas infecções está aumentando em muitos países, em alguns casos dramaticamente. Espanha, França e República Tcheca, onde o pico da segunda onda de infecções ainda não parece ter sido alcançado, são atualmente os países mais afetados", afirmam os analistas do Commerzbank, em nota. Os investidores “têm todo o direito de se preocupar com o rali no mercado de ações, que está sob grande ameaça. Os setores de companhias aéreas, varejo e hospitalidade devem ser monitorados, enquanto os investidores continuam a questionar o futuro ”, disse Naeem Aslam, analista-chefe de mercado chefe da AvaTrade. Cenário norte-americano Ao mesmo tempo, os impasses para a aprovação de um projeto de lei que garanta estímulos fiscais nos Estados Unidos antes da eleição presidencial de novembro têm pesado no sentimento dos investidores globais. “Dado o impasse político contínuo, pensamos que as chances de aprovação do pacote fiscal agora caíram para menos de 20%. Se um acordo não for alcançado até o fim de setembro, é quase certo que não acontecerá até o próximo ano", disse Bénédicte Lowe, estrategista do BNP Paribas em Londres, em nota enviada aos clientes. O índice setorial dos bancos do Stoxx 600 fechou o dia em queda de 1,23% e registrou uma nova mínima histórica. As ações do BNP Paribas e do UBS Group caíram 2,92% e 2,97% cada, enquanto o Crédit Agricole perdeu 3,48%. As companhias aéreas estiveram novamente sob pressão. As ações da operadora IAG, recuaram 0,63%, a Lufthansa perdeu 2,70% e a Ryanair recuou 0,13%.
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Comissão Europeia recorre contra veto à cobrança de 13 bilhões de euros em impostos da Apple
Tribunal de Luxemburgo impediu em julho o cumprimento da arrecadação, baseada em decisão da autoridade de competição da União Europeia tomada em 2016. A decisão final será tomada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia. Reuters/Lucy Nicholson A comissária de defesa da concorrência da União Europeia, Margrethe Vestager, recorreu nesta sexta-feira (25) contra decisão da justiça que barrou cobrança de de 13 bilhões de euros (R$ 84 bilhões, na cotação atual) contra a Apple relativos a impostos atrasados na Irlanda. Um tribunal de Luxemburgo impediu em julho o cumprimento da cobrança baseada em decisão da Comissão tomada em 2016. A corte afirmou que as autoridades de competição da UE não cumpriram requisitos legais para mostrarem que a Apple teria usufruído de vantagem indevida. Vestager afirmou que o caso é importante, um sinal de que sua campanha para que multinacionais paguem sua parcela justa de impostos vai continuar. "A Comissão considera de maneira respeitosa que, no julgamento, o tribunal cometeu uma série de erros", disse Vestager. A Apple afirmou que a decisão da corte prova que a empresa cumpriu as leis da Irlanda e que a questão é mais sobre onde a empresa deveria pagar impostos em vez do montante. O ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe, afirmou que o país sempre deixou claro que o valor correto de impostos foi pago e que o país não forneceu ajuda estatal à Apple. Histórico A disputa começou em agosto de 2016, quando uma decisão da comissária Margrethe Vestager acusou a Irlanda de permitir que a Apple economizasse impostos entre 2003 e 2014 – atingindo a alíquota de 0,005% no final do período. A Comissão considerou que isto concedia uma vantagem sobre outras empresas, ao permitir que a Apple evitasse o pagamento de quase 13 bilhões de euros durante o período, e declarou que a Irlanda concedeu uma "ajuda estatal" ilegal. A decisão final será tomada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, a mais alta instância da Europa. Veja os últimos vídeos sobre tecnologia no G1
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Dona do Google firma acordo em processo que alegava proteção a executivos em casos de assédio
Alphabet se comprometeu a proibir a oferta de pacotes de compensação para funcionários investigados por má conduta, como aconteceu no passado. Acordo cria conselho para acompanhar os esforços da Alphabet, dona do Google, em ações de diversidade e de combate ao assédio sexual. Charles Platiau/Reuters A Alphabet, dona do Google, firmou nesta sexta-feira (25) um acordo com os acionistas em uma ação judicial que alegava que a empresa encobria casos de assédio sexual por parte de seus executivos. A companhia que controla o Google afirmou que vai proibir a oferta de pacotes de compensação para funcionários que deixarem a companhia e estiverem sob investigação relacionada a assédio sexual, má conduta sexual ou retaliação a outros empregados. O acordo também prevê a limitação do uso de acordos de obrigação de silêncio para os funcionários envolvidos nesses casos. Outro compromisso é a criação de um conselho para acompanhar os esforços do grupo na promoção de políticas trabalhistas relacionadas a diversidade, igualdade e inclusão. Serão investidos US$ 310 milhões para a criação do painel que será formado por especialistas independentes, que acompanharão os avanços da companhia nesses tópicos, segundo um comunicado. O conselho de administração da Alphabet sofreu uma série de ações judiciais no início de 2019, após reportagens do jornal “New York Times” mostrar que a empresa protegeu Andy Rubin, um alto executivo diretor do sistema Android, acusado de assédio. Ele deixou a empresa com um bônus de US$ 90 milhões. Saiba mais: Funcionários do Google em todo o mundo protestam contra assédio sexual Após a veiculação da reportagem, o presidente do Google, Sundar Pichai, enviou um e-mail aos funcionários da empresa, prestando contas sobre as providências que o Google já tinha tomado em casos de assédio. Assista: últimos vídeos sobre tecnologia no G1 n
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A foto no WhatsApp que reuniu família separada há 26 anos pelo genocídio em Ruanda
Uma menina que ficou órfã no genocídio de 1994 em Ruanda encontrou seus parentes graças às redes sociais. Grace Umutoni postou na internet fotos de quando era criança (à esquerda, foto da infância; à direita, imagem atual) Arquivo pessoal/BBC "Um milagre" das redes sociais: é assim que Grace Umtoni define o que aconteceu. Umtoni ficou órfã quando tinha apenas dois anos. Em 1994, seus pais foram vítimas do genocídio que acabou com milhares de vidas em Ruanda. Anos depois, ela conseguiu encontrar alguns parentes. Ela, que não sabia qual nome tinha recebido dos pais biológicos, postou fotos dela quando criança no WhatsApp, Facebook e grupos do Twitter em abril, na esperança de que membros de sua família a reconhecessem. Suas tentativas anteriores, por meio de canais mais formais, não tiveram sucesso. Tudo o que a enfermeira de 28 anos sabia sobre sua história é que ela foi levada para um orfanato em Kigali, a capital de Ruanda, depois de ter sido encontrada no bairro de Nyamirambo. Também foi acolhido no local o irmão dela, então com 4 anos, que mais tarde morreu. Em Ruanda, há milhares de crianças como ela, que perderam seus pais entre as cerca de 800 mil vítimas do massacre sistemático de membros da etnia tutsi e hutus moderados em cem dias de genocídio. Muitos ainda procuram suas famílias. Depois que ela postou suas fotos, apareceram algumas pessoas que alegaram ser parentes, mas demorou meses para aparecer alguém que realmente parecia um familiar. Antoine Rugagi tinha visto as fotos no WhatsApp e feito contato com ela para dizer que se parecia muito com a irmã dele, Liliose Kamukama, que foi morta no genocídio. 'O milagre pelo qual estava orando' "Quando eu o vi, também percebi que nos parecíamos", disse Umtoni à BBC. "Mas apenas testes de DNA poderiam confirmar se éramos parentes, então fizemos um em Kigali em julho." Umutoni viajou do distrito de Gakenke, onde mora, enquanto Rugagi partiu de Gisenyi, no oeste, para que pudessem buscar os resultados juntos. Grace Umutoni e Antoine Rugagi viajaram para Kigali para buscar os resultados dos testes de DNA Arquivo pessoal/BBC E foi um grande dia para os dois, já que os testes revelaram 82% de chance de serem familiares. "Fiquei chocado. Não consegui conter o desejo de expressar minha felicidade. Ainda hoje acho que estou em um sonho. Foi o milagre pelo qual sempre orei", diz Umtoni. Seu recém-descoberto tio disse a ela que o nome que seus pais tutsis lhe deram era Yvette Mumporeze. Ele também a apresentou a vários parentes do lado paterno da família, como sua tia Marie Josée Tanner Bucura, que está há meses sem conseguir sair da Suíça por causa da pandemia. Ela estava convencida de que Grace Umtoni era sua sobrinha antes mesmo de saber o resultado dos testes genéticos, por causa da semelhança da mulher da foto do WhatsApp com a menina dos álbuns de família. "Era claramente a filha de meu irmão Aprice Jean Marie Vianney e sua esposa, Liliose Kamukama. Ambos foram mortos no genocídio", disse Bucura. 'Pensávamos que ninguém tinha sobrevivido' Bucura também contou o nome completo de seu irmão, que foi levado com ela ao orfanato, Yves Mucyo. E disse que tinha tido outro irmão, Fabrice, de um ano. O genocídio começou horas depois que o avião que transportava os presidentes de Ruanda e Burundi, ambos da etnia hutu, foi abatido, na noite de 6 de abril de 1994. As milícias hutus foram instruídas a perseguir membros da minoria tutsi. O subúrbio de Kigali, Nyamirambo, foi um dos primeiros a ser atacado. Muitas pessoas foram mortas por facões em suas casas ou em barricadas armadas para impedir a passagem de quem tentava escapar. Alguns conseguiram se proteger em igrejas e mesquitas. Bucura disse que uma mulher agarrou o pequeno Yves pelo braço e o tirou correndo dali, mas não conseguiu mais informações. Nada foi ouvido sobre a irmã. O genocídio terminou meses depois, quando os rebeldes tutsis da Frente Patriótica de Ruanda, liderados pelo atual presidente Paul Kagame, subiram ao poder. "Pensávamos que ninguém tinha sobrevivido. Inclusive nos lembrávamos deles quando chegava o aniversário do genocídio, em abril", explica Bucura. Umtoni não conseguiu descobrir sobre sua família e tudo o que foi informado foi que Yves morreu ao chegar ao orfanato em consequência de ferimentos causados por balas das milícias hutus. Quando ela tinha quatro anos, foi adotada por uma família tutsi do sul de Ruanda que lhe deu o nome de Grace Umtoni. "Os responsáveis pela minha escola ajudaram-me e voltei ao orfanato de Kigali para perguntar se havia algum vestígio do meu passado, mas não havia nada", diz. "Sempre vivi com a dor de ser alguém sem raízes, mas continuei rezando por um milagre." "Apesar de a família adotiva ter me tratado bem, eu não conseguia parar de pensar na minha família biológica, mas tinha muito poucas informações para sequer começar a procurar." Agora ela está curiosa para saber mais sobre seus pais. Eles planejam uma grande reunião de família com parentes que chegaram de diferentes partes do país e do exterior, embora o coronavírus tenha obrigado o adiamento do encontro. Enquanto isso, os familiares a apresentaram a alguns de seus parentes via WhatsApp e ela descobriu que tinha um irmão mais velho em Kigali, resultado de um relacionamento anterior de seu pai. 'Somos gratos à família que a adotou' Desde 1995, quase 20 mil pessoas se reuniram com suas famílias graças ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Sua porta-voz para Ruanda, Rachel Uwase, diz que eles ainda estão recebendo pedidos de ajuda de pessoas separadas de suas famílias pelo genocídio. Desde o começo de 2020, 99 pessoas se reuniram com seus parentes. Para Bucura, descobrir que sua sobrinha havia sobrevivido é algo pelo qual ela é grata. "Somos gratos à família que a adotou, lhe deu um nome e a criou." A jovem manterá o nome que sua família adotiva lhe deu, pois é o que a acompanhou durante a maior parte de sua vida. E sempre será grata às redes sociais por ajudá-la a encontrar um sentimento de pertencimento. "Agora falo com frequência com minha nova família", diz. "Passei minha vida inteira sentindo que não tinha raízes, mas agora acho uma bênção ter minha família adotiva e minha família biológica, ambas parte de mim." Vídeos: Notícias internacionais
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