Desemprego diante da pandemia tem alta de 27,6% em quatro meses, aponta IBGE
País encerrou o mês de agosto com 12,9 milhões de desempregados, quase 3 milhões a mais que o registrado no começo de maio. Informalidade voltou a ter alta após dois meses seguidos em queda. Flexibilização do isolamento social fez com que mais pessoas voltassem a procurar por trabalho, o que elevou os números do desemprego Jornal Nacional O Brasil encerrou o mês de agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado em maio, o que corresponde a uma alta de 27,6% no período. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 82,1 milhões de pessoas, acumulando redução de 2,7% em relação a maio, quando este contingente somava cerca de 84,4 milhões de pessoas. País encerrou agosto com o maior número de desempregados desde que o IBGE começou a analisar o desemprego na pandemia Economia/G1 Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,6%, a maior no acumulado mensal desde então. Entre as cinco regiões do país, as maiores taxas foram observadas no Nordeste (15,7%), no Norte (14,2%) e no Sudeste (14,0%). Já as regiões Centro-Oeste (12,2%) e Sul (10,0%) tiveram taxa inferior à média nacional. O IBGE destacou que a Região Sul foi a única a apresentar queda da população desempregada na passagem de julho para agosto. Desemprego na pandemia sobe 27,6% desde maio e atinge 12,9 milhões, aponta IBGE Os números do desemprego acumulados ao longo de agosto ficaram abaixo do registrado no fechamento da quarta semana do mês, terminada no dia 29. Até aquela data, o país havia registrado recorde no número de desempregados durante a pandemia, com este contingente somando cerca de 13,7 milhões de pessoas, o que deixou a taxa em 14,3%. Sudeste concentra o maior número de desempregados no país, seguido pelo Nordeste. Economia/G1 O IBGE destacou que a taxa de desocupação entre as mulheres foi maior que a dos homens – 16,2% e 11,7%, respectivamente – o que foi observado em todas as Grandes Regiões. Por cor ou raça, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (15,4%) do que para brancos (11,5%). Já por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas maiores (23,3% para aqueles de 14 a 29 anos de idade). Por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%). Flexibilização promove maior busca por emprego O levantamento do IBGE mostrou que ao final de agosto, 27,2 milhões de brasileiros disseram que gostariam de trabalhar, mas que não buscou trabalho ao longo do mês. Destes, 17,5 milhões (64,4%) alegaram que deixaram de buscar uma colocação no mercado de trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar. Em maio, quando teve início da pesquisa, somava 70,2% o total de pessoas que apontou o isolamento social promovido pela pandemia como o principal motivo para não procurar por emprego. Isso indicaria que a flexibilização do isolamento social, que avança por todo o país, faz com que mais pessoas pressionem o mercado de trabalho em busca de uma oportunidade de ocupação. Além disso, a pesquisa mostrou que, em agosto, cerca de 4,1 milhões de trabalhadores permaneciam afastados do local de trabalho devido às medidas de isolamento social. Esse contingente teve queda de 73,6% na comparação com maio, quando somavam mais de 15,7 milhões o número de trabalhadores afastados por este motivo. "Um reflexo do avanço no processo de retomada gradual das atividades foi o segundo aumento consecutivo, tanto no âmbito nacional quanto em todas as Grandes Regiões, do número de horas efetivamente trabalhadas para as pessoas ocupadas", enfatizou o IBGE. De acordo com o levantamento, em agosto, 21,7% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho disseram ter trabalhado efetivamente menos horas que as habituais. Apenas 3,9% das pessoas ocupadas e não afastadas disseram ter trabalhado mais horas que o habitual. Cai a cada mês o número de trabalhadores afastados do local de trabalho devido ao distanciamento social. Economia/G1 Informalidade volta a ter alta De acordo com a pesquisa, o país encerrou agosto com 27,9 milhões de pessoas trabalhando na informalidade. Na comparação com maio, quando esse contingente era de 29,3 milhões, houve queda de aproximadamente 5% no número de trabalhadores informais. No entanto, na comparação com julho (27,4 milhões), esse contingente teve alta de cerca de 2% – foi a primeira alta mensal desde então, já que de junho para julho também houve queda, de 6%, desse contingente. "Em todas as crises que a gente atravessou até agora, o mercado formal teve sempre uma baixa muito grande, que também é observada entre os trabalhadores informais. Com a recuperação do mercado, é esperado que a primeira reação se dê pela informalidade, com os trabalhadores informais retomando as suas atividades", apontou o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo. Número de trabalhadores informais voltou a subir em agosto Economia/G1 São considerados como trabalhadores informais pelo IBGE aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes. Com a alta na passagem de julho para agosto, a taxa de informalidade subiu de 33,6% para 33.9%, o que, no entanto, é considerado pelo IBGE como estabilidade estatística. Pnad Covid X Pnad Contínua O levantamento foi feito durante o mês de agosto por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, e apontaram uma alta do desemprego para 13,3%, com queda recorde no número de ocupados. Assista aos últimos vídeos de economia
- Publicado em Negócios
Agência do Trabalho oferece sete vagas de emprego no município de Salgueiro
As vagas são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco Beatriz Braga/G1 Petrolina A unidade da Agência do Trabalho de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, oferece, nesta quarta-feira (23), sete vagas de emprego, em diferentes áreas. É preciso ter nível médio para concorrer a uma das vagas. A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Seteq) retomou o atendimento presencial para intermediação de mão de obra na segunda-feira (21). Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Salgueiro Contato: (87) 3871 – 8467 Vagas disponíveis
- Publicado em Negócios
Em meio à pandemia, gasto de brasileiros no exterior em agosto é o menor para o mês em 16 anos
Com a crise sanitária, viagens foram limitadas e dólar registrou forte alta. Na parcial do ano, gastos no exterior recuam 66%, para US$ 4,11 bilhões. Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 267 milhões em agosto, patamar ainda baixo, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (23) pelo Banco Central.
Na comparação com o mesmo mês de 2019, quando as despesas em outros países totalizaram US$ 1,309 bilhão, a queda foi de 79%. Este também foi o menor valor para o mês de agosto desde 2004, ou seja, em 16 anos.
O recuo se deu em meio à disparada do dólar e à escalada das tensões acerca do novo coronavírus, que resultou no fechamento de fronteiras e na suspensão de voos por alguns meses.
A moeda norte-americana tem registrado forte alta neste ano por conta da pandemia, com os investidores avaliando o impacto do pacote de estímulo nas contas públicas – que vêm registrando forte deterioração. De janeiro a agosto, a alta do dólar acumulada foi de 36,69%.
Com a disparada do dólar, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais caras. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.
Acumulado do ano
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo informações do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 4,110 bilhões.
Na comparação com o mesmo período de 2019, quando as despesas no exterior totalizaram US$ 12,014 bilhões, a queda foi de 66%.
Gastos de estrangeiros no Brasil
De acordo com dados do BC, em agosto deste ano os estrangeiros gastaram US$ 146 milhões no Brasil, com forte queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (US$ 468 milhões).
Nos oito primeiros meses de 2020, as despesas de estrangeiros no Brasil somaram US$ 2,218 bilhões, com recuo frente ao mesmo período do ano passado – quando totalizaram US$ 4,142 bilhões.
Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.
Brasil dispensa visto de turistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália
- Publicado em Negócios
Construtora abre 100 vagas de emprego em Paulínia; veja como se candidatar
Oportunidades são destinadas para montadores, pedreiros, carpinteiros, serventes, armadores, encanadores, eletricistas e encarregados. Currículos podem ser enviados por e-mail ou presencialmente. Construtora abre 100 vagas de emprego em Paulínia (SP). Heloise Hamada/G1 A construtora MRV abriu 100 vagas de emprego para um canteiro de obras localizado em Paulínia (SP). As oportunidades são destinadas para montadores, pedreiros, carpinteiros, serventes, armadores, encanadores, eletricistas e encarregados. As ofertas são para trabalhar na construção de um novo empreendimento imobiliário, que terá 256 unidades. A seleção, que começou na segunda-feira (21), deve acontecer até preencherem todas as vagas. Os interessados podem enviar o currículo para o endereço de e-mail silvia.mendes@mrv.com.br ou levar pessoalmente no período das 7h às 17h. O local de entrega é o Condomínio Ponte Romana, situado na Rua das Nações Unidas, 943, Villa Bressani. Veja mais oportunidades na região no G1 Campinas.
- Publicado em Negócios
Veja os itens que mais subiram e os que mais caíram na prévia da inflação de setembro
Tomate liderou a alta, com peso também para o óleo de soja. O arroz, que vem pesando no prato dos brasileiros, teve nova alta de preços. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), ficou em 0,45% em setembro, segundo divulgou nesta quarta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O tomate liderou a alta, com peso também para o óleo de soja. O arroz, que vem pesando no prato dos brasileiros, teve nova alta de preços.
Veja abaixo os 30 itens que mais subiram no mês, e os 30 que mais recuaram no período.
Maiores altas
Tomate: 22,53%
Óleo de soja: 20,33%
Limão: 14,96%
Pimentão: 14,06%
Laranja-lima: 13,69%
Banana-maçã: 11,73%
Arroz: 9,96%
Mandioca (aipim): 9,7%
Aluguel de veículo: 8,23%
Tijolo: 8,22%
Carne de porco: 8,21%
Laranja-baía: 7,13%
Flores naturais: 6,5%
Cenoura: 6,17%
Passagem aérea; 6,11%
Colchão: 6,04%
Leite longa vida: 5,59%
Cimento: 5,38%
Feijão-macáçar (fradinho): 5,23%
Linguiça: 4,8%
Acém: 4,6%
Chocolate em barra e bombom: 4,51%
Outras bebidas alcoólicas: 4,49%
Fígado: 4,03%
Vinho: 3,96%
Leite condensado: 3,93%
Revestimento de piso e parede: 3,86%
Costela: 3,81%
Salsicha em conserva: 3,78%
Banana-d'água: 3,76%
Maiores quedas
Cebola: -19,09%
Alho: -11,9%
Batata-inglesa: -8,2%
Manga; -6,7%
Repolho: -5,79%
Abobrinha: -5,63%
Banana-da-terra: -5,45%
Agasalho feminino: -4,38%
Pepino: -4,33%
Caldo de tucupi: -4,32%
Açaí (emulsão): -4,07%
Produto para pele: -4%
Agasalho masculino: -3,86%
Feijão-carioca (rajado): -3,85%
Artigos de maquiagem: -3,75%
Laranja-pera: -3,44%
Bolo: -2,95%
Cheiro-verde: -2,89%
Melão: -2,82%
Batata-doce: -2,71%
Seguro voluntário de veículo: -2,64%
Gás veicular: -2,58%
Abacaxi: -2,55%
Couve-flor: -2,53%
Couve: -2,47%
Plano de saúde; -2,31%
Ônibus interestadual; -2,28%
Papel toalha: -2,17%
Goiaba: -2,1%
Balas: -1,93%
Assista as últimas notícias de economia
- Publicado em Negócios
Com superávit de US$ 3,7 bilhões em agosto, contas externas têm saldo positivo pelo 5º mês seguido
Na parcial do ano, rombo das contas externas é de US$ 8,53 bilhões, queda de 75% em relação a 2019. Investimentos estrangeiros diretos recuaram 41% na parcial do ano. As contas externas registraram superávit de US$ 3,721 bilhões em agosto deste ano, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (23). Esse foi o quinto mês seguido de resultados positivos.
O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
A melhora no resultado das contas externas neste ano é fruto do saldo positivo da balança comercial brasileira, que tem sustentado bons números em meio à pandemia de Covid-19, principalmente por conta da queda de importações.
Além disso, déficits menores nas contas de serviços e renda também têm sido registrados, em razão do desaquecimento da economia mundial e do fechamento de fronteiras – este último fator contribuiu para o menor gasto de brasileiros no exterior em 16 anos em agosto.
Segundo o BC, na parcial dos oito primeiros meses deste ano, a conta de transações correntes registrou um déficit de US$ 8,539 bilhões, o que representa uma queda de 75% frente ao mesmo período do ano passado (-US$ 34,020 bilhões).
Em todo ano passado, o déficit das contas externas do Brasil subiu 22%, para US$ 50,762 bilhões.
Para todo ano de 2020, a expectativa do Banco Central é de um déficit menor das contas externas, de US$ 13,9 bilhões, por conta da pandemia do novo coronavírus. Se confirmado, será o melhor resultado em 13 anos.
Investimento estrangeiro
O Banco Central também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 26,957 bilhões de janeiro a agosto deste ano. Com isso, houve queda de 41% frente ao mesmo período de 2019, quando somaram (US$ 46 bilhões).
Mesmo assim, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no acumulado deste ano (US$ 8,539 bilhões).
Quando o déficit não é "coberto" pelos investimentos estrangeiros, o país tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.
Somente em agosto, os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 1,430 bilhão, com forte recuo frente ao mesmo mês de 2019 – quando totalizaram US$ 9,524 bilhões.
Em todo ano passado, os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 78,559 bilhões, com pequena alta frente ao ano anterior.
Para 2020, o Banco Central estima um ingresso de US$ 55 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.
- Publicado em Negócios
Cerca de 8 mil perícias médicas agendadas não foram realizadas, diz secretário
Segundo secretário de Previdência do Ministério da Economia, INSS irá ligar para segurado que não conseguiu ser atendido para remarcar perícia. Previsão é de retomada de perícias em mais 42 agências e retorno de mais 160 médicos. INSS: 190 agências voltam a realizar perícias em todo país, mas atendimento ainda não foi normalizado
Cerca de 8 mil perícias médicas que estavam agendadas desde o início da reabertura das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não foram realizadas, segundo informou nesta quarta-feira (23) o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.
Em entrevista à rádio CBN, o secretário informou ainda que o INSS ligará para os segurados que não conseguiram ser atendidos para reagendar a perícia médica.
"Temos cerca de 8 mil segurados, que serão contatados, que não foram atendidos, estavam agendados e não foram atendidos entre os dias 14 e 21. Eles serão contatados pela Central 135 para que seja feito esse reagendamento", afirmou.
"Hoje estamos iniciando um trabalho que chamamos de contato ativo. A própria Central 135 vai entrar em contato com pessoas que não conseguiram esse atendimento para que haja a remarcação", explicou.
As perícias são necessárias para permitir que trabalhadores recebam auxílio, retornem ao trabalho ou consigam a aposentadoria.
Perícias médicas do INSS voltam a ser realizadas gradualmente; veja nova lista de agências aprovadas
Entenda a queda de braço entre o INSS e os médicos peritos
Atendimento presencial do INSS: entenda os serviços disponíveis, como ser atendido e documentos necessários
Portaria permite que segurados possam reagendar perícias não realizadas no INSS
Segurados terão reagendamento automático
O INSS esclareceu também nesta quarta que fará reagendamentos automáticos dos atendimentos não realizados e que avisará ao segurado através de ligações.
"O INSS ligará para todos os segurados que possuam o cadastro correto até sexta-feira, informando sobre o novo reagendamento", informou.
"O segurado que não receber a ligação até a próxima sexta é porque não tinha o cadastro com o telefone válido, sendo assim, esses devem remarcar o horário ligando para o 135 e, a partir da semana que vem, também disponível pelo Meu INSS", acrescentou.
Na véspera, o INSS publicou portaria que permite a remarcação de perícia médica através do telefone 135 "nos casos de não comparecimento do usuário na data agendada ou em que não foi possível a realização do atendimento" na data previamente agendada.
190 agências liberadas
De acordo com Nogueira, o INSS, mais 42 agências estarão com agendamento de perícias aberto a partir desta quarta-feira (23), o que elevará para 190 o total de agências liberadas e aptas para o atendimento.
Nesta terça-feira (22), 351 peritos médicos federais compareceram aos seus postos de trabalho nas agências do INSS, o que representa 72% de toda categoria. Até às 16h, tinham sido realizadas 3.059 perícias presenciais.
Na última semana, o INSS publicou uma convocação para que os médicos voltassem ao trabalho nas agências consideradas adequadas, sob pena de desconto na remuneração. Eram esperados 486 peritos já na segunda-feira, mas apenas 149 se apresentaram.
Segundo o secretário, outros 160 peritos devem retornar ao atendimento nesta quarta.
"Este é um número ainda aquém da nossa expectativa, mas acreditamos que ao longo dos próximos dias vamos caminhar para a normalização", avaliou.
Ao todo, o INSS tem 3,5 mil peritos, mas nem todas as agências estão liberadas para o retorno desses profissionais – e parte deve seguir em trabalho remoto. O país tem cerca de 1,5 milhão de processos na fila do INSS, incluindo 790.390 que aguardam perícia médica.
Nogueira reforçou a posição do governo de descontar os salários de médicos peritos que não retornarem ao trabalho sem motivo justificado. "Se ele simplesmente não apareceu, a primeira medida seria não receber aquele dia de trabalho, m prejuízo de outras medidas administrativas a serem tomadas", afirmou.
Restrição de serviços
As agências do INSS começaram a reabrir na semana passada após quase 5 meses fechadas em razão da pandemia de coronavírus. Nesta primeira etapa, as agências atenderão apenas segurados agendados para evitar aglomerações.
O agendamento deve ser feito pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
Clique aqui para acessar o Meu INSS pelo site
Nesta primeira etapa de reabertura, segundo o INSS, estarão disponíveis para atendimento presencial os serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência justificação administrativa ou judicial e reabilitação profissional.
Solicitações de aposentadoria, pensão, salário maternidade, continuarão sendo feitos remotamente.
- Publicado em Negócios
Localiza e Unidas anunciam fusão e criam gigante da locação de veículos
Considerando os preços de fechamento da terça-feira, o valor de mercado da Localiza era de R$ 39,2 bilhões e o da Unidas, de R$ 10,8 bilhões. A Localiza e a Unidas fecharam na terça-feira (22) acordo para a combinação dos respectivos negócios que prevê incorporação de ações da Unidas pela Localiza, segundo fatos relevantes de ambas as empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As ações da Localiza registravam forte alta na bolsa após o anúncio.
Um dos acionistas e fundadores da Localiza é José Salim Mattar Junior – que, até o mês passado, era o Secretário Especial de Desestatização e Privatização do Ministério da Economia.
Os acionistas da Unidas receberão 0,44682380 ação ordinária da Localiza em substituição a cada 1 ação ordinária de emissão da Unidas. Com base na relação de troca, os acionistas da Localiza passariam a deter 76,85% da companhia combinada e os então acionistas da Unidas passariam a deter 23,15%.
Considerando o preço de fechamento dos papéis da Localiza na terça-feira, os acionistas da Unidas receberão R$ 23,12 por ação, um prêmio de 9,1% sobre a cotação de fechamento da véspera. A operação, se consumada, também prevê a distribuição de até R$ 425 milhões em dividendos a acionistas da Unidas.
Também considerando os preços de fechamento da terça-feira, o valor de mercado da Localiza era de R$ 39,2 bilhões e o da Unidas, de R$ 10,8 bilhões.
"Do ponto de vista econômico-financeiro, a integração dos negócios deverá promover sinergias e aumentos de eficiência na companhia combinada resultante da incorporação de ações", afirmaram as empresas de aluguel de veículos e gerenciamento de frotas.
O Bank of America atuou como assessor financeiro exclusivo da Localiza e o Banco Itaú BBA atuou como assessor financeiro exclusivo da Unidas. Pinheiro Neto e Machado Meyer atuaram como assessores legais da Localiza e Unidas, respectivamente.
A transação está condicionada à obtenção da aprovação dos acionistas das companhias e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), bem como à verificação de outras determinadas condições precedentes usuais para operações desta natureza.
Escala global
A proposta de fusão da Localiza com a Unidas é formar uma empresa de escala global nos segmentos de gestão de frotas e aluguel de carros, disse em teleconferência o presidente da Localiza, Eugênio Mattar.
“Iremos colocar o Brasil na vanguarda da mobilidade”, disse Mattar, com a criação de um ator global, mais bem posicionado para capturar o crescimento do que chamou de “amplo e promissor mercado de mobilidade”.
Mattar disse também que sinergias importantes aumentariam a eficiência operacional, a produtividade das áreas corporativas, e reduziriam os custos das frotas e aumentaria a eficiência no negócio de venda de carros. A Localiza indicará seis membros para o conselho da nova companhia e a Unidas, dois.
Em comentário, o banco Credit Suisse afirmou que a combinação de negócios é positiva para ambas as empresas e acionistas. “Aos acionistas da Unidas foram oferecidos 0,4468 ação da Localiza + 0,835 / dividendo em ação, ou seja, uma alta de 13% antes da reclassificação e com os ganhos de sinergia.”
A corretora Mirae também afirmou que a união será positiva, mas ressaltou que por somarem 15% do mercado de venda de veículos deverão enfrentar lobby de montadoras e pressão no Cade.
Assista as últimas notícias de economia
- Publicado em Negócios
Bovespa opera em queda nesta quarta-feira
Na terça, bolsa teve alta de 0,31%, a 97.293 pontos. A bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (23), em meio a um ambiente externo ainda reticente, com o noticiário corporativo brasileiro destacando anúncio de fusão entre Localiza e Unidas, que criará uma gigante de locação de veículos. Às 11h25, o Ibovespa tinha queda de 0,43%, a 96.871 pontos. Veja mais cotações. Na terça, a bolsa fechou em alta de 0,31%, a 97.293 pontos. No mês, o Ibovespa acumula baixa de 2,09%. No ano, tem perda de 15,87%. Cenário O avanço da Covid-19 segue no radar dos investirdores, assim como impasse sobre novo pacote de estímulos à economia nos Estados Unidos. Por lá, os impasses políticos em Washington e a proximidade da corrida eleitoral no país têm dificultado o caminho das ações em Wall Street a novos recordes, registrados pela última vez no início do mês. Por aqui, no radar está o anúncio de fusão feito pelas empresas de aluguel de veículos Localiza e Unidas, que cria um gigante do setor. Mais cedo, o Banco Central divulgou os dados sobre as contas externas do país em agosto, que apontaram saldo positivo pelo 5º mês seguido – mas uma queda de 41% no investimento estrangeiro direto no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia 5 Veja vídeos: últimas notícias de Economia
- Publicado em Negócios
Governo libera o registro de 31 agrotóxicos genéricos para uso dos agricultores
Do total, são 27 pesticidas químicos e 4 biológicos. São 315 registros publicados no Diário Oficial em 2020. Aplicação de agrotóxico por aviões Agência Brasil O Ministério da Agricultura publicou nesta quarta-feira (23) a liberação de mais 31 agrotóxicos genéricos para o uso dos agricultores. Já são 315 novas autorizações publicadas em 2020 (veja mais abaixo). Do total, segundo o ministério, são 24 agrotóxicos químicos e 1 biológicos, que são aqueles que podem ser utilizados tanto em lavouras comerciais quanto na produção de alimentos orgânicos, por exemplo. Entre os produtos químicos, destaque para o inseticida bifentrina, que tem registro e é um dos mais vendidos nos Estados Unidos, mas que não tem mais registro na União Europeia por matar insetos que não deveriam ser alvos do produto. Há um registro também para o glifosato, o agrotóxico mais vendido no mundo, que foi alvo de processos no mundo por ser associado ao câncer. Entre os quatro biológicos estão microrganismos como a Beauveria bassiana, o Bacillus thuringiensis, o Metarhizium anisopliae e o vírus Spodoptera frugiperda multiplenucleopolyhedrovirus que são agente biológicos de controle de pragas que atacam os cultivos brasileiros. Os produtos poderão ser utilizados em qualquer cultura em que forem encontradas as pragas para as quais esses agentes biológicos possuem recomendação de controle. Dois desses produtos poderão ser utilizados nas produções orgânicas certificadas, de acordo com o Ministério da Agricultura. Registros no ano Ao todo, são 315 registros de novos agrotóxicos em 2020, segundo publicações no Diário Oficial da União, que é por onde o G1 se baseia. Desde 2005, quando o governo começou a compilar os dados de registro de pesticidas, 2020 perde apenas para 2019 – ano em que o país teve liberação recorde de agrotóxicos. Até agora, são 5 princípios ativos inéditos no ano: 4 pesticidas biológicos e 1 químico. Pela legislação brasileira, tanto produtos biológicos utilizados na agricultura orgânica quanto químicos utilizados na produção convencional são considerados agrotóxicos. Os outros 310 registros são de genéricos, sendo: 146 ingredientes químicos de agrotóxicos que são vendidos aos agricultores; 56 pesticidas biológicos vendidos aos agricultores; 108 princípios ativos para a indústria formular agrotóxicos. Novo método de divulgação Neste ano, o governo alterou o método para anunciar a liberação de agrotóxicos. Até 2019, o Ministério da Agricultura divulgava a aprovação dos pesticidas para a indústria e para os agricultores no mesmo ato dentro do "Diário Oficial da União". Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? STF suspende portaria que abria espaço para registro automático de pesticidas A série histórica de registros, que apontou que 2019 como ano recorde de liberações, levava em conta a aprovação dos dois tipos de agrotóxicos: os que vão para indústria e os que vão para os agricultores. Como reduzir os resíduos de agrotóxicos antes de comer frutas, legumes e verduras Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que a publicação separada de produtos formulados (para os agricultores) e técnicos (para as indústrias) neste ano tem como objetivo "dar mais transparência sobre a finalidade de cada produto". "Assim, será mais fácil para a sociedade identificar quais produtos efetivamente ficarão à disposição dos agricultores e quais terão a autorização apenas para uso industrial como componentes na fabricação dos defensivos agrícolas", completou o ministério. Como funciona o registro O aval para um novo agrotóxico no país passa por 3 órgãos reguladores: Anvisa, que avalia os riscos à saúde; Ibama, que analisa os perigos ambientais; Ministério da Agricultura, que analisa se ele é eficaz para matar pragas e doenças no campo. É a pasta que formaliza o registro, desde que o produto tenha sido aprovado por todos os órgãos. Tipos de registros de agrotóxicos: Produto técnico: princípio ativo novo; não comercializado, vai na composição de produtos que serão vendidos. Produto técnico equivalente: "cópias" de princípios ativos inéditos, que podem ser feitas quando caem as patentes e vão ser usadas na formulação de produtos comerciais. É comum as empresas registrarem um mesmo princípio ativo várias vezes, para poder fabricar venenos específicos para plantações diferentes, por exemplo; Produto formulado: é o produto final, aquilo que chega para o agricultor; Produto formulado equivalente: produto final "genérico". VÍDEO: veja mais notícias sobre agrotóxicos Initial plugin text
- Publicado em Negócios