Elton Medeiros recorda paixões no fluxo da memória outonal que ilumina filme sobre o sambista
Documentário de Pedro Murad está em cartaz até 20 de setembro na 12ª edição do festival 'In-Edit Brasil'. Resenha de documentário musical Título: Elton Medeiros – O sol nascerá Direção: Pedro Murad Elenco: Elton Medeiros e Vidal Assis Roteiro: Eliana Monteiro Cotação: * * * * ♪ Filme em exibição online no 12º In-Edit Brasil – Festival internacional do documentário musical até 20 de setembro. ♪ “Sou um homem repleto de paixões”, autodefine-se Elton Medeiros já perto do fim de relato confessional feito para Vidal Assis diante das câmeras dirigidas pelo cineasta Pedro Murad. Regado aos sambas de alta estirpe melódica e poética que compõem a obra do já falecido artista carioca, cantados por Elton (na batida imbatível da caixa de fósforos) e por Vidal Assis (ao violão) entre uma confissão e outra do bamba, esse papo com Vidal segue o fluxo da memória outonal do sambista e conduz o roteiro do documentário Elton Medeiros – O sol nascerá, em cartaz até 20 de setembro na 12ª edição do festival In-Edit Brasil. O cancioneiro e a trajetória de Elton Antônio Medeiros (22 de julho de 1930 – 3 de setembro de 2019) justificam o tributo cinematográfico que se tornou póstumo com a morte do sambista há um ano. Já cego quando se deixou captar pelas lentes de Pedro Murad, o cantor, compositor e ritmista vai se desnudando à medida em que avançam os 86 minutos do filme roteirizado por Eliana Monteiro. De início, as recordações são mais gerais. Elton fala dos ranchos (frequentados pelo pai), das gafieiras e das escolas de samba, lembradas com nostalgia pelos códigos de ética dos antigos Carnavais. “Não havia samba-enredo com mais de dois compositores”, frisa, em alusão crítica ao atual esquema industrial de produção do gênero.. Aos poucos, as memórias vão ficando mais pessoais até culminar na revelação comovente da paixão platônica por mulher famosa – de identidade ocultada pelo depoente ainda apaixonado – de quem ficou amigo a partir de encontro casual em supermercado, sem nunca ter se declarado. “Sou um velhinho. E velhinho apaixonado começa a fazer besteira”, ressalta, como se risse de si mesmo. “Música e paixão são irmãs gêmeas. A música te ensina a se apaixonar. E a paixão te ensina a fazer música”, filosofa momentos antes. Nada menos do 21 sambas compõem o roteiro musical do filme. Entre estes sambas, há imortais obras-primas do gênero como Mascarada (Elton Medeiros e Zé Kétti, 1964), Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, 1968) e Peito vazio (Elton Medeiros e Cartola, 1974), além da música inserida no título do documentário, O sol nascerá (1964), parceria de Elton com Cartola (1908 – 1980). Desse parceiro mangueirense, a quem diz dever muito, Elton – notório ranzinza – se queixa do temperamento igualmente forte. “Que ele era teimoso, ele era”, sentencia. De Paulinho da Viola, parceiro de Elton na criação de dois sambas lembrados no filme, Onde a dor não tem razão (1981) e Ame (1996), a preguiça é o traço lembrado. “Paulinho e eu somos meio preguiçosos. Umas músicas fazíamos rapidamente. Outras demoravam mais um pouco, mas fazíamos”, relativiza. Filmado em preto e branco, todo o papo confessional de Elton com Vidal Assis é entrecortado por impressionistas imagens coloridas de pessoas e flashes urbanos quando os sambas são cantados. Há também imagens de um outro encontro de Elton e Vidal, um ano depois após o papo que conduz o filme. Nesse segundo momento, Elton já está mais fragilizado. Impera o silêncio. Quando fala, na entrevista principal que nutre o filme, percebe-se a paixão do sambista. Essa paixão está na descrição das mulheres amadas, na saudade da amiga Clementina de Jesus (1901 – 1987), na nostalgia das serenatas (“A civilidade acabou”), na defesa do samba Pressentimento – de acordo com Elton, transposto do primeiro para o terceiro lugar da Bienal do Samba (1968) por interferência de Ricardo Cravo Albim – e na lembrança dos tempos em que frequentava zonas de prostituição. “Não era só Heitor que era dos prazeres, não”, graceja, ao lembrar que conheceu Nelson Cavaquinho (1911 – 1986) nesses redutos que misturavam sambas e orgias. Entre a cantoria de sambas menos conhecidos, como A maioria sem nenhum (Elton Medeiros e Mauro Duarte, 2001) e o samba-enredo Exaltação a São Paulo (Elton Medeiros, Joacyr Santana e Sebastião Pinheiro, 1974), o documentário de Pedro Murad ilumina as paixões de Elton Medeiros com beleza outonal como a memória do artista.
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‘Nomadland’ vence principal prêmio do Festival de Veneza
Filme vencedor do Leão de Ouro, dirigido pela diretora Chloe Zhao, tem Frances McDormand como uma viúva. Filme 'Nomadland' mostra uma comunidade de moradores de vans que atravessa o oeste dos Estados Unidos Reprodução / Internet "Nomadland", da diretora chinesa Chloe Zhao, venceu o Leão de Ouro, principal prêmio do Festival de Veneza, neste sábado (12), último dia do evento. O filme era um dos favoritos ao prêmio e é um dos fortes candidatos ao Oscar. A obra mostra uma comunidade de moradores de trailers que atravessa o oeste dos Estados Unidos e tem Frances McDormand como uma viúva, em seus 60 anos, que transforma sua van em uma moradia móvel e pega a estrada — buscando empregos sazonais ao longo do caminho. O diretor mexicano Michel Franco posa com o Leão de Prata – Grande Prêmio do Júri que recebeu por "Nuevo Orden" (Nova Ordem) no último dia do 77º Festival de Cinema de Veneza, em 12 de setembro de 2020 Tiziana FABI / AFP O júri do Festival de Veneza, presidido pela atriz australiana Cate Blanchett, premiou também o mexicano Michel Franco, que conquistou o Leão de Prata – Grande Prêmio do Júri, por "Nuevo Orden", uma metáfora do México e do mundo moderno, afetado por diferenças sociais, racismo e desigualdades. "Comecei este filme há cinco anos e não fazia ideia de que esta distopia que imaginava estivesse tão próxima da realidade, com as manifestações em Chile, Colômbia, Hong Kong e o movimento Black Lives Matter", comentou Franco, 41, ao receber o prêmio em Veneza. "Não quero ser pessimista. Fiz este filme para que as coisas mudem. Temos que acreditar no futuro." Documentário sobre prisão de Caetano Veloso é exibido no Festival de Veneza O ator italiano Pierfrancesco Favino foi premiado por "Padrenostro", de Claudio Noce, história ambientada durante os chamados "anos de chumbo" na Itália. Vanessa Kirby (à esquerda) recebe prêmio por Melhor Atriz por "Pedaços de Mulher", no 77º Festival de Cinema de Veneza Alberto PIZZOLI / AFP O primeiro festival realizado durante o coronavírus não registrou nenhum contágio e terminou com um balanço positivo. Sem os astros de Hollywood e os caçadores de selfies no tapete vermelho, o evento foi realizado em condições particulares, seguindo medidas sanitárias rigorosas, sem filas ou aglomerações e com os convidados respeitando o distanciamento social. Ator e produtor italiano Pierfrancesco Favino recebe prêmio de melhor ator por "Padrenostro" no 77º Festival de Cinema de Veneza Alberto PIZZOLI / AFP Principais prêmios da 77ª edição do Festival de cinema de Veneza: Leão de Ouro de melhor filme: "Nomadland", de Chloe Zhao (Estados Unidos); Grande Prêmio do Júri: "Nuevo Orden", de Michel Franco (México); Leão de Prata de melhor diretor: o japonês Kiyoshi Kurosawa, por "Wife of a Spy"; Melhor roteiro: o indiano Chaitanya Tamhane, roteirista e diretor de "The Disciple"; Prêmio especial do júri: "Dear Comrades", de Andreï Konchalovski (Rússia); Melhor atriz: a britânica Vanessa Kirby, por "Pieces of a Woman", de Kornel Mundruczo; Melhor ator: o italiano Pierfrancesco Favino, por "Padrenostro", de Claudio Noce (Itália); Prêmio Marcello Mastroianni de melhor intérprete jovem: o iraniano Rouhollah Zamani, protagonista de "Khorshid", de Majid Majidi.
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Músicas para descobrir em casa – ‘Picola Marina’ (Roberto de Carvalho e Antonio Bivar, 1987) com Rita Lee
Capa de 'Flerte fatal', álbum de Rita Lee & Roberto de Carvalho que apresentou a gravação original de 'Picola Marina' Paulo Vasconcellos ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Picola Marina (Roberto de Carvalho e Antonio Bivar, 1987) com Rita Lee ♪ Diretor do primeiro show de Rita Lee após a conturbada saída da cantora do grupo Mutantes, Tutti Frutti, apresentado em setembro de 1973 em teatro da cidade de São Paulo (SP), o multimídia Antonio Bivar (25 de abril de 1939 – 5 de julho de 2020) cruzou novamente o caminho profissional da artista em 1987 na função de compositor. Fiel amigo de Rita desde aquele ano de 1973, Bivar foi o parceiro letrista de Roberto de Carvalho na criação de Picola Marina, uma das músicas do álbum Flerte fatal, disco que marcou a estreia do casal Rita & Roberto na gravadora EMI após a fase áurea vivida na gravadora Som Livre. Álbum que gerou mais dois hits para o casal, Pega rapaz e Bwana, Flerte fatal representou bem-sucedida volta à pegada pop da dupla após o sombrio álbum Rita & Roberto (1985). Composição feita para a peça de teatro Alice que delícia (1987), escrita por Bivar e estrelada pela atriz Maria Della Costa (1926 – 2015), Picola Marina é música com ar vintage que permitiu a Rita exercitar a habitual leveza no canto desse tema espirituoso. O título se refere ao bairro Piccola Marina, situado em Capri, na Itália. Só que, na grafia da composição na contracapa e no encarte do LP, Picola Marina apareceu somente com um c no título. A música foi apresentada em gravação produzida e arranjada por Roberto de Carvalho (teclados) com os toques dos músicos Lee Marcucci (baixo), Papete (percussão e wash board), Athos Costa (bateria), Dino Vicente (programação e teclados) e Moogie Canazio (assovio). O coro da faixa incluiu as vozes do próprio Antonio Bivar e de Patricio Bisso (1957 – 2018). Picola Marina foi regravada somente por Patricia Marx, em registro feito cinco anos depois para o quarto álbum solo da artista, Neoclássico (1992), com reverência ao clima gracioso da abordagem de Rita. Tudo a ver, já que, embora criada originalmente para o teatro, a música pareceu ter vindo ao mundo para animar o espírito eternamente jovial de Rita Lee. ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 21 : Título: Picola Marina Compositores: Roberto de Carvalho e Antonio Bivar Intérprete original: Rita Lee Álbum da gravação original: Flerte fatal Ano da gravação original: 1987 Regravações que merecem menções: a de Patricia Marx no álbum Neoclássico (1992). ♪ Eis a letra de Picola Marina : “Foi num bar lá em Picola Marina Onde eu encontrei o amor Era uma tarde deveras divina, E o rapaz me ofereceu uma flor Foi num bar lá em Picola Marina Onde eu encontrei o amor Eu moça simples, nem chique nem fina Mas o rapaz me fez sentir um calor! Eu estava tão tristinha, Pobrezinha, tão tão só Ele falou sei lá o que Me deixa ser o seu xodó Keep smiling!”
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Lives de hoje: Jorge e Mateus, Leonardo, Thaíde e mais shows para ver em casa
Parceria entre Fernanda Takai com a Orquestra Ouro Preto também está na programação de shows on-line deste domingo (13). Fernanda Takai, Leonardo, Jorge e Mateus e Thaíde fazem live neste domingo (13) Divulgação-Weber Pádua / Globo-Zé Paulo Cardeal / Rubens Cerqueira-Divulgação / Pedro Zafalon-Divulgação Leonardo, Jorge e Mateus e Bruno e Marrone estão entre os artistas que fazem live neste domingo (13). Parceria entre Fernanda Takai e Orquestra Ouro Preto também faz parte da programação de shows on-line do dia. Veja a lista completa com horários das lives de hoje abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Domingo (13) Leonardo, Jorge e Mateus, Bruno e Marrone – 17h – Link Thaíde e Convidados – 18h – Link Simone – 18h – Link Fernanda Takai + Orquestra Ouro Preto – 18h – Link Odair José – 19h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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G1 Ouviu #106 – Now United: os segredos e bastidores do sucesso do grupo de pop global
Any Gabrielly (integrante brasileira), Simon Fuller (criador do projeto) e Kyle Hanagami (coreógrafo) revelam detalhes sobre a criação do maior fenômeno infanto-juvenil recente. Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado G1 ouviu, podcast de música do G1 G1/Divulgação
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Tio Wilson, baterista da banda Lagum, morre aos 34 anos após show drive-in em MG
Breno Braga teve uma parada cardiorrespiratória. Banda é conhecida principalmente pela música 'Deixa'. Baterista que morreu após show neste sábado era conhecido como 'Tio Wilson" Reprodução/Redes sociais Morreu na noite deste sábado (12) o baterista da banda mineira Lagum, Breno Braga, de 34 anos, mais conhecido como Tio Wilson. De acordo com comunicado da banda, ele teve uma indisposição depois de um show e morreu por causa de uma parada cardiorrespiratória. VÍDEO: veja os últimos momentos do baterista durante show REPERCUSSÃO: músicos lamentam a morte de Tio Wilson A banda se apresentou às 21h, em um drive-in em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em minutos, os ingressos se esgotaram, e foi aberta uma sessão extra, às 23h. Tio Wilson morreu no intervalo entre as duas apresentações. A assessoria de imprensa não informou se a morte ocorreu no local ou se o músico foi levado para algum hospital. Baterista da banda Lagum morre de parada cardiorrespiratória após show Initial plugin text Produtora da banda há um ano, Catarina Capelossi acompanhava o show e disse que tudo aconteceu muito rápido. "Ele teve todos os socorros possíveis, quando começou a passar mal. Mas não deu. Era a pessoa mais incrível do mundo.” A videomaker e fotógrafa da banda, Belle Melo, que esteve com a banda em turnê no último ano, comentou a perda do amigo. "O Tio era um dos caras mais incríveis que já conheci. Era um cara que acreditava muito no que estava fazendo. Era humilde, completamente apaixonado pelos fãs, pelos amigos. É um cara que todo mundo queria estar perto. Ele estava próximo dos fãs, que sempre respondia todo mundo. Ele sempre acreditava no sonho de cada um e estava vivendo o sonho dele. Deixou um legado, né?" O estudante Bruno Chiaretti estava no show com a namorada e amigos. Ele contou que a apresentação estava marcada para começar às 20h, mas atrasou um pouco. “Por volta das 23h, quando a gente estava indo embora, vi uma grande movimentação, mas não sabia do que se tratava. Hoje de manhã é que vimos a notícia sobre a morte.” Breno é filho de William Barreiro, vice-prefeito de Contagem, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Abalada, a família não quis dar entrevistas. Ele era casado e não tinha filhos. Uma amiga da família, que preferiu não se identificar, disse que ele não tinha nenhum problema de saúde e estava muito emocionado porque tinha voltado há pouco a fazer o que ele mais amava: tocar bateria. Veja vídeo com o baterista antes e durante o show Baterista da banda Lagum morre de parada cardiorrespiratória após show A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o corpo de Breno deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) Dr. André Roquete ainda na noite de sábado e foi liberado na manhã deste domingo. O corpo foi examinado, e o laudo com causa da morte sai em 30 dias. Um procedimento investigativo foi instaurado. Por causa da pandemia do novo coronavírus, também não serão divulgadas informações sobre o velório e enterro do artista. Banda Lagum Formada em 2014, com repertório que mistura pop, reggae e rock alternativo, a Lagum é conhecida principalmente pela música "Deixa". O hit chegou a entrar na lista das 20 músicas mais ouvidas no Spotify e foi cantada por Neymar nas redes sociais. A versão mais famosa foi gravada em parceria com a cantora paulistana Ana Gabriela. 'Deixa', do Lagum, vira sucesso após ser escrita com uma ajudinha do banheiro: 'Tem uma acústica ótima' Mauro Ferreira: Lagum dá pista da 'descontração' do terceiro álbum Lagum: baixista Francisco Jardim, o guitarrista Otávio Cardoso, o vocalista Pedro Calais, o bateirista Tio Wilson e o guitarrista Glauco Borges Divulgação O nome da banda veio de uma lagoa na cidade mineira de Brumadinho, onde parte dos integrantes cresceu. Antes formado por amigos que moravam na mesma região, o grupo passou por algumas mudanças. Tio Wilson passou a fazer parte da banda em 2016. Ele ganhou o apelido por ser o integrante mais velho do quinteto. O lançamento mais recente da Lagum é a música "Será", parceria com a cantora Iza, divulgada em junho. 'A vida é um sopro, diz Iza sobre morte de Tio Wilson Nas redes sociais, os fãs lamentaram a morte do baterista. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text VÍDEOS: veja os mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias VÍDEOS: personalidades que morreram em 2020
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Tio Wilson: Veja repercussão da morte do baterista da banda Lagum
Vitor Kley, Ana Gabriela, Jão e outros músicos e personalidades lamentaram a morte do baterista. Ele tinha 34 anos. Baterista que morreu após show neste sábado era conhecido como 'Tio Wilson" Reprodução/Redes sociais Músicos e outros artistas lamentaram, neste domingo (13), a morte de Breno Braga, mais conhecido como Tio Wilson, baterista da banda Lagum. De acordo com comunicado divulgado pelo grupo, ele teve uma indisposição depois de um show e morreu por causa de uma parada cardiorrespiratória. 'Deixa', do Lagum, vira sucesso após ser escrita com uma ajudinha do banheiro: 'Tem uma acústica ótima' Neste sábado (13), a banda participou de uma apresentação no formato drive-in em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em minutos, os ingressos se esgotaram e foi aberta uma sessão extra, às 23h. Tio Wilson morreu no intervalo entre as duas apresentações, aos 34 anos. Leia abaixo a repercussão da morte do baterista Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest: Initial plugin text Vitor Kley, cantor: "Não, cara! Não, não, não! Não tô acreditando… Força, irmãos. Muita força. Meus sentimentos. Eterno Tio." Jão, cantor: Initial plugin text Ana Gabriela, cantora: "Tô sem acreditar aqui. Meus sentimentos." Atitude67, banda: "Deus conforte vocês [Lagum] e a família toda. Nossos sentimentos." Day, cantora: Initial plugin text Belle Melo, videomaker e fotógrafa: "O Tio é um dos caras mais incríveis que já conheci. Era um cara que acreditava muito no que estava fazendo. Era humilde, completamente apaixonado pelos fãs, pelos amigos. É um cara que todo mundo queria estar perto. Ele estava próximo dos fãs e sempre respondia todo mundo. Ele sempre acreditava no sonho de cada um e estava vivendo o sonho dele. Deixou um legado." Luccas Carlos, cantor: Initial plugin text Foquinha, influenciadora: Initial plugin text Julia Rodrigues, atriz e influenciadora: Initial plugin text VÍDEOS: personalidades que morreram em 2020
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Morte de Tio Wilson dá aura trágica à trajetória da Lagum, banda pautada pela leveza pop
Com o terceiro álbum já pronto, o grupo mineiro fica sem o baterista presente desde a formação original em 2014. ♪ Notícia que surpreendeu e enlutou o universo pop brasileiro ao ser dada nas redes oficiais da banda mineira Lagum na madrugada deste domingo, 13 de setembro, a morte repentina do músico e compositor mineiro Breno Braga Batista (1986 – 2020) – baterista do grupo desde a formação original – dá aura trágica à trajetória ascendente de banda que vinha pavimentando a carreira com descontração e leveza pop. Quinteto formado em 2014 e originado de Brumadinho (MG), município mineiro vítima de desastre ambiental, o Lagum se preparava para lançar o terceiro álbum neste ano de 2020. Dois singles desse ainda inédito álbum – Hoje eu quero me perder e Será (gravado com a cantora Iza), apresentados em 20 de março e em 19 de junho, respectivamente – já tinham dado a pista da extroversão embutida no repertório do disco, já pronto. Quando o álbum for lançado, o Lagum já não poderá contar na promoção com o talento e simpatia de Tio Wilson, o baterista que era mais velho do que os demais integrantes da banda – daí o apelido Tio Wilson, tornado nome artístico – e que morreu na noite de sábado, 12 de setembro. A morte do baterista aconteceu no intervalo entre as duas apresentações do Lagum no evento Go Dream, em drive-in criado no estacionamento das Faculdades Milton Campos, no bairro Vila da Serra, em Nova Lima (MG), cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte conhecida como Grande BH. Tio Wilson sentiu indisposição e sofreu parada cardiorrespiratória, tendo a morte atestada por paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Com dois álbuns lançados, Seja o que eu quiser (2016) e Coisas da geração (2019), o Lagum fazia som calcado em mistura pop de balada, reggae e rock. Como o show (sempre) tem que continuar, é certo que Pedro Calais (voz), Otávio Cardoso (voz e guitarra), Glauco Borges (guitarra), Francisco Jardim (baixo) permanecerão em cena e, após o choque e a tristeza com a morte de Tio Wilson, darão continuidade à trajetória da banda Lagum, popularizada a partir de 2018 com o sucesso da regravação da música Deixa (originalmente lançada em 2017) com a cantora Ana Gabriela. Seja como for, a precoce e inesperada saída de cena do talentoso e carismático baterista Tio Wilson ecoará para sempre como a nota mais desafinada, o acorde mais triste, da carreira do grupo Lagum.
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O encontro entre um mochileiro ‘desiludido’ e os Beatles na Índia
Experiência vivida pelo diretor Paul Saltzman em 1968 se transformou em documentário, lançado neste mês de setembro. Beatles viveram por quase três meses do ashram do guru Maharishi Mahesh Yogi em 68 Getty Images/ BBC Em 1968, um mochileiro canadense encontrou por acaso os Beatles em um retiro espiritual na Índia. Paul Saltzman tinha 23 anos e viajava pelo país quando soube que sua namorada em Montreal havia decidido acabar o relacionamento. Para tentar "curar o coração partido", segundo ele, decidiu pegar um trem, um barco e um táxi até chegar ao ashram do guru Maharishi Mahesh Yogi, na cidade de Rishikesh. A era hippie vivia seu auge e Yogi havia ficado conhecido depois de viajar o mundo para divulgar a meditação transcendental. Chegando lá, o jovem descobriu que o local estava fechado pelas próximas semanas porque os Beatles passavam uma temporada lá. Depois de horas de insistência, contudo, ele conseguiu convencer o funcionário do ashram a deixá-lo entrar. Saltzman tirou essa foto quando Lennon e McCartney compunham Ob-La-Di, Ob-La-Da Paul Saltzman/ BBC Saltzman foi direto a uma sessão de uma hora de meditação e saiu se sentindo melhor. "A aflição pelo término tinha desaparecido. Saí caminhando pelo bosque pra conhecer o lugar", disse ele por telefone. Foi quando viu os Beatles pela primeira vez. John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison usavam a vestimenta tradicional indiana e estavam sentados em torno de uma longa mesa perto de uma falésia. Algumas das esposas e namoradas estavam junto, assim como a atriz Mia Farrow, o cantor Mike Love, dos Beach Boys, e o músico Donovan. Eles estavam no meio de um retiro que duraria três meses. Saltzman perguntou se podia se juntar ao grupo — e McCartney puxou uma cadeira para ele. "Eu sentei e gritei internamente: 'Os Beatles!'", diz o diretor, hoje com 78 anos. Ringo deu a Saltzman (à esq.) uma câmera para que ele também gravasse cenas da banda Paul Saltzman/ BBC Quatro anos antes, em 1964, ele e outros 18 mil fãs assistiram a um show do quarteto de Liverpool em Toronto. Agora, por obra do acaso, ele estava em frente à banda mais famosa do mundo. Na época, os Beatles colhiam os frutos do álbum icônico Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, lançado em 1967, e começavam a escrever as canções do próximo trabalho, que seria batizado de White Album — o único álbum duplo da banda, que dividiu a opinião dos críticos. Segundo Saltzman, foi Lennon que quebrou o gelo logo depois de ele sentar. "Você é americano?", perguntou Lennon. "Não, sou canadense." "Ah, ele é de uma das colônias", brincou o artista. A mesa caiu na gargalhada. "Então você ainda cultua Sua Alteza Real?", Lennon continuou. Saltzman disse que, pessoalmente, não. McCartney e Starr entraram na conversa. "Bom, vocês ainda têm a rainha impressa no dinheiro… " "Nós a colocamos no nosso dinheiro, mas ela vive com vocês!", respondeu. Saltzman diz que George Harrison era 'o mais calado' do grupo Paul Saltzman/BBC O mochileiro conviveu por pouco mais de uma semana com os Beatles no retiro remoto às margens do Ganges. Eles meditaram juntos, cantaram, comeram pratos vegetarianos e conversaram. Mais de 50 anos depois do encontro, Saltzman transformou a história em um documentário de 79 minutos: Meeting The Beatles in India ("Encontrando os Beatles na Índia", em tradução livre). Narrado pelo ator Morgan Freeman e produzido por David Lynch, o filme traz imagens raras da banda feitas por Saltzman. São lembranças dos músicos em seu auge, relaxados e descontraídos. "Foi um encontro mágico. Eu amava a música deles. E não estava obcecado com a figura deles como celebridades da música. Eles também se comportaram de forma bem normal, sem estrelismo." Ele fotografou a banda com uma câmera Pentax barata em três ocasiões — 30 das 54 imagens que fez no ashram tinham os Beatles. Saltzman voltou para casa e deixou os slides esquecidos em uma caixa de papelão por 32 anos, até que a filha o estimulou a fazer alguma coisa com eles. Foi quando, em 2005, ele lançou um livro em edição limitada com algumas das imagens. No retiro, o baterista Ringo Starr o havia presenteado com sua câmera 16mm, que guardava cerca de 30 metros de filme, para que ele gravasse a banda, guardasse de recordação e talvez "ganhasse algum trocado". Mas os três minutos que ele filmou e levou consigo de volta para casa foram perdidos e nunca mais encontrados. "Nunca pensei que faria alguma coisa com as fotos e a filmagem. Tentei chamar atenção dos Beatles para um projeto por 12 anos, mas eles nunca responderam e eu desisti." Saltzman conta que a banda escreveu entre 30 e 48 músicas enquanto estava no retiro indiano, muitas das quais incluídas no White Album: Back in the USSR, Happiness is a Warm Gun, Dear Prudence, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Sexy Sadie, Helter Skelter e Revolution, entre outras. Ob-La-Di, Ob-La-Da nasceu nos degraus da entrada de uma das cabanas em que a comitiva da banda viveu nesse período. Saltzman encontrou Lennon e McCartney sentados em frente à casa dedilhando a melodia no violão. 'Paul era o mais simpático e divertido' Paul Saltzman/BBC Ele correu para pegar sua câmera e tirou fotos dos dois com um Ringo pensativo ao lado. O diretor se recorda de vê-los cantando os primeiros versos da música "várias vezes seguidas, rápido, devagar, se divertindo com o processo". "Esse é o riff", disse McCartney, "mas não temos letra ainda". Os Beatles ficaram na Índia por semanas (fora Ringo, que foi embora antes). Hoje abandonado, o ashram ainda atrai fãs da banda. A experiência, diz Saltzman, mudou sua vida. No filme, ele recria alguns dos momentos com ilustrações, fotografias, imagens do local e entrevistas. O lançamento aconteceu na última semana — ainda não há data para estreia no Brasil. "Lennon era o mais engraçado, com um humor irônico. Starr parecia calmo e centrado. George era o mais calado e o mais disponível para conversas mais sérias. E Paul era o mais simpático e divertido entre os membros da banda." "Estive com eles por apenas oito dias. Mas tudo foi mágico."
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Tio Wilson: vídeo mostra os últimos momentos do baterista da banda Lagum, durante show em Nova Lima
Breno Braga teve uma parada cardiorrespiratória. Banda é conhecida principalmente pela música 'Deixa'. Baterista que morreu após show neste sábado era conhecido como 'Tio Wilson" Reprodução/Redes sociais Horas antes da morte do baterista Breno Braga, na noite deste sábado (12), a banda Lagum postou um vídeo nas redes sociais com os últimos momentos do Tio Wilson, como era conhecido. Parte do vídeo foi gravado durante o dia, no espaço onde aconteceu o show. O músico manda recado para os fãs. “Cheguem cedo, pra gente favorecer a organização da fila”. Também na postagem, há um trecho do primeiro show realizado pela banda neste sábado. Estavam previstas duas apresentações. Mas Breno passou mal no intervalo, não resistiu e acabou morrendo. Em postagem nas redes sociais, a banda informou que ele teve uma parada cardiorrespiratória. Baterista da banda Lagum morre de parada cardiorrespiratória após show A assessoria de imprensa não confirmou se ele faleceu no local ou foi levado para algum hospital. Produtora da banda há um ano, Catarina Capelossi acompanhava o show e disse que tudo aconteceu muito rápido. "Ele teve todos os socorros possíveis, quando começou a passar mal. Mas não deu. Era a pessoa mais incrível do mundo”. A videomaker e fotógrafa Belle Melo, que esteve com a banda em turnê no último ano, comentou a perda do amigo. "O Tio era um dos caras mais incríveis que já conheci. Era um cara que acreditava muito no que estava fazendo. Era humilde, completamente apaixonado pelos fãs, pelos amigos. É um cara que todo mundo queria estar perto. Ele estava próximo dos fãs, que sempre respondia todo mundo. Ele sempre acreditava no sonho de cada um e estava vivendo o sonho dele. Deixou um legado, né?" O estudante Bruno Chiaretti estava no show com a namorada e amigos. Ele contou que a apresentação estava marcada para começar às 20h, mas atrasou um pouco. “Por volta das 23h, quando a gente estava indo embora, vi uma grande movimentação, mas não sabia do que se tratava. Hoje de manhã é que vimos a notícia sobre a morte”. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o corpo de Breno deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) Dr. André Roquete ainda na noite de sábado e foi liberado na manhã deste domingo. O corpo foi examinado e o laudo com causa da morte sai em 30 dias. Um procedimento investigativo foi instaurado. Por causa da pandemia do novo coronavírus, também não serão divulgadas informações sobre o velório e enterro do artista. Breno é filho de William Barreiro, vice-prefeito de Contagem, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Abalada, a família não quis dar entrevistas. 'Deixa', do Lagum, vira sucesso após ser escrita com uma ajudinha do banheiro: 'Tem uma acústica ótima' Mauro Ferreira: Lagum dá pista da 'descontração' do terceiro álbum Formada em 2014, com repertório que mistura pop, reggae e rock alternativo, a Lagum é conhecida principalmente pela música "Deixa". O hit chegou a entrar na lista das 20 músicas mais ouvidas no Spotify e foi cantada por Neymar nas redes sociais. A versão mais famosa foi gravada em parceria com a cantora paulistana Ana Gabriela. Lagum: baixista Francisco Jardim, o guitarrista Otávio Cardoso, o vocalista Pedro Calais, o bateirista Tio Wilson e o guitarrista Glauco Borges Divulgação O nome da banda veio de uma lagoa na cidade mineira de Brumadinho, onde parte da banda cresceu. Antes formada por amigos que moravam na mesma região, a formação passou por algumas mudanças. Tio Wilson passou a fazer parte do grupo em 2016. Ele ganhou o apelido por ser o integrante mais velho do quinteto. O lançamento mais recente da Lagum é a música "Será", parceria com a cantora Iza, divulgada em junho. Nas redes sociais, os fãs lamentaram a morte do baterista. 'A vida é um sopro', diz Iza sobre morte de Tio Wilson Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text VÍDEOS: veja os mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias
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