Oracle supera Microsoft e será ‘parceira tecnológica’ do TikTok nos EUA, diz agência
Aplicativo não será vendido, segundo pessoas ligadas à negociação. Acordo depende da aprovação do governo Trump, e análise deve acontecer nesta semana, segundo secretário do Tesouro dos EUA. Imagem ilustrativa com a bandeira dos EUA e logotipo do TikTok Dado Ruvic/Illustration/Reuters TikTok e Oracle fecharam uma "parceria tecnológica" para que o popular aplicativo de vídeos, com cerca 800 milhões de usuários ativos ao redor do mundo, continue de pé nos EUA. Fontes afirmam à agência Reuters que as empresas costuraram um acordo, em vez de uma venda direta, que era esperada desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou proibir o serviço se ele não fosse vendido até meados de setembro. A Oracle confirmou que faz parte de uma proposta de parceira de tecnologia com a ByteDance, desenvolvedora do TikTok. Ela assumirá o gerenciamento dos dados de usuários do aplicativo nos Estados Unidos, disseram as fontes. A Oracle é uma empresa voltada ao mercado corporativo, oferecendo soluções de plataformas na nuvem. O gerenciamento de bancos de dados é uma das especialidades da companhia. A empresa também está negociando uma participação nas operações do aplicativo nos EUA, acrescentaram as fontes. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse nesta segunda-feira (14) à rede de televisão CNBC que está tendo "discussões com a Oracle e o seu time técnico durante os próximos dias". O CFIUS (Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, na sigla em inglês) deverá fazer essa revisão nesta semana e enviar uma recomendação ao presidente Donald Trump, que tomará uma decisão. "Temos muita confiança tanto na Microsoft quanto na Oracle, eles escolheram a Oracle, iremos ter uma revisão com seus times técnicos e nossos times técnicos", disse Mnuchin à CNBC. O secretário disse que o prazo para o acordo, seguindo a ordem executiva de Trump, encerra em 20 de setembro. TikTok: o aplicativo chinês que conquistou milhões de usuários Histórico da negociação O TikTok é conhecido por vídeos curtos populares entre adolescentes. Foi a primeira rede social chinesa a ganhar popularidade em mercados como Estados Unidos, Europa e Brasil. Nesta segunda-feira (14), o aplicativo anunciou que alcançou 100 milhões de usuários ativos mensalmente somente nos Estados Unidos. A marca foi conquistada menos de um mês após chegarem no mesmo número de usuários ativos na Europa. A popularidade do TikTok chamou a atenção de autoridades norte-americanas, que expressaram preocupação de que as informações sobre os usuários da plataforma pudessem ser repassadas à China. O aplicativo disse que não atenderia a nenhum pedido de compartilhamento de dados de usuários com as autoridades chinesas. Em agosto, Trump emitiu uma ordem executiva que proibia 'qualquer transação por qualquer pessoa, ou com relação a qualquer propriedade, sujeita à jurisdição dos Estados Unidos' com a ByteDance, desenvolvedora do app. O presidente dos EUA ameaçou proibir o aplicativo caso ele não fosse vendido para uma empresa americana até meados de setembro. Na ultima quinta-feira (10) Trump falou em uma data diferente para a finalização do acordo ou a proibição do app nos EUA, citando 15 de setembro. No entanto, o dia não coincidia com as ordens emitidas pelo governo americano. Em uma decisão separada emitida em 14 de agosto pelo CFIUS (Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, na sigla em inglês), era ordenada a venda da operação americana do TikTok em 90 dias. O prazo venceria em meados de novembro. Interesse da Microsoft A Microsoft surgiu como uma das principais interessadas no TikTok. No começo de agosto, a empresa confirmou que estava conversando sobre a aquisição das operações do aplicativo nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. No último domingo (13) a Microsoft confirmou a rejeição da oferta pela ByteDance. O encerramento das conversas aconteceu dias depois de notícias sugerirem que o governo chinês preferia que o TikTok encerrasse suas operações nos Estados Unidos do que ter uma venda de operações forçada. Autoridades chinesas avaliaram que uma venda forçada faria com que a ByteDance e a China parecessem fracos diante da pressão de Washington, disseram as fontes. A China anunciou uma lei no fim de agosto que restringia a venda de tecnologias, incluindo algoritmos. O algoritmo do TikTok era considerado um dos ativos mais atraentes para a aquisição do app. No acordo costurado com a Oracle, essa parte do aplicativo se manteria com a desenvolvedora ByteDance. VÍDEOS: Veja dicas de segurança digital d
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Mnuchin mantém esperança de acordo para novos auxílios por coronavírus nos Estados Unidos
Secretário do Tesouro aguarda uma proposta bipartidária dos parlamentares ainda nesta segunda-feira. Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, durante reunião com representantes australianos em 20 de setembro Saul Loeb/AFP O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou nesta segunda-feira (14) que ainda pode haver um acordo com o Congresso para mais ajuda federal devido ao novo coronavírus, um dia depois de a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, demonstrar otimismo apesar da falha do Senado em aprovar um plano de ajuda na semana passada. "Continuarei a trabalhar nisso. Falei à presidente que estou disponível a qualquer momento para negociar, sem condições", disse ele à CNBC em entrevista. Oracle supera Microsoft e será 'parceira tecnológica' do TikTok nos EUA, diz agência Os esforços para fornecer ajuda financeira adicional em meio à pandemia de coronavírus estagnaram mesmo com o aumento de número de casos nos EUA, superando agora 6,5 milhões. Mais de 194 mil pessoas nos EUA morreram de Covid-19. Questionado sobre decretos que Trump poderia assinar se o Congresso não chegar a um acordo, Mnuchin destacou: "Existem limites. É por isso que é tão importante que tenhamos estímulo que ajude áreas da economia que precisam de suporte." Ele acrescentou que aguarda uma proposta bipartidária dos parlamentares ainda nesta segunda-feira. EUA: relatórios sobre a Covid-19 sofreram interferência política
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Sem dissecar Ney Matogrosso, filme ‘À flor da pele’ ecoa discurso libertário do artista
Programado para ser exibido em 21 de setembro, o documentário de Felipe Nepomuceno encadeia raras imagens do cantor de 1973 a 2019. Ney Matogrosso em imagem do documentário 'Ney – À flor da pele' Reprodução / Vídeo Resenha de documentário musical Título: Ney – À flor da pele Direção e roteiro: Felipe Nepomuceno Montagem: Paulo Henrique Fontenelle Cotação: * * * ♪ Filme com exibição programada para 21 de setembro pelo Canal Curta! ♪ Esfinge da música brasileira, Ney Matogrosso fará 80 anos em 1º de agosto de 2021 sem ter sido realmente decifrado. A maquiagem usada pelo cantor em cena sempre resguarda o cidadão Ney de Souza Pereira. Mesmo quando se apresenta de cara limpa, o intérprete se mantém preservado. Ney – À flor da pele – inédito documentário de Felipe Nepomuceno programado para ser exibido pelo Canal Curta! em 21 de setembro – está longe de dissecar o Ney de Souza Pereira. Seria até injusto cobrar essa proeza do cineasta, já que o cantor sempre delimitou bem as fronteiras da intimidade consentida em entrevistas e reagiu com a fúria de leão ferido quando tentaram invadir o território particular dele. Embora sempre articulado, Ney Matogrosso ecoa o mesmo discurso libertário desde 1973, ano em que, como vocalista do grupo Secos & Molhados, irrompeu como facho de luz a clarear a noite escura do Brasil. Fragmentos desse honesto discurso são reproduzidos nas poucas vezes em que Nepomucemo dá voz a Ney. “A liberdade que eu prezo tanto para mim, eu ofereço para as pessoas”, reforça o artista. “Poucas vezes na minha vida, eu chorei. E (aí) chorei mesmo. Nada tenho contra o choro. (Só) Não choro por qualquer coisa”, relata Ney, em fala mais original, ouvida já ao fim do filme. Ney Matogrosso se maquia em imagem exibida no filme de Felipe Nepomuceno Reprodução / Video Da mesma forma que o cineasta Joel Pizzini, diretor e roteirista do (ótimo) documentário anterior Olho nu (2014), fez o espectador enxergar Ney mais pelas frestas de palcos, casas e matas, Felipe Nepomuceno pega Ney menos pela palavra e mais pelas imagens em À flor da pele. Muitas imagens são raras, como a apresentação feita pelo cantor no encerramento, em 2018, da censurada exposição Queermuseu, que encontrou abrigo no Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), após ser vetada em Porto Alegre (RS). No fim do roteiro, Ney canta Fala (João Ricardo e Luhli, 1973) diante de jovens em farra dionisíaca, corroborando em cena o discurso da vida. Aberto com a pouco conhecida gravação de Ave Maria (Vicente Paiva e Jayme Redondo, 1950) feita por Ney para o álbum Os melhores cânticos de fé (2007), o filme sobrepõe o áudio desse registro a imagens de repressão da ditadura brasileira dos anos 1960. Ali já é passada a mensagem fundamental do documentário: a voz e a postura de Ney Matogrosso são armas pacíficas usadas contra toda forma de opressão. Daí em diante, Felipe Nepomuceno procura reforçar esse recado ao encadear imagens – toscas, quase todas de má qualidade técnica, mas pouco vistas – de clipes, trechos de shows e reproduções de reportagens e entrevistas de programas de TV, montadas por Paulo Henrique Fontenelle em ordem cronológica. Sem a preocupação de contextualizar essas imagens no tempo e na obra de Ney, o que torna Ney – À flor da pele filme indicado somente para seguidores do artista, o diretor expõe o cantor em cena de 1973 a 2019, ano do show Bloco na rua, de cujo roteiro Nepomucemo extrai a interpretação de Como 2 e 2 (Caetano Veloso, 1971). Os clipes das músicas Mal necessário (Mauro Kwitko, 1978) e Tem gente com fome (João Ricardo e Solano Trindade, 1979) – este com direito a ouvir a atriz Ruth de Souza (1921 – 2019) recitando o poema de Solano Trindade (1908 – 1974) musicado por João Ricardo para o repertório do Secos & Molhados – estão na seleção de Nepomuceno. Vale acentuar que a sensação é que, ao longo dos quase 73 minutos do filme À flor da pele, Ney Matogrosso é visto sempre com a maquiagem da cena e da vida com que se preserva da curiosidade alheia. Ninguém vê Ney Matogrosso nem a olho nu.
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Diana Rigg, atriz de ‘Game of Thrones’, morre aos 82 anos
De acordo com sua filha, Rachael Stirling, Digg morreu após lutar contra um câncer diagnosticado em março. Atriz venceu prêmios Emmy e Tony. Imagem divulgada pela HBO mostra Diana Rigg como Olenna Tyrell em cena de 'Game of Thrones' HBO via AP A atriz Diana Rigg, vencedora de prêmios Emmy e Tony, morreu aos 82 anos nesta quinta (10) em sua casa na Inglaterra. Diana Rigg: FOTOS De acordo com a filha, Rachael Stirling, Digg lutava contra um câncer diagnosticado em março. "Minha querida mãe morreu em paz enquanto dormia nesta manhã, em casa, cercada por sua família", disse em nota. "Ela passou seus últimos meses refletindo com alegria sobre sua vida extraordinária, cheia de amor, risos e um profundo orgulho de sua profissão. Eu vou sentir falta dela além das palavras." Diana Rigg, em foto de abril de 2019 Joel Saget/AFP/Arquivo A atriz nasceu em 20 de julho de 1938 em Yorkshire, na Inglaterra. Começou a carreira nos palcos em 1957 com a peça "O círculo de giz caucasiano", de Bertolt Brecht. Em 1994, recebeu o título de Dama por sua contribuição ao teatro e às artes. Com mais de 60 anos de carreira, a atriz acumula mais de 70 papéis em séries e filmes. Participou de grandes sucessos da TV, recentes e antigos: foi a Lady Olenna Tyrell na série britânica de sucesso "Game of Thrones" e a agente Emma Peel na série "Os Vingadores" (1965-1968). Morre Diana Rigg Seus dois últimos trabalhos estão em pós-produção e devem estrear em 2021: o filme "Last night in Soho" e a minissérie "Black Narcissus". Diana Rigg foi Tracy Draco em '007 a serviço secreto de sua majestade' (1969) Divulgação/MGM Em 1997, venceu o Emmy na categoria de melhor atriz coadjuvante pelo papel de Mrs. Danvers na minissérie "Rebecca". Ao lado da filha e também atriz, participou de um episódio de "Doctor Who" em 2013, chamado "The Crimson Horror". Cinema e teatro Diana Rigg e o ator Anthony Hopkins na estreia de 'Macbeth' no National Theatre, em Londres. Foto de setembro de 1972 Bob Dear/AP/Arquivo A atriz também se destacou no cinema, entre os papéis mais populares está o de Tracy, a sra. James Bond, no filme "007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade" (1969). Por sua atuação no longa "The hospital", de 1971, recebeu uma indicação a melhor atriz no Globo de Ouro do ano seguinte. Rigg também estrelou peças na Broadway: "Abelard and Heloise" (1971); "The Misanthrope" (1975) e "Medea" (1994), pela qual venceu o Tony de melhor atriz. No teatro, protagonizou "Macbeth" ao lado de Anthony Hopkins no National Theatre, em Londres, em 1972. Diana Rigg posa para fotógrafos durante coletiva de imprensa no Hilton Hotel, em Londres. Foto de novembro de 1967 Bob Dear/AP/Arquivo VÍDEOS: Personalidades que morreram em 2020
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Diana Rigg morre aos 82 anos; FOTOS
Atriz de 'Game of Thrones' e 'Vingadores' morreu em casa ao lado da família nesta quinta (10). Diana Rigg, em foto de abril de 2019 Joel Saget/AFP/Arquivo Imagem divulgada pela HBO mostra Diana Rigg como Olenna Tyrell em cena de 'Game of Thrones' HBO via AP Diana Rigg durante o '72º Tony Awards', em 10 de junho de 2018, na cidade de Nova York Jamie Mccarthy/Getty Images North America/Getty Images via AFP Diana Rigg, em foto de abril de 2019 Joel Saget/AFP/Arquivo Diana Rigg, em foto de janeiro de 1970 AFP Diana Rigg durante cena do filme 'The Assassination Bureau'. Foto de fevereiro de 1968 Bob Dear/AP/Arquivo Diana Rigg posa para fotógrafos durante coletiva de imprensa no Hilton Hotel, em Londres. Foto de novembro de 1967 Bob Dear/AP/Arquivo Diana Rigg e o ator Anthony Hopkins na estreia de 'Macbeth' no National Theatre, em Londres. Foto de setembro de 1972 Bob Dear/AP/Arquivo Nesta foto de arquivo de 10 de janeiro de 1969, George Lazenby é fotografado com a atriz Diana Rigg durante as filmagens de '007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade', em Schilthorn, perto de Muerren, na Suíça Bob Dear/AP/Arquivo Diana Rigg foi Tracy Draco em '007 a serviço secreto de sua majestade' (1969) Divulgação/MGM
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Recuperado da Covid-19, Diogo Nogueira grava vídeo e canta para fã que ficou 54 dias internado na UTI em SP com a mesma doença
Sambista mandou mensagem para Kleber Nascimento após o G1 contar a história de superação do motorista, que havia pedido para a equipe médica cantar a música 'Clareou' quando ele deixasse o hospital. Recuperado da Covid-19, Diogo Nogueira grava vídeo e canta para fã que teve a doença em SP Recuperado da Covid-19, o cantor carioca Diogo Nogueira gravou nesta semana um vídeo onde canta e manda uma mensagem para homenagear um fã paulistano que ficou 54 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de São Paulo por causa da mesma doença. Em agosto, o G1 contou a história de superação do motorista de aplicativo Kleber do Nascimento, o Nano, que havia escolhido a música “Clareou”, do repertório do sambista, para comemorar a alta médica do Hospital Municipal do M’ Boi Mirim, na Zona Sul da capital paulista. Diogo e Nano nunca se viram na vida. Mas o ídolo, que também se recuperou dos sintomas do coronavírus na casa dele, no Rio de Janeiro, no final do mês passado, se emocionou ao ver os vídeos que mostram o fã em cadeiras de rodas, cantando com a equipe médica uma de suas músicas. Homenagem Sensibilizado, o artista retribuiu o carinho do motorista e pediu que sua assessoria de imprensa o encaminhasse à reportagem. “‘Chega de chorar, você já sofreu demais, agora chega. Chega de achar que tudo se acabou. Pode a dor uma noite durar, mas um novo dia sempre vai raiar. E quando menos esperar, clareou. Clareou…’”, canta Diogo na gravação. “Fala Kleber, tudo bem, querido? Vi sua história, meu irmão. E fico muito feliz que a música ‘Clareou’ te ajudou nesses 54 dias internado no hospital. E fico feliz que você está completamente recuperado e forte. Como diz a música, ‘mais um novo dia sempre vai raiar. E quando menos esperar, clareou’. Forte abraço, Kleber. Que Deus te abençoe”, diz o cantor de 39 anos. Diogo foi diagnosticado com o vírus no dia 31 de julho, quando revelou o resultado do exame em seu Instagram. Coincidentemente, nesse mesmo dia, Nano, de 45, deixava o hospital na capital paulista. Segundo familiares do motorista ouvidos nesta quinta-feira (10) pelo G1, ele continua se recuperando com dificuldades das sequelas que ficaram no seu corpo em razão do tempo internado por causa da Covid. Algumas delas são as escaras (feridas) e a dificuldade de caminhar. Sem poder trabalhar, Nano conta com a ajuda financeira de parentes, amigos e outras pessoas para realizar sessões de fisioterapia e comprar curativos. Fã de Diogo Nogueira se recupera de Covid com música do sambista após 54 dias em UTI de SP 'Clareou' Ao sair da unidade médica de cadeira de rodas, o motorista, e médicos e enfermeiros enfileirados com balões, cantaram “Clareou” de Diogo. A canção foi escolhida por Nano para celebrar e aplaudir a sua vitória contra a doença. Vídeos gravados pelos funcionários do hospital circularam nas redes sociais. Diogo Nogueira faz show gratuito na Praia dos Molhes, em Torres Divulgação/Marcos Hermes Tão logo soube que seu ídolo também tinha contraído o vírus, o fã gravou outro vídeo, ainda em agosto, desejando boa recuperação ao artista. “Fiquei sabendo que você está com Covid e eu espero que você tenha uma excelente recuperação”, fala o motorista na gravação. “Um abraço, fica com Deus, e uma boa recuperação”. A intenção de Nano era de que as imagens compartilhadas nas redes sociais chegassem até Diogo. E pelo visto, chegaram. Segundo a assessoria, o cantor apresentou os primeiros sintomas da Covid-19 em 29 de julho. Dois dias depois testou positivo para a doença. Mas em 23 de agosto já estava recuperado e gravou uma live musical pela internet. Nano ouve música 'Clarear', um dos hits do ídolo Diogo Nogueira, cantada por enfermeiros e médicos ao receber alta Divulgação/Arquivo pessoal Fã em coma Nano deu entrada no hospital em 8 de junho com a doença. O motorista ficou entubado por 22 dias, em coma induzido, porque tinha dificuldades para respirar devido à inflamação nos pulmões. “54 dias de internação, sendo 22 dias em coma induzido entre a vida e a morte, fazendo hemodiálise desde o terceiro dia de internação. Após 20 dias coloquei a traqueostomia”, disse o motorista em agosto ao G1. “Fiquei sem falar, me alimentando por sonda, enfim foram intercorrências e complicações”. Ao sair do coma, Nano passou a escutar e cantar a música “Clareou”, de Diogo, no hospital. Segundo o motorista, a canção lhe ajudou na recuperação. “Fiquei internado por Covid 54 dias e a sua música foi inspiradora para mim. A música ‘Clareou’. Essa música tem muita espiritualidade e é uma música que tocou o meu coração e veio com uma mensagem”, diz o fã sobre a canção do ídolo. Initial plugin text
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Leny Eversong, grande cantora esquecida pelo Brasil, é ignorada até no centenário de nascimento
♪ MEMÓRIA – Coube ao pesquisador musical Rodrigo Faour lembrar em rede social nesta quinta-feira, 10 de setembro de 2020, um fato que o Brasil que pareceu ter esquecido: Leny Eversong (1920 – 1984) existiu! Entusiasta de vozes potentes e grandiloquentes como a de Eversong, Faour é o produtor de três das quatro coletâneas editadas em CD, entre 2002 e 2012, com gravações da fase áurea dessa cantora paulista, nascida em Santos (SP) há exatos 100 anos. Sim, Leny Eversong veio ao mundo como Hilda Campos Soares da Silva em 10 de setembro de 1920 – e não em 1º de setembro, como consta erroneamente em sites sobre a artista. Ao morrer em 29 de abril de 1984, na cidade de São Paulo (SP), Leny já estava esquecida. Talvez porque tenha se afastado paulatinamente da carreira a partir do início dos anos 1970 por questões pessoais. Intérprete poliglota, Leny Eversong deu voz volumosa a repertório predominantemente cantado em inglês, mas que incluiu temas em espanhol, francês, italiano e, sim, português. Egressa das emissoras de rádio e dos cassinos, a cantora gravou discos regularmente ao longo das década de 1940 e 1950. Esta fase áurea da discografia é composta por singles de 78 rotações por minutos, editados entre 1942 e 1961. As quatro coletâneas da artista editadas em CD – A voz poderosa de Leny Eversong (2002), A grande Leny Eversong (esta produzida em 2004 por Leon Barg, do selo curitibano Revivendo), Grandes vozes (série de compilações lançadas 2007) e Super divas (série de 2012) – oferecem ótimas amostras da potência vocal da cantora. Pela fluência com que cantava em inglês, sem qualquer sotaque que poderia ter evocado a origem brasileira, Leny cumpriu bem-sucedidas temporadas nos Estados Unidos, na Europa e em vários países da América Latina. No Brasil, o estilo peculiar de interpretação de Leny Eversong – eternizado em gravações com proeminentes arranjos orquestrais – expunha a técnica à frente da emoção e fazia com que a cantora soasse estrangeira no próprio país, mais receptivo para vozes sentimentais. O que fez com que Leny jamais tivesse obtido a coroação popular das rainhas da era do rádio, mesmo tendo gravado numerosos sambas e sambas-canção em discografia que inclui álbuns como A voz de Leny Eversong (1956), Leny Eversong na América do Norte (1957), Leny em foco (1957) e Ritmo alucinante (1958). Embora associada a um tempo específico da música, os anos 1940 e 1950, a voz farta de Leny Eversong esbanjava afinação que, por si só, garante à cantora um lugar singular na história da música brasileira – o que torna ainda mais injusto o esquecimento do centenário de nascimento da artista pelo Brasil.
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Músicas para descobrir em casa – ‘Coração americano’ (Raimundo Fagner e Antonio Marcos, 1975) com Vanusa
Capa de 'Amigos novos e antigos', álbum de 1975 em que Vanusa apresentou 'Coração americano' Pintura de Tebaldo ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Coração americano (Raimundo Fagner e Antonio Marcos, 1975) com Vanusa ♪ Interessante composição apresentada por Vanusa no álbum Amigos novos e antigos, disco de 1975 em que a cantora paulista buscou aproximação com o universo da MPB, Coração americano se insere de forma crítica em contexto político que promoveu conexões entre países da América Latina. A década de 1970 gerou links entre cantores e compositores da América Latina, irmanados na resistência aos sistemas ditatoriais que tentaram calar vozes alinhadas com a luta pelas liberdades civis em países como Brasil e Chile. No Brasil, Milton Nascimento liderou informalmente na área musical esse movimento de integração latina que, a rigor, nunca foi abraçado de fato pelo povo brasileiro. O motor de Coração americano é justamente a incapacidade do brasileiro de concretizar a integração com os hermanos latinos. Primeira e única improvável parceria entre o cearense Raimundo Fagner e o paulistano Antonio Marcos (8 de novembro de 1945 – 5 de abril de 1992), Coração americano bateu nessa frequência na pulsação do canto expansivo de Vanusa Santos Flores, cantora nascida em 22 de setembro de 1947. Casado com Vanusa na época, em união oficializada em 1972, Antonio Marcos fez Coração americano com Fagner para Amigos novos e antigos, álbum que se tornaria o melhor disco de Vanusa, cantora mais identificada com a canção popular do que com a MPB. O álbum de 1975 foi gravado com produção musical de Moracy do Val e Lincoln Olivetti (1954 – 2015). Um dos quatro arranjadores arregimentados para dar forma ao disco Amigos novos e antigos, o músico Sérgio Sá (1953 – 2017) ficou responsável pela orquestração da faixa Coração americano. O destaque do arranjo é a levada final que evoca o universo da música andina em sintonia com a letra inusitada que narra o anseio de carioca de se integrar à América do Sul sem de fato extrapolar as fronteiras da ensolarada cidade do Rio de Janeiro (RJ). O coração americano do eu-lírico da canção é “pacífico demais”, como diz verso da letra que alterna sentimentos de revolta e resignação diante da inércia desse eu-lírico conformista. Na gravação original de Coração americano, o bandoneon – manuseado por músico identificado como Cáceres na ficha técnica do LP original de 1975 – é o toque mais explicito de latinidade do arranjo que inclui os sopros das flautas de Carlos Alberto e Demétrio. A faixa traz também o violão de Mário Campanha (compositor, então parceiro frequente de Vanusa), os teclados do arranjador Sérgio Sá, a tumba de Rubão, o baixo de Willie Verdaguer e a bateria de Norival. Exemplo da força do canto de Vanusa, Coração americano bateu novamente na voz da cantora em registro audiovisual de show feito para a TV e perpetuado no DVD Cantares, editado em 2008, três anos após Aretha Marcos – fruto da união de Vanusa com Antonio Marcos – ter incluído Coração americano no roteiro do show apresentado em 2005 pela artista com o repertório do pai e eternizado em DVD editado em 2006. Essa gravação conta com a voz de Fagner e o toque do músico Caçulinha. Curiosamente, os compositores da música, Fagner e Antonio Marcos, nunca registraram a música oficialmente nas respectivas discografias, mas a cantaram juntos em show feito por Fagner nos anos 1980 com a participação de Antonio Marcos. O vídeo desse número pode ser visto no YouTube. Decorridos 45 anos da gravação original de Vanusa, Coração americano ainda bate forte. ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 19 : Título: Coração americano Compositores: Raimundo Fagner e Antonio Marcos Intérprete original: Vanusa Álbum da gravação original: Amigos novos e antigos Ano da gravação original: 1975 Regravações que merecem menções: a de Aretha Marcos com Fagner e Caçulinha no DVD Aretha Marcos ao vivo – Homenagem aos 60 anos de Antonio Marcos (2006) e a da própria Vanusa no DVD Cantares (2008). ♪ Eis a letra de Coração americano : “Meu coração vadio Dantes nunca navegado No Atlântico ancorado É pacífico demais. Num dia americano Como estouro de boiada O meu coração de nada Quis América do Sul Que leviano! O meu peito americano Quiere hablar o castellano Ser daqui e ser de lá. Mas de repente Alguém toca o telefone Ouço a voz, gosto do nome Deixo tudo e vou pro mar O Rio é de Janeiro Fevereiro e carnaval Com o Cristo ao natural Que é pacífico demais Então mais um cigarro No meu carro em Ipanema Vejo a moça do poema Eu mais eu e nada mais Que desatino! A viola abandonada Minha mão tão asfaltada Não consegue violar E um sonho novo De passar as cordilheiras Vai virar velhas olheiras Se acordado eu esperar E um sonho novo De passar as cordilheiras Vai virar velhas olheiras Se acordado eu esperar”
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Lives de hoje: Humberto Gessinger, Maiara & Maraisa e mais shows para ver em casa
Marcos e Belutti, Felipe Cordeiro e Teresa Cristina também estão na programação de shows on-line desta sexta-feira (11). Humberto Gessinger, Maiara & Maraisa e Marcos & Belutti fazem live nesta sexta-feira (11) Daryan Dornelles-Divulgação/ Fábio Rocha-Globo/ Raquel Cunha-Globo Humberto Gessinger, Maiara & Maraisa e Marcos & Belutti estão entre os artistas que fazem live nesta sexta-feira (11). Veja a lista completa com horários das lives de hoje abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Sexta (11) Tetine – 13h30 – Link Felipe Cordeiro – 19h – Link Humberto Gessinger – 20h – Link Maiara e Maraisa – 20h – Link Marcos e Belutti – 21h45 – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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‘Marvel’s Avengers’ desvia de desastre anunciado e se salva por muito pouco; G1 jogou
Game online protagonizado pelos Vingadores tem muitos problemas e defeitos, mas acerta com história focada na jovem e carismática Miss Marvel. Como um jogo desacreditado, com um período de testes desastroso e um lançamento cheio de problemas consegue se salvar do completo fracasso? "Marvel's Avengers" parece ter a resposta. O game multiplayer online estrelado pelos Vingadores saiu no dia 4 para Xbox One, PlayStation 4, Stadia e computadores sob olhares desconfiados. Mas mantém, pelo menos por enquanto, o mínimo de esperança de conseguir vingar – com o perdão do trocadilho – graças a uma história focada em sua protagonista inesperada e em um sistema de combate empolgante. Mesmo assim, o enorme carisma da jovem Kamala Khan, a Miss Marvel atual dos gibis, precisa superar defeitos básicos e inacreditáveis para uma produção deste tamanho, e outros desafios que podem ser insustentáveis a longo prazo. Trailer de 'Marvel's Avengers' Quem salva os Vingadores? Apesar de pertencer a um gênero mais parecido com o da série "Destiny", com grande foco em missões para diversos jogadores online, o RPG de ação de "Marvel's Avengers" consegue um de seus maiores trunfos em seu modo campanha. Na história, os Vingadores se separam após serem acusados como culpados por um evento cataclísmico que tirou a vida do Capitão América e destruiu uma cidade inteira. Em sua ausência, a tirânica organização tecnológica AIM ganhou poderes de fiscalização sobre todos aqueles que têm poderes. Vingadores enfrentam a AIM em 'Marvel's Avengers' Divulgação O jogador assume então o controle da jovem Kamala, enquanto ela tenta reunir a equipe e descobre suas próprias habilidades. Com o tempo, é possível assumir também os papéis de Hulk, Viúva Negra, Thor e do próprio Capitão. Depois da história finalizada, a ideia é que a comunidade continue a reunir a equipe em missões multiplayer, em busca de mais pontos de experiência e equipamentos melhores, com novos heróis e fragmentos de história lançados esporadicamente. Os heróis se reúnem em 'Marvel's Avengers' Divulgação Entre 'Anthem' e 'Destiny' Com a premissa estabelecida, é preciso falar dos inúmeros problemas que acompanham o jogo. Depois de inúmeras críticas ao período de testes beta, a desenvolvedora Crystal Dynamics, responsável pela série "Tomb Raider" conseguiu acertar alguns detalhes. Esta é a boa notícia. A ruim é que "Avengers" continua repleto de defeitos inacreditáveis e até um tanto amadores. Há legendas que não representam o que está acontecendo e personagens que atravessam o chão ou inimigos que não atacam, é impressionante que um jogo anunciado em 2017 e com tamanha projeção ainda tenha falhas assim. Kamala Khan reúne os Vingadores em 'Marvel's Avengers' Divulgação Se isso não fosse o bastante, os tutoriais que aparecem depois das primeiras batalhas não fazem muito sentido, o sistema de evolução e de itens é mal explicado e os "quick time events" (aqueles momentos em que é necessário apertar o botão específico indicado para realizar uma ação) são tão escassos e bobos que parecem uma ideia abandonada no meio do caminho, tão esquecida que o que restou foram apenas os esqueletos do que poderia ter sido. O fã mais otimista do gênero pode lembrar com esperança que "Destiny" também não teve lá o melhor dos lançamentos em 2014 – mas "Avengers" está longe da qualidade inicial da série. Como contraponto, também é importante ter em mente o fantasma de "Anthem", que no começo de 2019 estreou de forma tão apoteoticamente péssima que morreu com o tempo, de certa forma abandonado pela EA. O jogo da Crystal até tem mais defeitos que sua contraparte robótica, mas fica entre os dois games – mais próximo ao segundo, é verdade – graças à força da marca dos heróis e do carisma de Kamala. Alguém ajude a Miss Marvel a segurar essa barra que é carregar 'Marvel's Avengers' nas costas Divulgação Kamala 2020 A jovem Miss Marvel é com certeza o grande destaque de "Avengers". Mais do que traduzir o deslumbramento do jogador através de seus olhos, o que a torna o fio condutor perfeito para a campanha, a heroína é também uma das melhores de controlar em ação. Os combates, aliás, também merecem elogios. Tirando defeitos técnicos, as lutas baseadas em ataques leves e pesados, especiais pulos e até voo são complexas e desafiadoras o suficiente para manterem os jogadores engajados. Mais que isso, se manifestam de formas bem diferentes em cada um dos heróis. Assim, não só é possível encontrar aquele que melhor se encaixe à sua forma de jogar, também faz com que as futuras adições prometidas ao elenco – o Homem-Formiga é a primeira dela – tenham valor. No fim, nada disso vai importar muito se a desenvolvedora não der atenção também às missões pós-campanha, principais responsáveis pela vida útil do jogo. Por enquanto, elas são repetitivas demais para valerem o esforço – que inclui sempre, é preciso ressaltar, a superação dos defeitos técnicos. Mas se a Crystal mostrar um pouco da perseverança de sua protagonista, ainda há esperança para os Vingadores – além de muito, mas muito trabalho pela frente.
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