TVK Web Cultural

  • CULTURA
  • TURISMO
  • NEGÓCIOS
  • POLÍTICA
  • GALERIA
  • CONTATO

Cineasta lança documentário sobre o movimento punk feminista dos anos 1990 em SP

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

'Faça Você Mesma' estreia nesta quinta-feira (10) no festival In-Edit e mostra versão brasileira do riot grrrl. Veja como shows para 50 fãs e gravações em fitas k7 fizeram barulho. Banda Dominatrix em apresentação na cidade de São Paulo. Pioneiro, grupo abriu os caminhos para as mulheres no punk no país Marcos Aragão/Arquivo Pessoal A agressividade dos vocais e das guitarras de um pequeno grupo de adolescentes no início da década de 1990, em São Paulo, não foi abafada nem mesmo pela sonoridade das fitas k7. Na verdade, impactaram profundamente a formação de uma geração de mulheres. A cineasta Letícia Marques, 36 anos, é uma delas. No documentário "Faça Você Mesma", lançado nesta quinta-feira (10), ela mostra como foi o movimento riot grrrl no Brasil. O longa é fruto da pesquisa dela e de um time de mulheres, nos últimos quatro anos. “O riot grrrl foi muito mais do que ‘música feita por garotas’. O ambiente do hardcore era machista e hostil à presença de mulheres. A música foi um veículo para que elas se apropriassem de um espaço, que é a grande mensagem do punk, mas tudo permeado por apoio mútuo, que é uma tradição feminista”, explica Letícia ao G1. “Faça Você Mesma” estreia nesta quinta no Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit) e fica disponível na plataforma online até 20 de setembro. A distribuidora do filme ainda negocia o lançamento em plataformas de streaming. Trailer de 'Faça Você Mesma' (2019), de Letícia Marques Chegada ao Brasil A cineasta explica que o movimento nasceu no estado de Washington, nos Estados Unidos, de onde emergiram bandas como Bikini Kill, Bratmobile e Heavens To Betsy. Letícia morou no país durante a adolescência e testemunhou a força desta cena diretamente da plateia de alguns shows. O riot grrrl desembarcou em São Paulo por meio de fitas k7 que uma amiga gravava para outra e também pelo empenho de selos, como Kill Rock Stars e Teenager In A Box. A coletânea Punk Rock Não É Só Para O Seu Namorado também foi importante para espalhar esses sons. Os holofotes não eram para mulheres nem nos Estados Unidos e tampouco no Brasil. Mais do que ocupar um espaço, adolescentes se uniram para criá-lo. O filme mostra que, em São Paulo, a banda Dominatrix abriu os caminhos em março de 1995, com um show no Victoria Pub, antiga casa noturna na Alameda Lorena, bairro dos Jardins. Aquele foi o começo da construção de uma cena por um grupo muito pequeno de amigas, e amigas de amigas. O grupo não apenas alcançou o palco, como inspirou uma geração de outras garotas que queriam tocar e cantar. “Ouvir aquelas garotas se expressando trouxe isso para a minha adolescência: experimente, questione, critique, se descubra", lembra Letícia. "É essa autonomia, essa ética, que sintetiza pra mim o que é se aprimorar. Foi a primeira centelha do pensamento: ‘nossa, é possível uma mulher com essa atitude’. Mexe com a autoestima." Pesquisa Isabella Gargiulo (banda Dominatrix) e Carolina Pfister (No Class e TPM), durante show na capital paulista Marcos Aragão/Arquivo Pessoal O documentário apresenta relíquias desta cena, que se desenvolveu no underground. Era como uma legítima contra-cultura paulistana, presenciada por plateias de 50 pessoas. Isso dificultou o acesso aos materiais da época, como fitas VHS, fotos, CDs raros e cartazes, mas o compilado em “Faça Você Mesma” é suficiente para transportar o espectador para dentro dos inferninhos escuros. Foi neles onde a cena se desenrolou. Espaços como o Alternative, na Penha, eram ocupados por cabeludos ouvindo canções com letras incompreensíveis, gritadas por garotas tatuadas em busca do seu lugar de fala. Personagens Além dos documentos, Letícia Marques também conversou com as protagonistas desta história, que tomaram rumos diferentes na vida. Da esquerda para direita, Carolina Pfister, em Portland, Oregon; Andressa Saboya, em Santos; Isabella Gargiulo, em Portland, Oregon; Marcela Mattos e Gigi Louise, em Santos; Jan Veneziani, em São Paulo; e Barbara Fraga, em Belo Horizonte. Cineasta Letícia Marques localizou algumas das garotas que construíram o riot grrrl no Brasil Black Sheep Filmes/Divulgação Foram 25 entrevistas com integrantes de bandas icônicas do movimento. Há relatos de quem surgiu com a cena, como Dominatrix, TPM e Hitch Lizard. Mas também há espaço para os últimos expoentes, como o Miêta e o Bertha Lutz, passando pelas garotas do Siete Armas e do Hidra, no início dos anos 2000. “Percebi que a autenticidade e a iniciativa daquelas mulheres se mantiveram, além do feminismo. Hoje, todas, de alguma forma, trabalham em uma rede com mulheres, ensinam mulheres, trabalham em ONG para mulheres ou montaram o próprio estúdio." "Senti também que continua presente o processo de autodescoberta”, conta a cineasta, que viajou de Santos (SP) a Portland, no estado americano do Oregon, para fazer as entrevistas. Mais que música Com os resultados da pesquisa em mãos, Letícia Marques começou as discussões que ocupam o centro do movimento riot grrrl. Entre os assuntos, destacam-se a micro-politica e as barreiras particulares enfrentadas pela mulher brasileira. Dessa forma, a cineasta conecta aquele pequeno fragmento da história das mulheres de São Paulo a pautas ainda atuais. “A busca daquelas adolescentes por pertencimento e reconhecimento continua sendo uma busca de todas as mulheres", compara. "Revela que o feminismo continua sendo necessário. A diferença é que tudo isso foi dito naquela época por meio da música, que permeava a vida dos jovens, já que o acesso a isso era diferente, demandava uma vontade de procurar, de gravar fitas k7, trocar descobertas, formando uma rede." No centro, Letícia Marques, diretora de 'Faça Você Mesma'. À esquerda, Brunella Martina, produtora executiva, e, à direita, Pryka Almeida, vocalista da banda Lâmina, que participou do filme Black Sheep Filmes/Divulgação O pano de fundo de “Faça Você Mesma” é uma playlist cronológica do desenvolvimento daquela cena, com diversidade de artistas, mas cadência na conexão entre elas. A sonoridade do filme ilumina um dos grandes trunfos deste documentário: a montagem. Letícia Marques sintoniza o ritmo da estrutura narrativa ao processo de amadurecimento do próprio riot grrrl e de suas protagonistas. O início tem os ruídos homogêneos produzidos por adolescentes em busca da própria identidade. Depois, ganha fôlego com os depoimentos até culminar, quase como em uma hipnose, em um final mais melódico, que remete à maturidade. "A ideia de fazer um filme vem também de introduzir e apresentar possibilidades. Neste caso, a possibilidade do feminismo, da sororidade, da autonomia, da auto-descoberta, da transformação, do amor, do pertencimento. Acho que o cinema pode trazer essa possibilidade, como o riot grrrl trouxe para a minha vida", comenta a diretora. “Me reconheci nele como mulher e ser humano. Trouxe empoderamento, por todo o conceito, e também pela musicalidade. Gostaria que o filme trouxesse esta inspiração pra quem assistir também. Que ‘faça por si mesma’ na vida. Acho que essa é a ideia. Mostrar que a gente pode e dever fazer o que quer, e não se desculpar por isso, e ocupar os lugares, e o mundo."

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Julia e Rafaela buscam identidade no campo para nova fase: ‘A gente não gosta de falar de chifre’

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Irmãs de 18 anos começaram cantando sofrência, mas viram que letras não têm a ver com elas. G1 mostra histórias de artistas que nasceram nos anos 2000. Definir a identidade musical é o objetivo da próxima fase na carreira de Julia e Rafaela, irmãs gêmeas de Campo Verde, interior do Mato Grosso. Elas começaram ainda pequenas, criaram um canal no YouTube e cantam profissionalmente desde os 14 anos. Hoje, aos 18, e depois de dois EPs e milhões de visualizações, ainda buscam o que querem cantar. "A gente sempre viu a nossa música muito a nossa identidade. A gente gosta das nossas músicas, mas falta alguma coisa", diz Rafaela ao G1. Ouça acima podcast com trechos da entrevista. Conheça 5 artistas brasileiros nascidos nos anos 2000 Nesta semana, o G1 mostra bastidores e carreira de artistas nascidos nos anos 2000: do funk de Don Juan e Ingryd à MPB de Agnes Nunes, passando pelo sertanejo (Julia e Rafaela) e pelo pop (Carol e Vitória). As primeiras músicas lançadas eram relacionadas à traição, sofrência e amores que as meninas não viviam aos 14 anos. "Muitas vezes no começo a gente não sabia o que cantar, não sabia de nada. Por ser uma música boa no olhar de outras pessoas, a gente acabava gravando. No final das contas, a gente falava assim 'vei não tem nada a ver com nós duas'", explica Júlia. "A gente não gosta de falar de chifre, coisas assim que não fazem parte da nossa realidade. A gente é muito mais sentimental, gosta de fazenda", completa Júlia. Elas estão trabalhando em três músicas para lançar ainda em 2020 com essa nova pegada. "De Onde eu Venho", música do álbum "Despertar" do ano passado, já foca mais no campo, nas origens. Júlia e Rafaela falam sobre sonhos e artistas preferidos Arte/G1 Começo com covers Em 2008, "A Favorita" passava na TV e a dupla Flora e Donatela de certa forma influenciou as garotas. Elas ouviram "Beijinho Doce" na novela e cantaram na sala para os pais, que acharam fofo. Aos 10 anos, incentivadas pela mãe, entraram na aula de canto e até chegaram a cantar na igreja, mas não por muito tempo. Nas férias, as meninas se dividiam entre ajudar o pai a tratar os bezerros e gravar vídeos com covers no YouTube, ideia da irmã mais velha, Camila. Hoje, ela é produtora e compositora da dupla. O primeiro vídeo foi lançado em agosto de 2015 com a música "Se olha no espelho", de Maiara e Maraísa, com participação de Cristiano Araújo. "A gente não sabia como era uma dupla feminina, nada assim. Ficamos chocadas e passamos a admirar muito o trabalho das duas", explica Julia. Julia e Rafaela Divulgação/Mauricio Antonio Além da dupla, Gino e Geno, Teodoro Sampaio e a cantora americana Billie Eilish são referências para as irmãs gêmeas: "Ela tem a nossa idade e veio com um estilo muito louco no mercado. A Billie realmente é o que ela é de verdade e isso é o mais inspirador." Situações constrangedoras Júlia e Rafaela dizem que não convivem muito com o machismo, nem sentem dificuldade de se posicionar pelo fato de serem mulheres na música. Elas reconhecem que o boom do feminejo foi importante para isso. "Hoje as pessoas querem ouvir muitas mulheres. Não tem mais essa coisa machista de você não pode fazer isso. Graças a elas que abriram muitas portas para outras mulheres", afirma Júlia. Mas não é que passam ilesas. As irmãs lembram de situações constrangedoras com fãs no camarim. Julia e Rafaela cantam com Felipe Araújo 'Latada na vida' Divulgação "É muito difícil lidar com homens, porque eles acham que podem pegar na sua bunda, podem pegar em qualquer lugar e é realmente bizarro. Eu não dei liberdade", diz Júlia. A saída nesses casos é ter jogo de cintura e manter contato visual com a equipe para que os funcionários resolvam a situação. "É muito difícil a gente brigar com a pessoa. Não posso fazer isso infelizmente, porque é um fã, é uma pessoa que às vezes está alcoolizada, não sabe o que está fazendo", explica Rafaela. Diferenças de 2015 para cá As irmãs são bem sinceras quando falam sobre como estão diferentes desde que começaram: "A gente não sabia nada do que tava fazendo. Hoje tem um pouco mais de noção, como posso te explicar… A gente sabe mais o que quer hoje, tem mais confiança", explicam. "Quando a gente entrou no escritório, a gente virou sócias e isso não entrou muito na minha cabeça", diz Rafaela. Julia e Rafaela em 2016 Divulgação "Cara, 14 anos não entende nada. É um processo tentar entender que a gente também é dona do processo inteiro. A gente está amadurecendo muito isso. Quatro anos muda muito". Elas também sentiram na pele a pressão do mercado e dizem que a ansiedade é grande a cada lançamento. "A música tem muita ansiedade, muita falsidade também. A gente tem uma família boa, uma base também que quando a gente precisa eles estão ali dando toque na gente, uma equipe também", explicam. As saídas para esses momentos de baixo astral são conversar com a família, ler e pensar em outra coisa que não seja música. No fim, elas gostam de ter começado a carreira tão cedo: "Eu até gosto de ser jovem assim no mercado, porque tem muito tempo de carreira ainda, né galera? Tem tempo de errar, de acertar." VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

‘Atravessa a Vida’, documentário de João Jardim, ganha trailer; ASSISTA

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Filme selecionado para o festival É Tudo Verdade acompanha desafios de alunos no último ano do ensino médio no interior do Sergipe. Veja o trailer do documentário Atravessa a Vida
O novo documentário de João Jardim ("Getúlio"), "Atravessa a vida",  lançou seu novo trailer nesta quinta-feira (10). Assista ao vídeo acima.
O filme foi selecionado para o festival É Tudo Verdade, que terá a maior parte de sua seleção exibida de forma digital entre os dias 23 de setembro e 4 de outubro.
A produção retrata o universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias, cidade de 40 mil habitantes no interior do Sergipe. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem sobre temas como futuro, depressão, aborto, pena de morte e a ditadura militar. 

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, morre aos 68 anos

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Empresário da banda conhecida por hits como 'Celebration' e 'Ladies Night' confirmou a informação, mas causa da morte não foi revelada. Ronald Khalis Bell durante cerimônia na Calçada da Fama, em Los Angeles, em 2015 Rich Fury/Invision/Arquivo Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, com sucessos como "Celebration", "Jungle Boogie" e "Ladies Night", morreu na quarta-feira (9) aos 68 anos. O artista faleceu em sua casa nas Ilhas Virgens Americanas, afirmou à AFP o empresário do grupo, Angelo Ellerbee. Ele não revelou a causa da morte. Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, morre aos 68 anos Nascido em Youngstown, Ohio, em 1951, Bell também se chamava Khalis Bayyan por seu nome muçulmano. Bell fundou o Kool & the Gang com o irmão Robert e os amigos Dennis Thomas, Robert Mickens, Charles Smith, George Brown e Ricky West no início da década de 1960. A banda uniu uma base de jazz com funk e toques de disco, R&B e pop. O grupo fez grande sucesso na 1970, ao lado de bandas como Earth, Wind and Fire, Isley Brothers e Sly and the Family Stone. Kool & the Gang continua como um dos grupos favoritos dos DJs nas pistas de dança e já teve muitas canções sampleadas, especialmente no mundo do rap e hip hop, aparecendo em músicas de astros como Jay-Z, Nas, NWA, Tupac Shakur, The Wu-Tang Clan, Snoop Dogg, A Tribe Called Quest e Busta Rhymes. Em uma entrevista para a agência Reuters em 2008, o cantor afirmou que "Celebration" era sua música favorita. "Primeiro de tudo, eu tinha dúvidas, pensando se ela seria um hit. Eu não fazia ideia. Mas ao longo de todos esses anos, há momentos no final do show, quando eu vejo todas as pessoas cantando essa música, e depois de uma hora, uma hora e meia de show você pede pra elas pularem e elas continuam pulando…Isso é algo impressionante pra mim." Em 2015, a banda foi homenageada em Hollywood e ganhou sua estrela na Calçada da Fama. A banda Kool & The Gang recebe homenagem na Calçada da Fama, em Los Angeles, em 2015 Rich Fury/Invision/AP, Arquivo

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Versos de Ferreira Gullar ressoam na música brasileira 90 anos após o nascimento do poeta

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

A palavra do escritor está (en)cantada em gravações de Caetano Veloso, Fagner, Maria Bethânia, Milton Nascimento e Paulinho da Viola, entre muitos outros nomes da MPB. ♪ MEMÓRIA – Na certidão de nascimento, ele foi José Ribamar Ferreira (10 de setembro de 1930 – 4 de dezembro de 2016), nome que explicitava a origem maranhense. Na assinatura dos poemas, ele foi, é e será eternamente Ferreira Gullar, criador de versos que puseram em pauta questões sociais, políticas e existenciais que fizeram do autor um dos maiores nomes da literatura brasileira. Os versos de Ferreira Gullar ressoam na música brasileira 90 anos após o nascimento do poeta, em relação com a palavra (en)cantada iniciada em 1966 por Nara Leão (1942 – 1989), cantora visionária que deu voz a poema de Gullar musicado por Denoy Oliveira, Como dois e dois são quatro, no álbum Manhã de liberdade (1966). Nada menos do que 30 músicas ostentam versos de Ferreira Gullar. A maioria dessas 30 músicas ostentam versos anteriores às melodias. Versos que ganharam músicas sob a inspiração de compositores como Milton Nascimento – parceiro de Gullar em Bela bela e Meu veneno, músicas lançadas em 1981 e 1990 nas vozes de Milton e da cantora Selma Reis (1958 – 2015) , respectivamente – e Raimundo Fagner, este o mais frequente parceiro de Gullar. E há versos escritos por Gullar especialmente para virarem música. A letra de Onde andarás, por exemplo, foi escrita pelo poeta a pedido de Maria Bethânia. A cantora queria letra sobre amor ausente, doído, uns versos de fossa. Gullar escreveu Onde andarás, letra que ganhou música de Caetano Veloso, lançada pelo cantor em 1968 e regravada por Bethânia duas vezes, a primeira em 1969 e a segunda em 1988, em sublime registro interiorizado do álbum Maria. Em 1975, invertendo a ordem habitual da criação, Gullar escreveu versos para a melodia de d'O trenzinho do caipira, tema composto em 1930 pelo compositor Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959). Coube a Edu Lobo lançar a letra de Gullar em gravação de 1978 que impulsionou a obra musical do poeta. Parceiro de Adriana Calcanhotto (compositora que musicou versos lúdicos do poeta para ganharem a voz do heterônimo infantil Adriana Partimpim em show de 2004), Flavia Bittencourt (Um instante, 2012), Moacyr Luz (Poema obsceno, 2005), Paulinho da Viola (Solução de vida, 1996) e Sueli Costa (Escuta moça, 1984). Contudo, foi mesmo com Fagner que a poesia de Ferreira Gullar virou palavra cantada pelo Brasil com maior frequência. Um dos poemas mais celebrados de Gullar, Traduzir-se virou música que deu nome ao álbum lançado em 1981 pelo cantor e compositor cearense. Na sequência, Fagner musicou Contigo (1983), Me leve (Cantiga para não morrer) (1984) – canção que se tornou sucesso – e Rainha da vida (1986), além de Menos a mim (1991), música do álbum, Pedras que cantam, em que o cantor apresentou Borbulhas de amor (1991). Com Borbulhas de amor, Ferreira Gullar caiu na boca do povo brasileiro, através da voz de Fagner, ao escrever a versão em português de Burbujas de amor (1990) composição de Juan Luis Guerra traduzida pelo poeta com fidelidade ao sentido dos versos originais em espanhol do artista dominicano. Como grande poeta, Ferreira Gullar sabia que as almas necessitam de ilusão.

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Microsoft corrige ‘bug’ que fazia Windows esquecer datas e realizar manutenção excessiva em SSDs

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Empresa também lançou pacote mensal de atualizações corrigindo 129 vulnerabilidades em seus produtos. Atualização do Windows corrige falhas de segurança. Reprodução/Microsoft A Microsoft começou a distribuir uma atualização para o Windows que corrige um "bug" no desfragmentador e otimizador de unidades de armazenamento. O erro fazia o Windows "se esquecer" da data da última otimização, o que podia levar o sistema a realizá-la repetidamente, sem respeitar o período de manutenção definido pelo próprio Windows. Embora a Microsoft não tenha lançado novas edições do seu sistema operacional, o Windows 10 vem ganhando "atualizações de recursos" numeradas, que trazem mudanças significativas. O problema na otimização das unidades surgiu na versão 2004 do Windows 10, a mais recente dessas atualizações. Otimizador de unidades realiza manutenção periódica nos dispositivos de armazenamento, mas precisa lembrar da data em que a última otimização foi realizada para não repetir o processo sem necessidade. Reprodução O problema atingia dispositivos de armazenamento do tipo SSD (estado sólido). Essas unidades precisam ser otimizadas periodicamente com um comando especial chamado de "Trim" para orientar o SSD a dispensar blocos marcados como livres – um processo importante para a manutenção desse tipo de unidade de armazenamento. Alguns usuários e publicações levantaram a hipótese de que o uso excessivo do comando "Trim" poderia danificar as unidades, mas não existe uma prova concreta desses danos. Se o SSD não tiver nenhuma falha em seu projeto, o comando "Trim", por si só, não deve danificá-lo – o que tornaria o "bug" do Windows inofensivo para o hardware. No entanto, o bug ainda é curioso por ser ocasionado por um simples esquecimento de uma data. De acordo com o site "Bleeping Computer", o erro foi relatado à Microsoft por testadores antes do lançamento da versão 2004, mas a correção só foi disponibilizada agora. Microsoft corrigiu 129 falhas de segurança A Microsoft também liberou seu pacote mensal de correções de falhas de segurança nesta terça-feira (8). No total, a companhia eliminou 129 vulnerabilidades dos seus vários softwares – incluindo programas voltados para ambientes empresariais. Alguns dos erros, no entanto, atingiram o Windows, incluindo os navegadores Internet Explorer e Edge. O Exchange, que é usado por empresas para criar e-mails para funcionários, recebeu uma atualização crítica por conta de uma falha que permite invadir o sistema com o simples envio de um e-mail malicioso. Essa é uma das falhas consideradas mais graves do pacote, mas atinge apenas ambientes corporativos. Outra brecha permite que o Windows seja invadido apenas com a abertura de um arquivo multimídia. Arquivos de som e imagem normalmente são inofensivos, o que exige a exploração de falhas para que elas possam atuar de forma maliciosa no sistema. Não há registro da exploração dessa falha até o momento, mas é importante que a atualização seja instalada para evitar ataques. O Windows 10 instala atualizações automaticamente para todos os usuários. Não é preciso tomar nenhuma atitude especial para receber essas correções – todos os sistemas devem recebê-las ainda esta semana. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com VÍDEOS: Veja dicas sobre segurança digital

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Guedes diz que ‘desalinhamento’ com Maia é natural e que agora base do governo faz interlocução

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Na semana passada, presidente da Câmara disse que suspendeu interlocução com Ministério da Economia depois que ministro Paulo Guedes proibiu secretários de participar de reunião. Guedes fala em 'desalinhamento' no relacionamento com Rodrigo Maia O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (9) que o "desalinhamento" entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é "natural" diante de divergências em torno da proposta de reforma tributária. Guedes comentava declaração de Maia, que, na semana passada, afirmou a interlocução com o Ministério da Economia estava encerrada depois que o ministro proibiu secretários da pasta de participar de uma reunião com ele. Guedes afirmou que o governo conta hoje com uma base de sustentação na Câmara que permite a ele "dormir mais tranquilo", sem a necessidade de depender de "um olhar generoso e amigo" de Maia para os projetos que o governo defende. "Tivemos agora um ou outro desalinhamento, mas é natural porque eu tenho que proteger a União. E ele, chegando um pouco mais próximo da reforma tributária, pensando nos governadores e prefeitos. Há um desalinhamento natural", disse Guedes. Ele afirmou que está "recolhido" das negociações políticas devido à comunicação do governo com a base no Congresso. "Acabou o meu voluntarismo", disse. "Eu hoje estou dormindo mais tranquilo, porque agora tem eixo político o governo", afirmou Guedes. Sadi: ‘Briga já está rolando há muito tempo’, diz sobre Rodrigo Maia e Paulo Guedes Sobre proibir que técnicos do ministério participem de reuniões com o presidente da Câmara, Guedes afirmou: "Eu tive que dizer ao presidente da Câmara só o seguinte: 'Olha, eu não posso ficar mandando técnicos meus para bolarem uma reforma que está totalmente desalinhada com o que aconteceu e com o que vai acontecer daqui para a frente." O ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Voluntarismo Guedes afirmou ainda que, com a base de apoio ao governo na Câmara, a interlocução dele com a Casa mudou. "Agora tem liderança, tem base de governo, tem tudo direitinho. Então, eu venho aqui, converso com eles, eu não preciso mais andar desesperado pelo Planalto, correndo de um lugar para o outro, pedindo pelo amor de Deus e, às vezes, sendo mal entendido", disse Guedes. Segundo ele, agora há "uma via regular" de encaminhamento, que é a base de governo. "Quer dizer, o presidente está lá sentado, com líderes, todo mundo lá. A gente conversa regularmente, toda semana. Aí, o governo consegue decidir e encaminhar de uma forma mais adequada que não seja um ministro dependendo também de um olhar generoso e amigo. Faço questão de registrar, do nosso presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que sempre nos ajudou, sempre nos ajudou em todas as reformas", afirmou o ministro.

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

FMI diz que crise do coronavírus está ‘longe de acabar’ e que mais ajuda é necessária

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Fundo estima que o custo total da crise chegará a US$ 12 trilhões até o final de 2021. O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta quarta-feira (9) que a crise do coronavírus está "longe de terminar" e ressaltou a necessidade de cooperação multilateral para garantir suprimentos adequados assim que a vacina for desenvolvida. FMI diz que crise do coronavírus está longe de acabar Mandel Ngan/AFP FMI facilitará acesso a fundos de emergência por pandemia Em um ensaio publicado na revista Foreign Policy, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e a economista-chefe do órgão, Gita Gopinath, disseram que a recuperação econômica em curso diante da crise foi o resultado da rápida implementação e da escala sem precedentes de apoio de governos e bancos centrais, ponderando, contudo, que mais esforços serão necessários. "A recuperação continua muito frágil e desigual entre regiões e setores. Para garantir que a retomada continue, é essencial que o suporte não seja retirado prematuramente", escreveram as duas economistas no artigo. A Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, já matou 900 mil pessoas em todo o mundo, e o FMI estima que o custo total da crise chegará a US$ 12 trilhões até o final de 2021, com países de baixa renda provavelmente precisando de apoio contínuo. O FMI disponibilizou financiamento de emergência para 75 países, incluindo 47 nações de baixa renda, e disse que está pronto para fornecer mais apoio a um conjunto mais amplo de países de renda média. Além de apoiar trabalhadores e empresas e investir para conter o aquecimento global e reverter o aumento da desigualdade, os líderes do FMI disseram que os governos devem cooperar internacionalmente para que coloquem fim à crise de saúde. Veja as últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Bolsas da Europa fecham em alta, acompanhando virada do humor em NY

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

O setor de tecnologia do Stoxx Europe 600 liderou os ganhos, fechando em alta de 2,21%; setor bancário subiu 1,5%. As bolsas da Europa mais uma vez acompanham o comportamento de Wall Street, com o setor de tecnologia europeu acompanhando a melhora do humor em relação ao seu equivalente americano. Assim, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em alta de 1,62% nesta quarta-feira (9), a 369,65 pontos, acentuando os ganhos após a abertura em Nova York e mais do que dobrando os ganhos vistos mais cedo.
Já o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 1,39%, a 6.012,84 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, avançou 2,07%, a 13.237,21 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 1,40%, a 5.042,98 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 2,02%, a 19.771,32 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 0,95%, a 7.020,90 pontos.
Bolsas da China têm maior queda em 6 semanas
O setor de tecnologia do Stoxx Europe 600 liderou os ganhos, fechando em alta de 2,21%. Mas o dia foi de ganhos generalizados, com o setor bancário — de maior peso no índice pan-europeu — subindo 1,5%, enquanto o setor químico avançou 1,9% e o de construção subiu 1,37%.
Mesmo a notícia da suspensão temporária nos testes da vacina contra a covid-19 em desenvolvimento pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, devido a uma suspeita de reação adversa séria em um participante dos testes conduzidos no Reino Unido, não foi suficiente para reverter os avanços de hoje.
AstraZeneca e Universidade de Oxford anunciam suspensão temporária dos testes de vacina
"De uma perspectiva de mercado, isso prejudica o tempo associado a um dos produtos mais promissores que avançam em direção à linha de chegada", escreveu, em nota a clientes, o analista de mercado sênior da IG, Joshua Mahony. "Embora se espere que o paciente se recupere, há questões significativas sobre se isso significa que a vacina pode ter efeitos colaterais inesperados significativos que reduziriam a probabilidade de adoção no futuro", acrescentou.
Apesar da interrupção, que deve atrasar um pouco mais a evolução de uma das candidatas mais promissoras à vacina, tanto a empresa como analistas apontam que a suspensão faz parte do processo de desenvolvimento.
FMI diz que crise do coronavírus está 'longe de acabar' e que mais ajuda é necessária
Os índices europeus também contam com a colaboração da alta de empresas petrolíferas como a holandesa Royal Dutch Shell, que fechou em alta de 1,71%, e a britânica BP, que subiu 1,45%. Ontem essas empresas tiveram perdas diante da queda acentuada dos preços do petróleo.
Nesta quarta, porém, os preços do petróleo se recuperam parcialmente do tombo da véspera. Os contratos futuros para novembro do Brent, a referência global, subiam, no início da tarde de hoje, 2,46%, a US$ 40,76 o barril, enquanto os contratos para outubro do WTI, a referência americana, avançavam 3,24%, a US$ 37,96 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Ontem, o Brent fechou em queda de 5,30% e o WTI caiu 7,56%.

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Itaú Unibanco lança crédito imobiliário corrigido pela poupança

quinta-feira, 10 setembro 2020 por Administrador

Nova linha vale apenas para imóveis residenciais e permite o uso do FGTS desde que o financiamento se enquadre nas regras da Caixa. Um homem entra em uma agência do Itau na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo Marcelo Brandt/G1 O Itaú Unibanco lançará na quinta-feira (9) uma linha de crédito imobiliário corrigida pela caderneta de poupança, à medida que grandes bancos ficam mais agressivos para tentar conquistar clientes com operações de longo prazo, após a taxa de juros do país ter caído à mínima histórica na esteira da recessão provocada pela pandemia do coronavírus. O banco começará a ofertar empréstimos para compra da casa própria com taxa fixa de 3,99% mais o juro remuneratório da poupança, chegando a um índice atual de 5,39% ao ano, segundo material que o Itaú distribuiu a agentes imobiliários. O principal argumento de venda para o produto é a definição de um teto de taxa de juros, chegando no máximo a 10,16% ao ano. O cliente não é avisado quando a taxa do contrato subir. Procura por imóveis maiores e mais confortáveis cresce durante pandemia Numa simulação feita pelo banco, a primeira parcela com taxa de juro da linha tradicional, de 7,3% ao ano, é de R$ 3.561, enquanto com a nova a prestação é de R$ 2.943, considerando a taxa anual de 5,39%. E o valor do financiamento total recua em quase R$ 60 mil, considerando um prazo de 30 anos para um imóvel avaliado em R$ 708 mil, dos quais R$ 411 mil financiados. Isso, claro, mantida a atual taxa durante todo o período. "Na nova linha o cliente economiza e não tem surpresas desagradáveis ao longo do contrato, como acontece no modelo de indexador atrelado ao IPCA praticado pelos concorrentes", afirma o Itaú Unibanco. A Caixa Econômica Federal anunciou em agosto de 2019 uma linha de crédito imobiliário referenciada no IPCA. O nova linha do Itaú permite o uso do FGTS como parte do pagamento, desde que o financiamento se enquadre nas regras da Caixa Econômica Federal. O comprador também pode compor a renda com mais uma pessoa. O produto usa o Sistema de Amortização Constante (SAC), que funciona abatendo parte do valor pago nas parcelas diretamente do saldo devedor A linha só vale para financiar a compra de imóveis residenciais. O valor de entrada deve ser de no mínimo 18% do valor de avaliação do bem. Por ora, o Itaú não permitirá nesta linha a portabilidade de financiamento feito em outros bancos. A migração entre a taxa de juros da poupança para uma pré-fixada ao longo do contrato também não é permitida. O banco avaliará pedidos de migração de linhas atuais atreladas a outros índices para este atrelado à poupança. O Itaú divulgará oficialmente a nova linha na quinta-feira (10).

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments
  • 421
  • 422
  • 423
  • 424
  • 425
  • 426
  • 427

Destaques

  • Câmara de Campo Grande aprova projetos sobre cultura, meio ambiente e inclusão de estudantes com TEA

    Na sessão ordinária desta terça-feira, 13 de ma...
  • Semana Nacional de Museus 2025: Programação especial em Campo Grande homenageia Lídia Baís

    A 23ª Semana Nacional de Museus acontece entre ...
  • Porto Geral de Corumbá recebe Festival América do Sul 2025 com atrações nacionais e celebração da cultura regional

    Entre os dias 15 e 18 de maio, o histórico Port...
  • Campão Cultural 2024 traz programação intensa e gratuita até 6 de abril

    O Campão Cultural está de volta, levando uma pr...
  • Casa de Cultura de Campo Grande oferece cursos gratuitos em música e dança

    A Casa de Cultura de Campo Grande está com insc...
TOPO