UE reserva 200 milhões de doses da potencial vacina contra Covid-19 da Biontech-Pfizer
Este é o sexto acordo do tipo anunciado pelo bloco europeu com grupos farmacêuticos. Foto ilustrativa de seringa com vacina contra o coronavírus Andre Melo Andrade/Estadão Conteúdo A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (9) um acordo para reservar 200 milhões de doses da potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela aliança Biontech-Pfizer, grupos alemão e americano. O acordo prevê ainda a opção de aquisição de 100 milhões de doses adicionais pelo bloco europeu, de acordo com a France Presse. Este é o sexto acordo do tipo anunciado pela UE, que já assinou entendimentos similares com a Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, Curevac, Moderna e AstraZeneca. Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão, afirmou em uma nota que "nossas possibilidades de desenvolver uma vacina segura e eficiente nunca foram tão elevadas". A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, destacou que o acordo anunciado nesta quarta-feira "é outro passo importante em nossos esforços para construir uma reserva sólida e diversificada das vacinas candidatas". Pesquisas A empresa alemã Biontech e o laboratório americano Pfizer trabalham há vários meses no projeto de vacina, a BNT162b1, que entrou em uma fase de testes clínicos em grande escala no fim de julho. Em agosto, resultados preliminares indicaram que a vacina induziu uma resposta imune "robusta" e não teve efeitos colaterais graves em voluntários adultos. Os Estados Unidos assinaram um acordo semelhante com o grupo para receberem 100 milhões de doses por quase 2 bilhões de dólares, o que equivale a um preço de 39 dólares pelo que provavelmente será um tratamento de duas doses. O Japão também concluiu acordos com o grupo para reservar 120 milhões de doses. Initial plugin text
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Inflação fica em 0,24% em agosto, maior taxa para o mês desde 2016, aponta IBGE
Puxado pela alta nos preços de alimentos e da gasolina, IPCA passou a acumular avanço de 2,44% em 12 meses, ainda abaixo do piso da meta para o ano, que é de 2,5%. Com alta de 3,08% em agosto, arroz passou a acumular no ano avanço de 19,25%, segundo o IBGE Chico Escolano/EPTV Puxado pela alta nos preços de alimentos e da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,24% em agosto, abaixo da taxa de 0,36% registrada em julho, conforme divulgou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, trata-se da terceiro avanço seguido e o maior resultado para um mês de agosto desde 2016, quando o IPCA foi de 0,44%. Em agosto de 2019, a taxa havia sido de 0,11%. No acumulado em 2020, o IPCA registra alta de apenas de 0,70%, e em 12 meses, de 2,44%, ainda abaixo do piso da meta do governo para o ano, que é de 2,5%. IPCA – Inflação oficial mês a mês Economia G1 O resultado ficou ligeiramente acima da mediana das projeções de 33 analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que projetaram desaceleração do índice para 0,23% em agosto. O intervalo das estimativas ia de 0,17% a 0,32% de aumento. IPCA: inflação de agosto subiu 0,24% O que mais pesou "Pesaram mais no bolso do consumidor, principalmente, a gasolina, que subiu pelo terceiro mês seguido, e os alimentos, que chegaram a registrar certa estabilidade de preços em julho, mas voltaram a subir em agosto. Para as famílias de menor renda, o impacto é maior", destacou o IBGE. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 6 tiveram alta em agosto. Os maiores avanços foram nos preços de transportes (0,82%) e de alimentação e bebidas (0,78%), com impactos de 0,16 e 0,15 ponto percentual, respectivamente, no índice geral. Em julho, os preços de alimentação e bebidas tinham registrado variação de apenas 0,01%. Entre os itens que mais subiram em agosto, estão o tomate (12,98%), óleo de soja (9,48%) o leite longa vida (4,84%), frutas (3,37%), carnes (3,33%), e o arroz (3,08%). “O arroz acumula alta de 19,25% no ano e o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Alta no preço dos alimentos é 'choque transitório e localizado', diz secretário de Política Econômica Alimentos com alta acumulada expressiva no ano: manga: 61,63% cebola: 50,40% abobrinha: 46,87% tainha: 39,99% limão: 36,56% morango: 31,99% feijão-preto: 28,9% leite longa vida: 22,99% arroz: 19,25% óleo de soja: 18,63% Entre as razões para o aumento nos preços dos alimentos está a alta do dólar e o aumento da demanda externa, com elevação das exportações, de produtos como arroz, estimuladas pelo real mais desvalorizado. Arroz e óleo mais caros: entenda por que a inflação dos alimentos disparou no país De acordo com o pesquisador do IBGE, o auxílio emergencial também teve impacto sobre a inflação no mês. “Houve um efeito demanda que ajudou a manter esses preços dos alimentos mais altos”, avaliou Kislanov. Veja as taxas de variação por grupos Alimentação e Bebidas: 0,78% Habitação: 0,36% Artigos de Residência: 0,56% Vestuário: -0,78% Transportes: 0,82% Saúde e Cuidados Pessoais: 0,50% Despesas Pessoais: -0,01% Educação: -3,47% Comunicação: 0,67% Transportes tiveram alta pelo 3º mês consecutivo Nos combustíveis, a gasolina teve alta de 3,22% em agosto, enquanto o diesel subiu 2,49% e o etanol avançou 1,29%. “O impacto individual mais importante nestes últimos meses tem sido a gasolina. Embora ela continue sendo o item individual de maior peso, a alimentação segue a que tem o maior peso na composição do IPCA”, explicou Kislanov. No acumulado no ano, porém, a gasolina ainda tem queda de 5,93%. Nas despesas de casa (habitação), os maiores impactos vieram do aluguel residencial (0,32%) e da energia elétrica (0,27%). Houve também aumento nos preços de materiais de construção como o tijolo (9,32%) e o cimento (5,42%). Em comunicação (0,67%), o destaque ficou com o subitem acesso à internet (8,51%), com impacto de 0,05 p.p. no índice do mês. Descontos nas mensalidades escolares ajudam a frear inflação No lado das quedas, o destaque ficou com o grupo Educação, que teve deflação de 3,47% em agosto, favorecida pelos descontos nas mensalidades escolares em meio à pandemia e em virtude da suspensão das aulas presenciais. "Não fossem os cursos regulares, nós teríamos uma alta de 0,48% [no IPCA] em agosto", afirmou o gerente da pesquisa. Os preços dos cursos regulares recuaram 4,38%, sendo que maior queda foi observada na pré-escola (-7,71%), seguida pelos cursos de pós-graduação (-5,84%), pela educação de jovens e adultos (-4,80%) e pelas creches (-4,76%). Segundo Kislanov, a queda na educação se deu porque os preços das mensalidades dos cursos em agosto foram comparados com os que estavam vigentes no começo de março. Isso porque, em função da pandemia, não foi feita coleta desses preços entre julho e abril. “Durante o período de pandemia e até o momento, muitas instituições de ensino concederam desconto nas mensalidades. A gente não coletou esses preços de abril a julho, por isso essa queda concentrada agora no mês de agosto. A partir de setembro a gente não deve ter mais essa influência no índice”, explicou. As peças de vestuário (-0,78%) também registraram deflação, com uma queda ainda mais intensa que a registrada em julho (-0,52%). Campo Grande tem maior inflação entre as regiões Cinco das 16 regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram deflação em agosto. O menor índice ficou com o município de Aracaju (-0,30%). Já o maior resultado foi observado em Campo Grande (1,04%). Em São Paulo, a taxa foi de 0,31%. Já no Rio de Janeiro houve deflação de 0,13%. O IPCA é calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. INPC ficou em 0,36%, maior resultado desde 2012 Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos e é utilizado como referência para reajustes salariais e benefícios previdenciários, apresentou alta de 0,36% em agosto, sendo o maior resultado para o mês desde 2012 (0,45%). No ano, o INPC acumula alta de 1,16% e, nos últimos doze meses, de 2,94%. Perspectivas e meta de inflação Apesar da forte alta observada nos preços de itens da cesta básica, a expectativa de inflação para este ano segue bem abaixo da meta central do governo, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020. Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 1,78% em 2020, conforme a última pesquisa Focus do Banco Central. O IBGE evitou fazer projeções sobre a dinâmica de preços dos alimentos nos próximos meses. “Enquanto tem alimentos em alta, tem outros em queda. O consumidor acaba percebendo mais a alta e essa percepção está relacionado ao hábito de consumo. O que a gente pode dizer é que tem alguns fatores que estão influenciando essa alta, que é o câmbio mais alto, que acaba estimulando as exportações, e do outro lado o auxílio emergencial, que no início foi fundamental para garantir a demanda por alimentos básicos como o arroz e o feijão”, afirmou gerente da pesquisa. Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central Aparecido Gonçalves/Arte G1 A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano. Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões. A inflação sentida pelas famílias no ano, no entanto, tem ficado acima do IPCA. O índice da FGV que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, por exemplo, acumula alta de 3,08% nos últimos 12 meses. Preços dos produtos mais consumidos na pandemia sobem acima da inflação
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Produção industrial cresce em 12 das 15 regiões pesquisadas, diz IBGE
Resultado reflete a retomada das atividades produtivas no país, após paralisações decorrentes da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Ceará, Espírito Santo e São Paulo foram os estados com maior crescimento da produção. Desempenho da indústria alimentícia de São Paulo, juntamente com a automobilística, ajudou a puxar alta da produção nacional BRF A produção industrial cresceu, na passagem de junho para julho, em 12 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta quarta-feira (9). De acordo com o IBGE, "o resultado reflete a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações por conta dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19". O desempenho regional permitiu que a indústria brasileira, no geral, registrasse alta de 8% no mês. Foi o terceiro resultado positivo seguido, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levou o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série. Produção industrial cresce 8% em julho, mas ainda não elimina perdas com pandemia Dentre as regiões que registraram alta na produção em julho, destacam-se Ceará (34,5%) e no Espírito Santo (28,3%), mas São Paulo (8,6%), com os crescimentos mais expressivos. Produção industrial teve alta em 12 das 15 regiões pesquisadas Economia/G1 O IBGE destacou que São Paulo, maior parque industrial do país, seguiu como a principal influência para o desempenho produtivo da indústria nacional. O desempenho da indústria paulista foi puxado pelos setores de alimentos e de veículos automotores. “São setores influentes na indústria paulista. Também o de máquinas e equipamentos apresentou crescimento importante”, apontou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida. Já a indústria cearense, que apesar da alta mais expressiva entre as regiões pesquisadas, foi a nona influência no resultado geral do país. Segundo Almeida, a alta no Ceará é explicada pelo desempenho do setor de couro, de artigos de viagens, de calçados e de vestuário. “É a terceira taxa consecutiva positiva para o estado, com 92,5% acumulado, mas ainda abaixo 1% do patamar pré-pandemia”, completa. Já o Espírito Santo soma avanço de 28,6% em dois meses seguidos de crescimento na produção", ressaltou o pesquisador. Também tiveram resultado acima da média da indústria nacional, que teve alta de 8% em julho, o Nordeste (17,5%), o Amazonas (14,6%), a Bahia (11,1%), Santa Catarina (10,1%), Pernambuco (9,5%) e Minas Gerais (9,2%). Completam os 12 locais com alta na produção, mas abaixo da média nacional, o Rio de Janeiro (7,6%), o Rio Grande do Sul (7,0%) e o Pará (2,1%). As três regiões que registraram queda na produção na passagem de junho para julho foram o Paraná (-0,3%), Goiás (-0,3%) e Mato Grosso (-4,2%), que teve recuo mais intenso em julho. O resultado negativo da indústria matogrossense, no entanto, não foi capaz de eliminar a alta acumulada nos dois meses anteriores, que somaram 8,2%. Depois do tombo recorde, país tem de lidar com desafio fiscal e lenta retomada 8 locais em queda na comparação com 2019 O levantamento do IBGE mostrou ainda que, na comparação com julho de 2019, oito das 15 regiões pesquisadas registraram queda na produção industrial. São elas: Espírito Santo (-13,4%) Paraná (-9,1%) Pará (-7,5%) Rio Grande do Sul (-7,5%) Bahia (-5,7%) Santa Catarina (-4,9%) Mato Grosso (-4,4%) São Paulo (-3,3%) Por outro lado, tivera alta na produção na comparação com o mesmo mês do ano passado: Pernambuco (17,0%) Amazonas (6,0%) Goiás (4,0%) Ceará (2,7%) Minas Gerais (1,5%) Rio de Janeiro (1,0%) Nordeste (0,9%)
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Investidores devem elevar exposição a mercados emergentes nos próximos 5 anos, mostra pesquisa
Nos próximos 12 meses, cerca de 95% dos investidores devem manter o mesmo nível de exposição a emergentes, reduzir as alocações ou aumentar sua exposição mais lentamente do que o planejado. A maioria dos investidores está planejando aumentar sua exposição a mercados emergentes nos próximos cinco anos, mesmo com as preocupações sobre o impacto da pandemia de Covid-19 limitando o fluxo de investimentos de curto prazo nessas economias, mostrou uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (9).
Nos próximos 12 meses, cerca de 95% dos investidores devem manter o mesmo nível de exposição a emergentes, reduzir as alocações ou aumentar sua exposição mais lentamente do que o planejado, de acordo com uma pesquisa da Vontobel Asset Management com 300 investidores institucionais e gestores de fortunas.
Quase nove em cada dez investidores consultados disseram que os efeitos do coronavírus e suas consequências são uma preocupação ao decidir se aumentam sua exposição a mercados emergentes.
"Não é de surpreender que o impacto (da Covid-19) esteja no topo da lista de riscos, mas questões como tensão comercial e nacionalismo econômico seguem de perto", escreveu Axel Schwarzer, chefe da Vontobel, em comunicado que acompanhou a pesquisa.
Apesar da incerteza de curto prazo, ao longo de um período de cinco anos cerca de dois terços dos investidores consultados esperam aumentar suas alocações de ações de mercados emergentes, enquanto quase seis em cada dez vêem maior exposição à renda fixa.
Espera-se que as economias emergentes como um grupo se recuperem lentamente dos impactos econômicos provocados pelo coronavírus, mesmo com a previsão de que a recuperação da China seja mais rápida do que se pensava inicialmente.
A China deve crescer 1,0% este ano e acelerar a alta para 8,2% em 2021, enquanto a economia da América Latina deve perder 9,4% em 2020 e crescer apenas 3,7% no próximo ano, de acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional.
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Dólar opera em queda, de olho no exterior
Na véspera, moeda norte-americana avançou 1,07%, cotada a R$ 5,3636. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar opera em queda nesta quarta-feira (9), devolvendo parte dos ganhos da véspera, apesar da notícia de atrasos nos testes de uma candidata a vacina para a Covid-19. Às 10h54, a morda norte-americana caía 1,17%, vendida a R$ 5,3009. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,07%, cotada a R$ 5,3636. Na parcial do mês, acumula baixa de 2,14%. No ano, tem valorização de 33,76%. O Banco Central fará nesta quarta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021. Trump e Biden põem economia em foco nas campanhas eleitorais Cenários Na terça-feira, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram informados pela AstraZeneca da suspensão dos testes globais de sua candidata a vacina contra a Covid-19. A empresa pausou grandes testes em estágio final de sua vacina experimental devido a uma doença inexplicada em um participante do estudo. A notícia do atraso ecoava pelos mercados globais, que estão contando com a vacinação em massa para garantir uma recuperação econômica sustentada diante da pandemia. "Uma reação negativa dos investidores aos revezes da vacina da AstraZeneca, considerada até agora uma das mais avançadas, parece não estar no escopo do mercado neste momento", explicaram analistas da Infinity Asset em nota. Eles também citaram uma pausa nos movimentos de correção de ativos que se espalharam pelos mercados mais amplos depois de fortes perdas nas ações norte-americanas nos últimos dias, atribuindo a resistência a perdas mais profundas a medidas de estímulo de bancos centrais, como o Federal Reserve. Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, também mencionou em nota um movimento de recuperação global diante das quedas recentes, destacando a alta de divisas emergentes pares do real, como o rand sul-africano. Dólar australiano, peso mexicano e peso chileno — outras moedas consideradas arriscadas e cujo movimento o real tende a acompanhar — também avançavam contra o dólar. Na cena local, as atenções seguem voltadas para as discussões em torno do Orçamento de 2021 e da reforma administrativa. Veja vídeo: como o câmbio influencia a sua vida Variação do dólar em 2020 G1
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Arroz e óleo mais caros: entenda por que a inflação dos alimentos disparou no país
Dólar alto tem incentivado as exportações, diminuindo a oferta interna, enquanto auxílio emergencial estimula consumo, afirmam especialistas. Expectativa é de que os preços permaneçam altos até o fim do ano. O preço dos alimentos foi destaque para a alta de 0,24% inflação oficial do país em agosto, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9). O Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,44% em 12 meses enquanto a inflação dos alimentos subiu 8,83% no período. Esta alta não tem apenas um alimento responsável, pois a maioria deles está com preços recordes no campo. Porém, dois chamaram a atenção nos últimos dias: o arroz, com valorização de 19,2% no ano, e o óleo de soja, que subiu 18,6% no período (leia mais abaixo). E para quem espera preços menores nos próximos meses, a expectativa dos especialistas não é otimista. Como estamos na entressafra, é difícil que os valores caiam tanto até o início de 2021, pelo menos (entenda no final do texto). De acordo com economistas ouvidos pelo G1, dois fatores explicam a alta dos alimentos: Dólar alto: que incentiva os produtores a aumentarem as exportações, reduzindo, assim, a oferta de produtos no mercado interno; Auxílio emergencial: benefício do governo federal estimulou o aumento do consumo. Este recurso foi direcionado, em grande parte, para a população mais pobre do país, que tem uma cesta de compras formada, em sua maioria, por produtos básicos, como alimentos. Com dólar muito valorizado em relação ao real, a venda ao exterior se torna uma forte concorrente da indústria brasileira pela compra de produtos do campo. Ao mesmo tempo, deixa o custo de produção da agropecuária mais alto, já que boa parte dos insumos são cotados na moeda americana. Enquanto as exportações totais do Brasil caíram 6,8% nos últimos 12 meses até julho, o agronegócio vendeu 3,8% mais, segundo o Ministério da Agricultura. A participação do setor na balança comercial do período subiu de 42,3% para 47,1%. A China responde por mais de 30% das compras. Com isso, na prática, para que as empresas brasileiras consigam manter os alimentos aqui, é necessário pagar mais, e este valor acaba sendo revertido ao consumidor. Além disso, com uma boa quantidade de produtos sendo vendida a outros países, a oferta interna de mercadorias diminuiu, incentivando a elevação de preços. Na outra ponta, a renda gerada pelo auxílio emergencial de R$ 600 nos últimos meses permitiu que o repasse dos preços nas gôndolas dos supermercados fosse feito. “Se não houvesse recurso, não haveria demanda que sustentasse o aumento de preços. De onde vem essa renda? De uma política fiscal expansionista, ou seja, do auxílio emergencial”, explica o economista Felippe Serigati. “Estima-se que houve mais de 60 milhões de beneficiários, em uma sociedade de 210 milhões de pessoas, é expressivo. Essa transferência de renda conseguiu garantir que os domicílios tivessem recursos para adquirir esses alimentos”, acrescenta. Mesmo assim, a alta está chegando a um nível preocupante, tanto que a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) disse, na última semana, que procurou o governo federal para “buscar soluções” sobre os reajustes dos alimentos. Supermercado em Natal, no Rio Grande do Norte Pedro Vitorino “O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja com aumentos significativos”, afirma a Abras. Ciente do problema, o governo brasileiro monitora a situação e garante que não haverá desabastecimento no país. O presidente Jair Bolsonaro pediu aos comerciantes para que as margens de lucro de produtos como o arroz fiquem "próximas de zero". O presidente acrescentou que não pretende tabelar preços. “Tenho apelado para eles, ninguém vai usar a caneta Bic para tabelar nada, não existe tabelamento, mas pedindo para eles que o lucro desses produtos essenciais nos supermercados seja próximo de zero. Acredito que a nova safra começa a ser colhida em dezembro, janeiro, de arroz em especial, a tendência é normalizar o preço”, disse Bolsonaro. Os 'vilões' Não existe apenas um responsável pela alta expressiva dos alimentos neste ano. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea), diversos produtos registram preços recordes no campo. Produtos essenciais do cardápio dos brasileiros estão mais caros O prato feito do brasileiro, com arroz, feijão e carnes, está mais caro desde o início do ano. “O arroz acumula alta de 19,25% no ano e o feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%”, destaca Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE. Porém, dois alimentos da cesta básica estão chamando a atenção dos consumidores da cidade nas últimas semanas: Arroz; Óleo de soja. A preocupação maior é em relação ao primeiro item. Nessa terça-feira (8), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que não vai faltar arroz no mercado. "O arroz não vai faltar. Agora ele está alto, mas nós vamos fazer ele baixar, se Deus quiser vamos ter uma supersafra no ano que vem", declarou Tereza. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirma que o produtor rural não é o responsável pelo aumento nos supermercados e que a alta se refere à recuperação de preços desses alimentos no mercado agropecuário. "Esses aumentos têm sido acompanhados pela alta no custo de produção, o que demonstra que o produtor não está tirando vantagem sobre os outros elos da cadeia", diz o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. Arroz 'salgado' A pandemia e as exportações fizeram com que o preço arroz subisse muito nos últimos tempos. O primeiro movimento de grande procura ocorreu no início do período de isolamento social, quando a busca nos supermercados por alimentos básicos para serem estocados disparou. Com isso, a indústria viu a necessidade de ir às compras, e os agricultores seguraram a venda do produto, enxergando aí uma oportunidade de valorizar o alimento, que vinha perdendo valor nos últimos anos. De acordo com o Cepea, o preço pago no campo pelo arroz subiu 63% em agosto deste ano na comparação com o ano passado, um recorde. O IBGE afirma que o preço do alimento ao consumidor já subiu 19,2% no ano. Preço do arroz praticado no campo mostra um descolamento de valores de 2020 com os últimos anos Cepea Se os brasileiros queriam estocar alimentos, houve um movimento semelhante no exterior. E as exportações de arroz em agosto cresceram 98% na comparação com o mesmo mês do ano passado. "O Brasil foi o único grande produtor agropecuário que conseguiu abastecer o mundo sem problemas durante a pandemia. Diversos grandes players não conseguiram abastecer o mercado internacional, o Brasil sim", explica Serigati. Com isso, o preço do arroz ao consumidor, medido pelo Índice de Preço ao Atacado (IPA) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), já subiu 22,8% nos 12 meses encerrados em agosto. Somente no mês passado, o avanço do valor arroz foi de 11,54% no atacado, enquanto nas gôndolas dos supermercados, o aumento foi de 3,35%. “Essa diferença significa que ainda existe espaço para que o preço do arroz suba mais nos próximos meses”, diz André Braz, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Porto Alegre lidera alta do preço do arroz entre as capitais brasileiras, diz pesquisa Em São Paulo, um saco de 5 kg de arroz está custando mais de R$ 30, sendo que o preço costumava girar em torno dos R$ 15. Esse aumento recente fez a associação que representa as indústrias do setor (Abiarroz) reclamar, no fim de agosto, da dificuldade de compra do alimento, alegando que ele está concentrado na mão de poucos produtores. “Nos últimos 25 dias, observou-se uma alta de mais de 30% no custo da matéria-prima, além do reajuste já ocorrido em decorrência do aumento da demanda no início da pandemia. Os preços praticados ultrapassaram em 290% o valor do preço mínimo estabelecido pelo governo federal”, diz a Abiarroz, em nota. Outro fator que ajuda neste movimento de alta é a recorrente diminuição da área plantada de arroz no país. Da safra 2011/2012 até a safra 2019/2020, houve uma queda de mais de 30%. Depois de anos de retração, o bom cenário de preços deve fazer com que a área plantada cresça 12,1% na próxima safra, que deverá ser colhida no começo de 2021, alcançando uma produção 7,2% maior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Conab estima que o Brasil deverá comprar 1,1 milhão de toneladas de arroz do exterior nesta safra, isso representa cerca de 10% do que o país consome (10,8 milhões de toneladas). As importações do alimento cresceram 28,4% em agosto deste ano na comparação com 2019. No fim de agosto, o governo cogitou zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% sobre a importação de arroz de países fora do Mercosul. A ideia era tentar diminuir os preços praticados no país. Porém, no dia 1º de setembro, a Câmara Setorial do Arroz, do Ministério da Agricultura, que envolve produtores e indústrias, votou contra a medida. No encontro, agricultores e empresários se comprometeram a evitar desabastecimento, de acordo com a Federação dos Arrozeiros (Federarroz) do Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão. Porém, o governo ainda não abandonou de vez a ideia e pensa em uma cota de importação com tarifa zero até o fim do ano. Fritura mais cara Outro item básico que viu seu valor disparar foi o óleo de soja. O preço do produto subiu nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com altas expressivas no Rio de Janeiro (+22,4) e em Porto Alegre (+21,1%). Em São Paulo, o litro, que custava cerca de R$ 3,50, é encontrado acima dos R$ 6. O IBGE afirma que o óleo de soja já subiu 18,6% no ano. Como o próprio nome diz, o óleo é um derivado da soja, que é o produto mais exportado pelo Brasil. De janeiro a agosto, as vendas do grão ao exterior já superaram o total que foi vendido nos 12 meses de 2019. Preço do óleo de soja tem alta por causa da valorização do grão no mercado Foram negociadas 75,1 milhões de toneladas neste ano ante 56,2 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Em todo 2019, o país negociou 74 milhões de toneladas. O Brasil produziu nesta temporada pouco mais de 120 milhões de toneladas. Ou seja, os 45 milhões de toneladas "disponíveis" estão em disputa entre exportadores e indústrias brasileiras. Isso faz com que o grão e seus derivados venham alcançando preços recordes no mercado. Segundo o Cepea, a saca de 60 kg de soja está custando mais de R$ 120 no campo, valor recorde. Ainda de acordo com o centro da USP, os preços do óleo de soja na cidade de São Paulo subiram expressivos 24,9% no mês e 57,5% no ano. Preço do óleo de soja também está muito acima do praticado nos últimos anos Cepea E até mesmo o grão que nem foi colhido é disputado. Pela primeira vez na história, agricultores já estão vendendo a soja que vai ser colhida só em 2022. Além disso, as importações cresceram neste ano e devem bater recorde. Uma ironia para o país que é maior produtor e exportador global do grão. Efeito auxílio emergencial O auxílio emergencial alcançou uma grande massa de brasileiros. O programa social lançado durante a pandemia do novo coronavírus já beneficiou 67,2 milhões de pessoas, cerca de um terço da população do país. E, de acordo com o economista Daniel Duque, que também é pesquisador da FGV, o auxílio fez com que o percentual do total de brasileiros na pobreza extrema caísse de 6,5%, em 2019, para 2,5% em 2020. “Nos nossos melhores anos, como em 2014, por exemplo, essa taxa foi de 4%”, diz Duque. “Quando a gente olha para a massa de rendimentos dos brasileiros (soma de todos os ganhos), 10% dela vem hoje do auxílio. Isso significa que a cada R$ 10 na economia, R$ 1,00 vem do benefício. E o gasto dessa população mais pobre é, basicamente, com alimentos. Então é de esperar que os preços aumentem mesmo”, conclui. Próximos meses Não há, hoje, nada que indique que os preços dos alimentos vão cair substancialmente, dizem economistas. Um dos motivos é que o país está no período de entressafra das principais culturas, e a produção começa apenas no fim deste mês, com colheita prevista para o início de 2021. Outro ponto é que o auxílio emergencial foi prorrogado até o fim do ano. Mesmo com um valor menor, de R$ 300 e com mais restrições, essa fonte de renda vai continuar pressionando os preços dos alimentos. "Em outras palavras, se alguém estiver esperando preços menores, eu não contaria com essa possibilidade. Estejam preparados para caminharem até o final em 2020 (com preços mais altos)", resume Felippe Serigati. André Braz, do Ibre, prevê que a inflação de alimentos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, deve acumular alta entre 8,5% e 9% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2020. Variação bem acima do IPC total projetado para o período, que é de um avanço de 2,5%. Governo publica regras de pagamentos das parcelas extras do auxílio emergencial Segundo ele, a disparada de preços dos alimentos tem sido puxada, principalmente, pelo valor das carnes bovina, suína e de frango, que vêm aumento desde o segundo semestre de 2019. “O preço das commodities soja e milho está em alta nas bolsas de valores internacionais e, apesar de a gente não as consumir diretamente, elas alimentam os animais que nós comemos”, explica Braz. “Soma-se a esse cenário uma demanda chinesa crescente por alimentos e, com o dólar alto, os produtores brasileiros estão preferindo vender para fora, o que reduz, consequentemente, a oferta interna e colabora para a expansão de preços”. Para Braz, “a única chance” de o Brasil ter uma inflação de alimentos mais baixa este ano já foi descartada. “O dólar precisaria ceder um pouco mais, mas tudo indica que ele vai se estabilizar em torno de R$ 5,30 este ano”. Alimentos com alta expressiva no ano manga: 61,63% cebola: 50,40% abobrinha: 46,87% tainha: 39,99% limão: 36,56% morango: 31,99% feijão-preto: 28,9% leite longa vida: 22,99% arroz: 19,25% óleo de soja: 18,63% Veja vídeos sobre Economia
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Famílias e empresas japonesas continuam acumulando dinheiro em ritmo recorde com temores sobre Covid-19
Os dados ressaltam a dificuldade de incitar empresas e famílias a gastar novamente, mesmo com a economia reabrindo gradualmente após medidas de quarentena terem sido suspensas em maio. Pessoas caminham pelo distrito de Shinjuku em Tóquio, no Japão, em foto de 24 de junho Issei Kato/Reuters/Arquivo A moeda em circulação no Japão e depósitos bancários aumentaram em um ritmo anual recorde em agosto, à medida que empresas e famílias continuaram a guardar dinheiro para se protegerem contra uma perda de renda causada pelo coronavírus, mostraram dados do banco central nesta quarta-feira (9). Os dados ressaltam a dificuldade de incitar empresas e famílias a gastar novamente, mesmo com a economia reabrindo gradualmente após medidas de quarentena terem sido suspensas em maio. O estoque de dinheiro M3 do Japão – ou a moeda em circulação e depósitos em instituições financeiras – subiu 7,1% em agosto em relação ao ano anterior, marcando o maior aumento desde que os dados se tornaram comparáveis em 2004, mostraram dados do banco central do Japão. O aumento superou um crescimento de 6,5% em julho. Os depósitos bancários aumentaram 15,3% em agosto em relação ao ano anterior, um recorde, com o impacto da Covid-19 sobre as vendas levando empresas a continuar acumulando caixa como precaução. O dinheiro em circulação aumentou 5,5% em agosto, mesmo crescimento de julho, mostraram os dados. "Algumas famílias podem estar guardando dinheiro em casa em vez de colocá-lo em contas bancárias, com a pandemia deixando-as ressabiadas em ir uma agência bancária”, disse um representante do Banco do Japão em uma coletiva. A economia japonesa se aprofundou na pior recessão desde o pós-guerra no segundo trimestre, à medida que o coronavírus abalou as empresas mais que o esperado inicialmente, mostraram dados na terça-feira, ressaltando a árdua tarefa que as autoridades enfrentam para evitar uma recessão mais pronunciada. Assista às últimas notícias de Economia:
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Alta no preço dos alimentos é ‘choque transitório e localizado’, diz secretário de Política Econômica
Secretário de Política Econômica diz que alta no preço dos alimentos é transitória
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta quarta-feira (9) que a alta no preço de alimentos representa um "choque transitório e localizado" e que não deve afetar o índice mais amplo de inflação.
Sachsida prevê um retorno à normalidade dos preços nos próximos meses.
Segundo ele, além da alta nas exportações de alimentos do Brasil, causada em especial porque o mundo está comprando mais grãos, houve um crescimento no consumo dentro do país.
"A demanda interna deu um pulo", disse ele ao blog.
O secretário também citou o auxílio emergencial como um fator que pressionou os preços. Entre os beneficiários do Bolsa Família, a média de benefício saltou de R$ 190 para quase R$ 900, já que muitas das mais de 65 milhões de pessoas que recebem o auxílio emergencial acessam por mês R$ 1,2 mil, caso das mulheres que sustentam a família sozinhas.
"Quadruplicou a renda de famílias muito pobres. Era natural que num ambiente de economia fechada, elas usariam o dinheiro naquilo que estava aberto, como supermercados, e comprassem alimentos", diz ele.
Desde abril, Sachida já alertava que o pagamento do auxílio emergencial e a maior demanda internacional poderia refletir no preço dos alimentos.
Apesar da redução dos valores do auxílio emergencial a partir de setembro, com o novo patamar de R$ 300, há ainda, segundo o governo, cerca de R$ 50 bilhões a serem pagos a pessoas que começaram a receber as parcelas mais tarde.
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Garoto anuncia investimentos de cerca de R$ 200 milhões no ES
Investimentos incluem a modernização e ampliação da unidade da companhia em Vila Velha. Com o início dessas operações, previsto para o primeiro semestre de 2021, serão gerados 70 novos postos de trabalho. Fábrica da Garoto em Vila Velha Divulgação/Garoto A Chocolates Garoto anunciou o plano de investimentos de cerca de R$ 200 milhões em suas operações no Espírito Santo para 2020 e 2021. O anúncio foi feito nesta terça-feira (8) em evento virtual com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). A ocasião também foi uma comemoração ao aniversário de Vitória. De acordo com a empresa, os investimentos anunciados serão direcionados para frentes que vão desde o lançamento de novos itens de portfólio, até a modernização e ampliação da unidade da companhia em Vila Velha. A planta local vai receber um novo prédio para abrigar duas novas linhas de produção. Uma delas será dedicada à fabricação da caixa de bombons da marca e outra linha para produção de itens para acondicionar os chocolates em embalagens para varejo. Com o início dessas operações, previsto para o primeiro semestre de 2021, serão gerados 70 novos postos de trabalho. Ainda de acordo com a empresa, o novo prédio da unidade foi construído seguindo vários critérios de sustentabilidade. Nessa frente, a Garoto anunciou que 100% do resíduo gerado pela fábrica é reutilizado. Em 2021, a marca vai reduzir 69 toneladas de materiais de embalagens que são recicláveis, mas não têm cadeia de reciclagem no Brasil atualmente. Até 2024, esse montante deve chegar a 500 toneladas. Os investimentos também estão destinados para a modernização da unidade de Vila Velha, para torná-la mais digital e conectada. Parte dos investimentos serão aplicados, ainda, no desenvolvimento de profissionais da companhia. Hoje, a Garoto emprega mais de 1.370 colaboradores e conta com mais de 42 linhas de produção. "Hoje temos orgulho de dizer que trouxemos para a Garoto o que existe de melhor e mais moderno em tecnologia no mundo para produzir chocolates. Para as novas linhas que vamos inaugurar em 2021, por exemplo, vamos trazer tecnologias inéditas para fábricas de chocolate na América Latina, com uso de internet das coisas e big data para monitoramento e manutenção das operações. Foi um projeto totalmente concebido com esse conceito de transformação digital desde o princípio. E vamos usar isso para gerar desenvolvimento para o Espírito Santo e para o Brasil ", apontou o vice-presidente de Chocolates da Nestlé e Garoto, Liberato Milo. O evento também contou com as presenças do secretário de Governo, Tyago Hoffmann; do secretário de Desenvolvimento, Marcos Kneip; do secretário de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Paulo Foletto; da presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini; do presidente do Espírito Santo em Ação, Fábio Brasileiro e do vice-presidente da Fibrasa, Léo Castro. Veja o plantão de últimas notícias do G1 Espírito Santo
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Bovespa opera em alta, com recuperação em mercados no exterior
Na terça-feira, o Ibovespa caiu 1,18%, a 100.050 pontos. A bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (9), acompanhando a melhora nos mercados no exterior, particularmente em Wall Street, bem como a trégua na queda dos preços do petróleo.
Às 10h57, o Ibovespa subia 0,99%, a 101.041 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,18%, a 100.050 pontos. No mês, tem alta acumulada de 0,68%. No ano, a perda ainda é de 13,49%.
Cenários
Em meio às expectativas relacionadas a uma vacina para Covid-19, investidores também acompanham a suspensão dos testes globais pela AstraZeneca.
De acordo com o estrategista-chefe de mercado global da AxiCorp, Stephen Innes, o 'momentum' positivo nos testes para uma vacina contra o coronavírus foi fundamental para o rali nos últimos meses.
"Notícia de uma pausa em testes clínicos de fase 3 depois que um participante sofreu uma suspeita de reação adversa grave é um revés para o sentimento de risco", afirmou, ponderando que esse tipo de contratempo não é incomum em testes.
Entre as commodities, os futuros do petróleo subiam, recuperando parte das perdas da sessão anterior, embora o aumento no número de casos de Covid-19 em alguns países minasse esperanças de uma recuperação estável na demanda.
Na cena local, as atenções permaneceram voltadas também para as discussões em torno do Orçamento de 2021 e da reforma administrativa.
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