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‘Narciso em Férias’: documentário de Caetano Veloso é exibido no Festival de Veneza

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Exibido neste domingo (6) para a imprensa, filme está fora de competição do festival e traz relatos do músico baiano sobre sua prisão em 1968 por ordem dos militares. Caetano Veloso em 'Narciso em férias', documentário sobre sua prisão durante a ditadura militar Divulgação Em um testemunho íntimo e inesquecível, Caetano Veloso narra no documentário exibido neste domingo (6) para a imprensa no Festival de Cinema de Veneza seus 54 dias de prisão durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Em "Narciso em Férias", o músico baiano de 78 anos também canta algumas músicas e revisita suas memórias dessa experiência dolorosa que marcou sua vida. "Acordei algumas noites ouvindo gritos de pessoas sendo torturadas. Fiquei apavorado!", confessa diante da câmara sentado em frente a uma parede cinza metálica. No documentário, o artista relembra o período do confinamento e revive episódios com outros presos, entre eles o cantor e compositor Gilberto Gil. Em uma das cenas, Caetano relê o interrogatório feito pela polícia e recentemente encontrado no arquivo da instituição, no qual é acusado de "terrorismo cultural" por ter mudado a letra do hino nacional. "Não pode ser: o hino tem versos hendecassílabos e na Tropicália as sílabas são mais longas e poéticas", respondeu ele, segundo o documento. "Tentei me defender sem ser um traidor", disse ele para a câmera. Escrito e dirigido por Renato Terra ("Uma Noite em 67") e Ricardo Calil ("Cine Marrocos"), o documentário de 83 minutos começa a ser exibido para o público nesta segunda-feira (7). No mesmo dia, também estará disponível para os assinantes da plataforma Globoplay. O longa é exibido fora da competição. Caetano, ícone da cultura popular brasileira e referência mundial da música sul-americana, não pôde comparecer à estreia em Veneza devido às limitações impostas pelas autoridades italianas por causa da pandemia do coronavírus. Trailer do documentário 'Narciso em férias'

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‘Laços de Família’ estreia no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ nesta segunda

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Novela de Manoel Carlos com Carolina Dieckmann, Vera Fischer e Reynaldo Gianecchini substitui 'Eta mundo bom'. Vera Fischer e Carolina Dieckmann em cena de 'Laços de Família' Reprodução/Instagram/CarolinaDieckmann "Laços de Família", novela de Manoel Carlos, estreia nesta segunda (7) no "Vale a Pena Ver de Novo". Quando a reprise foi anunciada, a atriz Carolina Dieckmann, que teve um papel icônico na carreira na novela, comemorou: "Eu ouvi Laços de Família no 'Vale a Pena ver de novo', Brasil? Me belisca!", escreveu a atriz ao postar uma foto com Vera Fischer. Ela interpretou a jovem Camila, que teve de raspar o cabelo ao descobrir que tinha leucemia. Em entrevista ao programa "Encontro com Fátima Bernardes" nesta segunda, a atriz comentou a repercussão da personagem em sua carreira. "Eu era odiada. O que pegava muito era a Camila se apaixonar e investir no namorado da mãe. Na época, a internet não tinha essa força toda, mas tinha uma hashtag chamada 'eu odeio Camila'. E era superforte. As pessoas falavam disso o tempo inteiro", contou. Reynaldo Gianecchini, Carolina Dieckmann, Vera Fischer em cena de 'Laços de Família' Roberto Steinberger/Tv Globo Dieckmann disse que ficou muito nervosa antes de gravar a cena, mas teve apoio do autor. "Eu ficava muito tensa de passar com verdade tudo isso. O Maneco me tranquilizava." Tony Ramos, Reynaldo Gianecchini, Marieta Severo, José Mayer, Deborah Secco e Lília Cabral também estavam no elenco desse clássico da dramaturgia brasileira exibido entre 2000 e 2001. O que é a pansexualidade, orientação de Gianecchini e outros famosos

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Bilheteria nacional cresce 27% em fim de semana pré-feriado liderada por ‘A maldição do espelho’

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Setor movimentou R$ 112,7 mil no período e teve alta de 27% em relação à semana anterior. Maioria dos cinemas segue fechada por conta da pandemia do novo coronavírus. Veja trailer de 'A maldição do espelho'
"A maldição do espelho" escalou algumas posições e assumiu a primeira colocação na bilheteria nacional neste final de semana.
Oitavo lugar no ranking da última semana, o filme faturou mais de R$ 38 mil e foi assistido por mais de 2,4 mil pessoas.
O terror russo conta a história de crianças em um internato que não acreditam em lendas sinistras e acabam invocando um espírito vingativo ao realizarem um ritual místico.
Líder na semana anterior, "O roubo do século" foi para a segunda colocação (R$ 28,4 mil), seguido de "Frozen 2" (R$ 11,1 mil).
O setor movimentou R$ 112,7 mil com os 10 filmes mais vistos e teve pouco mais de 6,7 mil espectadores. O faturamento apresentou alta de 27% em relação à semana anterior (R$ 88,4 mil).
Os dados foram divulgados pela ComScore e são referentes ao período de 3 a 6 de setembro. A empresa não informou quantas salas e quantos cinemas drive-in enviaram os dados do levantamento. Pelo Brasil, a maioria dos cinemas segue fechada por conta da pandemia do novo coronavírus.
Como é feita a programação dos cines drive-in
Como as sessões e salas vão se adaptar para a reabertura
Veja o ranking da bilheteria no país:
'A maldição do espelho' – R$ 38 mil
'O roubo do século' – R$ 28,4 mil
'Frozen 2' – R$ 11,1 mil
'Fuga de Pretoria' – R$ 8,9 mil
'Minha mãe é uma peça 3' – R$ 6 mil
'Macabro' – R$ 5,7 mil
'Três verões' – R$ 4,9 mil
'Bloodshot' – R$ 4,2 mil
'Mulher-Maravilha' – R$ 3 mil
'Capitã Marvel' – R$ 2,5 mil

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Bruce Williamson, ex-vocalista do The Temptations, morre aos 49 anos, diz site

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Segundo o site TMZ, Williamson foi vítima da Covid-19. Filho do cantor postou homenagem nas redes sociais: 'obrigado por ser incrível'. Bruce Williamson em foto de fevereiro de 2008 Mandel Ngan/AFP O cantor Bruce Williamson, ex-vocalista do grupo de R&B The Temptations, morreu por Covid-19 aos 49 anos, segundo reportou o site TMZ nesta segunda (7). Williamson integrou o famoso grupo da Motown entre 2007 e 2015, convidado pelo vocalista Ron Tyson, e participou dos álbuns "Back to front" e "Still here". Bruce Williamson com o grupo The Teptations no álbum '"Back To Front' Reprodução O filho do cantor, Bruce Alan Williamson Jr., deixou uma mensagem para o pai nas redes sociais. "Não há palavras no mundo que possam expressar como me sinto agora. Eu te amo, pai, obrigado por ser incrível, obrigado por ser amoroso, obrigado por ser quem você é. Eu oro a Deus e nos encontraremos novamente. Eu te amo, pai." Initial plugin text Williamson nasceu em Compton, na Califórnia, em 28 de setembro de 1970. Começou a cantar em corais gospel. Depois disso, integrou a banda "BlackBerry Jam", que fazia cover de funk em Las Vegas. Após deixar o Temptations, ele continuou cantando, principalmente música gospel, funk e R&B. Fez colaborações e se apresentou com bandas de jazz e funk.

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Parrerito, do Trio Parada Dura, tem melhora em exame do pulmão, mas segue internado com coronavírus em Belo Horizonte

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Músico foi hospitalizado com Covid-19 no dia 29 de agosto. Artista tem 67 anos e é diabético. Parrerito e o Trio Parada Dura em foto de 2017. Érico Andrade/G1 O cantor Parrerito, do Trio Parada Dura, apresentou melhora no raio-x do pulmão, como informou a assessoria do grupo nesta segunda-feira (7). Ele testou positivo para coronavírus e está internado desde sábado (29), em Belo Horizonte. Na segunda-feira (31), Eduardo Borges teve um mal súbito e precisou ser levado para a UTI do Hospital Unimed, com 50% do pulmão comprometido. O artista tem 67 anos e é diabético. Os testes feitos nesta manhã não mostraram alteração nos exames bioquímicos e radiológicos de Parrerito, nem sinal de infecção bacteriana. O estado de saúde dele é considerado estável e não há previsão de alta. "A sedação permanece baixa e a utilização da ventilação mecânica está com parâmetros mínimos de oxigênio. Os próximos dias são fundamentais para a tentativa de retirada total do respirador mecânico", disse a assessoria em comunicado à imprensa. Sertanejo segue internado por causa da Covid-19 Na noite deste sábado (5), ele teve uma instabilidade na pressão arterial e a assessoria definiu o momento como o “mais crítico da doença”. Por conta disso, foi necessário suspender a retirada gradual do respirador que havia sido iniciada. Nesta segunda, a pressão foi estabilizada. Atualmente, o Trio Parada Dura é formado pelos músicos Parrerito, Creone e Xonadão. A equipe e os familiares pedem que os fãs "continuem em prece e em pensamento positivo" para a recuperação do cantor. Xonadão agradece fãs Xonadão agradece orações de fãs do Trio Parada Dura e diz estar confiante na recuperação d “Eu estou muito confiante porque, desde que o Parrerito foi para o quadro de intubação, ele nunca piorou. Só ficou estável, apresentando melhoras. Se Deus quiser, ele sai dessa”, disse o músico Xonadão ao G1, na última sexta-feira (4). Xonadão também agradeceu aos fãs que estão fazendo orações pela saúde de Parrerito. O músico contou que a última vez em que esteve com o cantor foi em 16 de agosto, quando participaram de uma live com o sertanejo Marrone. “No sábado à tarde, ele já ligou apavorado, tossindo demais”, afirmou. No mesmo dia, Parrerito foi internado. Segundo Xonadão, ele e Creone testaram negativo para a Covid-19. Segundo a assessoria do grupo, a mulher de Parrerito também foi diagnosticada com coronavírus. Ela está bem e se recupera em casa. Trio Parada Dura Atual formação do Trio Parada Dura Trio Parada Dura/Divulgação Parrerito entrou para o Trio Parada no lugar do irmão Barrerito, que sofreu um acidente aéreo na década de 1980, ficou paraplégico, e decidiu seguir carreira solo. O fundador do grupo e último representante da formação original, Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro, conhecido como Mangabinha, morreu em 2015 depois de ter um acidente vascular cerebral. O Trio Parada Dura foi criado em 1971 e teve diversas formações ao longo da história. “Fuscão Preto", “Telefone Mudo” e "As Andorinhas" estão entre as músicas de maior sucesso gravadas pelo grupo. Parrerito nasceu em São Fidélis (RJ), mas construiu a carreira, com o Trio Parada Dura, em Minas Gerais. Hoje ele mora em Contagem, na Região Metropolitana de BH.

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Festival de Veneza exibe seu lado mais feminista em 2020

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Com oito mulheres contra dez homens na disputa pelo Leão de Ouro, evento não apenas se aproxima da debatida paridade, mas também aposta em um cinema com argumentos femininos. Patrick Kennedy, Susanna Nicchiarelli e Romola Garai chegam à exibição de 'Miss Marx' no Festival de Veneza 2020 Alberto Pizzoli/AFP Em uma edição marcada pelo coronavírus, o feminismo dominou a semana no Festival de Veneza, com filmes que narram as combativas e difíceis vidas das mulheres. Por anos criticado pela ausência de diretoras na mostra oficial, o festival italiano exibe em 2020 o seu lado mais feminista. Com oito mulheres contra 10 homens na disputa pelo Leão de Ouro, a Mostra não apenas se aproxima da debatida paridade, mas também aposta em um cinema com olhar feminista e com argumentos muito femininos. Este é o caso da trágica vida da filha de Karl Marx, narrada no filme "Miss Marx" da italiana Susanna Nicchiarelli, muito elogiado pela crítica. A filha mais nova do pai do comunismo, Eleanor, foi uma das primeiras mulheres a associar a luta por igualdade das mulheres com a luta de classes do fim do século XIX. "Todas somos Miss Marx", escreveu a crítica Teresa Marchesi no site Huffpost, em referência à história atormentada de uma mulher inteligente e brilhante, que acreditava no poder libertador da cultura e da arte, mas que cometeu suicídio aos 43 anos por um relacionamento amoroso tortuoso, desgastada pela infidelidade do companheiro. O filme sobre a filha mais nova de Marx, nascida em Londres em 1855, é um hino ao feminismo e combina linguagens diferentes, imagens do século XIX com música ultramoderna, misturando, como aconteceu na vida da protagonista, razão e sentimento. "'Miss Marx' é o filme socialista e feminista que o cinema e o mundo atual precisam", afirma o jornal especializado "Fotogramas". "Não, eu não definiria como um filme feminista", declarou a diretora, antes de destacar, no entanto, que Eleanor foi "a primeira a utilizar o socialismo para seu discurso feminista e a falar de feminismo em termos econômicos". Completamente diferente, mas com uma temática também muito feminina, é o filme "Pieces of a Woman", do diretor húngaro Kornél Mundruczó. Dirigido por um homem, o longa-metragem narra a história de uma mulher que perde o bebê depois do parto. A produção, com licenças poéticas algo banais, descreve a perda, a dor e aborda os sentimentos inexplicáveis que uma tragédia provoca até acabar com uma família. Com roteiro de Kata Wéber, esposa do diretor, o filme descreve as fases do luto: negação, ira, depressão e finalmente aceitação. Protagonizado pela atriz inglesa Vanessa Kirby, conhecida pela série de TV "The Crown", a produção começa com uma cena impressionante de parto em casa, que dura quase 40 minutos e foi filmado em apenas uma tomada. "Minha esposa e eu queríamos compartilhar com o público uma de nossas experiências mais pessoais, com a história de um menino que nasce morto, com a esperança de que a arte possa ser o melhor remédio para a dor", confessou o cineasta. História com H maiúsculo Dois filmes, também na mostra competitiva, abordam dores e tragédias coletivas a partir do ponto de vista de uma mulher. Este é o caso de "Quo Vadis, Aida?", produção bósnia da diretora Jasmila Zbanic sobre o massacre de Srebrenica. A protagonista, Jasna Duricic, interpreta uma mãe que tenta salvar, sem sucesso, a família. A atriz já é considerada uma das favoritas ao prêmio Copa Volpi por sua atuação. Mais que o feminismo, a transformação de uma mulher com ideais ferrenhos inspira o renomado e premiado diretor, roteirista e produtor russo Andrei Konchalovsky para seu filme "Dorogie tovarischi" ("Queridos camaradas"). O cineasta de 83 anos, com uma extensa filmografia, é um dos favoritos ao Leão de Ouro com um longa-metragem que narra um massacre que realmente aconteceu na União Soviética em junho de 1962 e que permaneceu em sigilo por décadas. Konchalovsky, vencedor de dois Leões de Prata (2016 e 2014), volta ao Lido com um filme em preto branco, de duas horas de duração, sobre a História com H maiúsculo e contada através dos olhos de uma mulher, militante convicta do Partido Comunista local, que abandona os ideais depois de presenciar o massacre cometido na cidade soviética de Novocherkassk, durante o qual sua filha desaparece. Para reprimir as greves e protestos, soldados do exército e agentes da KGB abriram fogo contra os manifestantes: 26 pessoas desarmadas morreram, mais de 200 foram detidas e sete foram condenadas a morte. "Meu filme é um tributo à geração que viu a derrubada de seus ideais e mitos", explicou Konchalovsky.

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‘No Brasil, há uma trama que corrói os princípios democráticos’, diz Caetano Veloso

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Cantor participou de videoconferência com jornalistas no Festival de Veneza após exibição do documentário 'Narciso em Férias'. Caetano Veloso em 'Narciso em férias', documentário sobre sua prisão durante a ditadura militar Divulgação "No Brasil, há uma trama que corrói os princípios democráticos", lamentou Caetano Veloso nesta segunda-feira (7) em uma videoconferência com jornalistas após a exibição do documentário sobre sua prisão durante a ditadura militar (1964-1985) no Festival de Veneza. Escrito e dirigido por Renato Terra ("Uma Noite em 67") e Ricardo Calil ("Cine Marrocos"), o documentário "Narciso em Férias" é um depoimento íntimo, sensível e comovente sobre os 54 dias que ele passou preso em 1969 por ordem da ditadura. A obra fica disponível para os assinantes da plataforma Globoplay nesta segunda. "Por trás de uma aparência de democracia no Brasil existe uma ameaça mais sutil, menos clara. Há uma estrutura autoritária, quase uma contaminação, uma trama que corrói os princípios democráticos, impede a circulação de ideias e a afirmação de direitos", disse o músico baiano, que não citou o nome do presidente Jair Bolsonaro. Caetano, de 78 anos, que não pôde comparecer à estreia em Veneza devido às limitações impostas pelas autoridades italianas por causa da pandemia do coronavírus, é o único protagonista do documentário de 83 minutos, exibido fora da competição. "A situação é diferente de 1968, mas a forma de administrar os assuntos públicos em meu país muitas vezes não é democrática", explicou. "Antes havia uma ditadura explícita, hoje estamos prestes a perder as liberdades democráticas", acrescentou. No filme, que não traz outras imagens ou entrevistas, Caetano relê o interrogatório feito pela polícia e recentemente recuperado, no qual é acusado de "terrorismo cultural" por ter mudado a letra do hino nacional. "Foi muito emocionante. Eu não tinha ideia de que existia. O documento apareceu antes de o filme ser feito, graças a uma investigação da Comissão da Verdade", contou ele. O artista relembra o período do confinamento no filme e revive episódios dolorosos. "A recordação foi catártica para mim, saí de casa pensando que ia gravar uma entrevista e em vez disso me encontrei há 50 anos, com uma história que durante muito tempo ficou em segredo e que me emociona muito", confessou.

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‘Mulan’: a lenda chinesa que inspirou o novo filme da Disney

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Personagem tradicional da cultura chinesa, Mulan já foi readaptada para diferentes contextos históricos e ganhou fama mundial com animação de 1998. Superprodução da Disney é uma nova versão da animação Mulan, de 1998, e uma adaptação da lenda chinesa sobre a luta de uma menina que supera desafios e demonstra seu valor Getty Images/BBC "Mulan", filme de ação da Disney, alcançou uma marca histórica na última semana ao se tornar a primeira produção de orçamento multimilionário (US$ 220 milhões) de Hollywood a ser lançada diretamente na TV, sem ter passado pelo cinema. A pandemia da Covid-19 afetou os planos de lançamento do filme, inicialmente previsto para março, adiado para julho e depois para agosto, até que a Disney o retirou de seu calendário de estreias, a despeito dos grandes investimentos em marketing. Finalmente, soube-se que "Mulan" seria colocada para venda em streaming sob demanda, por US$ 29,99 (R$ 160), no Disney+ (serviço que estará disponível no Brasil a partir de 17 de novembro) – em uma amostra do esforço para encontrar esquemas de distribuição alternativos para produções hollywoodianas lucrativas no momento em que a maioria dos cinemas de EUA e China (os maiores mercados) seguem fechados pela pandemia. A superprodução é uma nova versão da animação "Mulan", de 1998, e uma adaptação da lenda chinesa sobre a luta de uma menina que supera desafios e demonstra seu valor, não só para salvar o Império Chinês e honrar sua família, como também para assegurar um interesse romântico e casamento futuro. Embora a animação tenha ajudado a popularizar Mulan para o público global, a lenda já tinha um longo histórico de adaptações e transformações na China e em outros lugares, antes e depois de 1998. O primeiro texto escrito da história do personagem é a Balada de Mulan, um folclore que remonta às dinastias do norte da China, entre 386 e 581 d.C Getty Images/BBC A história real de Mulan na cultura chinesa Na China, Mulan é praticamente sinônimo de "heroína". O primeiro texto escrito da história de Mulan é um folclore que remonta às dinastias do norte da China, entre 386 e 581 d.C. Em pouco mais de 300 palavras, a "Balada de Mulan" conta a história de uma menina que se veste de homem e se junta ao Exército, ocupando o lugar de seu pai, por não ter um irmão mais velho para cumprir esse papel. Depois de anos na campanha militar a serviço de seu país, ela regressa ostentando a honra e agrados do imperador. Seus pais, sua irmã e seu irmão mais novo preparam um banquete de boas-vindas. Mulan troca de roupa, arruma o cabelo, se maquia e cumprimenta seus companheiros soldados, agora em choque ao descobrir que se trata de uma mulher. À semelhança de outros contos populares e com numerosas variações, a lenda de Mulan inclui alguns elementos típicos: o personagem principal que sai de casa, se aventura e conquista algo extraordinário. Histórias do tipo tendem a ser elásticas, o que permite a adição de detalhes e adaptações variadas. Personagem inspirou livros, peças, danças e outras obras, dentro e fora da China; acima, a Mulan do Circo Estatal chinês Getty Images/BBC Vale a pena destacar a mensagem subjacente: a transgressão de Mulan (fingir ser homem) é justificada (para salvar o pai e servir o país), reivindicada (pelo êxito no serviço militar) e mitigada ao final (ela volta para casa e retoma a vida de mulher). Portanto, é extraordinária, mas sem ameaçar a estrutura social vigente. Desde a balada, tanto o nome quanto a história de Mulan foram adaptadas e recontadas em diferentes gêneros ao longo de várias dinastias imperiais chinesas. Escritores do país elogiaram as façanhas da personagem, como sua lealdade, virtude e habilidades marciais, ao mesmo tempo em que lhe acrescentavam detalhes vívidos. Cada reconto costuma refletir o contexto histórico de sua época. Por exemplo, uma peça de teatro do século 16 chamada "Mulher Mulan vai ao Exército no lugar de seu pai" retrata Mulan como uma donzela guerreira que passa a usar sapatos masculinos mas depois que regressa à casa, volta a prender seus pés, uma prática comum em pés femininos da época. A obra termina com o casamento de Mulan com um marido escolhido pelos pais. Adaptações nos anos 1930 apresentam Mulan como uma heroína nacional e um símbolo chinês em um momento de luta contra a invasão japonesa. Mais tarde, a personagem teve um papel importante na ideologia política do Partido Comunista em defesa da igualdade de gênero. É uma figura histórica real? Não há evidências de que Mulan tenha existido de verdade, embora não se descarte que uma pessoa real tenha inspirado a balada original. Esse texto não traz nenhum detalhe sobre a aparência de Mulan, mas, posteriormente, começaram a surgir desenhos dela em livros sobre mulheres belas ou como ilustrações dos recontos da história. Ao mesmo tempo em que não serve de prova de que Mulan foi de fato uma figura histórica, isso trouxe elementos adicionais à história, fazendo com que ela continuasse a se transformar. A popularização entre o público de língua inglesa Embora seja difícil precisar a data exata da primeira aparição de Mulan em inglês, as traduções da "Balada de Mulan" começaram a aparecer por volta do século 19. E, no século seguinte, foi por meio de "The Woman Warrior" (A mulher guerreira, em tradução livre) que Mulan foi apresentada mais amplamente a leitores nos EUA e, nas traduções, para outros países. O livro recebeu prêmios e honrarias e passou a ser amplamente utilizado em escolas e universidades, gerando acalorados debates acadêmicos e conquistando leitores em geral. A animação de 1998 da Disney, junto com sua sequência "Mulan II" (lançada diretamente em vídeo em 2005) e a produtos complementares, ajudaram a fazer do personagem um fenômeno global. E, mesmo havendo tantas adaptações da história de Mulan ao cinema, em chinês e inglês, nenhuma recebeu tanta atenção de espectadores e críticos quanto a animação de 1998. Alguns elogiaram o personagem como modelo a seguir; outros criticaram a caricatura racial e a apropriação cultural do filme. De qualquer modo, a versão animada da Disney foi lançada em mais de 30 versões dubladas, foi um sucesso de bilheterias e conquistou enorme popularidade global. O novo filme, de ação ao vivo, dirigido pela neozelandesa Niki Caro e com um elenco asiático, reflete o êxito financeiro e a influência cultural duradoura de seu antecessor animado – e evidencia a popularidade de Mulan entre crianças e adultos. *Lan Dong é autora de "A Lenda e o Legado de Mulan na China e nos EUA". É professora do Departamento de Inglês da Universidade de Illinois em Springfield (EUA)

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Michael Sullivan saúda ‘Pátria de saia’ em single que traz à tona inédito álbum de 2006

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Gravação é a primeira amostra do disco 'Pernamblack', gravado há 14 anos, mas nunca lançado oficialmente. ♪ Com capa que expõe arte de Sandro Menezes, o single Pátria de saia – recém-lançado por Michael Sullivan e promovido neste Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro – é inédito no mercado fonográfico, mas faz parte de álbum gravado há 14 anos pelo artista e nunca editado. Nascido Ivanilton Souza Lima no Recife (PE) há 70 anos e criado em Nazaré (PE), na Zona da Mata pernambucana, terra do maracatu, o cantor e compositor decidiu gravar em 2006 um álbum em que conciliasse o apego à black music com o groove da música de Pernambuco. “Foi um chamado à minha regionalidade que pulsa latente o tempo todo”, recorda o artista, a respeito desse disco intitulado Pernamblack. Produzido por André Dessandes, esse álbum conectou Sullivan com parceiros como Carlinhos Brown e Dudu Falcão. Finalizado o álbum, formatado com colaborações de nomes da cena indie carioca (Digital Dubs, Dom Negrone, Funk You e MC DubMaster), Sullivan chegou a divulgar Pernamblack em 2007 entre amigos, mas nunca distribuiu oficialmente o disco no mercado fonográfico. Até que, neste ano de 2020, Sullivan decidiu enfim mostrar Pernamblack para o publico, dando passo inesperado de caminhada profissional que deu projeção ao artista nos anos 1970, como cantor de músicas em inglês, e o fez ser um dos maiores donatários das paradas da década de 1980, como compositor de obra popular criada em parceria com o letrista Paulo Massadas. Capa do single 'Pátria de saia', de Michael Sullivan Arte de Sandro Menezes Para trazer o álbum Pernamblack à tona, Sullivan convocou o produtor musical André Dessandes para restaurar as bases gravadas em 2006. A partir dessas bases, uma nova master foi produzida com a ajuda do produtor e engenheiro de som Bruno Giorgi. Gravado com a adesão do rapper carioca Dom Negrone e de Marruri Leite Machado, representante dos povos indígenas originários da tribo Funi-ô, o single Pátria de saia é a primeira amostra desse disco. No entender do compositor, a música aborda “relação tóxica de amor e sofrimento” com o Brasil. “Todos nós acabamos por sentir o peso de viver nessa terra, independente de raça, gênero, credo ou ideologia. Na minha visão, a pátria é como uma mãe. Já imaginou ser traído pela sua própria mãe? Há algum tempo é assim que venho me sentindo e essa canção carrega esse tom”, explica Michael Sullivan.

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Músicas para descobrir em casa – ‘Outono’ (Billy Blanco, 1952) com Dolores Duran

terça-feira, 08 setembro 2020 por Administrador

Dolores Duran, cantora que lançou em disco, em 1952, o samba-canção 'Outono', de Billy Blanco Reprodução / Capa da coletânea 'Dolores Duran – Que bom será' ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Outono (Billy Blanco, 1952) com Dolores Duran ♪ William Blanco de Abrunhosa Trindade (8 de maio de 1924 – 8 de julho de 2011) – o Billy Blanco, artista paraense projetado como compositor na cidade do Rio de Janeiro (RJ) ao longo da década de 1950 – ficou mais associado a sambas espirituosos como A banca do distinto (1959), Estatutos de gafieira (1954), Estatuto de boite (1956) e Pano legal (1956). Contudo, Billy Blanco também transitou pelo universo melodramático samba-canção. Quando a cantora carioca Nina Becker pôs em cena o show Minha Dolores, em 2013, chamou atenção no roteiro a beleza refinada de Outono, samba-canção da lavra de Blanco. Até então esquecido, o samba-canção Outono ganhou na voz delicada de Nina o melhor registro – como ficou comprovado no álbum Minha Dolores – Nina Becker canta Dolores Duran, editado em 2014 pela gravadora Joia Moderna com gravações de músicas do show estreado no ano anterior. Contudo, como já indicavam o título e o subtítulo do show e do disco de Nina, Outono surgiu na voz de Dolores Duran, nome artístico da cantora e compositora carioca Adiléia Silva da Rocha (7 de junho de 1930 – 24 de outubro de 1959). Intérprete que suavizava o sentimentalismo dramático do samba-canção, em linha quase oposta à de outras cantoras da década de 1950, Dolores lançou Outono em single de 78 rotações por minuto editado em 1952 pela gravadora Star. Com o número Star 349 no selo, o single apresentou a gravação orquestral de Outono na voz da cantora, então em início de carreira fonográfica, na qual debutara em 1951. Outono era o lado A do single. No lado B, Dolores apresentou Um amor assim (Dora Lopes, 1952). As folhas mortas de Outono caíram sem o peso do drama na boa gravação de Dolores. Em 1973, decorridos 21 anos do registro fonográfico original do samba-canção, foi a vez de Alaíde Costa entrar no clima melancólico de Outono em gravação feita pela cantora para álbum assinado com o violonista Oscar Castro Neves (1940 – 2013). Nesse mesmo ano de 1973, precisamente em 23 de abril, o próprio compositor Billy Blanco deu voz e violão a Outono em número musical do programa MPB especial. O áudio desse programa de TV gerou, em 2000, disco do compositor na série A música brasileira por seus autores e intérpretes. Como autor da música, Billy Blanco soube acertar o tom ameno de Outono. Mas ninguém – nem mesmo a refinada Dolores Duran – elevou o samba-canção de Billy Blanco às alturas como Nina Becker no álbum Minha Dolores. ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 16 : Título: Outono Compositor: Billy Blanco Intérprete original: Dolores Duran Álbum da gravação original: Single de 78 rotações por minuto Star 349 Ano da gravação original: 1952 Regravações que merecem menções: a de Alaíde Costa no álbum Alaíde Costa & Oscar Castro Neves (1973), a de Billy Blanco em disco da série A música brasileira por seus autores e intérpretes (1973 / 2000) e sobretudo a de Nina Becker no álbum Minha Dolores (2014) ♪ Eis a letra de Outono : “As verdes folhas de um amor em botão Roubavas sem ver Que um velho tronco retorcido Um coração deixavas a sofrer Outono, sopra o vento Folhas mortas vão ao chão Para se erguer em poeira Que volta em errante num brisa de verão Outono da minha vida Sem o calor do seu amor Sou uma folha caída Poeira perdida num vento de dor”

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