Clássicos da TV: Nos 70 anos da televisão no Brasil, especialistas escolhem programas e novelas que marcaram a história
Acadêmicos comentam momentos mais icônicos da TV brasileira. 70 anos da TV no Brasil TV Globo A televisão comemora 70 anos nesta sexta-feira (18). Para relembrar momentos marcantes, o G1 convidou especialistas em jornalismo e TV para eleger o pódio de programas, novelas, séries e coberturas jornalísticas. PRIMEIRA VEZES da TV GALERIA: 70 fotos da TV CURIOSIDADES das novelas PLAYLIST: relembre momentos MEMÓRIA GLOBO: Linha do tempo Novela Beatriz Segall como Odete Roitman em 'Vale Tudo', personagem que a consagrou Acervo TV Globo Para a professora Esther Império Hamburger, da Universidade de São Paulo, é impossível escolher a melhor novela da televisão. Mas algumas candidatas se destacam. “Beto Rockfeller”, sucesso da TV Tupi em 1968, é a primeira delas porque levou dinamismo e frescor para o formato. “Trouxe tempo contemporâneo, gravação em locação na cidade, diálogos coloquiais, experimentação de linguagem, roteiros originais não baseados em adaptações literárias”, explica. Para muitos especialistas, a novela com Luiz Gustavo e Débora Duarte foi considerada um divisor de águas para a dramaturgia porque abandonou o melodrama e o engessamento característicos até então e incorporou o jeitinho brasileiro. “Se misturou comédia, melodrama, suspense, sempre mantendo um elemento de crítica de costumes, uma liberalização de costumes, alusões a modas, ansiedades do mundo”, diz a professora. Para ela, as melhores novelas foram as que souberam incorporar e atualizar esses elementos. “Gosto de repertório que polariza porque provoca debate, sintoniza alguma ansiedade e polemiza. As pessoas passam a exercitar suas diferenças e convergências via discussão sobre conflitos do folhetim”, explica. Para ela, a lista se completa com “Guerra dos Sexos”, “Roque Santeiro”, “Vale Tudo”, “Avenida Brasil”, “Pantanal” e “O Rebu”. BBB Thelma, do 'BBB 20', Ana Paula, do 'BBB 16', e Jean Wyllys e Grazi Massafera, do 'BBB 5' Globo O Big Brother Brasil surgiu em 2002, mas foi em 2005 que ele atingiu o auge e entregou ao público a melhor edição em suas duas décadas, segundo o professor Bruno Dieguez, da PUC-Rio, especialista no reality. Para ele, foi nesta edição que o programa se consolidou e mostrou ser capaz de representar socialmente o Brasil. O programa adotou elementos que dão certo, como a disputa entre os mocinhos e os vilões, romances e personagens carismáticos. A presença de Jean Wyllys colocou os debates sobre homossexualidade dentro das casas brasileiras e a vitória do participante foi um marco para a representatividade LGBTQ, que ainda não tinha tanta força quanto tem agora, avalia. Alguns fatores contribuíram para a força da edição: após quatro anos, o público já estava acostumado com o formato e a dinâmica de um reality show, havia se moldado à rotina semanal do programa e estava ávido por acompanhar as escolhas e as brigas de um grupo de anônimos monitorados. Em segundo lugar, para Dieguez, está a edição de 2016. Depois de perder audiência na TV, o reality buscou a internet, intensificou a comunicação nas redes sociais e ganhou um público jovem que não costumava acompanhá-lo. A presença de Ana Paula, que virou meme e ícone na internet, teve grande impacto nessa virada. 2016 lançou as bases para a mudança crescente no programa até a edição de 2020, que trouxe influenciadores para a casa, quebrou recordes de votações, atingiu picos de audiência e foi companhia para o país trancado em meio à pandemia de Covid-19. A vitória da Thelma e as discussões raciais em torno da participação de Babu mostraram que o que começou em 2005, com o Jean, só ganhou força 15 anos depois e que o "Big Brother" é a síntese do Brasil e capaz de oferecer muito mais do que entretenimento, avalia. Série 'A muralha', 'Armação limitada' e 'Mulher' Divulgação Há quem diga que série é coisa da TV de fora ou do streaming, mas o formato está presente na televisão desde seus primeiros anos. Para a editora-executiva da TV PUC-Rio, Carmem Petit, há três delas que marcaram o formato. A primeira é “A muralha", exibida no início dos anos 2000. “A obra tinha uma produção bem cuidada, cenas de batalhas que não se via na TV até então e uma atuação memorável de Tarcísio Meira como dom Jerônimo”, diz. No pódio, também está "Armação ilimitada", exibida no fim da ditadura militar. “Era esteticamente ousada e tratava de temas tabus com uma naturalidade desconcertante”, explica. Para completar, ela elege "Mulher", que foi ao ar no final dos anos 1990 protagonizada por Eva Wilma e Patrícia Pillar. "O roteiro era muito bem amarrado, com atuações sensíveis, e esteticamente inspirado no cinema. Foi o grande produto nacional brasileiro de entretenimento daquele período de transição para o vídeo de alta definição." Sitcom 'Os normais', 'Sai de baixo' e 'O sistema' Globo Para Petit, as melhores sitcoms foram as que souberam unir humor e sagacidade. Ela elege "Os normais" como a mais bem-sucedida nesse aspecto. Para a diretora, o texto de Alexandre Machado e Fernanda Young era cheio de humor inteligente e diálogos rápidos e precisos. "Também explorava a cumplicidade dos personagens com o público, quando o Rui e Vani falavam diretamente para a câmera. Tornou-se uma referência pelo modo como explorava o caráter absurdo de situações banais do cotidiano de um casal", explica. "Sai de baixo" vem em segundo, na avaliação de Petit, porque foi gravada em um palco de teatro, com interação e incorporação dos próprios erros. Ela também destaca "O Sistema", que não era uma sitcom, mas tinha material para inspirar uma nos dias de hoje: "Infelizmente, teve apenas seis episódios. O programa tinha um ar retrô, elementos teatrais de improvisação e traduzia bem uma certa incompreensão e incredulidade de um mundo onde somos constantemente vigiados e prisioneiros de um 'sistema'". Coberturas do Jornal Nacional Com mais de 55 anos de história e um mundo que viu conflitos, destituições e desastres naturais, é difícil escolher o momento mais marcante do "Jornal Nacional", avalia o professor de Telejornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, Wesley Carlo Fernandes Elago. Para ele, três momentos merecem destaque: a morte de Tancredo Neves, em 1985; a queda do Muro de Berlin, em 1989; e o impeachment de Fernando Collor de Melo, em 1992, pela audiência e impacto. Já entre as melhores coberturas, segundo o professor aposentado da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), Pedro Celso Campos, estão a retomada do Complexo do Alemão, pela qual o jornal ganhou o Prêmio Emmy Internacional na categoria Jornalismo em 2011; os atentados de 11 de setembro nos EUA, quando "a emissora compreendeu a angústia das pessoas e atendeu a demanda da audiência, alterando toda a sua grade de programação"; e as “Caravanas JN”, entre julho e outubro de 2006. Segundo o professor, elas souberam "registrar os anseios da sociedade durante as eleições" e fazer com que o público se sentisse representado. Programa de auditório 'Amor e sexo', 'Central da periferia' e programa da Hebe Divulgação Os programas de auditório tiveram centenas de momentos que marcaram a televisão. O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Diego Gouveia, elegeu três liderados por mulheres como os mais impactantes socialmente. Para ele, é da Hebe, pioneira da televisão, o momento de maior destaque do formato. “O episódio mais clássico dos programas de auditório foi a entrevista de Hebe Camargo com Roberta Close. Em um momento de intenso monitoramento por parte do censores, a apresentadora defendeu direitos do movimento LGBTQ com coragem. Esse episódio marcou a história do formato”, explica. Entre os destaques contemporâneos, o professor classifica o episódio de “Amor & Sexo” exibido 6 de novembro de 2018, quando Fernanda Lima fez um discurso feminista. "Chamam de louca a mulher que desafia as regras e não se conforma. Chamam de louca a mulher cheia de erotismo, vida e tesão. Chamam de louca a mulher que resiste. Chamam de louca a mulher que diz sim e que diz não. Não importa o que façamos, nos chamam de louca. Se levamos a fama, vamos sim deitar na cama, vamos sabotar as engrenagens deste sistema de opressão. Vamos sabotar as engrenagens desse sistema homofóbico, racista, patriarcal, machista e misógino. Vamos jogar na fogueira as camisas de força da submissão, da tirania e da repressão. Vamos libertar todas nós! E todos vocês! Nossa luta está apenas começando, prepare-se porque esta revolução não tem volta. Vamos sabotar tudo isso?", diz apresentadora. Para o professor, esse programa foi importante devido ao momento político e social do país, quando os "discursos de ódio ganhavam força e a tentativa de enfraquecer os debates sobre gênero aumentava". Por fim, ele destaca a "Central da Periferia" com Regina Casé, em 2006. Em sua avaliação, ele foi pioneiro ao colocar a periferia como protagonista de um programa de televisão, com seu palco no meio das ruas e do público. "Contribui para romper com uma ordem discursiva sobre as periferias brasileiras e acompanha uma série de produções na emissora que lançam um olhar menos 'exotificante' sobre as comunidades", diz.
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Televisão no Brasil faz aniversário: Os 70 anos da TV em 70 FOTOS
Imagens em preto e branco e coloridas contam história da televisão. A atriz-miriam Sonia Maria Dorce e o câmera Walter Tasca, na TV Tupi, em 1950 Divulgação/Acervo Pró-TV O artista italiano Pietro Maria Bardi discursa ao lado de Assis Chateaubriand Acervo/Masp Vida Alves e Walter Forster na novela 'Sua vida me pertence', de 1951; eles protagonizaram o primeiro beijo da TV brasileira Divulgação PRIMEIRA VEZES da TV 'Imagens do dia', primeiro telejornal brasileiro, de 1950 Reprodução 'Noite de gala', programa de variedades que passou pela TV Rio, TV Tupi e TV Globo Reprodução/Globo 'Alô, doçura!', primeira sitcom brasileira, de 1953 Reprodução/IMDB Roberto Marinho na inauguração do Projac, em 1995 Nelson Di Rago/Globo Hebe Camargo e Chacrinha, anos 1950 Arquivo Nacional O governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda é o convidado no programa de auditório 'O Mundo é das Mulheres', da TV Paulista, em São Paulo. Da esquerda para a direita: Wilma Bentivegna, Branca Ribeiro, Carlos Lacerda, Hebe Camargo, e de costas, Vida Alves, em foto de março de 1964 Estadão Conteúdo/Arquivo Mazzaropi foi o primeiro humorista a se apresentar na televisão brasileira Reprodução/TV TEM Laura Cardoso e Ivan Mesquita em cena da novela 'Algemas de Ouro', em 1969 Arquivo Nacional CURIOSIDADES das novelas Cid Moreira e Hilton Gomes no Jornal Nacional em 1969 Memória Globo Cid Moreira e Sérgio Chapelin no primeiro cenário do JN, que estreou em 1969 Acervo TV Globo Renato Aragão, em novembro de 1970 Arquivo Nacional Copa de 70 foi primeiro evento transmitido ao vivo na televisão Reprodução/Memória Globo Profissionais da TV Educativa, em agosto de 1970 Arquivo Nacional The Platters conjunto vocal filmado no estúdio da TV Tupi, em julho de 1971 Arquivo Nacional Pessoas assistem televisão a cores em vitrine de loja na região central de São Paulo, em fevereiro de 1972 Estadão Conteúdo/Arquivo O Velho Guerreiro e os calouros: Chacrinha entregando aparelho de televisão para a vencedora da disputa de melhor calouro da noite Arquivo Nacional Profissional da TV Rio, março de 1972 Arquivo Nacional Paulo Gracindo em 'O Bem-Amado', de 1973 Acervo/Globo 'O bem-amado' Divulgação Milton Gonçalves em 'O Bem Amado', de 1973 Acervo TV Globo Roberto Carlos em seu primeiro especial na Globo, em 1974 Reprodução/Globo Tony Tornado e Silvio Santos Arquivo Nacional Jô Soares e Paulo Silvino interpretam de São Cosme e Damião no 'Viva O Gordo', nos anos 1980 Reprodução/Globo Mário Lago em cena da novela 'Plumas e paetês', de 1980 Arquivo Nacional Chacrinha e Beth Carvalho Arquivo Nacional A formação clássica de 'Os Trapalhões'; a partir da esquerda: Dedé, Didi, Zacarias e Mussum Geraldo Modesto/TV Globo Beatriz Segall como Odete Roitman em 'Vale Tudo', personagem que a consagrou em 1988 Acervo TV Globo Gugu Liberato (no meio) com Adenair Lima, Chitãozinho, Xororó, Noely Pereira, Júnior e Sandy no 'Viva a noite', em 1988 Moacyr dos Santos/Acervo do SBT Estreia do programa 'Domingão do Faustão', em 26 de março de 1989 Memória Globo O bordão mais famoso do Professor Raimundo era repetido por Chico Anysio no fim do programa: 'e o salário, ó' CGCom/TV Globo Pedro Bial em cobertura na Alemanha reprodução GloboNews ESPECIALISTAS elegem clássicos 'Malhação' estreou em 1995 Christina Bocayuva/Globo Antonio Fagundes em cena de 'O Rei do Gado', de 1996 Memória TV Globo Série "Sandy e Junior" estreou em 1999 Divulgação Pedro Bial RBS TV/Divulgação Jornal Nacional – William Bonner e Fátima Bernardes Acervo TV Globo Mauro Mendonça e Alessandra Negrini em 'A muralha', de 2000 Divulgação/Memória Globo Pipa, Andréia, Juliana e Elaine, semifinalistas do programa 'No Limite', em 2000 Roberto Steinberger/Memória Globo Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães em 'Os Normais', que estreou em 2001 Memória Globo O repórter Edney Silvestre na cobertura dos atentados de 11 de setembro de 2001 Reprodução TV Globo Participantes do 'BBB1' Divulgação/Memória Globo "Big Brother Brasil 1" Divulgação/Memória Globo Da esq. para dir., Luis Gustavo, Márcia Cabrita, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Marisa Orth e Miguel Falabella na gravação do novo 'Sai de baixo', no ar entre 1996 e 2002 Divulgação Fernanda Montenegro foi a vilã Bia Falcão na novela 'Belíssima', em 2005 Rede Globo Regina Casé no programa 'Central da periferia', em 2006 Divulgação/Memória Globo O cantor Cristiano Araújo e o apresentador Serginho Goisman, durante gravação do programa 'Altas Horas' especial sobre o Dia do Rock, em julho de 2014 Zé Paulo Cardeal/Rede Globo Jean Wyllys e Grazi Massafera durante a final do 'BBB 5' TV Globo Paulo Silvino e Orlando Drumond durante gravação do Zorra Total em dezembro de 2008 Thiago Prado Neris/Globo Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) se beijam em 'Amor à vida' Reprodução/TV Globo Emília (Isabelle Drummond), Dr. Saraiva (Chico Anysio) e Visconde (Aramis Trindade) no Sítio do Picapau Amarelo, em 2005 Márcio de Souza/TV Globo Carolina Dieckmann em 'Laços de família' Roberto Steinberger/TV Globo. Fernanda Montenegro recebe o prêmio de melhor atriz no 41º Emmy Internacional por 'Doce de mãe' em 2013 Neilson Barnard/Getty Images/AFP Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella) brigam em cena de 'Avenida Brasil', de 2012 Renato Rocha Miranda/Rede Globo Fernanda Lima e bailarinos do programa da TV Globo "Amor e sexo" Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg em 'Babilônia' Reprodução/Globo no ar galvão bueno renata vasconcelos Reprodução/Globo Elenco de 'Malhação – Viva a Diferença' Divulgação/Globo Caetano Veloso se apresentou na inauguração do complexo MG4, conjunto de novos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro Marcos Serra Lima/G1 João Roberto Marinho, Roberto Irineu Marinho e José Roberto Marinho tiram a faixa de inauguração do MG4, conjunto de 3 novos estúdios do Grupo Globo que amplia o maior complexo de produção de conteúdo da América Latina, no Rio de Janeiro Estevam Avellar/Globo Apresentadores e técnicos do 'The Voice Kids' Globo/Victor Pollak Camila e Valéria se casam em "Órfãos da Terra" Reprodução/Globo Linn da Quebrada estreou na série 'Segunda chamada' Celso Tavares / G1 Ana Maria Braga recebe Palmirinha no 'Mais Você' João Cotta/Globo Thelma é a campeã do 'BBB20' Reprodução/Globo Regina Casé e Adriana Esteves em cena de 'Amor de Mãe' Globo/Estevam Avellar Tiago Leifert apresenta o 'BBB' no lugar de Pedro Bial Divulgação/Globo Despedida Márcio Gomes no Combate ao Coronavírus Reprodução/Globo
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Televisão completa 70 anos no Brasil: relembre as primeiras vezes que a TV inovou no ar
Televisão surgiu em 1950, importando o que o rádio tinha de melhor. Nos anos 1970, ganhou transmissão em cores. E ao longo de 70 anos de história, lançou manias e paixões nacionais. TV completa 70 anos no Brasil Arte/G1 TV completa 70 anos no Brasil Arte/G1 A televisão completa 70 anos no Brasil nesta sexta (18). Para celebrar o aniversário, o G1 preparou uma lista com algumas vezes que a TV inovou em estilo, tecnologia e programação: da primeira novela ao primeiro reality show, da primeira vez que a imagem chegou colorida na casa dos brasileiros ao primeiro beijo entre dois homens no horário nobre. GALERIA: 70 fotos da TV ESPECIALISTAS elegem clássicos CURIOSIDADES das novelas PLAYLIST: relembre momentos MEMÓRIA GLOBO: Linha do tempo Nasce a TV no Brasil Garoto vestido como índio, o símbolo da TV Tupi e Lia de Aguiar e Dionisio Azevedo, em cena de 'Sua vida me pertence', primeira telenovela brasileira (1951) Divulgação/Site do artista "Boa noite. Está no ar a televisão do Brasil!" Assim, uma logomarca com um pequeno índio anunciava a primeira transmissão brasileira, em 18 de setembro de 1950, pela TV Tupi. O empresário e jornalista Assis Chateaubriand, fundador da Tupi, foi também o primeiro difusor dos aparelhos em um país que já tinha a tecnologia, mas carecia de famílias com recursos para comprá-los. Montes de pessoas se aglomeravam em padarias e outros lugares de São Paulo para assistir ao primeiro programa ao vivo, “TV na Taba”, na noite daquele 18 de setembro. O programa reuniu artistas que vinham do cinema e do rádio, mas se tornariam grandes símbolos da televisão, como Lima Duarte, Hebe Camargo, Lolita Rodrigues e Mazzaropi, e foi comandado por Homero Silva. Nos bastidores, a emoção tomou conta de todos, dos atores aos técnicos. A atriz Vida Alves (1928-2017) disse ao G1, em 2010, que o dia pode ser resumido na frase simpática do câmera Élio Tozzi: "se houvesse uma mosca ali, ela estaria em silêncio e emocionada". Mazzaropi foi o primeiro humorista a se apresentar na televisão brasileira Reprodução/TV TEM A TV brasileira já começou com muita variedade de programação porque importava os sucessos do rádio. O primeiro humorístico estreou em 20 de setembro de 1950: “Rancho Alegre”, que levava Mazzaroppi para a telinha. Paulista e descendente de italiano, Amácio Mazzaropi foi o grande nome do humor na TV na década de 1950 e só deixou seu programa para se dedicar ao cinema, em 1954. Outras emissoras A TV Tupi só ganhou concorrência dois anos depois, quando a TV Paulista estreou em 1952. A partir de então, o negócio deslanchou: em 1953, estreou a TV Record; em 1955, a TV Rio; Em 1959, a Excelsior; e em 1965, a TV Globo. Notícias na TV 'Imagens do dia', primeiro telejornal brasileiro Reprodução No dia seguinte à inauguração da televisão, entrou no ar o primeiro telejornal brasileiro: “Imagens do dia”. Com uma logomarca e narrações como off para imagens, ele narrava os acontecimentos do dia. Mas o gênero só ganhou o público e muitos pontos de audiência com a estreia do “Repórter Esso”, já famoso no Rádio. Ele foi ao ar na Tupi de 1952 até 1970, apresentado pelos fenômenos do rádio: Kalil Filho e Gontijo Teodoro. Sem tecnologia que permitisse integrar o sinal entre os estados, os jornais eram regionais e cada cidade tinha sua própria edição do “Repórter Esso”. A hora e a vez das novelas O ator Walter Forster e a atriz Vida Alves em cena de 'Sua Vida me Pertence', novela de 1951 Divulgação Famosas e amadas no rádio, as novelas não demoraram para chegar também à TV. Em 21 de dezembro de 1951, “Sua vida me pertence” inaugurou o gênero que se tornou o principal produto da televisão e paixão nacional. A trama tinha só 15 capítulos e foi exibida ao vivo, já que ainda não havia recursos de gravação, o famoso videoteipe. Ela ia ao ar duas vezes por semana, às terças e quintas. Escrita, dirigida e protagonizada por Walter Forster, teve no elenco Vida Alves, Lima Duarte e Lia de Aguiar. Os brasileiros só ganharam um novela diária em 1963, quando estreou “2-5499 ocupado” na TV Excelsior, adaptação de uma história argentina. Tarcísio Meira e Glória Menezes eram o casal apaixonado: ela era uma presidiária que, apenas pelo telefone, fazia o galã se apaixonar. O elenco enxuto, formado por nove atores, e a história simples já foram suficientes para ganhar o Brasil: graças ao videoteipe, a novela foi gravada e enviada para todos os estados com afiliadas da Excelsior. E graças à novela, Tarcísio e Glória se tornaram o casal mais celebrado da televisão. Beijinhos e beijões Vida Alves e Walter Forster na novela 'Sua vida me pertence', de 1951; eles protagonizaram o primeiro beijo da TV brasileira Divulgação A atriz Vida Alves é detentora de duas marcas na história: deu o primeiro beijo da TV brasileira, na década de 50, e também o primeiro beijo gay, nos anos 60. O primeiríssimo selinho foi exibido no último capítulo de “Sua vida me pertence”, em 8 de fevereiro de 1952. Quem se beijava na telinha eram Forster e Alves, o mocinho e a mocinha da trama. “Foi um beijo marcadinho, sem ensaio e profundamente técnico. Eu e Walter combinamos a postura, ele pediu autorização para a direção e, eu, para meu marido. Foi um verdadeiro escândalo para a época”, contou a atriz ao G1, em 2010. O pudor era tão grande que o fotógrafo da Tupi não registrou o momento, porque achava que não seria publicado em lugar algum. Vida também foi pioneira do beijo entre duas mulheres. No teleteatro "A calúnia", a atriz beijou a personagem de Georgia Gomide, em 1964. "Era a história de uma menina malvadinha que, por uma nota baixa, inventa que duas jovens eram amantes. Isso fez com que os pais tirassem as filhas da escola. Foram saindo todos os alunos. A escola teve que ser fechada. As duas moças, eu e a Geórgia Gomide, ficaram muito tristes, sentaram-se uma perto da outra. Deram as mãos e disseram que se amavam. Deram um beijo, também de uma forma mais romântica que erótica", detalhou a atriz em outra entrevista ao G1, em 2014. O fato repercutiu na sociedade, mas não chegou a gerar revolta. As pessoas diziam que a TV "estava ficando mais extravagante", contou Alves, mas a vida seguiu. Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) se beijam em 'Amor à vida' Reprodução/TV Globo Em 2014, grande parte do país comemorou mais uma virada de capítulo na dramaturgia: o primeiro beijo entre dois homens na Rede Globo, no horário nobre. No capítulo final de “Amor à vida”, Niko (Thiago Fragoso) beijou Félix (Mateus Solano) e houve quem comemorasse a cena em mesas de bar, como final de copa do mundo. Os atores também vibraram. "Estou extasiado por saber que as pessoas estão tendo essa reação. Ainda estou meio anestesiado", disse Fragoso, na época. "Eu acho que o Walcyr pegou todo mundo pelo amor. Acredito que a maioria se rendeu ao casal", completou Solano. Sitcom chega ao país 'Alô, doçura!' Reprodução/IMDB O Brasil ganhou sua primeira sitcom em 1953. Cassiano Gabus Mendes criou, roteirizou e dirigiu a história sobre as desventuras de um casal. “Alô, doçura!” teve outros nomes e outros protagonistas até virar sucesso com Eva Wilma e John Herbert. Inspirada no seriado norte-americano "I Love Lucy", a comédia romântica foi ao ar até 1964 e formou o primeiro casal de atores da TV: Wilma e Herbert, apelidados de "casal doçura", se casaram e tiveram dois filhos juntos. A televisão é das mulheres O governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda é o convidado no programa de auditório 'O Mundo é das Mulheres', da TV Paulista, em São Paulo. Da esquerda para a direita: Wilma Bentivegna, Branca Ribeiro, Carlos Lacerda, Hebe Camargo, e de costas, Vida Alves, em foto de março de 1964 Estadão Conteúdo/Arquivo Nos primeiros cinco anos, a TV ainda era dominada pelos homens. Coube a Hebe Camargo a função de deixar as coisas mais equilibradas. Foi ela quem comandou, ao lado de Vida Alves e Wilma Bentivegna, a primeira atração voltada especialmente para o público feminino, o programa "O mundo é das mulheres", na TV Paulista. Na atração, as apresentadoras entrevistavam personalidades em evidência, de políticos a artistas, e eram livres para falar sobre o que quisessem. Foi o programa que consagrou Hebe como apresentadora. Presente na TV desde seus primeiros dias, ela fazia participações musicais em várias atrações. Foi só em 1966 que ela ganhou um programa próprio, aos domingos, na TV Record e se tornou líder de audiência. É TETRA! Copa de 70 foi primeiro evento transmitido ao vivo na televisão Reprodução/Memória Globo Quando Galvão Bueno narrou emocionadamente a final da Copa de 1994 ao lado de Pelé, a televisão já fazia transmissões de jogos de futebol há quase 40 anos. Os relatos sobre a primeira transmissão de futebol divergem entre 1954 e 1955, mas desde que passou a ser televisionado, ele acompanhou importantes avanços tecnológicos. O maior marco foi com a Copa de 70, quando os espectadores puderam assistir a jogos ao vivo pela primeira vez. Na tela da Globo, ela marcou gols de audiência: o jogo entre Brasil e Inglaterra de 7 de junho teve índices mais altos do que a transmissão da chegada do homem à Lua, no ano anterior. Para assistir ao mundial, as pessoas correram para as lojas atrás de televisores. Nasce a TV Globo “Testando… testando… testando… No ar a ZYD-81, TV Globo, canal 4, Rio de Janeiro”. Assim tinha início a TV Globo, no Rio de Janeiro, em 26 de abril de 1965. Localizada no Jardim Botânico, foi a primeira a construir um prédio próprio para uma emissora. A nova TV já estreou com uma grade diversificada: jornalismo, entretenimento, programas infantis, mesa redonda de futebol, programas de música e foco em novela. No mês seguinte, Roberto Marinho comprou a TV Paulista, que passou a se chamar TV Globo São Paulo. A partir de então, a emissora não parou de crescer em audiência e relevância e aumentar sua presença pelo Brasil: Minas Gerais, Brasília e Pernambuco, além de um número crescente de afiliadas. Ela também liderou mudanças na televisão, como a primeira transmissão em rede nacional e as primeiras transmissões em cores. Boa noite Cid Moreira e Hilton Gomes Memória Globo “O Jornal Nacional da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil”. Assim, a voz de Hilton Gomes apresentava, às 19h45 de 1º de setembro de 1969, a primeira edição do “Jornal Nacional”. O âncora dividia a bancada com Cid Moreira, que eternizou o "Boa noite" do jornalismo. Criado pelo então diretor de jornalismo da Globo, Armando Nogueira, o “Jornal Nacional” tinha a missão de competir com o Repórter Esso e transformar a Globo em líder de audiência. Naquela primeira edição, noticiou o afastamento de Costa e Silva por problemas de saúde, o alargamento da Praia de Copacabana e a morte do campeão mundial dos pesos pesados, Rocky Marciano. O clima nos bastidores da noite de estreia era de nervosismo. “Eu cheguei para apresentar o 'JN', vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. Fiz meu trabalho normal, porque eu ainda tinha na cabeça a ideia de locutor de rádio. No dia seguinte, saiu na capa de 'O Globo'. Tive a dimensão do significado", contou Cid Moreira ao Memória Globo. O "JN" foi pioneiro em várias tecnologias que impactaram diretamente o conteúdo: foi o primeiro telejornal a ter alcance nacional, graças à rede de micro-ondas da Embratel e o primeiro com reportagens em cores. E haja cor! Cenas da novela, dos anos 1970: Paulo Gracindo e Lima Duarte nos mesmos papéis. Divulgação Foram necessários 20 anos até que a televisão finalmente pudesse ser transmitida ao vivo e a cores na casa dos brasileiros. A virada para a década de 1970 marcou também os primeiros testes para transmitir imagens coloridas. A primeira tentativa bem-sucedida ocorreu em 19 de fevereiro de 1972, quando os espectadores assistiram a cobertura da Festa da Uva em Caxias do Sul. A escolha da uva não foi fruto do acaso: a festa era um evento importante no calendário turístico brasileiro e recebia os presidentes em sua abertura. A corrida pela cor na televisão brasileira era resultado da modernização tecnológica, mas também da pressão dos militares no governo. Após passar no teste, a TV a cores foi inaugurada oficialmente em 31 de março daquele ano, com um pronunciamento do Ministro das Comunicações. Mas o que mais fez sucesso a cores foi mesmo a primeira telenovela colorida a ir ao ar: “O bem-amado”, em 1973, pela Globo. A novidade gerou um rebuliço entre a equipe técnica, que ainda se adaptava aos novos equipamentos e à nova linguagem. Segundo dados do “Memória Globo”, algumas cenas precisaram ser repetidas muitas vezes porque as cores saturavam e as luzes estouravam. Em pouquíssimo tempo, equipe e elenco aprenderam e deram a volta por cima: a novela foi premiada nacional e internacionalmente e se tornou a primeira a ser exportada. Estrelada por Paulo Gracindo, com texto de Dias Gomes e supervisão de Daniel Filho, tinha no elenco Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Ida Gomes, Dirce Migliaccio e Milton Gonçalves. São tantas emoções Roberto Carlos em seu primeiro especial na Globo, em 1974 Reprodução/Globo O especial do Roberto Carlos, que coroa os finais de ano na Globo, são tradição antiga. A primeira edição ocorreu em 1974, na noite de Natal. Naquele primeiro programa, ele recebeu Erasmo Carlos, Antônio Marcos, Paulo Gracindo e os personagens do programa infantil "Vila Sésamo". Viva o jovem 'Malhação' estreou em 1995 Christina Bocayuva/Globo Em abril de 1995, estreou "Malhação", com a missão de falar sobre e para os jovens. Ela acompanhava a história de um menino do interior que chegava no Rio de Janeiro e precisa desbravar a cidade grande, enquanto morava em uma academia. Com Danton Mello, Claudio Heinrich, Juliana Martins e Fernanda Rodrigues, a novela jovem falava sobre preconceito social e racial, separação de casais, ciúmes dos filhos, intrigas, relacionamentos amorosos e vários outros temas sem tabu. Você na TV Pipa, Andréia, Juliana e Elaine, semifinalistas do programa 'No Limite', em 2000 Roberto Steinberger/Memória Globo Em 2000, o público descobria um novo tipo de programa: o reality show. Em 23 de julho de 2000, Zeca Camargo apresentava "No Limite", que mostrava pessoas comuns confinadas, vivendo situações que exigiam resistência física e psicológica, disputando por um prêmio. Os 12 participantes passavam por provas e desafios em uma praia de Fortaleza, no Ceará. Idealizado pelo diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, ia ao ar aos domingos e teve quatro temporadas. Mas o formato estourou mesmo dois anos depois, com a estreia do "Big Brother Brasil". Com direção geral de Boninho e Carlos Magalhães e apresentado por Pedro Bial e Marisa Orth, o programa confinava desconhecidos em uma casa com mais de 30 câmeras e um prêmio de R$ 500 mil. A primeira edição registrou altos índices de audiência e o programa virou assunto nacional. A partir de então se tornou um franquia de sucesso e arrecadação crescente e abriu espaço para outros realities na televisão. Primeiro Emmy Fernanda Montenegro recebe o prêmio de melhor atriz no 41º Emmy Internacional. Cerimônia aconteceu nesta segunda (25) em NY, nos EUA. Neilson Barnard/Getty Images/AFP Em 2014, Fernanda Montenegro venceu o 41º Emmy Internacional, considerado o Oscar da televisão mundial, e foi a primeira brasileira a vencer na premiação. Ela foi premiada por sua atuação no especial de fim de ano "Doce de mãe", da TV Globo. A vitória surpreendeu a atriz. "Achava-me fora do páreo. Eu vim tranquila porque achava que não iria acontecer nada. Agora eu estou nervosa (…) Estou feliz", ela disse após a cerimônia.
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Nos 70 anos da TV, veja 10 curiosidades de novelas clássicas que estão de volta
Cardápio vasto de tramas está disponível para celebrar a data, nesta sexta. Para entrar no clima, leia fatos surpreendentes sobre 'Vale tudo', 'Explode coração', 'Laços de família' e outras. 10 fatos surpreendentes sobre novelas antigas que estão bombando na TV e no Globoplay Um cardápio vasto de novelas clássicas está disponível na Globo, canal Viva e Globoplay para celebrar os 70 anos na TV brasileira, nesta sexta-feira (18). Para entrar no clima, leia abaixo 10 curiosidades sobre as tramas antigas que estão de volta, com dados de pesquisa do Memória Globo. PRIMEIRA VEZES da TV GALERIA: 70 fotos da TV ESPECIALISTAS elegem clássicos PLAYLIST: relembre momentos MEMÓRIA GLOBO: Linha do tempo 1. Doações de medula Só de ouvir "Love by grace", de Lara Fabian, já dá vontade de chorar. A música embala a cena de Camila (Carolina Dieckmann) raspando os cabelos em "Laços de família", durante o tratamento da leucemia. É uma das sequências mais lembradas da história das novelas. Carolina Dieckmann em 'Laços de família' Roberto Steinberger/TV Globo. Mas ela também teve impacto na luta de pacientes reais contra a doença. Na época do novela, o "efeito Camila" aumentou significativamente o número de doadores de sangue, órgãos e medula óssea no Brasil. A cena foi usada numa campanha da Globo pela doação de medula. Nas semanas depois do último capítulo da trama, o Instituto Nacional do Câncer teve quase 150 novos cadastramentos. Antes, o índice era de 10 por mês. 2. Estreias Os mais novinhos talvez não saibam que "Laços de família" marcou a estreia de Reynaldo Gianecchini na TV. Ele vive o médico Edu, que engata um namoro com Helena (Vera Fischer), mas depois acaba se apaixonando pela filha dela, Camila. Reynaldo Gianecchini e Vera Fischer em 'Laços de família' Jorge Baumann/TV Globo. Não foi só ele: Juliana Paes também estreou nas novelas durante a trama, após uma participação em "Malhação". 3. Superprodução "Mulheres apaixonadas", mais uma obra do autor Manoel Carlos, incluiu outra cena inesquecível. Tony Ramos e Vanessa Gerbelli em 'Mulheres apaixonadas' João Miguel Junior/TV Globo A sequência em que os personagens Téo (Tony Ramos) e Fernanda (Vanessa Gerbelli) são baleados numa rua do Leblon foi uma das mais trabalhosas de toda a novela. Ela envolveu 400 profissionais e mais de 120 carros. A equipe de efeitos especiais preparou mais de 500 tiros de festim pra usar durante a gravação. 4. Denúncias de violência Um dos temas que são discutidos em "Mulheres apaixonadas" é a violência contra a mulher. O personagem Marcos (Dan Stulbach) usa uma raquete pra espancar a mulher, Raquel (Helena Ranaldi). Helena Ranaldi e Dan Stulbach em 'Mulheres apaixonadas' TV Globo/Renato Rocha Miranda Depois da cena em que a personagem decide denunciar o marido na ficção, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, no Rio, teve um aumento de mais de 40% no número de denúncias de violência doméstica. 5. Troca de papel Sabia que Adriana Esteves quase não ficou com o papel principal de "A indomada"? Ela tinha sido escalada para fazer outro personagem, Grampola, uma mulher mais jovem. Carlos Alberto Riccelli e Adriana Esteves em 'A Indomada' Jorge Baumann/Globo Adriana conta que conversou com o diretor Paulo Ubiratan e disse que se sentia madura demais para esse papel. Depois disso, acabou sendo convidada pra fazer a protagonista, Helena. 6. Amor virtual Em pleno ano de 1995, o casal protagonista de "Explode coração" se conhece e se apaixona… pela internet. Edson Celulari em 'Explode coração' Jorge Baumann/Globo A trama de Gloria Perez retratou o início da popularização dos computadores no Brasil. 7. Menino ou menina? Um dos destaques de "Chocolate com pimenta" é o figurino. Uma bordadeira e uma chapeleira ficavam de plantão pra ajudar na caracterização de época dos personagens. Um dos que usavam muito esses adereços era o ator Kayky Brito. Ele passou boa parte da novela com lindos vestidos, laços e chapéus porque seu personagem, a Bernadete, era criado pela família como menina. Kayky Brito em Chocolate com Pimenta Gianne Carvalho/TV Globo Kayky tinha até que alongar os cabelos antes de entrar em cena. A equipe de caracterização aplicava uma técnica com cabelo natural. Quase 300 mechas eram usadas no ator. 8. Jantar com Jorge Amado Foi a própria Betty Faria, protagonista de "Tieta", quem negociou com o escritor Jorge Amado a compra dos direitos para adaptação do livro para TV. Betty Faria em 'Tieta' Bazilio Calazans/Globo A atriz conta que, antes disso, nos anos 70, foi a um jantar com o autor. Na ocasião, a mulher dele, Zélia Gattai, falou que Amado estava escrevendo um livro com uma história feita sob medida pra Betty. 9. Críticos não entenderam O autor de tieta, Aguinaldo Silva, diz que a novela é uma metáfora sobre a volta da liberdade de expressão na TV, depois de anos de censura imposta pela ditadura militar no Brasil. Arlete Salles, Betty Faria, Cássio Gabus Mendes e Paulo Nigri em 'Tieta', 1989. Bazilio Calazans/Globo Há até uma cena em que Tieta arranca de um calendário a data em que foi promulgado o AI-5, um dos atos mais repressivos desse período. Mas Aguinaldo conta que, na época, pouquíssimos críticos perceberam essa referência. 10. Quem matou Odete Roitman? E que, em 1989, o Brasil parou para saber quem matou Odete Roitman (Beatriz Segall), todo mundo sabe. Beatriz Segall como Odete Roitman em 'Vale tudo' Acervo TV Globo O que talvez muita gente não saiba é que teve até um concurso na época, patrocinado por uma marca de alimentos, para premiar quem acertasse o nome do assassino. Para aumentar o suspense, os autores de "Vale tudo" escreveram cinco versões pro final da novela. Os atores só tiveram acesso ao roteiro na hora de gravar as cenas.
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Lives de hoje: Sheryl Crow, Frank Aguiar, João Suplicy e mais shows para ver em casa
A dupla Lucas e Felipe e a cantora Teresa Cristina também estão na programação desta sexta-feira (18). Frank Aguiar, João Suplicy e Sheryl Crow fazem lives nesta sexta-feira (18) Divulgação / Amanda Perobelli-Estadão Conteúdo/Arquivo / Kevin Winter/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo Sheryl Crow faz dois shows on-line neste final de semana e o desta sexta-feira (18) é em formato elétrico. A apresentação virtual da cantora terá venda de ingressos (veja no link abaixo). Frank Aguiar, João Suplicy e a dupla Lucas e Felipe também fazem parte da programação de shows on-line desta sexta-feira (18). Veja a lista completa com horários das lives de hoje abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Sexta-feira (18) Festival Som & Fúria, do Galpão Cine Horto – Link Frank Aguiar 50 Anos – 18h – Link Lamb of God 18h – banda apresenta álbum homônimo com show on-line pago – Ingressos pelo Link Drik Barbosa – 19h – Link Lucas e Felipe – 20h30 – Link Orlando Morais – 20h30 – Ingressos entre R$ 4,50 e R$ 9,00 – Link Sergio Britto #CulturaEmCasa – 21h – Link Black Allien – 21h – Link João Suplicy – Festival Cultura em Casa – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link Sheryl Crow 22h – cantora fará show com venda de ingressos – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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VÍDEOS: 70 anos da TV no Brasil
Relembre reportagens e especiais sobre a televisão brasileira. Relembre reportagens e especiais sobre a televisão brasileira.
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‘Super Mario 3D All-Stars’ é bela homenagem de 35 anos do herói, mas podia ser melhor; G1 jogou
Coletânea traz 3 dos melhores games de plataforma 3D do encanador da Nintendo com visual melhorado. Contudo, remasterização deixa a desejar e poderia haver mais conteúdo novo. Para comemorar os 35 anos de lançamento de "Super Mario Bros." (1985), um dos games e um dos personagens mais populares da história, a Nintendo lançou uma aguardada coleção para Nintendo Switch com os três melhores e mais importantes jogos de plataforma em 3D do personagem. "Super Mario 3D All-Stars" traz "Super Mario 64" (1996), "Super Mario Sunshine" (2002) e "Super Mario Galaxy" (2007) com visual remasterizado e suas trilhas sonoras completas com o objetivo de celebrar o aniversário da principal série da história dos videogames. Além disso, é uma oportunidade de popularizar games de consoles que hoje são mais complicados para o público em geral alcançar. Por outro lado, por se tratar de uma coletânea de games tão importantes, a Nintendo poderia ter trabalhado melhor na homenagem ao seu mascote. Super Mario 3D All-Stars é coletânea com três games para Nintendo Switch Além das trilhas sonoras completas de cada um dos jogos e de uma pequena descrição da história de cada um na tela de título, não há nenhum outro conteúdo adicional, como artes, rascunhos da produção, documentário ou objetivos bônus. São apenas os três games que, agora, você pode jogar no Switch em casa ou na rua. E vale lembrar que o game será vendido apenas até março de 2021 (tanto a versão física quando a digital), o que torna esta coleção um item quase de colecionador. Homenagem remasterizada Não é a primeira vez que a Nintendo dá uma recauchutada no visual dos games clássicos do Super Mario. Em 1993, para o Super Nintendo, ela deu gráficos 16-bit para os games "Super Mario Bros.", "Super Mario Bros.: The Lost Levels", "Super Mario Bros. 2" e "Super Mario Bros. 3". Foi quase que um remake na época e o game foi relançado para as comemorações dos 25 anos do Super Mario em 2010 para o Wii. Agora, ela reúne três dos principais games tridimensionais do encanador. A remasterização para Nintendo Switch em "Super Mario 3D All-Stars" melhorou a resolução dos três títulos que foram lançados há quase 25 anos, quando o público ainda tinha TV de tubo e não existia televisores Full HD ou 4K. No título de Switch, eles rodam em alta definição, o que deixa os games que já eram belos ainda mais bonitos. A taxa de quadros por segundo também foi retrabalhada, o que dá aos três games maior fluidez e precisão para os saltos de Super Mario nas fases com alto nível de dificuldade. As melhorias são visíveis nos três games da coletânea. Contudo, são os dois mais antigos que se beneficiam mais deste trabalho. "Super Mario 64", do Nintendo 64, está lindo como nunca antes visto. É o primeiro jogo tridimensional do herói. Além do visual sem nenhum serrilhado e a possibilidade de visualizar as fases com maior distância (antigamente, alguns objetos como moedas sumiam quando estavam mais longe do jogador), a maior fluidez faz com que, nas fases mais difíceis, os saltos em plataformas de acesso complicado ficassem levemente mais precisos. O som também está bem melhor e é uma felicidade que uma maior parte do público tenha acesso a este clássico dos videogames. 'Super Mario 64' tem visual melhorado para o Switch Divulgação/Nintendo A remasterização elimina bugs que fizeram os "speedruns" (terminar o game o mais rapidamente possível) de "Super Mario 64" se tornarem famosos, mas não elimina as barras pretas que ficam ao lado da TV por conta a proporção da imagem do jogo. O formato era o 4:3 das TVs quadradas da época se transformou atualmente nos 16:9 dos televisores widescreen. A Nintendo poderia ter trabalhado nisso nesta coleção de games, mas o resultado final, embora não tenha muitas novidades, é satisfatório. "Super Mario Sunshine" é, talvez, o que melhor tenha se beneficiado da remasterização. Finalmente mais pessoas poderão jogar o título do GameCube, um console que não foi tão popular quanto o Wii e o Switch. Além disso, diferentemente de "Super Mario 64", o game não recebeu versões para outros consoles da empresa, o que torna sua inclusão nesta coletânea de grande importância. 'Super Mario Sunshine' é o game em que Mario usa uma mochila que lança jatos de água Divulgação/Nintendo Com gráficos em maior resolução e proporção de imagem para o widescreen, o game que já era extremamente colorido ficou extremamente vibrante. O clima praiano, cheio fases com água (que tinha um efeito surpreendente para os videogames de 20 anos atrás), combinado com o uso de uma ferramenta, o FLUDD, por Super Mario foram o destaque de 2002. Esse FLUDD era uma espécie de mochila que Mario usava para lançar água contra os inimigos, limpar toda a sujeira e molhar o chão para escorregar. Ele podia até usar jatos da água com força em direção ao chão para planar por alguns instantes. A mecânica inédita na série não agradou a todos que esperavam por uma sequência direta e mais próxima do esquema de jogo visto em "Super Mario 64". Os efeitos especiais de água e o uso do FLUUD permitiram a criação de quebra-cabeças interessantes, além de fazer o jogador limpar o cenário de toda a sujeira que os inimigos deixaram para trás. Talvez por não ser o game de Super Mario mais amado pelos fãs por conta justamente da mecânica do uso da água para lutar contra os inimigos, a Nintendo não fez alguns ajustes que deixariam o jogo perfeito. No GameCube, o controle permitia controlar a força com que a água era disparada pelo FLUDD, algo que não é possível com os botões do Switch. Há uma versão deste joystick para o Switch, lançado para "Super Smash Bros. Ultimate", mas ela não é compatível com "Super Mario Sunshine" nesta coletânea. O terceiro game de "Super Mario All-Stars" é um dos melhores games da franquia e o que teve menos tratamento. "Super Mario Galaxy" chegou ao Wii em 2007 no auge do console que fez muito sucesso no final dos anos 2000. Um dos jogos mais belos do personagem antes da entrada na era da alta definição com o Wii U, Mario viajava em fases que traziam pequenos planetas de diferentes formatos e desafiava a gravidade. 'Super Mario Galaxy' é um dos melhores jogos do personagem de todos os tempos Divulgação/Nintendo Embora seja um game mais recente, agora ele está com uma definição gráfica aprimorada e tem a maior fluidez de quadros por segundo que os outros games do pacote especial, o que o torna ainda mais bonito e épico. O jogador pode sacudir os Joy-Cons (os controles do Switch) para fazer Mario rodopiar e usar algumas de suas habilidades especiais, tal qual fazia com o Wii Remote há 13 anos. Também é possível apontar para a tela para invocar um cursor e capturar as "star bits" que podem ser usadas para deixar inimigos tontos. O controle Pro Controller funciona muito bem, inclusive permitindo usar o cursor. Ao jogar com o Switch em mãos, o público pode usar seu dedo diretamente para coletar as pequenas estrelas. Infelizmente, para isso é preciso largar um dos Joy-Conn. Não é a melhor maneira de jogar. Contudo, o uso da tela sensível a toque deixou alguns desafios mais fáceis, principalmente quando é preciso conduzir Mario em fases sem gravidade, nas quais ele é puxado por estrelas azuis. Houve uma melhoria, também, nos desafios em que usamos os controles sensíveis a movimentos, o que ajuda na conquista pelas estrelas do game para salvar a princesa Peach. Faltou a homenagem "Super Mario 3D All-Stars" chega para comemorar os 35 anos de Super Mario e acerta ao trazer games históricos e uma obra-prima dos jogos de plataforma ao Switch em um só lançamento. Mas para ser uma homenagem completa, faltou muito conteúdo. Tela de seleção de games traz poucas informações sobre os jogos de Super Mario em 'Super Mario 3D All-Stars' Reprodução Estão ali os games, um pequeno histórico deles, a trilha sonora completa. E só. Os jogadores não podem escutar as músicas fora do game e não há nenhum conteúdo adicional ou que poderia ser aberto ao realizar algumas missões nos games. Seria interessante poder ter artes conceituais da época, entrevista com os desenvolvedores e missões paralelas para dar mais vontade de enfrentar games que muitos já jogaram incansavelmente. Imagine ter um desafio de terminar "Super Mario 64" dentro de um determinado tempo ou de conseguir todas as estrelas em "Super Mario Galaxy" e receber um modelo virtual de Mario desse game para apreciar. Ou de ter que concluir uma fase muito difícil sem morrer e ter acesso a algo que a Nintendo nunca divulgou sobre os games. Outro ponto interessante seria poder salvar o progresso dos jogos a qualquer momento para jogar depois de onde parou. Aqui, só é possível salvar a jornada quando o game permite, como no passado. Muitos fãs questionaram a Nintendo por não ter incluído "Super Mario Galaxy 2" neste pacote, já que ele é um dos favoritos por apresentar fases de extrema dificuldade e de grande criatividade. Faz falta. Ainda, a Nintendo poderia ter feito um trabalho melhor nos três games, ou pelo menos em "Super Mario 64" – que poderia ter tido a proporção de telas modernas. O primeiro game em 3D do personagem merecia um tratamento de "remake", com gráficos mais atuais, assim como a empresa fez em 1993 com "Super Mario All-Stars". Nem mesmo o controle da câmera deste game de 24 anos de idade mudou e, hoje, parece meio arcaico. Mas é muito bom poder jogar alguns dos melhores games de plataforma de todos os tempos e em qualquer lugar. Esta é uma bela coletânea de jogos de Super Mario, mas não é a homenagem que o querido personagem merecia em seus 35 anos.
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‘Me chama que eu vou’, documentário sobre Sidney Magal, lança 1º trailer; ASSISTA
Filme vai ser exibido no Canal Brasil como parte da competição do Festival de Gramado na próxima quarta-feira (23). 'Me Chama Que Eu Vou': Veja trailer do documentário
O documentário "Me chama que eu vou", sobre a vida e a obra do cantor Sidney Magal, lança nesta sexta-feira (17) seu primeiro trailer. Assista ao vídeo acima.
Dirigido por Joana Mariani ("Todas as canções de amor"), o filme faz parte da competição do Festival de Gramado e por isso vai ser exibido no Canal Brasil na próxima quarta-feira (23).
O documentário resgata a trajetória de Magal desde a infância até o presente, repassando os seus mais de 50 anos de carreira e mostrando o homem por trás do artista.
O título vem de uma de suas músicas mais famosas, que serviu de tema de abertura da novela "Rainha da Sucata", em 1990, e que de certa forma também brinca com uma característica especial do cantor, que costuma aceitar a maioria dos convites que recebe.
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Ava Max renega rótulos de ‘nova Lady Gaga’ e de ‘Barbie Girl’: ‘Não sei por que comparam cantoras’
Popstar americana lança 1º álbum, com 'Sweet But Psycho', que chegou ao topo das paradas de mais de 20 países. Ao G1, ela relembra infância em concursos de talentos. A estreia de Ava Max Alguns pensam que a carreira da cantora americana Amanda Ava Koci começou quando "Sweet But Psycho" chegou ao primeiro lugar em mais de 20 países, entre 2018 e 2019. Mas Ava Max, codinome da voz deste hit dançante, vem tentando a sorte desde criança. Quando tinha 10 anos, ela começou a participar de concursos de talentos pelos Estados Unidos. "Eu sempre ficava chateada quando eu perdia", recorda Ava, em entrevista ao G1 por Zoom (assista no vídeo acima), direto de Los Angeles. "Eu era muito competitiva quando era mais nova. Então, vamos dizer que tinham 5 mil pessoas e eu conseguia um top 5. Eu ficava feliz, mas se pegava um segundo lugar, eu falava 'nãããão'. E era só porque alguém fez uma acrobacia no palco antes de cantar e daí ficou em primeiro. E eu 'nããão'. Era divertido." Finalmente, a estreia Ava Max Divulgalção/Warner Desde 2018, fãs do pop cheio de coreografias aguardam o álbum de estreia de Ava Max. Mas por que demorou tanto? "Eu estava sempre em turnê e eu não tinha tempo para tirar as fotos do álbum, porque eu estava em tantos países diferentes, então não conseguia fazer o ensaio fotográfico." "E eu queria que tudo fosse perfeito. No começo deste ano, eu ia lançar, mas veio uma pandemia! Foi um choque para todos e quis atrasar. E agora estamos em um 'novo normal', senti que é uma hora apropriada." Um dos principais parceiros de Ava é o canadense Henry Russell Walter, ou Cirkuit. Ele já foi ouvido com Katy Perry, Rihanna e Maroon 5. "Ele é um gênio. Ele é muito focado no que ele produz", elogia Ava. "Eu posso literalmente ir ao banheiro por dois segundos, voltar e ele tem uma música nova… A produção que ele faz é incrível. Ele me ensinou muito e eu confio na opinião dele." Barbie Girl? Nada disso… Ava Max Divulgação/Warner Um dia no estúdio, Ava estava ouvindo "Barbie Girl", sucesso de 1997 da banda dinamarquesa Aqua. Assim como Kelly Key fez em 2005, com "Sou a Barbie Girl", Ava decidiu atualizar a letra, contando a história da garota boneca de um ponto de vista empoderado. Em 2018, lançou "Not Your Barbie Girl". "Estava fazendo novas versões de músicas antigas e nessa eu pensei: 'Peraí, não sou a Barbie Girl de ninguém'. Mas daí eu pensei: 'Ei, é só mudar a letra'. Eu amo aquela música, amo a melodia, mas a letra queria atualizar e falar de empoderamento feminino." Nova Lady Gaga? Nada disso… Ava não curte ser chamada de Barbie e tampouco quer ser chamada de "nova Lady Gaga". É normal entre fãs e jornalistas, quando se fala de uma nova artista, esses e outros rótulos que comparam cantoras. Será que isso tem um quê de machismo? "Com certeza, penso que sim", responde ela, prontamente. "Não sei por que comparam tanto as cantoras. É estranho, uma forma de botar as mulheres pra baixo e não é certo. Não é bom haver tanto ódio e tantas comparações. Essas pessoas precisam de ajuda, são meio inseguras." A cantora Ava Max Divulgação/Warner Quando "Sweet but psycho" começou a fazer mais sucesso, algumas pessoas afirmaram que a letra trata a saúde mental de um jeito problemático. "Sim, um monte de gente pensou que a saúde mental era meu alvo, mas não era nada disso", explica Ava. A letra é sobre uma mulher "encantadora, mas psicopata" que grita à noite, "arranca sua camisa em segundos" e "bagunça sua cabeça". "Se uma garota é chamada de 'psicopata', eu quero dizer 'não somos psicopatas, somos apaixonadas, fortes'. O homem da relação está sempre distorcendo. 'Gaslighting' é uma palavra que não é usada com tanta frequência e a gente tem que fazer com que saibam o que essa 'manipulação' é." Com esse hit polêmico, ela pretende vir ao Brasil, quando puder. "Eu tinha esperança de cantar no Rock in Rio ou no Lollapalooza neste ano, mas com todo o impacto da pandemia, não há mais festivais. Assim que tudo voltar a abrir de novo, a gente poderá sair em turnê de novo."
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Justin Bieber lança ‘Holy’ em parceria com Chance The Rapper
'A nova era se inicia', escreveu o cantor em suas redes sociais. Justin Bieber lança 'Holy' em parceria com Chance The Rapper Reprodução/Instagram Justin Bieber lançou, na madrugada desta sexta-feira (18), a música "Holy" em parceria com Chance The Rapper. Em seu canal no YouTube, a música é descrita como o primeiro single da nova era de Justin Bieber. Em suas redes sociais, o cantor repetiu a frase ao divulgar a música. "A nova era se inicia." Chance The Rapper também usou as redes sociais para falar sobre o single e escreveu que esta é uma de suas canções mais importantes e chama Bieber de melhor amigo. "Eu sei que essa gravação vai fazer você sentir algo e eu sei que esse sentimento é amor."
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