Embraer vai demitir 2,5 mil funcionários nas fábricas do Brasil
Empresa anunciou 900 cortes, que irão se somar aos 1,6 mil desligamentos de funcionários que aderiram a um PDV. Embraer diz que medida é decorrente dos impactos causados pela Covid-19 e pelo cancelamento da parceria com a Boeing. Embraer vai demitir 2,5 mil funcionários nas fábricas do Brasil Embraer/Divulgação A Embraer anunciou, nesta quinta-feira (3), a demissão de 2,5 mil funcionários nas fábricas no Brasil. Segundo a empresa, serão 1,6 mil desligamentos em adesões ao chamado PDV (Plano de Demissões Voluntárias), que foi encerrado na quarta-feira (2), e mais 900 cortes por dispensa para ajuste do quadro de funcionários. A empresa alega que a medida é consequência dos impactos causados pela pandemia de Covid-19 e pelo cancelamento da parceria com a Boeing (leia mais abaixo). Entenda como Boeing e Embraer foram da aproximação ao rompimento do acordo bilionário Ao todo, a Embraer mantinha cerca de 16 mil funcionários no país, sendo 10 mil apenas em São José dos Campos, sede da empresa. O número de desligamentos por unidade não foi informado. Os funcionários que estão no grupo de 900 demitidos estão sendo avisados da dispensa por e-mail. São trabalhadores que estavam em licença remunerada ou em home office. Adesão ao PDV não foi suficiente A Embraer havia encerrado na quarta-feira (2) o prazo para inscrição no terceiro PDV aberto durante a pandemia. A medida era uma tentativa de ajustar o quadro de funcionários frente aos impactos causados pela pandemia. Foram 1,6 mil adesões aos PDVs, mas como o volume não atingiu a meta necessária, a Embraer anunciou que vai fazer mais 900 cortes. Parte dos pedidos no PDV serão efetivados nesta sexta (4). Pandemia e fracasso em parceria Para justificar as demissões, a Embraer alega o impacto provocado pela pandemia de coronavírus e o cancelamento da parceria com a Boeing, além da falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo. Segundo a empresa, os cortes foram feitos com o "objetivo de assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia". Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas como férias coletivas, redução de jornada, lay-off ( suspensão temporária de contratos) e licença remunerada. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que foi pego de surpresa com as demissões. O órgão considera as demissões anunciadas nesta quinta ilegais e promete ir à Justiça para tentar reverter as demissões. Embraer tem pior trimestre em 20 anos Denúncia de assédio O Ministério Público do Trabalho (MPT) apura denúncias recebidas de funcionários da Embraer que relatam pressão para aderir ao PDV. Uma campanha incentivando a denúncia de casos de assédio em relação ao PDV foi iniciada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, que encaminhou os denunciantes ao MPT. Segundo o sindicato, 15 trabalhadores foram orientados a procurar o MPT, que recebeu três denúncias até o fim de agosto. A Embraer reforçou que o PDV foi um processo voluntário e comunicado com transparência às pessoas, seguindo o código de ética e conduta. Segundo a empresa, os funcionários foram informados pelos canais oficiais sobre o programa. Prejuízo bilionário A Embraer registrou prejuízo de R$ 2,95 bilhões nos primeiros seis meses de 2020. Somente no segundo trimestre, o prejuízo líquido foi de R$ 1,68 bilhão, pior resultado para um trimestre em 20 anos. Segundo a Embraer, nos seis primeiros meses de 2020, foram entregues somente quatro aeronaves comerciais e 13 executivas, consequência da pandemia de coronavírus. No primeiro semestre, o prejuízo líquido acumulado da empresa brasileira foi de R$ 2,95 bilhões, enquanto no primeiro semestre de 2019 a empresa apresentou prejuízo de R$ 134 milhões. A empresa afirma que não teve nenhum cancelamento na carteira comercial, apenas mudanças no prazo de entregas. Fracasso com Boeing No final abril, a Boeing anunciou a rescisão do acordo que daria à gigante norte-americana o controle sobre a divisão de aviação comercial da Embraer, em meio às crises no setor de aviação e na economia global, deixando a Embraer sem um plano B claro. A Embraer informou no balanço que os custos de separação dos negócios relacionados com a parceria estratégica com a Boeing, agora encerrada, reconhecidos em janeiro, foram de R$ 96,8 milhões. Na tentativa de diminuir os impactos na companhia, a Embraer assinou contrato em julho com cinco bancos públicos e privados para contrair US$ 300 milhões em empréstimos para financiar o capital de giro para exportações. Embraer abre procedimento arbitral contra a Boeing VÍDEOS: as notícias mais assistidas do G1
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É normal o WhatsApp pedir a confirmação em duas etapas várias vezes?
Tira-dúvidas também responde perguntas sobre roubo de chip e vazamento de senhas. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às quintas-feiras. WhatsApp pede senha de confirmação em duas etapas periodicamente para evitar esquecimento. Reprodução Pedido de confirmação em duas etapas no WhatsApp Todos os dias o WhatsApp está pedindo a confirmação de duas etapas, às vezes mais de uma vez. Devo me preocupar? – Rayssa dos Santos É normal que o WhatsApp solicite periodicamente a sua senha de confirmação em duas etapas. Esse comportamento não pode ser ajustado ou modificado e não há um período específico definido para a solicitação da sua senha. A solicitação do PIN também não é indício de que que haja algum risco para sua conta – é apenas um procedimento normal e periódico. De acordo com a documentação do WhatsApp, essa solicitação periódica do PIN tem apenas o intuito de lembrá-la do PIN que foi configurado. Portanto, a solicitação não é resultante de qualquer acontecimento ou problema em sua conta. Contudo, vale a pena esclarecer que a solicitação do PIN é diferente de dois outros eventos relacionados à conta do WhatsApp: A solicitação do PIN é diferente do bloqueio por biometria. Esta é uma configuração separada e não tem relação com a confirmação em duas etapas. O bloqueio por biometria pode ser ativado ou desativado na seção "Privacidade" das configurações (ao contrário da confirmação em duas etapas, que é recomendável, o blog não recomenda o uso da função de bloqueio por biometria, porque ele deve ser configurado no seu celular como um todo, não em aplicativos específicos). Quando criminosos tentam ativar o seu número da conta do WhatsApp em outro aparelho, você receberá um SMS de ativação. Esse SMS deve ser ignorado e o número não deve ser fornecido a ninguém. Roubar o chip do celular, por si só, não dá acesso às conversas antigas do WhatsApp. Petr Kratochvil/CC Public Domain Roubo de chip pode dar acesso ao WhatsApp? Tenho um número de celular e, há tempos, uso WhatsApp normalmente. Porém, devido a uma queda do aparelho, notei que o celular está sem o chip, mas o WhatsApp continua funcionando normalmente e desconfio que alguém próximo tenha tido acesso e esteja monitorando a minha conta. Como posso fazer neste caso? Apenas mudando o número resolve? Consigo localizar este chip furtado? – Bruna Guimarães Bruna, se o WhatsApp está funcionando no seu celular, isso significa que ele não foi ativado em outro aparelho. Pela regra atual, WhatsApp não pode ser ativado em dois smartphones simultaneamente. O que pode ser feito para monitorar o WhatsApp é autorizar uma sessão do WhatsApp Web. A configuração do WhatsApp fica no próprio WhatsApp, em um menu específico. Basta tocar no botão de três pontos e então em "WhatsApp Web". Caso você suspeite de que alguma sessão tenha sido autorizada sem o seu consentimento, desative todas e autorize novamente as que você utiliza. Como a configuração do WhatsApp Web ocorre dentro do WhatsApp, o roubo do chip não permite que uma pessoa autorize uma sessão do WhatsApp. A sessão do WhatsApp Web, por sua vez, pode ser autorizada por qualquer pessoa que tenha acesso irrestrito ao seu celular. É essencial configurar uma senha de bloqueio de tela em seu aparelho para evitar que isso ocorra. Lembre-se que você pode (e deve) proteger a sua conta do WhatsApp ativando a confirmação em duas etapas (entre nas configurações do WhatsApp, toque em "Conta" e então em "Confirmação em duas etapas"). Mesmo que seu chip ou linha sejam roubados, o bloqueio do PIN vai impedir o ladrão de acessar sua conta, ao menos por sete dias. Sempre que você perceber algum problema com o chip, seja roubo ou problema de funcionamento, procure sua operadora o quanto antes e cadastre seu número em um novo chip. Isso vai desativar o seu chip antigo e resguardar sua linha. Resumindo: O acesso à sua linha ou chip pode dar acesso à sua conta de WhatsApp, mas isto não dá acesso às suas conversas passadas, apenas aos seus grupos; O acesso ao seu aparelho de smartphone pode ser usado para autorizar uma sessão do WhatsApp Web. Isto, sim, dará acesso a todas as suas conversas, contatos, grupos e mídia recebida; Você deve ativar a confirmação em duas etapas no WhatsApp para evitar perder a conta em caso de roubo de linha ou chip; Você deve configurar uma senha de bloqueio de tela no celular para que bisbilhoteiros não possam autorizar sessões do WhatsApp Web CPF é cadastrado no IMEI? Eu comprei um celular para presente e, no momento da compra, o vendedor cadastrou meu CPF. Acredito eu que meu CPF está vinculado ao número de IMEI deste aparelho. No caso foi para a minha ex-namorada, então não me preocupei no momento. Mas, agora que não estamos juntos, não sei qual vai ser o destino do aparelho. Existe a opção de trocar o CPF do número IMEI? – Bruno Arruda O IMEI do aparelho não tem cadastro ou vínculo com seu CPF. Porém, o IMEI do celular muitas vezes consta da nota fiscal de venda, que é registrada em nome do comprador. É apenas nesse sentido que o IMEI estaria "associado" ao seu CPF. Seria preciso consultar a nota fiscal para verificar se essa informação realmente consta lá, mas, de um jeito ou de outro, isso não faz muita diferença. A atividade do smartphone não é associada ao IMEI, mas sim a outros identificadores, como o endereço de IP e o IMSI, que está no chip (não no aparelho) e identifica o assinante (usuário) de um serviço de telefonia ou dados móveis. Ou seja, desde que o smartphone não seja usado com uma linha ou serviço de internet em seu nome, você não deve ter problemas. No caso de linhas pré-pagas, é bastante fácil consultar o seu CPF e descobrir se há alguma linha irregular. O que fazer se uma linha de celular for cadastrada em seu nome e com seu CPF sem autorização? Um aparelho de celular também pode ficar cadastrado em sua conta Apple ou Google. Para iPhones, que são associados a um ID Apple, confira o documento de ajuda da Apple com instruções atualizadas. Quando o celular usa o Android, que é associado a uma conta Google, o aparelho deve ser desvinculado no gerenciamento de dispositivos da conta Google. Dúvidas sobre segurança digital? Envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. VÍDEOS: Veja dicas de segurança digital
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Bolsas da China fecham em queda com pressão do setor de consumo
Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,55%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,58%. As ações da China fecharam em queda nesta quinta-feira (3), com os investidores vendendo papéis de empresas de consumo devido a preocupações com valorizações altas demais, enquanto as tensões sino-americanas também afetaram o sentimento, superando o otimismo decorrente de dados otimistas do setor de serviços.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,55%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,58%.
As vendas se intensificaram na segunda metade do pregão, com os investidores recuando das principais empresas de consumo após ganhos estelares nas últimas semanas.
O subíndice do setor de consumo do CSI300 fechou com queda de 0,4%,
Os Estados Unidos disseram na quarta-feira que agora exigirão que diplomatas chineses seniores obtenham a aprovação do Departamento de Estado norte-americano antes de visitar campi de universidades ou realizar eventos culturais nos EUA com mais de 50 pessoas fora dos campos da missão.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,94%, a 23.465 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,45%, a 25.007 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,58%, a 3.384 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,55%, a 4.817 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,33%, a 2.395 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,46%, a 12.757 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,32%, a 2.531 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,81%, a 6.112 pontos.
Sardenberg: ‘China teve crescimento do PIB porque lá a pandemia foi antes’
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Vendas no varejo na zona do euro contrariam expectativas e caem em julho
Queda nos 19 países que compartilham o euro foi de 1,3% no comparativo mensal, com um aumento anual de 0,4%. As vendas no varejo na zona do euro contrariaram as expectativas de alta em julho e caíram em relação a junho apesar do fim das restrições relacionadas à Covid-19, com os setores de roupas e calçados liderando as perdas ao registrarem quedas de dois dígitos, mostraram dados desta quinta feira (3).
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que as vendas no varejo nos 19 países que compartilham o euro caíram 1,3% no comparativo mensal, com um aumento anual de 0,4%. Economistas consultados pela Reuters esperavam um ganho mensal de 1,5% e um avanço anual de 3,5%.
A Eurostat disse que as vendas de alimentos, bebidas e cigarros ficaram estáveis em relação ao mês anterior e saltaram 1,5% sobre o ano anterior, mas as vendas de produtos não alimentícios caíram 2,9% no mês e avançaram apenas 0,5% no ano. As vendas de produtos têxteis, roupas e calçados cederam 10,6% no mês e 25,8% no ano.
Mesmo as vendas de gasolina nos postos de abastecimento, que saltaram dois dígitos numa comparação mensal em maio e junho, tiveram alta mensal de apenas 4,3% em julho, despencando 10,8% no comparativo anual apesar do início do período de férias.
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Produção industrial cresce 8% em julho, mas ainda não elimina perdas com pandemia
Foi a terceira alta seguida, mas setor permanece 6% abaixo do patamar pré-pandemia. No ano, queda acumulada ainda é de 9,6%, segundo o IBGE. Produção de veículos cresceu 43,9% em julho e foi o principal destaque do setor, segundo o IBGE. Divulgação/Volkswagen A produção industrial brasileira cresceu 8% em julho, na comparação com junho, segundo divulgou nesta quinta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da 3ª alta consecutiva, o resultado de ainda não foi suficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levou o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série. A indústria ainda permanece 6% abaixo do nível visto em fevereiro, antes das paralisações e medidas de isolamento para contenção do coronavírus. O avanço registrado em julho também representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 8,7% de maio e de 9,7% de julho, segundo dados revisados pelo IBGE. Na comparação com julho do ano passado, a indústria seguiu no vermelho, com queda de 3%, o nono resultado negativo. Produção industrial mensal Economia G1 O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 5,7% ante junho e de perda de 6,4% na comparação interanual, reforçando a leitura de um cenário de recuperação gradual da economia brasileira. Queda de 9,6% no ano No acumulado no ano, a indústria ainda acumula perda de 9,6%. Em 12 meses, a queda acumulada ainda é de 5,7%, marcando o recuo mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%) e acelerando a perda frente aos meses anteriores. O avanço de 8% da atividade industrial em julho alcançou todas as grandes categorias econômicas, com altas em 25 dos 26 ramos pesquisados. ”Observa-se uma volta à produção desde maio, e é um crescimento importante, mas que ainda não recupera as perdas do período mais forte de isolamento”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo. "Muita gente fora do mercado e sem emprego são variáveis importantes para acompanhar daqui para a frente. O mercado de trabalho é importante para uma consistência da eventual retomada da produção industrial", acrescentou. IBGE: produção industrial de julho cresce 8% Produção de veículos avança 43,9% Entre as atividades, a alta mais relevante foi a da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 43,9% contra junho. Segundo o IBGE, o crescimento foi impulsionado, em grande medida, pela continuidade do retorno à produção após a interrupção em função da pandemia. O setor acumulou expansão de 761,3% em três meses, mas ainda assim se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro. Outros destaques no mês com maior contribuição para o índice geral foram observados na metalurgia (18,7%), indústrias extrativas (6,7%), em máquinas e equipamentos (14,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,8%), e em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12%). A única queda em julho ocorreu no ramo de impressão e reprodução de gravações, com baixa de 40,6%. A atividade havia registrado expansão de 77,1% em junho, quando interrompeu dois meses de consecutivos de redução na produção, período em que acumulou perda de 27,7%. Produção industrial em julho, por ramos pesquisados Divulgação/IBGE Já no índice das grandes categorias, o destaque foi a produção de bens de consumo duráveis, que avançou 42%. Ainda assim, esse segmento se encontra 15,2% abaixo do patamar de fevereiro último. Os setores produtores de bens de capital (15%) e de bens intermediários (8,4%) também cresceram acima da média geral da indústria. Já o de bens de consumo semi e não duráveis (4,7%) registrou o crescimento menos intenso. Todos os 3 também seguem abaixo do nível pré-pandemia. Perspectivas No segundo trimestre, a indústria foi a mais afetada pelas consequências do coronavírus, com recuo recorde da produção de 12,3% sobre os três primeiros meses do ano, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados esta semana pelo IBGE. Após o tombo recorde da indústria e da economia brasileira, a expectativa é de recuperação gradual no 3º trimestre, apesar das incertezas sobre a dinâmica da pandemia de coronavírus e rumo das contas públicas. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou pelo 4º mês seguido em agosto, recuperando 93,8% das perdas registradas entre março e abril, em meio à redução da ociosidade e melhora das expectativas. A estimativa atual do mercado é de um tombo de 5,28% do PIB em 2020, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Mesmo com a melhora das previsões nas últimas semanas e redução do pessimismo, ainda deverá ser de longe o pior desempenho anual já registrado no país. Raio X do PIB: a pior recessão em 40 anos Depois do tombo recorde, país tem de lidar com desafio fiscal e lenta retomada
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Governador do Rio diz que saída do regime de recuperação fiscal levaria a atraso de salários
Em pedido enviado ao Conselho de Monitoramento do Regime de Recuperação Fiscal na segunda-feira (31), o governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio de Castro, afirmou que a permanência do estado no programa não é uma "mera escolha". Ele disse ainda que a saída levaria a novo atraso no pagamento do funcionalismo e a "grave prejuízo à prestação de serviços públicos à população."
O blog teve acesso com exclusividade ao documento assinado pelo governador.
O Conselho é responsável por recomendar ao Tesouro Nacional a renovação ou não do Regime de Recuperação Fiscal do Rio por mais três anos. O Rio está no RRF desde 2017, e a permanência deve ser renovada até sábado (5). O RRF possibilita ao estado não pagar dívidas com o governo federal.
Uma liminar concedida pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas permitiu que o Rio permaneça no RRF até a avaliação da renovação pelo Ministério da Economia.
Castro citou ainda entre os motivos para a renovação a forte queda na arrecadação do Estado causada pela pandemia da Covid-19 e a impossibilidade de o Rio voltar a arcar com o pagamento de R$ 10,5 bilhões que seriam necessários quitar com o governo federal até o final do exercício de 2020.
O governador citou ainda que, entre setembro de 2017 e junho de 2020, as medidas de ajuste tomadas pelo Rio somaram impacto financeiro de R$ 27,1 bilhões.
Na própria segunda-feira, o Ministério da Economia respondeu ao governador pedindo que o estado enviasse até 4 de setembro o diagnóstico fiscal, cenário base e cenário atualizado das condições do financeiras do Rio até setembro de 2023.
Entre os dados solicitados estão a situação atual da arrecadação, incluindo royalties, com a evolução nos anos de 2017 até julho de 2020; situação atual da folha de pagamentos de pessoal ativo, inativo e pensionistas, com demonstração da evolução desde 2017; despesas e estado do endividamento atual, indicando dívida com a União, dívida com bancos públicos, dívida com multilaterais e dívida com os demais credores.
Segundo a lei que estabeleceu o Regime de Recuperação Fiscal do Rio, o pedido de prorrogação feito pela autoridade estadual precisa ser acompanhado de parecer do Conselho de Supervisão. Além do Tesouro Nacional, a Procuradoria Nacional da Fazenda precisa chancelar a renovação.
Rio de Janeiro corre o risco de deixar o regime de recuperação fiscal
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INSS pagará diferença sobre adiantamento do auxílio-doença
Com a medida, quem recebeu o adiantamento, no valor de um salário mínimo (R$ 1.045), mas teria direito a um benefício maior, receberá a diferença sem a necessidade de novo requerimento. Os segurados da Previdência Social que receberam antecipação do auxílio por incapacidade temporária (antes chamado auxílio-doença) terão o benefício reconhecido em definitivo. Com a medida, quem recebeu o adiantamento, no valor de um salário mínimo (R$ 1.045), mas teria direito a um benefício maior, receberá a diferença sem a necessidade de novo requerimento.
A medida abrange as antecipações em que o afastamento tenha se encerrado até o dia 2 de julho deste ano.
O pagamento será efetuado aos beneficiários no mês de outubro pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conforme apuração dos valores a serem processados pela Dataprev.
O beneficiário que requereu a antecipação e que tenha direito ao pagamento da diferença poderá acompanhar o status do crédito, bem como os valores, através do Meu INSS e telefone 135.
Extensão da antecipação
No último dia 24 de agosto, portaria publicada autorizou a antecipação das parcelas de salário mínimo mensal (R$ 1.045) do auxílio-doença por até 60 dias. Antes, o prazo estava limitado a 30 dias.
O beneficiário poderá requerer a prorrogação da antecipação do auxílio-doença com base no período de repouso informado no atestado médico anterior ou solicitar novo requerimento mediante apresentação de novo atestado médico – nesses casos, continua limitada a prorrogação da antecipação também ao prazo de 60 dias.
De acordo com a Secretaria Especial de Previdência Trabalho, antes, o segurado podia pedir prorrogação após 30 dias da primeira concessão, podendo receber a antecipação, incluindo as prorrogações, por até 3 meses. Com a publicação da nova portaria, o pedido de prorrogação pode ser feito depois de 60 dias, para o segurado que requerer até o dia 31 de outubro.
Por exemplo, um atestado de 210 dias, iniciando em 01/06/2020, gerava uma antecipação até 30 de junho. Depois uma primeira prorrogação até 30 de julho e uma segunda prorrogação até 29 de agosto. Agora, vai gerar uma terceira prorrogação até 28 de outubro e uma quarta até 27 de dezembro.
Atualmente, o atendimento presencial das Agências da Previdência Social está suspenso em razão da pandemia da Covid-19, com previsão de retorno previsto para 14 de setembro.
Agências fechadas do INSS dificultam vida do segurado; veja que situações dependem de avaliação presencial
Os sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão adaptados para receber atestados médicos de trabalhadores que estão na fila do auxílio-doença e queiram solicitar a antecipação no valor de R$ 1.045. O segurado pode enviar o atestado médico diretamente pelo site Meu INSS ou pelo aplicativo do serviço. Para quem já usa o aplicativo, é preciso baixar a atualização disponível para Android e iOS – veja aqui como solicitar.
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Dólar opera em queda em dia de entrega da reforma administrativa
Na quarta-feira, moeda norte-americana fechou em queda de 0,51%, cotada a R$ 5,3578. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar opera em queda nesta quinta-feira (3), com os investidores de olho na política local e na apresentação da proposta de reforma administrativa enviada ao Congresso. Às 12h38, a moeda norte-americana recuava 0,86%, cotada a R$ 5,3115. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em queda 0,51%, cotada a R$ 5,3578. Na parcial do mês, acumula queda de 2,25%. No ano, tem valorização de 33,62%. Governo entrega proposta da reforma administrativa ao Congresso Cenário Na agenda doméstica, as atenções seguem voltadas também para as discussões em torno do Orçamento de 2021 e da reforma administrativa. O governo oficializou nesta quinta-feira o envio da reforma administrativa para o Congresso. O texto propõe uma série de mudanças nas regras do funcionalismo público. Entre elas, está o fim da aposentadoria compulsória como modalidade de punição e proibição de promoção por tempo de serviço. A agenda doméstica também mostrou que a produção industrial brasileira registrou alta de 8,0% em julho na comparação com o mês anterior, mas ainda sem eliminar as perdas com a pandemia. Nos EUA, o número de novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, mas permaneceu extraordinariamente alto em meio a sinais de que a recuperação do mercado de trabalho está perdendo força conforme a pandemia de Covid-19 continua. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 881 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de agosto, comparado com 1,011 milhão na semana anterior. Veja vídeo: como o câmbio influencia a sua vida Variação do dólar em 2020 G1
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Índice global de preços de alimentos sobe pelo 3º mês seguido, diz FAO
Indicador registrou alta 7% na comparação anual. Cereais, óleos vegetais e açúcar lideram as altas. Açúcar bruto: alimento faz parte do índice calculado pela FAO REUTERS/Peter Nicholls O preço global dos alimentos subiu pelo terceiro mês em agosto, impulsionado por cereais, óleos vegetais e açúcar, disse a agência das Nações Unidas para alimentação nesta quinta-feira (3). O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que mede variações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, atingiu uma média de 96,1 pontos mês passado, ante 94,3 em julho. O indicador aumentou 1,9% ante o mês anterior, mas teve uma alta de 7% na comparação anual. A FAO, sediada em Roma, também disse em comunicado que a colheita global de cereais segue caminhando para um recorde anual em 2020. Produtos do agro brasileiro registram preços recordes A FAO revisou para baixo sua estimativa para a safra de cereais de 2020 em 25 milhões de toneladas, principalmente devido às expectativas de queda na produção de milho dos Estados Unidos. Porém, apesar da redução, a agência ainda espera uma colheita recorde este ano, de cerca de 2,765 bilhões de toneladas, alta de 3% ante os níveis de 2019. "Colheitas recordes de milho são esperadas na Argentina e no Brasil, enquanto a produção global de sorgo deve crescer em 6% em relação ao ano anterior. A produção mundial de arroz 2020 também deve atingir um novo recorde de 509 milhões de toneladas", disse a FAO. A previsão para o consumo de cereais em 2020/21 atingiu 2,746 bilhões de toneladas, uma alta de 2% versus 2019/20. A estimativa para estoques de cereal globais no fim da temporada em 2021 é de 895,5 milhões de toneladas, uma queda de 33,4 milhões de toneladas desde julho. Veja vídeos do Globo Rural
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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem mais do que o esperado, e ficam abaixo de 1 milhão
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 881 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de agosto, comparado com 1,011 milhão na semana anterior. O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, mas permaneceu extraordinariamente alto em meio a sinais de que a recuperação do mercado de trabalho está perdendo força conforme a pandemia de Covid-19 continua. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 881 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de agosto, comparado com 1,011 milhão na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (3). Pedidos de seguro desemprego nos EUA Economia/G1 Economistas consultados pela Reuters projetavam 950 mil solicitações na última semana. Apesar da queda, o número segue várias vezes superior à média de pedidos anterior à pandemia do coronavírus. Na semana encerrada em 14 de março – antes da disparada de pedidos – foram 282 mil. Com o resultado da semana passada, o número total de novos pedidos desde meados de março, quando houve uma aceleração brusca do indicador, já soma 59,3 milhões. Com o relatório da semana passada, o Departamento do Trabalho mudou a metodologia que usava para lidar com as flutuações sazonais dos dados, que economistas reclamavam que tinham se tornando menos confiáveis por causa do choque econômico causado pela crise do coronavírus. A recuperação do mercado de trabalho do ápice da pandemia em meados de março e abril parece estar vacilando. Embora as novas infecções por Covid-19 estejam diminuindo, muitas preocupações permanecem, especialmente em campi de faculdades que reabriram para aulas presenciais. As empresas esgotaram os empréstimos do governo para ajudar com salários, enquanto o suplemento de auxílio-desemprego semanal venceu em julho. O governo publicará seu relatório de emprego de agosto na sexta-feira. Segundo pesquisa da Reuters junto a economistas, a criação de vagas fora do setor agrícola provavelmente chegou a 1,4 milhão, de 1,763 milhão em julho. Assista às últimas notícias de Economia:
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