Governo define novas regras para conceder o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Entre as mudanças estão revisão periódica das pessoas com deficiência, dedução de gastos com tratamentos de saúde da renda mensal e simplificação para checagem dos rendimentos familiares. Pessoas com deficiência têm direito ao BPC se comprovar renda baixa Divulgação O governo definiu novas regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Entre as mudanças estão revisão periódica das pessoas com deficiência, dedução de gastos com tratamentos de saúde da renda mensal e simplificação para checagem dos rendimentos familiares. Segundo o governo, a mudança tem o objetivo de melhorar o fluxo das informações e diminuir o tempo de tramitação dos requerimentos, além de adequar a nova rotina de trabalho do INSS frente à pandemia. O benefício é destinado a pessoas com deficiência e idosos, acima de 65 anos, que tenham renda mensal bruta individual de até um quarto do salário mínimo (R$ 261,25). Segundo a portaria, o comprometimento da renda familiar com tratamentos de saúde contará para avaliação da renda. Ou seja, os valores gastos com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas médicas serão deduzidos da renda mensal bruta familiar. Por exemplo, se a família tem renda de R$ 300, mas gasta R$ 100 com remédios, a renda considerada será de R$ 200 na hora de conceder o BPC. Não será mais necessário o agendamento com o profissional do Serviço Social do INSS. Os gastos deverão ser comprovados por meio de prescrição médica, e será preciso provar que o beneficiário não recebe esses itens de maneira gratuita de órgãos públicos. Também não será mais necessária a apresentação presencial de documentos originais do requerente, do representante legal e dos demais membros da família, quando essas informações puderem ser confirmadas pelo INSS em confrontação com a base de órgãos públicos. O governo federal continuará a atestar as informações dos requerentes pelos dados do Cadastro Único (CadÚnico). Somente se for preciso comprovar a autenticidade ou a integridade do documento, o INSS poderá exigir os documentos originais, ficando o responsável pela apresentação das cópias. Avaliação dos deficientes No caso das pessoas com deficiência, o recebimento do benefício está sujeito a revisão periódica, que avaliará a comprovação da deficiência e da renda familiar mensal per capita. Para a confirmação da deficiência, será levado em conta o impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial e o grau de restrição para a participação plena e efetiva da pessoa na sociedade, que implica na incapacidade de trabalhar. As avaliações poderão ser realizadas em paralelo pelo Serviço Social do INSS e pela Perícia Médica, antes mesmo da avaliação da renda familiar. Motivos de recusa e o que fazer O pedido será indeferido em dois casos: se a renda individual por mês não se enquadrar nos parâmetros do benefício, ou seja, 25% do piso nacional, ou se a deficiência não for comprovada após a perícia, marcada previamente. Quem tiver o pedido negado poderá apresentar recurso ao INSS num prazo de 30 dias contados da ciência da decisão. O documento será encaminhado diretamente para julgamento pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, dando mais rapidez no atendimento à população. Certificação digital Para atestar as informações declaradas, os requerentes poderão optar pela assinatura eletrônica, acesso com usuário e senha e, agora, também serão aceitas por certificação digital ou biometria. Para os não alfabetizados ou impossibilitados de assinar o pedido, será válida a impressão digital registrada na presença de um funcionário do INSS. Prorrogação da antecipação O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) limitou os pedidos de antecipações do Benefício de Prestação Continuada (BPC) até 31 de outubro e determinou que as antecipações serão pagas até o dia 31 de dezembro. A antecipação do benefício é de R$ 600. Veja mais notícias sobre Economia:
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Fome no Brasil: em 5 anos, cresce em 3 milhões o nº de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, diz IBGE
Cerca de 10,3 milhões de brasileiros vivem em lares nessa situação. Percentual de domicílios com alimentação satisfatória atinge patamar mínimo em 15 anos. Cresce o número de brasileiros com fome no país, diz IBGE Depois de recuar em mais da metade em uma década, a fome voltou a se alastrar pelo Brasil. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 e apontou piora na alimentação das famílias brasileiras. Entram na conta somente os moradores em domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que poderia aumentar ainda mais o rastro da fome pelo país. Além do aumento da população que passa fome no país, a pesquisa mostrou também que: O Brasil atingiu o menor patamar de pessoas com alimentação plena e regular A fome é mais prevalente nas áreas rurais Quase metade dos famintos vive na Região Nordeste do país Metade das crianças com até 5 anos vive tem restrição no acesso à alimentação de qualidade Mais da metade dos domicílios onde há fome são chefiados por mulheres Quanto maior o número de moradores no domicílio, menor é o acesso à alimentação plena Arroz pesa mais no orçamento de famílias com insegurança alimentar, aponta IBGE Brasileiros gastam mais com jogos e apostas que com arroz, aponta IBGE Classificado pelo IBGE como segurança alimentar, o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade – em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais – atingiu o menor patamar em 15 anos. Fome no Brasil Economia G1 "Ao olhar para a série histórica, a gente observa que houve diminuição da segurança alimentar e o consequente aumento dos índices de insegurança alimentar entre a população brasileira", enfatizou o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, André Luiz Martins Costa. De acordo com a pesquisa, 63,3% dos domicílios no Brasil tinham a chamada segurança alimentar, abaixo dos 65,1% apurados em 2004, quando tem início a série histórica do levantamento. O IBGE destacou que este percentual cresceu, consecutivamente, nas duas pesquisas seguintes, realizadas em 2009 e 2013, mas retrocedeu ao mínimo histórico em 2018. A maior cobertura da segurança alimentar foi registrada em 2013, quando chegou a 77,4% o total de domicílios em que a alimentação podia ser considerada como plena e regular. Na comparação com 2013, o número de domicílios com segurança alimentar teve queda de 13,7%. Em contrapartida, aumentou em 71,5% o número de domicílios com insegurança alimentar. O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis – leve, moderada e grave – da seguinte maneira: Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida. Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação. Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar. Foi a insegurança alimentar moderada a que mais cresceu percentualmente entre os domicílios brasileiros entre 2013 e 2018 – uma alta de 87,53%. A insegurança alimentar leve teve alta de 71,5% no mesmo período, enquanto a grave, que caracteriza a fome, aumentou em 48,8%. Fome voltou a se alastrar entre os domicílios brasileiros a partir de 2013, segundo dados do IBGE Economia/G1 Fome tem maior prevalência em áreas rurais Embora o maior número das pessoas em situação de miséria alimentar viva em áreas urbanas, é nas áreas rurais que a fome é mais prevalente. De acordo com o IBGE, dos cerca de 10,3 milhões de famintos no país, 7,7 milhões viviam em perímetro urbano, enquanto 2,6 milhões, em regiões rurais. Todavia, proporcionalmente, estes números representavam, respectivamente, 23,3% do total da população que vivia em área urbana e 40,1% da população rural. "As pessoas que estão em meio urbano conseguem mais alternativas para a sua alimentação, substituindo itens com maior facilidade que na área rural, que tem menor variedade de alimentos disponíveis", apontou o gerente da pesquisa, André Costa. Quase metade dos famintos vive no Nordeste Dos cerca de 10,3 milhões de brasileiros que passaram fome em 2018, 4,3 milhões viviam na Região Nordeste, o que corresponde a 41,5% do total de famintos no país. Em seguida, aparece a Região Sudeste, com 2,5 milhões de habitantes com fome, e o Norte, com pouco mais de 2 milhões de pessoas nesta situação. Mapa da fome no Brasil: quase metade dos famintos vive na Região Nordeste do país Guilherme Pinheiro/Editoria de Arte No entanto, se considerada a proporção de domicílios com restrição severa no acesso à alimentação adequada, a Região Norte é a que lidera o ranking. Lá, 10,2% dos domicílios estavam em situação de fome no período do levantamento. Essa proporção é cerca de cinco vezes maior que a observada no Sul, onde 2,2% dos domicílios foram classificados com insegurança alimentar grave. O IBGE destacou que no Norte e Nordeste menos da metade dos domicílios (43% e 49,7%, respectivamente) tiveram acesso pleno e regular à alimentação adequada. No Sul, esse percentual chegou a 79,3%. Sudeste e Centro-Oeste aparecem na sequência, com 68,8% e 64,8%, respectivamente, dos domicílios com segurança alimentar. Metade das crianças sob insegurança alimentar Ao analisar a situação alimentar por faixa etária, o IBGE identificou que metade das crianças com até 4 anos de idade vivia em domicílios com algum tipo de insegurança alimentar – 34,2% delas em lares com insegurança alimentar leve, 10,6% com insegurança alimentar moderada, e outros 5,1% com insegurança grave, que caracteriza a fome. Na faixa etária entre 5 e 17 anos, passou da metade (50,7%) o total destes jovens vivendo sob algum tipo de insegurança alimentar. Na faixa etária entre 18 e 49 anos, este percentual foi de 41,2%, enquanto no grupo de 50 a 64 anos este percentual caiu para 34,6%. A menor proporção de pessoas vivendo sob algum tipo de insegurança alimentar estava na faixa etária acima de 65 anos – 21,3%. Ao todo, cerca de 2,7% dos idosos com mais de 65 anos tiveram insegurança alimentar grave no período da pesquisa, ou seja, passaram fome entre 2017 e 2018. “À medida que a idade da pessoa aumenta, aumentam também as chances dela ter maior segurança alimentar”, apontou o pesquisador do IBGE, André Costa. O estudo mostrou ainda que, nos domicílios em condição de segurança alimentar, predominam os homens como responsáveis pelo rendimento doméstico. Conforme o levantamento, 61,4% dos domicílios com acesso pleno e regular à alimentação de qualidade eram chefiados por homens. Já as mulheres eram responsáveis por 38,6% dos domicílios nessa situação. “Domicílios cuja mulher é a pessoa de referência estão mais associados à insegurança, assim como domicílios com muitos moradores”, observou o gerente da pesquisa. Entre os domicílios com insegurança alimentar grave, ou seja, em situação de fome, 51,9% eram chefiados por mulheres, de acordo com o levantamento. Ao analisar a situação alimentar dos domicílios por cor ou raça, constatou-se que apenas 36,9% dos lares com segurança alimentar eram chefiados por pessoa autodeclarada preta ou parda. Este percentual passava de 50% para os três níveis de insegurança alimentar – 50,7% para insegurança leve, 56,6% para insegurança moderada e 58,1% para insegurança grave. Onde comem três, não comem sete Ao analisar a situação alimentar considerando a composição do domicílio, o IBGE identificou que quanto menor o número de moradores, maior a segurança alimentar. De acordo com o levantamento, 72,5% dos domicílios com acesso pleno e regular à alimentação adequada de qualidade tinham até três moradores, enquanto 26,3% tinham entre quatro e seis moradores. Apenas 1,1% deles tinham mais de sete habitantes. Quanto maior o número de moradores, menor a garantia de alimentação de qualidade e em quantidade suficiente. Economia/G1 Já entre os domicílios com insegurança alimentar grave – com restrição severa de alimentos, que caracteriza a situação de fome – 61,2% tinham até três moradores, 32,4% entre quatro e seis, e 6,4% tinha mais de sete. Assista os últimos vídeos de economia
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Arroz pesa mais no orçamento de famílias com algum tipo de insegurança alimentar, aponta IBGE
Levantamento mostra que quanto menor a qualidade da alimentação no domicílio, maior é o consumo de arroz, sobretudo para as famílias em situação de fome. Quanto maior a restrição no acesso à alimentação de qualidade, maior a demanda por itens básicos, como arroz Reprodução/TV TEM Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dimensiona a relevância do arroz na alimentação dos brasileiros quanto a qualidade alimentar. No geral, quanto mais restrito é o acesso pleno e regular a alimentos, maior a necessidade de consumo do cereal. Em 5 anos, cresce em 3 milhões o nº de pessoas em situação de fome no país, diz IBGE Brasileiros gastam mais com jogos e apostas que com arroz, aponta IBGE Arroz e óleo mais caros: entenda por que a inflação dos alimentos disparou no país O levantamento foi realizado entre junho de 2017 e julho de 2018, quando o arroz, que é um dos alimentos mais consumidos no Brasil, ainda não sofria com aumento de preços como o observado desde agosto de 2020. Nesta pesquisa, o IBGE buscou investigar a situação alimentar nos domicílios brasileiros. O órgão classificou como segurança alimentar o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade – em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a restrição no acesso à alimentação de qualidade foi classificada como insegurança alimentar, dividida em três níveis: Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida. Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação. Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar. Além de identificar o aumento no número de pessoas que passam fome no país e quantificar os domicílios por tipo de situação alimentar, o IBGE investigou a demanda por alimentos de acordo com a condição da alimentação no lares brasileiros. Duas variáveis foram usadas para esta análise: a despesa financeira com cada item alimentar e a quantidade consumida anualmente para cada produto. "Quando a gente olha por dentro as despesas com alimentação, percebemos que os domicílios com insegurança grave trabalham com itens básicos de alimentação, enquanto aqueles com segurança alimentar consomem produtos diversos e mais caros", apontou o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, André Luiz Martins Costa. Em média, a despesa mensal familiar com arroz foi de R$ 12,79 em 2018. Nos domicílios com acesso pleno e regular à alimentação, essa média caía para R$ 11,32, enquanto entre as famílias com algum tipo de insegurança alimentar essa média subia para R$ 15,35 – R$ 3,03 a mais que o desembolsado nos lares que contavam com alimentação de qualidade e em quantidade suficiente. Entre os três níveis de restrição alimentar, o maior gasto médio com arroz foi observado entre as famílias com insegurança alimentar moderada (R$ 15,79). Para o grupo com insegurança grave, que caracteriza a situação de fome, a média foi um pouco menor, de R$ 15,01. A mesma situação foi observada quanto ao gasto com feijão. A média do gasto familiar com este tipo de grão foi de R$ 5,92, sendo que as famílias com segurança alimentar gastavam, na média, R$ 5,33, enquanto entre as famílias com algum tipo de restrição alimentar essa média de gasto foi de R$ 7,31. O maior gasto com feijão foi observado entre as famílias com insegurança moderada (R$ 7,75), R$ 0,10 a mais que o desembolsado pelas famílias com insegurança grave (R$ 7,65). Levantamento mostra a diferença do gasto familiar mensal com produtos alimentícios entre famílias com acesso pleno à alimentação daquelas com restrições alimentares Economia/G1 Para legumes e verduras, as famílias com segurança alimentar gastavam R$ 18,25, mais que o dobro do desembolsado por aquelas com restrição severa à alimentação, cujo valor médio foi de R$ 8,93. O mesmo foi observado no gasto com frutas (R$ 27,43 e R$ 9,93, respectivamente) e com leites e derivados (R$ 53,30 e R$ 21,69). O oposto acontecia quando observado o gasto médio com produtos alimentícios mais caros, como as carnes, legumes e verduras, frutas, leites e derivados. As famílias com segurança alimentar desembolsam valor superior à aquelas com algum tipo de restrição alimentar e até mais que o dobro daquelas em situação de fome. Enquanto as famílias com acesso pleno e regular a alimentos gastavam, na média, R$ 94,98 com carnes vísceras e pescados, a média do gasto das famílias com insegurança alimentar caía para R$ 75. Entre aquelas em situação de fome esta média caía ainda mais, chegando a R$ 65,12. Para legumes e verduras, as famílias com segurança alimentar gastavam R$ 18,25, mais que o dobro do desembolsado por aquelas com restrição severa à alimentação, cujo valor médio foi de R$ 8,93. O mesmo foi observado no gasto com frutas (R$ 27,43 e R$ 9,93, respectivamente) e com leites e derivados (R$ 53,30 e R$ 21,69). A diferença de gastos é ainda maior quando comparados produtos considerados supérfluos. Para aquisição de azeite de oliva, por exemplo, as famílias com segurança alimentar gastavam em média R$ 2,55, contra R$ 0,67 da média gasta pelas famílias com algum tipo de insegurança alimentar. Para refrigerantes, a média foi de, respectivamente, R$ 13,87 e R$ 7,60, enquanto com cervejas e chopes foi de R$ 12,61 e R$ 4,40. Alta do arroz: entenda por que o alimento ficou tão caro Maior gasto, maior quantidade Além de desembolsarem mais com itens básicos de alimentação, as famílias com algum tipo de restrição alimentar também consumiam quantidades maiores destes produtos. “Os alimentos básicos, como arroz e feijão, são mais relevantes, tanto em relação a valor quanto à quantidade, em domicílios em situação de insegurança alimentar”, enfatizou o analista da pesquisa, José Mauro de Freitas Júnior. De acordo com o levantamento do IBGE, quanto maior a gravidade da insegurança alimentar no domicílio, maior é a aquisição de três grupos de alimentos específicos: os cereais e leguminosas, as farinhas, féculas e massas, e os pescados. O consumo alimentar domiciliar per capita anual de cereais e leguminosas foi, em média, de 26,7 kg para as famílias com segurança alimentar, enquanto para aquelas em situação de fome consumiam cerca de 2 kg a mais – 29,6 kg por ano. Já para farinhas, féculas e massas, a média de consumo anual domiciliar per capita foi de 11,9 kg para as famílias com acesso pleno e regular à alimentação adequada, enquanto para aquelas com restrição severa essa média subia para 13,1 kg. Famílias com restrição alimentar consomem maiores quantidades de itens básicos de alimentação Economia/G1 O consumo de pescados, por sua vez, foi em média de 2,3 kg por ano entre as famílias em segurança alimentar, enquanto aquelas em situação de fome a média foi superior ao dobro, chegando a 5,2 kg. No sentido oposto, o IBGE observou que houve menor aquisição alimentar domiciliar per capita anual de hortaliças, frutas, e produtos de confeitaria, entre outros, entre as famílias com insegurança alimentar na comparação com aquelas em situação de segurança. Para as hortaliças, a média de consumo anual foi de 28,2 kg para as famílias em segurança alimentar, contra 13,1 kg para aquelas com insegurança grave. Para frutas, as médias de consumo foram, respectivamente, de 33 kg e 11,3 kg. Para produtos de confeitaria, a diferença foi ainda maior – cerca de 3 kg para as famílias com acesso pleno e regular à alimentação contra 0,85 kg para aquelas em situação de fome.
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Brasileiros gastam mais com jogos e apostas que com arroz, e mais com fumo que com legumes e verduras, aponta IBGE
Levantamento feito entre 2017 e 2018 mostrou também que impostos representavam cerca de 8% das despesas de consumo familiares mensais. Foi neste período que os gastos com transporte superaram os da alimentação no orçamento familiar. Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as famílias brasileiras gastam, em média, mais com jogos e apostas que com arroz, assim como gastam mais com fumo que com legumes e verduras. (veja ao final da matéria a média de gastos familiar mensal para diversos produtos e serviços) Arroz pesa mais no orçamento de famílias com insegurança alimentar, aponta IBGE Em 5 anos, cresce em 3 milhões o nº de pessoas em situação de fome no país, diz IBGE O levantamento foi realizado entre junho de 2017 e julho de 2018 e faz parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), usada para ponderar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador da inflação oficial no país. Foi neste período que os gastos com transporte superaram, pela primeira vez, os de alimentação no orçamento familiar brasileiro, conforme o IBGE já havia divulgado em outubro do ano passado. Os gastos com habitação – que incluem aluguel, condomínio, água, luz, gás, entre outros – se mantiveram como o de maior peso nas despesas dos brasileiros. Gasto médio familiar mensal Economia G1 Entre as despesas com habitação, o aluguel é o item de maior valor – em média, de R$ 723,73. A energia elétrica tem o maior valor ( R$ 136,43) entre as despesas com os serviços básicos. Foi estimado, ainda, que cerca de R$ 122,82 são gastos pelas famílias mensalmente com a manutenção geral do lar. Entre os transportes, o gasto médio com o deslocamento urbano foi de R$ 43,98. Enquanto as famílias que abasteciam seu carro com gasolina gastavam, em média, R$ 206 por mês, as que optavam por abastecer com álcool desembolsavam R$ 30,79. Na alimentação, também considerando a média de gastos, R$ 442,64 eram gastos por mês com refeição no domicílio, o que corresponde a, aproximadamente, 67% dos gastos totais com alimentos. Carnes, vísceras e pescados (R$ 89,48) somavam os itens de maior peso no valor total da alimentação, mais que o dobro do que era gasto com aves e ovos (R$ 33,60). Já entre as despesas com saúde, a valor médio gasto com remédios (R$ 157,30) superava o com plano de saúde (R$ 103,99), enquanto as consultas e tratamento com dentista (R$ 20,90) ultrapassava os das consultas médicas (R$ 17,94). Com exames de saúde diversos, as família brasileiras gastaram, em média, R$ 12,62 por mês. Entre os gastos com educação, os com cursos superiores (R$ 59,78) superavam os cursos regulares (R$ 59,72) como a educação básica. O valor gasto com livros didáticos e revistas técnicas R$ 14,82) superavam aqueles com periódicos, livros e revistas não didáticos (R$ 6,12). Cerca de 8% em impostos Em média, as despesas de consumo mensal das famílias brasileiras foi de R$ 4.411,60. Cerca de 8% deste valor era gasto com o pagamento de impostos. As despesas com tributos somavam, inclusive, mais que os gastos com educação e apenas R$ 0,38 a menos que os com assistência à saúde. Outros tipos de despesas Economia G1 Gasto com jogos, apostas e fumo maior que arroz, legumes e verduras Ao analisar os tipos de despesas entre as famílias do país, o IBGE identificou que, em média, elas gastam por mês R$ 12,79 com arroz, enquanto desembolsam R$ 14,16 com jogos e apostas – uma diferença de quase R$ 2. Chamou a atenção também o gasto com fumo, que foi, em média, de R$ 18,95 por mês – valor que supera em quase R$ 3 o gasto mensal com legumes e verduras (R$ 16,07), em R$ 4,10 o com previdência privada (R$ 14,85) e chega a ser maior, até mesmo, que com o pão francês (R$ 18,63), bem como os com sanduíches e salgados (R$ 18,29). O IBGE observou que o gasto com jogos e apostas entre as famílias com acesso pleno e regular à alimentação de qualidade (R$ 11,60) é quase o dobro do desembolsado pelas famílias com algum tipo de restrição alimentar (R$ 6,76). A menor média de gastos (R$ 5,96) foi observada entre as famílias com insegurança alimentar moderada. Entre aquelas com restrição severa a alimentos, a média de gasto mensal com jogos e apostas foi de R$ 6,02. Já em relação ao fumo, o IBGE apontou que as famílias em situação de fome são as que menos gastam com esse tipo de produto – em média, R$ 15,56. O maior valor de gasto com fumo foi observado entre as famílias com insegurança alimentar leve (R$ 18), seguido pelas famílias com insegurança alimentar moderada (R$ 17,51). As famílias com pleno acesso à alimentação apresentaram o segundo menor gasto com fumo – R$ 17,29, em média, por mês. Na média, os brasileiros gastam mais com frutas (R$ 23,10) que com lanches (R$ 15,83) ou biscoitos (R$ 11,91). Também desembolsam mais dinheiro na aquisição de leite de vaca (R$ 14,47) que com queijos diversos (R$ 12,92). Entre as bebidas, constatou-se que os gastos com refrigerantes por mês (R$ 12,06) superam em R$ 2,03 a média de gastos com cervejas e chopes (R$ 10,03), que é próximo ao valor gasto com café moído (R$ 9,92). Quando o assunto é vestuário, a média de gastos com as roupas femininas (R$ 59,11) soma R$ 11,11 a mais que com as masculinas (R$ 48) por mês. Já em relação à higiene e cuidados pessoais, os gastos com produtos para o cabelo (R$ 17,83) somam mais que o dobro dos gastos mensais com sabonete (R$ 8,38). Gasto médio familiar mensal com produtos e serviços no Brasil Guilherme Pinheiro/Editoria de Arte
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Bovespa reverte queda do início do dia e tem leve alta com exterior avesso a risco
Na terça-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,62%, a 99.675 pontos. Após iniciar o dia em queda nesta quinta-feira (17), a bolsa de valores brasileira, a B3, tem leva alta, um dia após o Banco Central decidir interromper o ciclo de cortes e manter taxa básica de juros da economia em 2% ao ano, em meio a um ambiente mais avesso a risco nos mercados externos. Às 14h22, o Ibovespa subia 0,13%, a 99.801 pontos. Veja mais cotações. Na quarta-feira, a bolsa fechou em queda de 0,62%, a 99.675 pontos. No mês, o Ibovespa acumula alta de 0,31%. No ano, ainda tem perda de 13,81%. Taxa básica de juros é mantida em 2% ao ano Cenário local e externo No exterior, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, mas permaneceu em níveis extremamente altos uma vez que a recuperação do mercado de trabalho desacelera e os gastos dos consumidores enfraquecem em meio ao fim do estímulo fiscal. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 860 mil em dado ajustado sazonalmente para a semana encerrada em 12 de setembro, contra 893 mil na semana anterior, segundo informou nesta quinta o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Na véspera, o Federal Reserve decidiu manter manteve as taxas de juros entre 0 e 0,25% e divulgou um plano de estímulo aquém do esperado. Em entrevista à imprensa na quarta-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, indicou um longo caminho até o "emprego máximo" e disse que o banco central dos EUA está limitado em sua capacidade de lidar com algumas das diferenças em torno do crescimento dos salários e da participação na força de trabalho. A economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, alertou nesta quinta-feira que uma recuperação completa da econômica global diante da crise provocada pela pandemia de coronavírus pode levar até cinco anos. Por aqui, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve na véspera a taxa básica de juros em 2% ao ano, conforme o esperado. No comunicado da reunião desta quarta-feira, os integrantes do Copom apontaram que a inflação deve aumentar no curto prazo, mas ponderaram que a alta do preço dos alimentos é temporária. "Continuamos esperando que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada na próxima reunião… e condicione novos cortes de juros à trajetória fiscal e à mudança nas expectativas de inflação de longo prazo", afirmou o analista de mercados emergentes do Julius Baer, Mathieu Racheter. Nesse contexto, permanece também o foco dos investidores do mercado brasileiro no cenário fiscal do país. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o relator do Orçamento a incluir na proposta orçamentária de 2021 a criação de um programa social com a mesma função do Renda Brasil, destaca a Reuters. Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia Veja vídeos: últimas notícias de Economia i
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Ciee seleciona estudantes para oito oportunidades de estágio no Alto Tietê
As vagas são para atuar nas cidades de Guararema, Suzano, Poá e Mogi das Cruzes. A remuneração varia entre R$ 600 e R$ 2000. Remuneração de vagas no Alto Tietê varia de R$ 600 a R$ 2000 Jonathan Lins/G1 O Centro de Integração Empresa – Escola (Ciee) seleciona estudantes dos ensinos médio, técnico e superior para oito oportunidades de estágio nas cidades de Guararema, Suzano, Poá e Mogi das Cruzes. A remuneração varia entre R$ 600 e R$ 2000. Para se candidatar e acessar os detalhes de todas as vagas, os interessados devem realizar um cadastro pela internet. O Ciee fica na Rua Duarte de Freitas, Parque Monte Líbano, Mogi das Cruzes. Mais informações podem ser obtidas pelo número 4728-3131. Confira as vagas disponíveis no Alto Tietê: Vagas para ensino superior Vagas para ensino médio e técnico
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Auxílio Emergencial deixa de ser pago a quase 3 milhões de beneficiários do Bolsa Família
16,3 milhões de pessoas receberão as quatro parcelas de R$ 300; cinco parcelas anteriores de R$ 600 foram pagas para 19,2 milhões de pessoas. No Fim das Contas, Caixa pode cobrar R$ 10 de tarifa de quem recebeu auxílio emergencial O pagamento do lote residual do Auxílio Emergencial, que são as quatro parcelas de R$ 300 restantes, começou nesta quinta-feira (17) para os beneficiários do Bolsa Família. O total pago é de R$ 4,3 bilhões para 16,3 milhões de pessoas. Isso significa redução de quase 3 milhões de beneficiários nesses novos lotes de pagamento. As cinco parcelas anteriores de R$ 600 foram pagas para 19,2 milhões de pessoas. Beneficiário pode não receber todas as parcelas anunciadas; entenda Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL A redução no número de beneficiários se deve à queda pela metade do valor da parcela do Auxílio Emergencial. Se o valor do Bolsa Família for igual ou maior que R$ 300, o beneficiário receberá o valor do Bolsa. O cálculo do valor do benefício para os trabalhadores que fazem parte do Bolsa Família é feito por família: o auxílio emergencial residual será a diferença entre a soma dos R$ 300 recebidos por cada beneficiário da família (ou R$ 600 no caso de mulher chefe de família) e o valor que a família habitualmente recebe como Bolsa Família. Se o valor do Bolsa for maior, a família receberá apenas este. O valor total recebido do Bolsa depende da renda e da composição da família. O sistema analisa a renda mensal por pessoa e se existem crianças, adolescentes, mulheres grávidas ou que estão amamentando. A partir dessas informações, é feito o cálculo do benefício. Não existe valor máximo fixado. O benefício é pago de acordo com a situação de cada família. Famílias com renda mensal de até R$ 89 por pessoa recebem o benefício básico de R$ 89. As com renda mensal por pessoa de até R$ 89 e entre R$ 89,01 e R$ 178 e que tenham, na composição familiar, crianças/adolescentes de 0 a 15 anos, gestantes ou nutrizes podem receber até 5 benefícios variáveis de R$ 41, por exemplo. Há ainda outras situações previstas pelo Ministério da Cidadania para o pagamento do benefício. O pagamento do Auxílio Emergencial obedece ao calendário habitual do Bolsa, que segue até 30 de setembro. Os primeiros a receber são os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) final 1. Serão 1,6 milhão de beneficiários nesta quinta, que irão receber R$ 428,6 milhões. Auxilio Emergencial Residual Bolsa Família – 1ª parcela Economia G1 Quem recebeu depois de abril terá menos parcelas Os trabalhadores aprovados no Auxílio Emergencial que receberam a primeira parcela do benefício após abril terão direito a menos parcelas da extensão da ajuda, de R$ 300 – e podem até ficar sem nenhuma. O benefício será pago até o final de dezembro, independente do número de parcelas. Apenas os trabalhadores que receberam em abril a primeira parcela do benefício original, de R$ 600, terão direito a todas as quatro parcelas – que seriam em setembro, outubro, novembro e dezembro. "Quem passou a receber a partir de julho, por exemplo, terá direito às cinco parcelas de R$ 600 e a mais uma parcela do novo benefício, que será paga no mês de dezembro", informou a Cidadania esta semana. Com isso, os aprovados no sétimo lote (aqueles inscritos nas agências dos Correios entre 8 de junho e 2 de julho, e trabalhadores que tenham feito a contestação entre 3 de julho e 16 de agosto) devem ficar sem nenhuma parcela de R$ 300. Além disso, para os pagamentos de R$ 300, está prevista reavaliação dos beneficiários aprovados – tanto para o início dos pagamentos quanto no decorrer dos mesmos. Os critérios deverão ser verificados mensalmente. As regras definidas para a prorrogação restringe o pagamento para algumas pessoas. Assim, não vai receber parcelas de R$ 300 quem: Possua indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal Tenha menos de 18 anos, exceto em caso de mães adolescentes Esteja preso em regime fechado Tenha sido declarado como dependente no Imposto de Renda de alguém que se enquadre nas hipóteses dos itens 5, 6 ou 7 acima No ano de 2019 recebeu rendimentos isentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte cuja soma seja superior a R$ 40 mil Tinha em 31 de dezembro de 2019 a posse ou a propriedades de bens ou direitos no valor total superior a R$ 300 mil reais Recebeu em 2019 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 Mora no exterior Tem renda mensal acima de meio salário mínimo por pessoa e renda familiar mensal total acima de três salários mínimos Recebeu benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento de Auxílio Emergencial (exceto Bolsa Família) Conseguiu emprego formal após o recebimento do Auxílio Emergencial O calendário dos pagamentos do auxílio emergencial residual para os inscritos no site e aplicativo anda não foi divulgado pelo governo. Assista a notícias sobre a prorrogação do Auxílio Emergencial:
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Fundador da Duty Free doa, em vida, toda sua fortuna estimada em US$ 8 bilhões
Charles “Chuck” Feeney, de 89 anos, disse que tinha o sonho de realizar a doação de toda a sua fortuna bilionária enquanto ainda estivesse vivo. Maior parte do dinheiro foi doado para projetos de educação. Fundador da Duty Free, Charles “Chuck” Feeney disse ter realizado o sonho de doar toda a sua fortuna em vida Atlantic Philanthropies/Divulgação O bilionário fundador da Duty Free, Charles “Chuck” Feeney, de 89 anos, anunciou ter realizado um sonho: doar toda a sua fortuna, estimada em cerca de US$ 8 bilhões, enquanto vivo. O anúncio da doação bilionária foi feito na última segunda-feira (14), quando ele e sua mulher assinaram juntos os documentos para encerrar a empresa de filantropia Atlantic Philantropies, por meio da qual realizavam suas doações financeiras. A cerimônia foi realizada por videoconferência e contou com a participação de Bill Gates, do ex-governador da Califórnia, Jerry Brown, e do megainvestidor Warren Buffett. Segundo a Forbes, Buffet disse que Feeney é "um modelo a ser seguido". De acordo com a Forbes, Feeney doou ao menos 375.000% mais dinheiro do que seu patrimônio líquido atual, já que em 2012 ele estimou ter uma reserva de US$ 2 milhões para sua aposentadoria e de sua esposa. Com perfil discreto, o empresário mora com a mulher em um modesto apartamento em São Francisco, na Califórnia. Ainda segundo a Forbes, a fortuna bilionária foi destinada a fundações, fundos de caridade e universidades nas últimas quatro décadas. Dos US$ 8 bilhões, cerca de US$ 3,7 bi foram destinados para projetos de educação. Outros cerca de US$ 870 milhões foram para direitos humanos e mudança social, enquanto US$ 62 milhões foram destinados à luta pela abolição da pena de morte nos Estados Unidos. Mais de 700 milhões foram para a área de saúde. Os últimos cerca de US$ 350 milhões de Feeney foram destinados à construção de um campus de tecnologia na Ilha Roosevelt, em Nova York. Assista os últimos vídeos de economia
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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA permanecem em níveis elevados
Dados reforçam leitura de desaceleração da recuperação do mercado de trabalho na maior economia do mundo. O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, mas permaneceu em níveis extremamente altos uma vez que a recuperação do mercado de trabalho desacelera e os gastos dos consumidores enfraquecem em meio ao fim do estímulo fiscal. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 860 mil em dado ajustado sazonalmente para a semana encerrada em 12 de setembro, contra 893 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters projetavam 850 mil pedidos na última semana. Os pedidos estão mais de quatro vezes acima do nível visto no início do ano. Pedidos de seguro desemprego nos EUA Economia G1 O Federal Reserve deixou inalterada na quarta-feira a taxa de juros perto de zero, destacando que a pandemia "continuará a pesar sobre a atividade econômica, o emprego e a inflação no curto prazo, apresentando riscos consideráveis para as perspectivas econômicas no médio prazo". O recorde de pedidos de 6,867 milhões foi atingido no final de março, com as medidas de contenção do coronavírus. Um programa para ajudar as empresas com salários venceu em agosto. Em entrevista à imprensa na quarta-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, indicou um longo caminho até o "emprego máximo" e disse que o banco central dos EUA está limitado em sua capacidade de lidar com algumas das diferenças em torno do crescimento dos salários e da participação na força de trabalho. FED sinaliza que manterá juros entre 0% e 0,25% até 2023
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Desenvolvedora do TikTok diz que China precisa aprovar acordo entre app e Oracle nos EUA
Negociação entre empresa americana e ByteDance, dona do aplicativo, também aguarda aval do presidente dos EUA, Donald Trump. ByteDande é a dona chinesa do TikTok Dado Ruvic/Reuters A China precisará aprovar o acordo proposto pela ByteDance com a Oracle por seu aplicativo TikTok, disse a empresa chinesa nesta quinta-feira (17), de acordo com a agência de notícias Reuters. A informação indica que sua oferta para evitar uma proibição nos Estados Unidos pode ser mais dificultada. A Oracle apresentou uma proposta ao governo Trump que permitirá que ela se torne uma parceira de tecnologia no aplicativo TikTok, já que a ByteDance espera impedir uma decisão do presidente dos EUA de alienar as operações do TikTok nos EUA. Oracle fecha 'parceria' com TikTok nos EUA, em vez de compra do app, mas depende de aval de Trump A proposta visa tornar o TikTok Global uma empresa com sede nos EUA. A Oracle é uma empresa voltada ao mercado corporativo, oferecendo soluções de plataformas na nuvem. O gerenciamento de bancos de dados é uma das especialidades da companhia. A empresa também está negociando uma participação nas operações do aplicativo nos EUA, disseram fontes à agência Reuters. Mas o presidente norte-americano, Donald Trump, levantou na quarta-feira (16) questões sobre os planos da ByteDance de manter uma participação majoritária nas operações do TikTok nos EUA. Ele disse que não era favorável à ideia de a empresa chinesa manter o controle, depois que seis parlamentares republicanos pediram que ele rejeitasse a proposta. Trump disse que proibiria o TikTok nos EUA já no domingo, se o ByteDance não concordasse, em meio a preocupações dos EUA de que a empresa poderia passar dados de usuários ao governo chinês. O aplicativo afirma que não atenderia a nenhum pedido de compartilhamento de dados de usuários com as autoridades chinesas. TikTok: o aplicativo chinês que conquistou milhões de usuários Uma venda direta das operações ou tecnologias do TikTok não foi incluída na proposta da ByteDance aos EUA, informou a mídia estatal chinesa nesta quinta-feira, citando um comunicado separado da empresa. A ByteDance não quis comentar quando questionada sobre isso pela Reuters. Quando questionado sobre os comentários do ByteDance sobre a necessidade da aprovação da China, o Ministério das Relações Exteriores instou os EUA a respeitar os princípios da economia de mercado e da concorrência justa, e parar de politizar a cooperação econômica e comercial. No final do mês passado, a China atualizou suas regras de controle de exportação para opinar sobre a transferência de tecnologia, como o algoritmo de recomendação de vídeos aos usuários do TikTok para compradores estrangeiros. A Reuters informou que o acordo com a Oracle não exigiria que a ByteDance solicitasse às autoridades chinesas uma licença de exportação para o algoritmo do TikTok. A ByteDance e seu fundador Zhang Yiming enfrentaram críticas públicas na China por parecer ceder à pressão dos EUA depois que foi relatado que estava contemplando a venda das operações do TikTok nos EUA para a Microsoft. Alguns internautas disseram que parariam de usar o Douyin, a versão chinesa do TikTok da ByteDance. "A ByteDance, enquanto trabalha para encontrar uma solução para manter vivos os negócios do TikTok nos Estados Unidos, está caminhando na corda bamba entre as demandas do governo dos EUA de um lado e as expectativas do governo e do público chinês do outro", disse Mark Natkin, diretor gerente da Marbridge Consulting. "Ela não pode se dar ao luxo de cometer nenhum erro ao longo do caminho." VÍDEOS: Aprenda dicas de segurança digital R
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