EUA emitem alerta sobre nova atividade de hackers da Coreia do Norte que já atacaram bancos no Brasil
Governo americano afirma que invasores se especializam em fraudes financeiras para obter recursos para o regime norte-coreano. O governo dos Estados Unidos emitiu um alerta sobre novas atividades hackers norte-coreanos especializados em atacar instituições financeiras. O grupo, chamado de "BeagleBoyz", é indicado como responsável por um ataque batizado de FASTCash, em que o dinheiro é sacado de caixas eletrônicas ou movimentado por meio de transferências bancárias. O grupo é notório por ter realizado ataques em mais de 30 países, inclusive no Brasil, mas estava inativo desde o fim de 2019. Agora, as ações foram retomadas e o ataque foi chamado de "FASTCash 2.0". Mapa de atividade de hackers que atacam sistemas financeiros. Várias instituições em países da América Latina já foram alvo CISA/US-CERT O alerta é assinado pela Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA), pelo FBI, pelo Departamento do Tesouro e pelo Cibercomando dos Estados Unidos – que é um órgão militar. De acordo com o documento, o BeagleBoyz é uma subdivisão do "Hidden Cobra", que representa toda a atividade de hackers associada à Coreia do Norte. A Microsoft chama esses mesmos hackers do Hidden Cobra pelo nome de "Zinc" (Zinco), enquanto outras empresas costumam usar o nome "Lazarus". Hackers de grupo ligado à Coreia do Norte atacaram bancos na América Latina, diz Trend Micro EUA dizem que hackers da Coreia do Norte invadem bancos e 'comandam' caixas eletrônicos Um ataque do BeagleBoyz normalmente começa com um e-mail enviado para um funcionário da instituição financeira que será atacada. Quando esse colaborador abre a mensagem e contamina o computador, os hackers utilizam ferramentas para alcançar outros sistemas dentro da rede. Esse aprofundamento do acesso continua até que os hackers atinjam os sistemas de pagamento ou de caixa eletrônico. Nesse momento, são providenciadas transferências ou saques indevidos de contas que deveriam estar sem saldo. O governo dos Estados Unidos estima que os hackers já tenham conseguido até US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) para os cofres norte-coreanos. De acordo com um relatório do exército dos Estados Unidos datado de julho de 2020, a Coreia do Norte emprega seis mil hackers em uma unidade chamada de "Gabinete 121". A Coreia do Norte sempre negou qualquer envolvimento em ações de hacking. Ataques também usam ofertas de emprego A fabricante de antivírus finlandesa F-Secure também publicou um relatório sobre atividades do Lazarus contra outro segmento do mercado financeiro: as plataformas de compra e venda de criptomoedas. Segundo a investigação da empresa, os invasores entram em contato com administradores de sistemas de plataformas de compra e venda de criptomoedas e enviam um documento contaminado com uma praga digital, alegando se tratar de uma oferta de emprego na área de atuação do profissional. Hackers enviaram documento contaminado com vírus para administradores de plataformas de compra e venda de criptomoeda por meio do Linkedin Reprodução/F-Secure O arquivo, ao ser aberto no Microsoft Word, mostra um aviso falso indicando que o conteúdo estaria "protegido pela GDPR" – a lei de proteção de dados da União Europeia. Para ver o conteúdo, a vítima precisa ativar as "macros" do Word. Se essa instrução for seguida, um programa de controle remoto será instalado no computador. A partir daí, os invasores podem roubar dados ou instruir o sistema a realizar qualquer atividade. Dependendo das responsabilidades profissionais da vítima, esse acesso pode ser suficiente para realizar fraudes no serviço de compra e venda de criptomoeda ou revelar informações de clientes. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com Veja vídeos com dicas de segurança digital:
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PagSeguro tem lucro líquido de R$ 296,3 milhões no 2º trimestre
Montante representa uma queda de 16,9% em comparação ao trimestre anterior e de 8,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. PagSeguro, do grupo UOL, registrou um lucro líquido de R$ 296,3 milhões no segundo trimestre. Shutterstock A credenciadora de cartões PagSeguro, do grupo UOL, registrou um lucro líquido de R$ 296,3 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 16,9% em comparação ao trimestre anterior e de 8,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com o isolamento social mais intenso no segundo trimestre do ano, a empresa viu uma diminuição das receitas totais, que somaram R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre. O número representa uma queda de 2,3% em um ano e de 14,5% no trimestre. A margem líquida foi de 23,2% entre abril e junho de 2019 para 21,8% no mesmo período deste ano. Bovespa fecha estável, de olho na cena política doméstica As despesas totais, por sua vez, somaram R$ 945 milhões nos três meses finalizados em junho, aumento de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Frente ao trimestre anterior, houve queda de 13,4%. Apesar do impacto da crise provocada pela pandemia de covid-19 no resultado, a PagSeguro foi capaz de elevar o volume de pagamentos capturados em um ano em 11,4%, para R$ 29,7 bilhões no segundo trimestre. Em comparação aos três meses anteriores, porém, houve queda de 6%. Coronavírus: governo muda regra de pagamentos para garantir que dinheiro chegue aos lojistas A quantidade de clientes ativos (com transação nos últimos 12 meses) somou 5,8 milhões ao fim do trimestre. O número representa alta de 22,9% em um ano e de 5,45% ante o trimestre anterior. Já o PagBank atingiu 4,9 milhões de clientes em junho, 1,2 milhão a mais no trimestre e 3,5 milhões a mais em 12 meses. Após a divulgação dos resultados, as ações da PagSeguro no mercado americano subiam 3,53% no after-market. Consumidores dão preferência a pagamentos com cartão como medida de segurança
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Nota de R$ 200: BC diz ao STF que suspender produção agora traria prejuízos à sociedade
Parecer foi enviado à Corte porque partidos pediram interrupção na emissão da nova cédula. Segundo o Banco Central, serão confeccionadas 20 milhões de notas até 2 de setembro. O Banco Central defendeu, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a continuidade da emissão de cédulas de R$ 200. As notas, inéditas e com estampa de lobo-guará, foram anunciadas no fim de julho e ainda não entraram em circulação.
Segundo o BC, a interrupção do processo de produção da cédula pode trazer prejuízos à sociedade, que vem ampliando a demanda de dinheiro em espécie desde o início da pandemia do novo coronavírus.
O parecer foi enviado à ministra Cármen Lúcia, relatora no STF de uma ação apresentada por PSB, Rede e Podemos contra a produção das cédulas de R$ 200. No último dia 20, os partidos acionaram o Supremo para contestar a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) que autorizou a produção das notas.
Banco Central anuncia que lançará cédula de R$ 200
No documento, procuradores do Banco Central afirmam que o lançamento da nova cédula está previsto para a próxima quarta-feira (2). Até lá, a Casa da Moeda do Brasil deve entregar ao banco 20 milhões de cédulas do novo valor, ao custo de R$ 6,5 milhões.
Ainda de acordo com o parecer, 7,2 milhões de notas de R$ 200 já foram emitidas até esta semana. O contrato entre Banco Central e Casa da Moeda prevê custo total de R$ 146 milhões para produção de 450 milhões de cédulas do novo valor, ainda em 2020.
Além disso, de acordo com a autoridade monetária, a Casa da Moeda já comprou "parcela significativa" do material usado para produzir o dinheiro.
O BC também rebateu os argumentos de que a decisão de lançar a nova nota não foi suficientemente motivada e violaria o princípio da eficiência – duas diretrizes para a administração pública previstas na Constituição.
Os técnicos ressaltaram que, com a criação do auxílio emergencial e os efeitos da pandemia na economia, a demanda por moeda cresceu. Apontaram ainda que, diante das limitações de capacidade produtiva da Casa da Moeda, o lançamento da nova cédula era a única solução viável do ponto de vista técnico.
"Ante a imperativa e incontornável necessidade de fornecer papel moeda suficiente para atendimento às demandas da sociedade, em especial os esperados saques em espécie diretamente relacionados ao pagamento de auxílios e benefícios para a população mais vulnerável, a solução técnica compatível com a tempestividade exigida foi a produzir a combinação de numerário capaz de maximizar o valor monetário a ser produzido".
BC nega risco maior
Os técnicos sustentaram ainda que a circulação da nova cédula não representa nenhum tipo de "favorecimento à criminalidade".
Na ação no Supremo, os três partidos afirmaram que o novo valor pode ameaçar o combate a ilícitos – e citam posicionamentos de instituições de combate à corrupção que afirmam que uma nota de valor maior facilita a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal.
"Tal argumento mostra-se totalmente infundado e descabido, porquanto o mero lançamento da nova cédula não tem o condão de servir de estímulo ou favorecimento a atividades criminosas", concluíram.
Alto valor de cédula pode facilitar lavagem de dinheiro, apontam pesquisadores
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S&P 500 renova recorde pela 5ª sessão seguida após comentários de Powell
Índice valorizou 0,17%, fechando aos 3.484,55 pontos, enquanto o Dow Jones avançou 0,57%; o Nasdaq foi contra os pares e fechou em queda. Wall Stree é a sede das principais bolsas de NY como a New York Stock Exchange (NYSE) Reuters O índice S&P 500 fechou a quinta sessão consecutiva renovando suas máximas históricas, depois que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, reforçou a perspectiva de que a taxa de juros de referência do país deve permanecer próxima de zero por um longo período de tempo. Nesta quinta-feira (27), o S&P 500 fechou em alta de 0,17%, a 3.484,55 pontos, enquanto o Dow Jones avançou 0,57%, a 28.492,27 pontos. O Nasdaq, porém, interrompeu a sua sequência de recordes, recuando 0,34%, a 11.625,34 pontos. Bovespa fecha estável, de olho na cena política doméstica Falando no simpósio anual do Fed em Jackson Hole, Powell anunciou uma mudança de abordagem do BC americano para a inflação, por meio da adoção da meta de inflação média. A mudança indica que o banco central americano pode permitir que a inflação corra acima da meta de 2% por algum tempo sem elevar os juros para compensar períodos prolongados de inflação abaixo do objetivo. A mudança sinaliza uma postura mais favorável à acomodação monetária ("dovish") do Fed, reforçando a perspectiva de que os juros vão permanecer próximos de zero pelos próximos anos nos EUA. "Continuamos a projetar que o Fed manterá a taxa de juros dos Fed Funds próxima de zero até o meio de 2024", disse Kathy Bostjancic, economista-chefe da Oxford Economics para os EUA, após os comentários. Fed aborda pandemia e situação política do Brasil em reunião A economista aponta, porém, que a meta assimétrica para o mercado de trabalho — com o BC dos EUA indicando que prestará mais atenção a uma taxa elevada de desemprego do que a uma taxa baixa, que, de acordo com a teoria econômica ortodoxa, impulsiona a inflação — foi uma relativa surpresa, mas que "isso, em grande parte, apenas codifica a estratégia de política monetária extremamente 'dovish' que o Fed já tem seguido". Em um dia de otimismo generalizado, os investidores aproveitaram para realizar lucros das ações das gigantes americanas de tecnologia, que têm subido em momentos de incerteza sobre a economia americana, com a perspectiva de que as ações são menos vulneráveis aos impactos da pandemia. Destaques A ação da Microsoft conseguiu fechar em alta de 2,46%, fechando a quarta sessão de ganhos e a oitava alta em dez sessões, mas a ação da Apple (-1,20%), Amazon (-1,22%), Alphabet (-0,95%) e Facebook (-3,52%) todas recuaram hoje, após anotarem fortes ganhos nas últimas semanas. As ações do setor de serviços de comunicação lideraram as perdas no S&P 500, com queda de 1,29%, mas seguem liderando os ganhos na semana, acumulando alta de 4,46%. Oito dos 11 setores encerraram o dia em alta, com destaque para as ações do setor financeiro, que subiram 1,74%. O ânimo do mercado acionário foi reforçado também pela notícia de que líderes do Partido Democrata e a Casa Branca retomaram, hoje, as negociações do pacote de estímulos fiscais, paradas há quase três semanas.
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Conselho Monetário autoriza Banco Central a repassar R$ 325 bilhões para o Tesouro Nacional
Pela decisão, dinheiro deverá ser usado no pagamento da Dívida Pública Interna. Segundo conselho, valor pode ser ampliado 'caso haja necessidade'; Tesouro pediu R$ 445 bi. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quinta-feira (27) o Banco Central a repassar R$ 325 bilhões para o Tesouro Nacional.
De acordo com o conselho, o dinheiro deverá ser usado no pagamento da Dívida Pública Mobiliária Interna, isto é, o endividamento do governo feito em reais.
Em nota divulgada nesta quinta, o conselho informou ainda que o valor a ser repassado pelo BC ao Tesouro poderá ser ampliado "caso haja necessidade" (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
No primeiro semestre, o Banco Central registrou saldo positivo de R$ 503,2 bilhões. Desse valor, R$ 478,5 bilhões têm origem em operações cambiais (reservas e derivativos cambiais).
Uso do dinheiro
Por lei, o dinheiro que o BC repassará para o Tesouro não pode ser usado em despesas primárias, como investimentos, mas pode abater a dívida.
A ajuda na gestão da dívida pública é considerada importante em um momento em que o governo aumentou os gastos públicos para combater os efeitos da pandemia do coronavírus, o que vai exigir que o Tesouro emita títulos públicos e aumente o endividamento.
Em nota, o CMN afirmou que a lei prevê esse tipo de transferência "em situações de severas restrições nas condições de liquidez que afetem de forma significativa o refinanciamento da dívida pública".
Tesouro pediu R$ 445 bilhões
Após a divulgação da informação pelo CMN, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que o órgão havia pedido R$ 445 bilhões, mas que o BC se preocupou com a reserva que ficaria para eventuais prejuízos no segundo semestre.
"O BC mostrou uma preocupação com o balanço ao longo do segundo semestre em particular com a possibilidade de um prejuízo", afirmou.
Além dos R$ 325 bilhões autorizados pelo CMN, o BC vai transferir outros R$ 24,7 bilhões, totalizando R$ 349,7 bilhões. Esses R$ 24,7 bilhões são obrigatórios.
'Pedalada fiscal'
O subsecretário da Dívida Pública Federal, José Franco, disse que a operação não configura uma espécie de "pedalada fiscal". Segundo ele, o Tesouro Nacional tem "convicção de que todas as condições legais estão sendo respeitadas”.
O chefe do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, também defendeu a operação e negou eventual irregularidade.
A operação
No início da semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que não era contra a transferência, desde que não ficasse caracterizado que o BC estaria financiando o Tesouro.
Campos Neto defendeu, ainda, deixar um "colchão" para absorver qualquer eventual resultado negativo do BC no segundo semestre.
A operação recebeu um aval informal dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) durante reunião com Campos Neto. Na reunião, o presidente do BC explicou que o dinheiro só poderia ser usado para abater a dívida pública.
Segundo José Franco,e não houve consulta prévia por parte do Tesouro Nacional ao TCU, mas em duas ou três reuniões a operação foi mencionada e explicada.
'Colchão' da dívida
O subsecretário da Dívida Pública Federal, José Franco, afirmou também que a transferência vai reforçar o "colchão" da dívida e evitar que o Tesouro Nacional tenha que emitir títulos da dívida quando o mercado está em condições adversas e desvantajosas para o governo.
"Os R$ 325 bilhões vão reforçar a reserva de liquidez da dívida pública. Isso nos dá tranquilidade para que em momentos de severa turbulência do mercado o governo não seja obrigado a emitir dívida", afirmou.
Segundo Franco, a reserva de liquidez da dívida que o Tesouro tinha foi usada para pagar as despesas excepcionais da pandemia.
Íntegra
Leia a íntegra da nota do CMN:
CMN autoriza transferência de R$ 325 bilhões de reservas de resultado cambial do Banco Central para pagamento da Dívida Pública Mobiliária Interna
O Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão colegiado presidido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, e composto pelo Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos, e pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, aprovou, na reunião ordinária realizada hoje (27/08/2020), transferência de R$ 325 bilhões de reservas de resultado cambial do Banco Central para pagamento da Dívida Pública Mobiliária Interna.
Conforme prevê o artigo 5º da Lei nº 13.820, de 3 de maio de 2019, que gerou efeitos a partir do resultado do 2º semestre de 2019, em situações de severas restrições nas condições de liquidez que afetem de forma significativa o refinanciamento da dívida pública, os recursos existentes na reserva de resultado do balanço do Banco Central, constituída a partir do resultado financeiro positivo das operações com reservas cambiais e das operações com derivativos cambiais no mercado interno, poderão ser transferidos ao Tesouro Nacional para o pagamento da dívida pública mobiliária interna (DPMFi).
Diante disso, tendo em vista as condições atuais de liquidez no mercado de dívida, houve a decisão do CMN para a transferência imediata de R$ 325 bilhões dessas reservas para o pagamento da DPMFi. Caso haja necessidade, o CMN avaliará, ainda neste exercício, a ampliação deste valor.
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B3 diz que negociação de BDR para investidor de varejo ainda necessitará de ajustes
Bolsa esclareceu que ainda vai submeter um regulamento à autarquia sobre quais os ambientes de negociação estrangeiros serão considerados como mercados reconhecidos. Ibovespa é o principal índice da B3, a bolsa brasileira Amanda Perobelli/Reuters Embora a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tenha dado sinal verde para o investidor de varejo negociar recibos de ações estrangeiras (BDR) no Brasil a partir de setembro, a B3 informou que vai levar mais tempo para isso ocorrer. Em um comunicado ao mercado, a bolsa esclareceu que ainda vai submeter um regulamento à autarquia sobre quais os ambientes de negociação estrangeiros serão considerados como mercados reconhecidos. Os ajustes podem levar até dois meses, segundo uma fonte da bolsa. Bovespa fecha estável, de olho na cena política doméstica “Assim, somente após a aprovação do regulamento pela B3, os investidores pessoas físicas poderão investir diretamente em BDR NP”, escreve a bolsa no documento enviado às corretoras e distribuidoras de valores. No texto, a B3 escreve que só serão acessíveis os BDRs não patrocinados que tenham como lastro ações de emissores estrangeiros já admitidas à negociação em mercados reconhecidos. Quando a CVM colocou em vigor a nova regra, em 11 de agosto, executivos da B3 comentaram sobre a questão do regulamento e que inicialmente as bolsas americanas é que deveriam ser classificadas como mercado reconhecido. A intenção naquela data era já ter uma oferta pronta no início de setembro ou um pouco depois, conforme o diretor de produtos regulados, Mário Palhares. Juliana Rosa: ‘Bolsa Família custa por ano R$ 30 bi; Renda Brasil deverá custar R$ 52 bi’ As corretoras também precisam adaptar os seus canais para que os serviços de home brokers possam oferecer a alternativa ao público de varejo. Só num segundo momento é que a B3 vai fazer os ajustes para que empresas listadas no exterior com atividades no Brasil – caso de XP Inc., Stone ou PagSeguro – também possam ter BDR aqui patrocinados ou não.
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Jovens de 18 a 24 anos são 42% dos que buscam emprego em Campinas, diz prefeitura
Levantamento da Secretaria de Trabalho e Renda aponta que 1.074 pessoas nessa faixa de idade foram ao CPAT entre janeiro e a segunda quinzena de agosto. Jovens de 18 a 24 anos são os que mas buscam emprego em Campinas, diz balanço Jovens de 18 a 24 anos são maioria entre as pessoas que buscam empregos na cidade de Campinas (SP). Um levantamento feito pela Secretaria de Trabalho e Renda do município mostra que 2.512 cidadãos procuraram vagas no Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT) este ano, e 1.074 deles estão nesse faixa etária, o equivalente a 42,75%. Veja as oportunidades no mercado de trabalho na região Os dados, divulgados nesta quinta-feira (27) pela EPTV, afiliada da TV Globo, compreendem o período entre 1 de janeiro e 21 de agosto. De acordo com o CPAT, 50% desses jovens estão desempregados e querem se recolocar no mercado, 40% buscam o primeiro emprego e 10% querem ser selecionados para vagas de aprendizagem, no programa Jovem Aprendiz. Veja as faixas que mais buscaram por trabalho: 1.074 pessoas: 18 a 24 anos 345 pessoas: 14 a 17 anos 319 pessoas: 30 a 39 anos Jovens são maioria na busca por emprego em Campinas Reprodução/EPTV Qualificação é barreira Diretor do CPAT, Roger Prado afirma que a necessidade de qualificação é uma barreira para o público jovem, pois muitos não têm acesso à educação, e acabam em cargos com salários mais baixos. "Operador da área de informática, área administrativa como um todo e, por causa do Jovem aprendiz, a área de frentista de posto", explica. No entanto, há recrutadores que percebem vantagens em contratar jovens sem experiência. O empresário Rodrigo Granja trabalha na área de tecnologia, e afirma que esse é um setor que precisa de pessoas com facilidade para acompanhar as constantes mudanças. "Eles vêm sem crenças. Eles vêm com vontade de aprender, e a tecnologia, como a gente bem sabe, muda a cada 73 dias. O jovem já está acostumado com isso". Dica para investir no futuro Aos 19 anos, Davi Miranda está no quarto emprego, na empresa de Granja. Até chegar à área de tecnologia, onde se identifica mais, enfrentou alguns obstáculos. Ele dá dicas para outros jovens que estão em busca de qualificação. "Você vai comprar as suas coisas e separa sempre uma parte para investir no seu futuro. Então, procurar um curso, procurar investir no seu sonho e aproveitar a ferramenta que tem agora", ensina. Jovem consegue emprego na área de tecnologia em Campinas Reprodução/EPTV Formas erradas e corretas de usar máscara de proteção contra o coronavírus Arte/G1 Initial plugin text Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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CMN reduz juros de créditos do Funcafé para incentivar produção e vendas do setor
Linhas para aquisição de café por cooperativas e recuperação de cafezais tiveram as taxas reduzidas de até 6,0% ao ano para até 5,25%. Café produzido com KP Fértil – ACA – Associação dos Cafeicultores de Araguari Quele Ribeiro Pereira O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu em 0,75 ponto percentual as taxas de juros das operações de crédito rural aplicadas ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), informou o órgão nesta quinta-feira (27). A medida tem o objetivo de incentivar a produção e comercialização do café. Segundo o conselho, pela nova proposta as linhas de créditos para custeio, comercialização, financiamento de aquisição de café (FAC) por cooperativas e recuperação de cafezais tiveram as taxas reduzidas de até 6,0% ao ano para até 5,25% ao ano. O crédito rural para FAC por demais tomadores e para capital de giro para indústrias passou a ser de até 6,75% ao ano, enquanto a linha de crédito para remuneração do Funcafé foi reduzida a 2,25% ao ano. Em 2020, o valor total autorizado para o Funcafé atingiu R$ 5,71 bilhões, de acordo com informações do Ministério da Agricultura. Veja todos os vídeos do Globo Rural
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Eletrobras adia cronograma de demissões sem justa causa para 2021
Em comunicado, elétrica informou que espera uma economia de R$ 251 milhões com o programa. A Eletrobras adiou um cronograma de demissões sem justa causa para a partir de 2 de janeiro de 2021, informou a empresa nesta quinta-feira (27), citando preocupações da sociedade e de funcionários com a pandemia de coronavírus.
Segundo o comunicado da elétrica, a economia estimada em R$ 251 milhões de reais que seria gerada com o programa de desligamentos neste ano será capturada somente em 2021.
Privatização da Eletrobrás é descartada no momento; Correios podem ser a opção
"O custo estimado com os desligamentos será de R$ 129 milhões, proporcionando um 'payback' total de 0,51 real", acrescentou a estatal.
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Governo deve definir nesta sexta (28) valor de novas parcelas do auxílio emergencial
A área econômica ainda não apresentou um valor do auxílio emergencial a ser pago nessa prorrogação. Há uma discussão sobre a base de cadastro, ou seja, quem deve continuar recebendo, já que muitos microempreendedores individuais voltaram ao mercado. Governo deve definir nesta sexta (28) valor de novas parcelas do auxílio emergencial
O governo deve decidir nesta sexta (28) o valor das novas parcelas do auxílio emergencial.
Ao todo, 67 milhões de pessoas recebem o auxílio emergencial. São beneficiários do Bolsa Família, trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único. O público do Bolsa Família já está recebendo a quinta e última parcela do auxílio de R$ 600. Por isso, o governo agora tem pressa para decidir como será a prorrogação do auxílio até dezembro.
A área econômica ainda não apresentou um valor do auxílio emergencial a ser pago nessa prorrogação. Há uma discussão sobre a base de cadastro, ou seja, quem deve continuar recebendo, já que muitos microempreendedores individuais voltaram ao mercado. Tudo isso deve ser fechado nesta sexta.
O auxílio emergencial custa R$ 50 bilhões ao mês. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito que é um valor alto demais para um país com as contas públicas em má situação.
Ao mesmo tempo, o governo tenta emplacar um novo programa social para substituir o Bolsa Família. O Ministério da Economia chegou a considerar fontes de recursos para bancar esse programa. Cortaria programas sociais como Abono Salarial, Seguro Defeso.
O presidente Jair Bolsonaro criticou publicamente a equipe econômica e agora cobra uma nova fonte para criar o programa Renda Brasil. Interlocutores do governo falam em prazo, até esta sexta, para o ministro da Economia apresentar uma proposta ao presidente. Mas Paulo Guedes não trabalha com prazo: ele quer negociar no Congresso mudanças na Lei do Orçamento.
Guedes tem dito que vai respeitar a Lei do Teto de Gastos que não permite aumentar as despesas públicas de um ano para o outro além da inflação.
O economista Armando Castelar explica que há programas com pouca eficiência. Pessoas que não precisam recebem. Outras que realmente têm direito acabam ficando de fora. Para ele, um novo gasto permanente tem de consertar essas distorções, sempre respeitando o limite de gastos.
“Eu acho o teto de gastos fundamental, ele permitiu a gente baixar os juros de uma maneira que a gente nunca tinha experimentado, ao mesmo tempo que a inflação fica baixa. Eu acho que para entender o que está acontecendo no governo é só pensar em uma família. Cada membro de uma família às vezes tem uma ideia muito boa sobre como é que pode ser usado o dinheiro, mas não adianta você simplesmente somar todas as ideias e sair gastando se não existe o dinheiro. Você pode até pegar um pouco no banco, mas em algum momento você tem que parar e dizer ‘bom, vamos eleger prioridades’”, analisa o economista Armando Castelar (Ibre-FGV).
A agência de classificação de risco Moody's divulgou nesta quinta (27) uma nota afirmando que "o teto de gastos vem contribuindo com o posicionamento da trajetória da dívida do país em um patamar mais sustentável”; e que “incertezas relacionadas ao teto de gastos também podem impactar o sentimento do mercado e a confiança do investidor, minando a recuperação econômica".
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