Anitta lança ‘Me Gusta’, música com participação de Cardi B e Myke Towers
Cantora mostrou vídeo de sua reação ao descobrir que Cardi B participaria da faixa. Música também ganhou videoclipe gravado em Salvador, na Bahia. Anitta lança 'Me Gusta', música com participação de Cardi B e Myke Towers Reprodução/Instagram Anitta lançou nesta sexta-feira (18) o single "Me Gusta". A música tem a participação de Cardi B e Myke Towers e também ganhou um videoclipe, gravado em Salvador, na Bahia, no início do ano. Recentemente a cantora compartilhou um vídeo em que mostra sua reação ao descobrir que Cardi B participaria do single. "Sim, meu empresário fez a melhor surpresa da minha vida", comentou a cantora. Cardi B publicou um áudio em seu Twitter falando sobre a canção. "Eu realmente amei essa música. Eu tenho que ouvir uma música umas três vezes. Mas assim que eu ouvi a música no fim do dia, quando eu fui dormir, fiquei repetindo o refrão na minha cabeça", comentou a rapper. Initial plugin text Também na rede social, Anitta comentou a participação da banda Didá, formada só por mulheres, no videoclipe. "Pra quem não sabe, Didá é um dos grupos de percussão mais importante do país composto apenas por mulheres. Tem um trabalho social importante na formação e na inserção das mulheres como percussionistas, um ambiente tradicionalmente ocupado apenas por homens. Foi fundado há 25 anos por Neguinho do Samba, criador do Samba Reggae que já tocou com Michael Jackson e Paul Simon, e liderado hoje por sua filha", explicou a cantora. Initial plugin text
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Bienal Internacional do Livro de SP volta atrás e anuncia edição virtual para dezembro
Evento programado para o final de outubro tinha sido cancelado em junho, por conta da pandemia do coronavírus. Mas a Câmara Brasileira do Livro anunciou nesta quinta (17) edição online, entre 7 e 13 de dezembro deste ano. Crianças folheiam o 'maior gibi do mundo' em área dedicada à 'Turma da Mônica' no estande da Maurício de Souza Produções em parceria com a Panini durante a Bienal do Livro de SP Fábio Tito/G1 A Bienal Internacional do Livro de São Paulo voltou atrás e anunciou uma edição virtual do evento em dezembro deste ano. Será a primeira Bienal virtual de São Paulo. Em junho, a Câmara Brasileira do Livro tinha cancelado a edição deste ano, que aconteceria entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro, no Expo Center Norte, e adiou o evento para 2022 por conta da pandemia do coronavírus. Na edição virtual, o evento acontecerá entre os dias 7 e 13 de dezembro em uma plataforma digital de acesso tanto para o expositor como para público em geral. Segundo os organizadores, será possível assistir a palestras, comprar livros e realizar negócios. “Pela primeira vez, pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo poderão participar dessa grande festa, conhecendo as novidades, fazendo bons negócios e aproveitando as palestras que jamais estariam disponíveis de outra forma. Nossa expectativa é receber 150 expositores e mais de 1 milhão de visitantes on-line", afirma Vitor Tavares, presidente da CBL, em comunicado. Ainda de acordo com a Câmara Brasileira do Livro, alguns espaços culturais da Bienal de SP, que fazem muito sucesso na feira física, terão uma versão digitalizada. Dentre elas, a Arena Virtual e o Salão de Ideias, que irão oferecer temas contemporâneos e bate-papo com autores. VÍDEOS: Tudo sobre São Paulo e região metropolitana r
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A música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos
♪ MEMÓRIA – Inaugurada no Brasil em 18 de setembro de 1950, data da transmissão que pôs no ar a pioneira TV Tupi, a televisão tem história indissociável da música do Brasil. Ao longo da década de 1950, o rádio ainda manteve a hegemonia na preferência popular e projetou rainhas e reis numa era em que a imagem ainda chegava a poucos lares do Brasil. A partir dos anos 1960, tudo mudou e a TV adquiriu na vida do brasileiro a importância que conserva nesta sexta-feira, 18 de setembro de 2020, data do 70º aniversário da TV no Brasil. Foi justamente na década de 1960 que a história da música do Brasil se afinou e se associou com a televisão. Toda uma geração genial de cantores e compositores da MPB – Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina (1945 – 1982), Gilberto Gil e Milton Nascimento, entre outros – surgiu e se projetou instantaneamente na segunda metade dos anos 60 na plataforma midiática dos festivais da canção, produzidos e transmitidos pelas principais emissoras de TV do Brasil. A torcida por músicas e cantores nesses festivais era tão inflamada quanto a paixão do público que, na década seguinte, vibraria com os enredos das novelas. A gênese desse gênero de música rotulado como MPB está indissociável da história da TV. Da mesma forma, é impossível, por exemplo, dissociar da TV a ascensão de Roberto Carlos ao trono de Rei do povo brasileiro a partir de 1965. Foi no comando do programa Jovem Guarda – estreado em agosto de 1965 e transmitido até 1968 – que Roberto foi entronizado como o Rei da juventude ao mandar tudo para o inferno, ditando modas e costumes. Nos anos 1970, já consagrado no posto de cantor mais popular do Brasil, o artista assinaria contrato de exclusividade com a TV Globo e passaria a fazer, a partir de 1974, especial anual que entraria para o cardápio do Natal do povo brasileiro. Capa do disco com a trilha sonora nacional da novela 'Dancin' days', exibida em 1978 pela TV Globo Reprodução Nessa altura, as novelas da TV Globo já tinham se tornado mania nacional e vinham dando o tom da música do Brasil com trilha sonoras que, a partir de 1975, influenciaram decisivamente as paradas, projetando músicas e cantores. A força era tamanha que, em 1976, a exibição de novela ambientada no início dos anos 1960, Estúpido cupido, provocou onda de nostalgia que trouxe à tona as vozes e os sucessos de geração de cantores que incluía Celly Campello (1942 – 2003), Demetrius (1942 – 2019) e Sérgio Murilo (1941 – 1992), ídolos do então nascente universo pop nativo na fase pré-Jovem Guarda. Dois anos depois, em 1978, outro furacão musical jogou o Brasil nas pistas da disco music, gênero impulsionado no Brasil pela novela Dancin' Days. Atração capaz de provocar a exposição e eventual explosão nacional de uma canção ou de um cantor da noite para o disco, as novelas deram o tom das paradas com trilha sonoras que venderam milhões de discos. Mesmo com a segmentação do mercado da música, ter música tocando bem em novela de sucesso é fator decisivo na carreira de um artista, 70 anos após a transmissão inaugural da TV Tupi. Os tempos mudaram, a TV mudou, as plataformas já se multiplicaram, mas a música continua presente na TV, acompanhando essas mudanças. O repertório pop funk sertanejo do programa SóTocaTop pode estar distante do requinte harmônico, melódico e poético da MPB de outrora, mas é o som ouvido pelo povo. O povo de um Brasil que hoje se emociona nas jovens tardes de domingo com cada criança fofa que se apresenta no The Voice Brasil Kids. Enfim, a TV exibe as mudanças do mundo e da música, ajudando a formar o gosto musical do povo do Brasil, mas também se curvando às preferências de cada geração desse povo que, ao se impor no mundo, dita o tom de cada era. Boa ou ruim, a música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos.
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Luisa Sonza é processada por suposto racismo; ela diz que ‘jamais teria esse tipo de atitude’
Cantora negou denúncia e afirmou que equipe está tomando providências jurídicas. 'Jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor de sua pele. Essa acusação é absurda.' Luísa Sonza no Rock in Rio 2019 Marcos Serra Lima/G1 Luísa Sonza usou suas redes sociais para se pronunciar após acusação de racismo. De acordo com os dados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Isabel Macedo de Jesus abriu uma ação de dano moral contra Luísa Sonza e a Pousada Zé Maria. "Gente, tudo isso é mentira! Não acreditem nisso! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é meu caráter, minha índole. Eu jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor de sua pele. Jamais! Essa acusação é absurda. Minha equipe já está tomando todas as providências jurídicas quanto ao caso", escreveu a cantora. Initial plugin text Segundo consta no processo, Isabel foi passar férias em Fernando de Noronha e enquanto assistia a um show da cantora durante um festival gastronômico na pousada, foi maltratada pela artista, que ordenou que lhe trouxesse um copo de água. "Aduz que ao ser informada de que a autora não era funcionária, a 1ª ré se mostrou visivelmente surpresa, levando a autora a crer que tal fato se deve aos seus traços raciais, razão pela qual registrou ocorrência junto à delegacia de polícia local, que não deu crédito a seu relato. Assim, requer indenização por dano moral e retratação pública por parte dos requeridos." Ao longo do processo, Isabel teve o benefício da gratuidade de justiça indeferido. Segundo documento, o relator indeferiu "a gratuidade de justiça pleiteada à parte autora, uma vez que o suposto evento danoso ocorreu em uma viagem de férias a Fernando de Noronha, local reconhecido no Brasil e no estrangeiro por suas belezas naturais e por seus frequentadores- artistas famosos e pessoas com elevado poder aquisitivo." "Acusações falsas" A assessoria de imprensa da cantora informou que Luísa não foi citada em nenhuma ação e que as acusações são falsas. "A assessoria jurídica da artista Luísa Sonza, através do seu advogado José Estavam Macedo Lima, vem a público informar que tomou conhecimento do referido processo pela mídia. Que a cantora até a presente data não foi citada de nenhuma ação que venha a lhe imputar o fato que está sendo noticiado. Que as acusações são falsas, inverídicas e vêm em um momento oportunista em razão do crescimento exponencial da carreira da artista. Informa, ainda, que nunca ofendeu ou discriminou qualquer pessoa." "Causa estranheza as acusações de racismo, pois até a presente data a artista não recebeu qualquer notificação das autoridades policiais sobre a suposta investigação. Todas as medidas administrativas e judiciais serão adotados para proteger a honra e a intimidade da artista."
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Você sabe onde Odete Roitman foi morta? Giro pelo Rio mostra locais marcantes dos 70 anos da televisão
Estúdio da icônica cena de ‘Vale Tudo’ hoje mudou de função. Perto dali, uma estátua lembra grandes programas de auditório. Quase todo mundo sabe quem matou Odete Roitman. Mas você sabe onde a cena foi gravada? Morte de Odete Roitman, em Vale Tudo Reprodução/TV Globo Nos 70 anos da TV no Brasil, completados nesta sexta-feira (18), o Bom Dia Rio fez um giro pelos pontos da cidade que contam um pouco da história das emissoras. Relembre as primeiras vezes que a TV inovou no ar Os 70 anos da TV em 70 FOTOS Veja 10 curiosidades de novelas clássicas que estão de volta Veja onde morreu a personagem Odete Roitman Foi no Jardim Botânico! Na época de "Vale Tudo", em 1988, ainda não existiam os Estúdios Globo, em Curicica. Quase toda a produção da Globo no Rio era feita no complexo do Jardim Botânico, entre as ruas Lopes Quintas, Von Martius e Pacheco Leão. Jornalismo e entretenimento eram vizinhos: o Jornal Nacional ficava praticamente ao lado dos estúdios das novelas. Canto do Estúdio A, na emissora da Globo no Jardim Botânico, onde Odete Roitman foi morta Eduardo Pierre/G1 Com a inauguração do então Projac, em 1995, os módulos de gravação do Jardim Botânico passaram por uma reforma e ganharam um novo inquilino em 2000: o JN. Diante da bancada no mezanino do Jornal Nacional — com a redação ao fundo, embaixo —, sem querer muitos brasileiros viram o “local do crime” de Odete Roitman a cada “boa-noite”. Quando a grua “levantava voo” e mostrava as mesas dos jornalistas, aparecia, no canto direito do vídeo, o ponto onde Beatriz Segall gravou a tomada em que “levava um tiro”. A antiga redação do JN; ao fundo, à direita, o local da cena da morte de Odete Roitman Reprodução/TV Globo De tão icônica, a cena foi imortalizada em uma placa, pendurada em uma das salas da antiga redação: “Aqui morreu Odete Roitman”. Em 2017, o JN se mudou novamente, agora para um prédio próprio — também no complexo do Jardim Botânico. É o atual cenário, com a redação em volta da bancada. A redação do mezanino passou por mais uma reforma e hoje abriga parte do time da GloboNews. A placa foi retirada. Estúdio onde Odete Roitman foi morta deu lugar ao JN e agora abriga a GloboNews Reprodução/TV Globo Ah, e quem matou Odete Roitman foi a Leila. Entretenimento e jornalismo são páginas importantes da história dos 70 anos da TV Teatro Fênix Quase toda a produção era naquele quarteirão — mas, a alguns metros dali, outro núcleo da Globo fez história. O Teatro Fênix, um espaço entre a Rua Jardim Botânico e a Avenida Linneo de Paula Machado, era o lugar dos programas de auditório. Por lá passaram o Xou da Xuxa, o Domingão do Faustão, o humorístico Balança Mas Não Cai… e Chacrinha. Era no Teatro Fênix que o Velho Guerreiro atirava postas de bacalhau à plateia e buzinava os desafinados no divertido quadro dos calouros. Em 2000, já com os Estúdios Globo em atividade, o teatro foi demolido, e no terreno foi erguido um edifício residencial. Mas, a poucos metros dali, uma estátua de Chacrinha lembra das emoções que só quem foi ao Fênix viveu. Estátua de Chacrinha: Velho Guerreiro "olha" para onde era o Teatro Fênix Reprodução/TV Globo Prédios foram erguidos onde era o Teatro Fênix Reprodução/TV Globo Primeira emissora no Rio foi na Urca A televisão brasileira surgiu 15 anos antes de a Globo nascer. Foi em 18 de setembro de 1950, com a Tupi, em São Paulo. Quatro meses depois, a emissora do indiozinho chegava ao Rio. E o prédio que a abrigou continua de pé, na Urca. Em 1954, o então Canal 6 ocupou as instalações do Cassino da Urca (1933-1946). A Tupi saiu do ar em 1980. O prédio ficou abandonado até 2014, quando o Instituto Europeu de Design abriu uma filial e reformou parte do conjunto. Prédio do IED-Rio abrigou o Cassino da Urca e a TV Tupi Reprodução/TV Globo TV brasileira celebra 70 anos com grandes sucessos e muita história VÍDEOS: 70 anos da TV no Brasil
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Lucas Lucco anuncia que a mulher, Lorena Carvalho, está grávida: ‘Estou vivendo um sonho’
Em outubro de 2019, Lorena sofreu um aborto espontâneo. Ela também celebrou a notícia da nova gestação nas redes sociais. 'Escrevo aqui emocionada e com o coração transbordando amor e alegria.' Lucas Lucco anuncia que a mulher, Lorena Carvalho, está grávida Reprodução/Instagram Lucas Lucco anunciou que a mulher, Lorena Carvalho, está grávida. "Vou ser papai. Sim, caros amigos, eu já estou vivendo um sonho. Já vai fazer algum tempo que eu tô na ansiedade pra contar essa novidade pra vocês." "Eu estou completamente obstinado a ser o melhor pai desse mundo desde que li 'grávida +3' nesse teste. Peço que vibrem por saúde, amor e paz porque o Lucas Luquinho ou Luquinha tá chegando pra mudar todo o meu conceito sobre o que é 'vida'", escreveu o cantor. Nas redes sociais, Lorena também celebrou a novidade. Em outubro de 2019, ela sofreu um aborto espontâneo quando estava na 10ª semana de gestação. "Alguém me belisca?! Grávidos. Não existem palavras que possam descrever o significado desse momento pra nós! Escrevo aqui emocionada e com o coração transbordando amor e alegria! Nossa família tá crescendo", escreveu. Lucas e Lorena se casaram no início do mês de setembro em uma cerimônia intimista, após adiarem os planos de uma festa por conta da pandemia de coronavírus. Initial plugin text Initial plugin text Lucas Lucco lança DVD e mantém clima de 'de boa na lagoa' após mudanças pessoais
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Baixista da MPB, Jorge Helder cai no samba-jazz no primeiro álbum em 40 anos de carreira
Chico Buarque, Dori Caymmi, Boca Livre, Renato Braz e Rosa Passos participam do disco em que o artista apresenta dez composições autorais. ♪ Nascido em Fortaleza (CE) em 1962 e radicado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) há 34 anos, após período em que residiu em Brasília (DF), o baixista e compositor cearense Jorge Helder é um dos instrumentistas mais valorizados pelos ícones da MPB. Querido no meio musical, inclusive (mas não somente) pelo virtuosismo no toque do baixo, Helder reúne amigos em Samba doce, primeiro álbum de carreira que já contabiliza quatro décadas de atuação como músico arregimentado para discos e shows de grandes nomes da música brasileira. O amigo e parceiro Chico Buarque – com quem o baixista toca ininterruptamente desde 1993 – participa no álbum produzido pelo próprio Jorge Helder com repertório inteiramente autoral que transita pelo universo do samba-jazz. Chico canta Bolero blues, primeira das três músicas que fez em parceria com Helder. Bolero blues é composição lançada originalmente por Chico no álbum Carioca (2006). As outras duas parcerias de Helder com Chico, Rubato (2011) e Casualmente (2017), também figuram no fino cardápio autoral de Samba doce, disco lançado pelo Selo Sesc nesta sexta-feira, 18 de setembro, com capa que expõe ilustração criada por Fausto Nilo com inspiração em fotografia em que crianças dançam como se estivessem saltando no ar – boa tradução da música de movimentos livres que nasce da inspiração de Jorge Helder. Rubato ganha a voz do cantor Renato Braz. Já o bolero Casualmente ressurge com as vozes dos integrantes do grupo Boca Livre, em arranjo de Maurício Maestro. Chico Buarque e Jorge Helder no estúdio na gravação de 'Bolero blues' Maria Carolina Rodrigues / Divulgação Dori Caymmi reforça o time de solistas vocais do disco, interpretando o inédito samba-ijexá Dorivá, composto por Helder com Aldir Blanc (1946 – 2020), cuja letra celebra o buda nagô Dorival Caymmi (1914 – 2008). As cordas da Orquestra de São Petersburgo ouvidas em Dorivá foram arranjadas por Mario Adnet. Rosa Passos é parceira e convidada de Jorge Helder no registro de Inocente blues, tema apresentado pela cantora e compositora baiana no álbum Amanhã vai ser verão (2018). Inventário da produção autoral desse compositor notabilizado como baixista, o álbum Samba doce irmana músicas antigas – caso de Tema novo, composição que, ao contrário do que sugere o título, foi feita em 1983 quando o artista ainda morava em Brasília (DF) – e temas mais recentes como o Samba doce do título, composto em 2017. Helder toca em nove das dez faixas do disco, estando ausente somente do registro de Vagaroso, música que assina sozinho, assim como Passo o ponto – faixa gravada com a Orquestra Atlântica – e Outubro 86. Saudado com entusiasmo por Caetano Veloso (“Jorge é um dos pontos altos da nossa música popular. Refina a tradição de música instrumental e traz a canção para dentro dela como ninguém”), em texto escrito para apresentar o álbum, Samba doce põe sob os holofotes, em primeiro plano, a maestria de baixista cuja trajetória se entrelaça com a história musical de ícones da MPB como o próprio Caetano, além de João Bosco, Maria Bethânia e Ney Matogrosso, entre muitos outros nomes. Capa do álbum 'Samba doce', de Jorge Helder Ilustração de Fausto Nilo
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Winston Groom, autor de ‘Forrest Gump’, morre aos 77 anos, diz agência
Groom escreveu outros 15 livros, entre ficção e não ficção e atuou como jornalista. Obra inspirou filme de sucesso com Tom Hanks. Winston Groom autografa exemplares de 'Forrest Gump' em 21 de agosto de 1995 AP Photo/Anders Krusberg, File O escritor Winston Groom, autor do romance "Forrest Gump", morreu aos 77 anos no sul do Alabama, nos Estados Unidos, segundo a agência Associated Press. A causa da morte não foi divulgada. “Embora seja lembrado por criar 'Forrest Gump', Winston Groom foi um jornalista talentoso e notável autor de história americana. Nossos corações e orações são estendidos a sua família”, disse a governadora do Alabama, Kay Ivey, em um comunicado. O livro de Groom deu origem ao filme estrelado por Tom Hanks e vencedor de seis Oscars, entre eles melhor filme, direção, roteiro e ator. Ele conta a história de um homem especial, que acompanha os principais eventos do século 20. O escritor se formou na Universidade do Alabama em 1965. De acordo com a AP, Groom serviu o Exército americano até 1969, com missões no Vietnam. O local se tornou uma das passagens de Forrest Gump e também material para outra história publicada por Groom. Em sua obra, estão outros 15 livros, entre obras de ficção e não ficção, com temas variados: da Guerra civil americana, à primeira guerra mundial e até um time de futebol do Alabama. Seu livro mais mais recente foi publicado em 2016. "El Paso" é ambientado na revolução mexicana. Segundo a sinopse oficial, o livro coloca o lendário Pancho Villa contra um magnata das ferrovias, com uma história "cheia de tiroteios, fugas ousadas e uma tourada inesquecível".
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Significados de ‘patroa’ e ‘mulher-solteira’ mudam no Google depois de críticas de Anitta e Luísa Sonza
Google informou que conteúdo é fornecido pela Oxford Languages. Dicionário considerou que, do modo que estavam, termos "não refletiam mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros". Anitta e Luísa Sonza criticaram significado das palavras "patroa" e "mulher-solteira" que apareciam no Google Reprodução/Instagram/Twitter Os significados das palavras "patroa" e "mulher-solteira" foram alterados no Google após reclamações feitas por Anitta e Luísa Sonza. Na última semana, as cantoras fizeram críticas aos resultados de buscas sobre os termos. O Google afirmou que as definições de palavras são feitas pela Oxford Languages e que o conteúdo foi revisado. No ano passado, em caso similar, o termo '"prostituta" aparecia entre principais significados para "professora" nas buscas da plataforma, e o verbete foi alterado após repercussão. "Nossa parceira que trabalha com uma das editoras mais tradicionais de dicionários do Brasil, determinou que ambas definições não refletem mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros e não são usadas o suficiente para serem incluídas nos resultados de significados", disse a empresa. O Google ressaltou, no entanto, que "não edita e nem remove" as definições fornecidas por parceiros. Por sua vez, o dicionário Oxford Languages declarou que seus "dicionários não determinam como a língua é usada, e sim refletem esse uso. Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso – mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal". Após as queixas sobre os termos "patroa" e "mulher-solteira", os editores mudaram os significados vigentes até então. "Levamos esse tipo de preocupação extremamente a sério, e por isso fizemos uma ampla revisão dessas definições", disse a Oxford Languages, em comunicado. Anitta lança canal de games Fernando Tomaz/Divulgação Indignação de Anitta e Sonza Anitta mostrou que ao procurar por "patroa" o resultado como significado era "mulher do patrão" ou "dona de casa"; ela ainda comparou com o que é designado para "patrão", que aparece no Google como “proprietário ou chefe de um estabelecimento privado comercial”. Depois da reclamação, o significado atual passou a seguir a linha do que é visto no substantivo masculino, mudando para "proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial". No caso de Sonza, a crítica foi para o resultado de "mulher-solteira". A cantora expôs que o significado que aparecia no Google era "prostituta, meretriz". Depois da crítica, o termo foi retirado das buscas. Capa do single 'Braba', de Luísa Sonza Reprodução Veja íntegra do comunicado do Google “Nossa missão é tornar as informações acessíveis e úteis para todos. Trabalhamos com conteúdo licenciado de dicionários parceiros para ajudar nossos usuários a encontrar de forma fácil informações sobre palavras na Busca. Não editamos nem removemos as definições fornecidas pelos nossos parceiros que são os especialistas em idiomas. No caso dos significados das palavras “patroa” e “mulher-solteira”, a Oxford Languages, nossa parceira que trabalha com uma das editoras mais tradicionais de dicionários do Brasil, determinou que ambas definições não refletem mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros e não são usadas o suficiente para serem incluídas nos resultados de significados. As definições foram atualizadas pela Oxford Languages e as mudanças já estão refletidas nos resultados de dicionário exibidos na Busca." Veja íntegra do comunicado da Oxford Languages "O Oxford Languages fornece dados de línguas e linguagem para uma série de idiomas cobertos pelo recurso Dicionário da Busca do Google. Graças a isso, pessoas de todo o mundo têm acesso a informações confiáveis, de alta qualidade e baseadas em evidências. Entretanto, recentemente fomos questionados por usuários incomodados com algumas definições exibidas em português, para termos como “patroa” e “mulher solteira”. Levamos esse tipo de preocupação extremamente a sério, e por isso fizemos uma ampla revisão dessas definições. Mas como e por que essas definições aparecem no dicionário? Nossos dicionários não determinam como a língua é usada, e sim refletem esse uso. Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso – mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal. Os dicionários também contemplam regionalismos e termos que caíram em desuso, mas que ainda podem ser encontrados em leituras. A ideia é oferecer um retrato preciso e detalhado do idioma como um todo. Um exemplo: um usuário pode estar lendo um romance escrito no início do século XX, e queremos ajudar essa pessoa a encontrar e entender termos que hoje podem parecer estranhos – mais importante ainda, a entender como e quando devem ser usados, sobretudo quando há risco de que aquela palavra seja considerada ofensiva. Quais foram, até o momento, os resultados da revisão que fizemos? Bem, adotamos uma série de mudanças para deixar as definições ainda mais claras e úteis para os usuários. No caso do termo “patroa”, a definição não estava mais refletindo o uso contemporâneo pelos falantes de português do Brasil, e por isso esse verbete foi atualizado em nome da precisão. No caso de “mulher-solteira”, a pesquisa mostrou que a definição exibida ainda reflete o uso da expressão em algumas regiões do país, mas percebemos que a forma de apresentar a definição poderia levar a uma compreensão equivocada e confusa, e por isso ela foi retirada. Essas mudanças estão agora refletidas nos resultados exibidos na Busca do Google. Criar e manter um dicionário é uma tarefa eterna, que não acaba nunca. Ela deve se basear no objetivo de registrar e refletir uma língua com precisão. Para fazer isso, as sugestões e opiniões das pessoas reais, que usam o idioma no dia a dia, são uma contribuição indispensável." Assista vídeos de TECNOLOGIA no G1
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Mistério do samba de Porfírio do Amaral é desvendado em filme sobre obscuro compositor baiano que nunca existiu
Atração do festival 'In-Edit 2020', o falso documentário constrói narrativa inventiva sobre artista que teria inspirado Chico Buarque na composição de 'Pedro pedreiro'. O ator Luís Felipe interpreta Porfírio do Amaral na encenação de 'entrevista' concedida em 1971 a Fernando Faro Reprodução / Vídeo Resenha de documentário musical Título: Porfírio do Amaral – A verdade sobre o samba Direção: Caio Rubens Cotação: * * * * * ♪ Filme em exibição online no 12º In-Edit Brasil – Festival internacional do documentário musical até 20 de setembro. ♪ “No fundo, todo mundo é um náufrago que não enxerga o horizonte”, conclui Porfírio do Amaral (3 de março de 1917 – 2 de abril de 2008) ao fim de entrevista concedida a Fernando Faro (1927 – 2016) em 1971 para o programa de TV Ensaio. A entrevista com esse obscuro compositor baiano nunca foi exibida. Simplesmente porque nunca foi feita. E porque Porfírio do Amaral nunca existiu. Toda a narrativa construída no documentário Porfírio do Amaral – A verdade sobre o samba, em exibição até 20 de setembro na 12ª edição do festival In-Edit Brasil, é fictícia. E esse maravilhoso falso documentário chega ao requinte de explicar, na voz de Chico Buarque, que a razão para o arquivamento da entrevista seria o fato de Porfírio ter gaguejado ao cantar os sambas que compôs a partir dos anos 1930. De acordo com a narrativa fictícia, Porfírio do Amaral era gago, mas somente quando cantava. Por essa razão, a entrevista teria sido cancelada e contribuído para que o sambista ficasse oculto na história da música brasileira. Alguns sambas da obra do compositor – evidentemente tão desconhecida pelo Brasil quanto a existência do criador dessa obra – são apresentados no filme nas vozes de intérpretes como Gloria Bomfim e Josyara em números musicais captados pelas câmeras de Caio Rubens. Os sambas são reais, mas são da autoria do produtor musical do filme, Toni Duarte, em parceria com Reinofy Duarte. O documentário é excelente porque, ao desvendar o 'mistério' do samba de Porfírio do Amaral, permite ao mesmo tempo que o espectador vislumbre o rico horizonte existencial do compositor fictício ao encenar trechos da entrevista biográfica que teria sido concedida pelo artista a Fernando Faro. O enredo é perfeito. Fosse verídico, tudo faria sentido. A recuperação da fita com a entrevista legitimaria tudo que é dito no filme sobre Porfírio porque ele próprio, Porfírio, teria dito muito sobre ele mesmo ao se deixar revelar pela lente de Fernando Faro em 1971, quando tinha 55 anos. Todos os entrevistados entram no jogo de cena. Caracterizado por Mateus Aleluia como “grande sensitivo poético musical”, o artista é documentado pelo cineasta Caio Rubens com base em inventada pesquisa histórica feita por Guilherme Stadler para livro (inexistente) intitulado Porfírio do Amaral – A verdade sobre o samba, nome reproduzido no título do filme. O ator Luís Felipe interpreta Porfírio do Amaral no falso documentário de Caio Rubens Reprodução / Vídeo Ao longo dos 83 minutos do documentário, a narrativa jamais perde o fio condutor. Tanto o compositor quantos os entrevistados – Carlinhos Brown, Elza Soares, Margareth Menezes, Roberto Mendes e Roque Ferreira, entre outros nomes, além dos já citados Chico Buarque e Mateus Aleluia – enfatizam, com maior ou menor clareza, que o samba de Porfírio do Amaral seria filho da dor. Da dor ancestral transportada da África para o Brasil nos navios negreiros que cruzaram o Atlântico (“A dor do samba foi originada de uma tristeza que a gente nem sabe de onde vem”, filosofa Porfírio) e, no caso específico desse compositor da Bahia, de profunda dor de amor que, desfeito em 1940, ainda feria a alma do sambista naquele ano de 1971. Como rememora o ator Luís Felipe, intérprete de Porfírio na encenação da falsa entrevista, a primeira mulher do compositor, Consuelo, desfez a união para viver com outra mulher, Manuela. A desilusão inspirou sambas como Manuela (1940), dirigido com raiva à rival. “A criação vem da dor. Não tem criação sem dor”, sentencia Roberto Mendes. Na obra de Porfírio do Amaral, a dor às vezes foi diluída com o dengo baiano, tempero de Gabriela (1935), samba que abre o filme, encerrado com a interpretação de Tabuleiro da vida (1979) no canto vivaz de Aloísio Menezes. Entre um samba e outro, o espectador sabe que Porfírio trabalhou em salina no Rio Grande do Norte e em pedreira em São Luís do Maranhão, durando pouco nesses empregos. Os trechos da 'entrevista' com Faro revelam homem inteligente, de temperamento e ideologia fortes, com consciência social e política, além de aguçada percepção da própria importância e limitação nos horizontes do mundo. “Nunca toquei nada direito. Nem a minha vida eu toquei direito”, inventaria Porfírio, sem fazer tipo ou gênero diante das câmeras do diretor Fernando Faro. Porque se trata de personagem. E o fato é que, a julgar pela amostragem de sambas como Nos braços da Aurora (1946) e Samba de coco (1951), Porfírio fez – ou melhor, os verdadeiros compositores das músicas – samba direito. E, na construção da narrativa, um desses sambas – Pedra de cantaria (musicado, na verdade, por Chico Brown) sobre pedreiro saudoso da mulher que via passar pela rua – teria reverberado na criação poética de Pedro pedreiro (1965) por Chico Buarque em eco que Chico, entrando no jogo de cena, caracteriza como “influência inconsciente” em depoimento para o filme em que revela ter ouvido no rádio o samba do colega baiano e de ter sido alertado por Fernando Faro sobre a influência embutida em Pedro pedreiro. Enfim, em filme inventivo, Caio Rubens traz à tona o samba do náufrago Porfírio de Amaral ao mesmo tempo em que aponta a beleza do horizonte existencial desse até então obscuro compositor que, na verdade, nunca existiu. Nem tudo é verdade!
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