Auxílio Emergencial: 5,8 milhões recebem o benefício nesta quarta; veja calendários
Pagamentos serão feitos tanto para público do Bolsa Família quanto para inscritos via site e aplicativo. A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta quarta-feira (19) uma nova parcela do Auxílio Emergencial a 5,8 milhões de trabalhadores. Entre eles, estão trabalhadores do Bolsa Família, além dos que estão no Cadastro Único e os que se inscreveram no programa por meio do site ou do aplicativo. Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Para o público do Bolsa Família, a quinta parcela do benefício começou a ser paga na terça (18), e segue até o dia 31 de agosto. Os pagamentos para esse grupo são feitos da mesma forma que o Bolsa. Para os demais, a ajuda de R$ 600 será creditada em conta poupança social digital da Caixa, que poderá ser usada inicialmente para pagamento de contas e compras por meio do cartão virtual. Saques e transferências para quem receber o crédito nesta quarta serão liberados a partir de 12 de setembro (veja nos calendários mais abaixo). VEJA QUEM RECEBE NESTA QUARTA-FEIRA: 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família, com número NIS final 2, recebem a quinta parcela 3,9 milhões de trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em outubro, recebem a próxima parcela: – aprovados no primeiro lote recebem a quarta parcela; – aprovados no segundo lote recebem a terceira parcela; – aprovados no terceiro e quarto lotes recebem a segunda; – aprovados no quinto e sexto lotes recebem a primeira – aprovados no primeiro lote, mas que tiveram o benefício suspenso, recebem a terceira e quarta parcelas Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Auxílio emergencial: os 10% mais pobres do país dependem do benefício Calendários de pagamento Veja abaixo os calendários de pagamento da parcela atual. Clique aqui para ver o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial. BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA Bolsa Família, 5 Parcela Economia G1 BENEFICIÁRIOS FORA DO BOLSA FAMÍLIA Lote 1, Parcela 4 Economia G1 Auxílio Emergencial, Lote 1 (retomada), Parcelas 3 e 4 Economia G1 Lote 2, Parcela 3 Economia G1 Lotes 3 e 4, Parcela 2 Economia G1 Lote 5, Parcela 1 Economia G1 Auxílio Emergencial, Lote 6 Parcela 1 Economia G1
- Publicado em Negócios
O Assunto #256: O teto de gastos se segura?
Setores do governo estimulam Bolsonaro a furar o teto e gastar mais. Do outro lado, Paulo Guedes exige lealdade à Lei, que está em vigor desde 2016. Quem vence essa disputa? Você pode ouvir O Assunto no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. A discussão está no centro da pauta econômica – e política – do governo. A melhora na avaliação do presidente e os pedidos de ministros por mais verbas para investimentos públicos estimulam Bolsonaro a gastar mais. Do outro lado, o ministro Paulo Guedes bate o pé para que o Orçamento se mantenha fiel à Lei do Teto de Gastos, em vigor desde 2016. Mas quais são as consequências dessa disputa? Neste episódio, Renata Lo Prete conversa com os economistas Solange Srour, uma das signatárias de um manifesto a favor do teto, e Bráulio Borges, pesquisador da FGV, para encontrar respostas sobre a manutenção, ou não, da regra e eventuais ajustes. Para Solange, o teto é o único regramento fiscal confiável para 2021. Para Bráulio, a regra é incapaz de responder às necessidades impostas ao governo no futuro próximo. Ainda assim, ele acha que este não é o momento de alterá-la. O que você precisa saber: Bolsonaro reúne políticos e ministros para dizer que governo respeitará o teto de gastos Situação fiscal do Brasil é 'péssima', e teto de gastos é 'nossa âncora fiscal', diz Mourão Para não 'furar' teto de gastos, Maia diz que Câmara não pautará prorrogação de calamidade Guedes diz que 'furar' teto de gastos é caminho para o impeachment de Bolsonaro 'Ideia de furar o teto existe, qual o problema?', diz Bolsonaro sobre gasto público Governo pode abrir 'caixa de pandora' ao remanejar verbas para obras, alerta diretor da IFI Governo vai remanejar recursos para fazer investimentos sem 'furar' teto de gastos, diz Guedes Maioria dos investidores espera flexibilização do teto de gastos em 2021, mostra pesquisa O podcast O Assunto é produzido por: Isabel Seta, Gessyca Rocha, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Giovanni Reginato, Mônica Mariotti e Renata Bitar. Apresentação: Renata Lo Prete. Comunicação/Globo O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
- Publicado em Negócios
61% dos profissionais empregados não aceitariam proposta de trabalho que não incluísse o home office, diz pesquisa
Benefícios como auxílio financeiro para trabalho remoto e notebook passaram a ser considerados entre os mais importantes pelos empregados. Home office Pexels As relações de trabalho foram diretamente influenciadas pela pandemia da Covid-19, que modificou a percepção de colaboradores em relação ao home office e aos benefícios oferecidos pelas empresas. De acordo com pesquisa da Robert Half, 86% dos entrevistados concordam que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente, incluindo ajuda para quem está trabalhando em casa. E 61% dos entrevistados que estão empregados não aceitariam proposta de trabalho que não incluísse o home office parcial ou total ou aceitariam apenas se não tivessem escolha. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 31 de julho com 620 profissionais brasileiros. VÍDEOS: 'Agora é assim?' Como será o trabalho após a pandemia? A necessidade de promover o distanciamento social acelerou a adoção do trabalho remoto. Com a pandemia, 95% dos entrevistados tiveram a possibilidade de adotá-lo. Antes da pandemia, apenas 35% dos profissionais entrevistados faziam home office. Assim, os colaboradores afirmaram que passarão a considerar o home office como um modo de trabalho e não mais como um benefício (opinião de 80% dos profissionais empregados e de 77% dos desempregados), e 11% dos entrevistados empregados disseram que não aceitariam uma proposta de trabalho de uma empresa que não oferecesse trabalho remoto de maneira parcial ou integral. Por outro lado, entre os profissionais desempregados, a condição cai para 3%. Veja no quadro abaixo: Trabalho remoto é valorizado por profissionais empregados, mostra pesquisa Robert Half Benefícios O estudo mostra que 67% dos colaboradores acreditam que suas empresas fizeram boa gestão dos benefícios durante a pandemia e estão satisfeitos com os auxílios que recebem atualmente (75%). A maioria dos entrevistados (63%) não teve nenhum benefício suprimido. Já entre aqueles que tiveram algum corte, o vale-transporte aparece no topo da lista (19%). A pesquisa ainda revela que benefícios tradicionais, como assistência médica, vale-alimentação e vale-refeição seguem sendo os mais valorizados pelos profissionais. Para 77,8% dos entrevistados, o auxílio médico é considerado como o mais importante, sendo também o benefício mais disponibilizado pelos empregadores (85%). Benefícios como aportes na previdência privada e auxílio financeiro para montar o home office não faziam parte da lista dos mais comuns oferecidos pelas empresas antes da pandemia, mas figuram entre os considerados como mais importantes pelos colaboradores. Estacionamento e vale-transporte – e outros referentes à locomoção para o trabalho -, no entanto, que estavam entre os mais oferecidos, não aparecem na lista dos mais desejados, conforme mostra a tabela abaixo: Benefícios mais citados por profissionais antes e pós pandemia Robert Half Por mais que grande parte dos profissionais (59%) tenha respondido que suas empresas não concederam novos auxílios com o início da pandemia, apoio psicológico lidera a lista de novos benefícios recebidos (14%), seguido por notebooks (11%). O auxílio financeiro para montar home office, antes oferecido a menos de 1% dos profissionais, passou a ser concedido a 8% dos entrevistados após a pandemia. Futuro Após a pandemia, cerca de metade dos profissionais empregados (49%) acredita que o modelo de trabalho será “mais vezes em casa, do que no escritório”, seguido por “mais vezes no escritório, do que de casa” (23%). Entre os desempregados, quando perguntados sobre como gostariam que fosse o esquema de trabalho em um próximo emprego, existe uma similaridade entre “mais vezes em casa, do que escritório”, com 42%, e “mais vezes no escritório, do que de casa”, com 40%. Veja abaixo: Modelos semanais de trabalho citados pelos entrevistados Robert Half Na hora de aceitar uma nova proposta de emprego, 71% dos profissionais empregados dizem levar em consideração os benefícios, e caso os auxílios considerados importantes não sejam ofertados, buscam negociar melhor o salário (entre os profissionais desempregados, o percentual é de 58%). Para outros 27% (33% entre os desempregados), os benefícios são avaliados, mas sem caráter decisivo, enquanto para o restante (2% entre os empregados e 10% entre os desempregados), a remuneração é o mais importante independente das demais condições do pacote oferecido pela empresa.
- Publicado em Negócios
Cidades do Alto Tietê têm mais de 300 vagas de emprego abertas nesta quarta-feira
As oportunidades são para atuar nas cidades de Mogi das Cruzes e Suzano. Vagas são em Mogi das Cruzes e Suzano Mauro Pimentel/AFP/Arquivo As cidades do Alto Tietê oferecem 314 vagas em programas de encaminhamento ao emprego nesta quarta-feira (19). As oportunidades são para atuar em Mogi das Cruzes e Suzano. Suzano Mais Emprego No programa de encaminhamento do município há 202 oportunidades abertas e os interessados devem encaminhar os currículos para o e-mail suzano.vagas@gmail.com ou deixar presencialmente no Centro Unificado de Serviços, localizado na Rua Paulo Portela, 210, Centro. Para mais informações, o contato pode ser feito pelo e-mail suzanomaisemprego@gmail.com ou pelo telefone (11) 4745-2264. Vagas em Suzano: Consultor de negócios – ativo de vendas/ Home Office (150 vagas): Ser maior de 18 anos; Ensino médio completo; Ter conhecimentos em informática; Não é necessário experiência; Ter computador ou notebook, sistema operacional Windows 7, Processador i3 e acesso à internet banda larga; Para candidatar é necessário retirar encaminhamento no Suzano Mais Emprego. Mecânico de motos (1 vaga): Ensino médio completo; Experiência de pelo menos seis meses com comprovação em carteira; Local de trabalho: Suzano/SP; Possuir CNH A; Salário: R$ 1.500 + vale-transporte. Zelador (1 vaga): Ensino médio completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Possuir CNH B; Local de trabalho: Mogi das Cruzes/SP. Corretor de imóveis (2 vagas): Ensino médio completo; Experiência de pelo menos seis meses, sem comprovação em carteira; Possuir CNH B e carro próprio; Local de trabalho: Suzano/SP. Funileiro industrial (1 vaga): Escolaridade: indiferente; Experiência de pelo menos seis meses, com comprovação em carteira; Local de trabalho: Suzano/SP. Técnico de assistência técnica (1 vaga): Escolaridade: ensino médio completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Suzano/SP. Mecânico de manutenção temporário (5 vagas): Escolaridade: ensino médio completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Suzano/SP. Caldeireiro (10 vagas): Escolaridade: ensino médio completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Suzano/SP. Operador de varredeira (2 vagas): Escolaridade: ensino fundamental completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira. Doméstica (2 vagas): Escolaridade: ensino fundamental completo; Experiência de pelo menos 6 meses com comprovação em carteira. Tapeçador (2 vagas): Escolaridade: indiferente; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Suzano/SP. Vigilante líder (4 vagas): Escolaridade: ensino médio; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Suzano/SP. Analista de RH PCD (1 vaga): Escolaridade: ensino superior completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Local de Trabalho: Mogi das Cruzes/SP. Motorista Truck (20 vagas): Escolaridade: ensino superior completo; Experiência de pelo menos 6 meses, com comprovação em carteira; Possuir CNH D; Local de Trabalho: Suzano/SP. Emprega Mogi Já nas três unidades do programa de encaminhamento ao emprego de Mogi das Cruzes há 112 vagas disponíveis. Os candidatos precisam acessar a plataforma do Emprega Mogi e realizar o cadastro para participar do processo seletivo. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 4699-1900, (11) 4699-2784, (11) 4798-6315 ou pelo WhatsApp (11) 97422-4273. Oportunidades em Mogi das Cruzes: 1/2 Oficial marceneiro (1 vaga); Aeromodelista (2 vagas); Almoxarife PCD (1 vaga); Analista de negócios (1 vaga); Analista de segurança da informação (1 vaga); Apontador de produção (1 vaga); Atendente (1 vaga); Auxiliar administrativo (3 vagas); Auxiliar de desenvolvimento eletrônico (2 vagas); Auxiliar de desenvolvimento mecânico (2 vagas); Auxiliar de desenvolvimento em sistema embarcados (2 vagas); Auxiliar de mecânico diesel (1 vaga); Auxiliar de PCD em confecção (1 vaga); Auxiliar de serviços gerais (4 vagas); Auxiliar de serviços gerais PCD (4 vagas); Açougueiro (1 vaga); Bordador (1 vaga); Borracheiro (1 vaga); Caseiro (1 vaga); Coordenador de cobrança (1 vaga); Costureira (5 vagas); Desenvolvimento de sistemas módulo inteligência artificial (1 vaga); Desenvolvimento em sistema (3 vagas); Desenvolvimento em sistemas mecatrônicos/eletroeletrônicos (3 vagas); Desenvolvimento em sistemas elétricos (1 vaga); Desenvolvimento em sistemas mobile (1 vaga); Desenvolvimento em sistema modo big data (1 vaga); Desenvolvimento em sistema módulo 3D (1 vaga); Desenvolvimento em sistemas e web (1 vaga); Eletricista veicular diesel (1 vaga); Empregada doméstica (2 vagas); Fiscal de loja (1 vaga); Fonoaudiólogo (4 vagas); Líder de açougue (1 vaga); Marceneiro (1 vaga); Mecânico de máquina de sopro (1 vaga); Mecânico de suspensão (1 vaga); Moleiro linha pesada (1 vaga); Motorista de caminhão fora de estrada (1 vaga); Motorista de carreta (3 vagas); Operador de laminadora de pentes (1 vaga); Operador de motoscraper (2 vagas); Operador de rolo (1 vaga); Operador de telemarketing PCD (1 vaga); Operador de telemarketing (20 vagas); Overloquista (5 vagas); Perfurador de roto pneumática (1 vaga); Prensista de parafuso dupla ação (1 vaga); Recepcionista (1 vaga); Repositor (1 vaga); Sondador de solos (2 vagas); Supervisor de equipe call center (1 vaga); Torneiro mecânico (1 vaga); Técnico mecânico (1 vaga); Técnico eletrônico (1 vaga); Técnico de enfermagem (1 vaga); Técnico em mecatrônica (1 vaga); Vendedor (1 vaga); Vendedor externo (2 vagas); Zelador (1 vaga). Mais informações sobre os processos seletivos podem ser encontradas na plataforma do Emprega Mogi.
- Publicado em Negócios
Sem aposentadoria: morte de idosos por Covid-19 abala vida econômica de famílias mais pobres
Estudo estima que morte de dezenas de milhares de idosos na pandemia de Covid-19 já causou uma queda de R$ 167 milhões por mês na renda dos domicílios brasileiros. Estudos apontam que 74% das mortes por covid-19 no Brasil sejam de pessoas com mais de 60 anos Reuters "Um dia antes de meu pai ser internado com essa doença maldita, ele me deu R$ 300 para pagar o aluguel da casa. Quando eu precisava, era ele quem fazia a feira, comprava a carne. Agora que ele morreu não temos nada. Estou vivendo de doações." O depoimento acima é de Roseane Pinto da Silva, de 44 anos, vendedora ambulante de empadas em Olinda, na região metropolitana do Recife. Há um mês, o pai dela, o padeiro aposentado Isaias Pinto da Silva, morreu de covid-19, aos 85 anos. A aposentadoria dele — de pouco mais R$ 1 mil mensais — era a principal fonte de renda da família. Com a queda do movimento durante a pandemia, as vendas de Roseane diminuíram e ela acabou cada vez mais dependente do dinheiro do pai para pagar o aluguel e sustentar seu filho de 17 anos. Mas até isso mudou rapidamente. "Hoje ninguém quer comprar nada. Depois que meu pai morreu, meu único dinheiro é o auxílio de R$ 600 (valor emergencial pago pela governo federal durante a pandemia). Depois que o auxílio acabar, não sei como vai ser", diz ela, que vive na favela Peixinho, em Olinda. Para colocar comida na mesa, a família hoje depende de doações de um movimento social que ajuda pessoas pobres da comunidade. A história dessa família pernambucana ilustra mais um cenário dramático da pandemia de coronavírus no Brasil: além do trauma de perder um parente de maneira precoce, a morte de milhares de idosos está impactando as finanças de quem ficou — e a economia do país. E isso ocorre por um motivo simples: em um cenário de desemprego alto como o vivido pelo Brasil, a dependência do dinheiro dos idosos é grande. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego atingiu 13,3% da população em junho, maior índice desde 2017. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que usou dados do IBGE, apontou que em 20,6% dos 71,3 milhões de domicílios do país, a renda do idoso representa mais de 50% do total dos vencimentos das famílias. Nesses locais, com renda per capita média de R$ 1.621 por mês, vivem 30 milhões de pessoas. Já em 12,9 milhões de casas — 18% do total de domicílios —, os ganhos dos idosos são a única fonte de renda. Essas famílias, que têm vencimento médio mensal de R$ 1.533 por pessoa, são totalmente dependente dos seus parentes acima de 65 anos e formam uma massa de 23 milhões de brasileiros (18,4 milhões de idosos e 5 milhões de adultos, crianças e adolescentes). Com algumas exceções — no caso do recebimento de pensão pelo cônjuge, por exemplo —, quando algum desses idosos morre, o restante da família pode ficar sem provento algum. Roseane Pinto da Silva e seu pai, Isaias, que morreu de covid-19 há pouco mais de um mês Arquivo pessoal Na média, domicílios em que há idosos têm renda maior do que aqueles onde não há nenhum, constatou o Ipea. "A importância da renda do idoso para as famílias é bastante alta no Brasil", explica Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Ipea. "Isso ocorre por causa das dificuldades que jovens e adultos enfrentam para entrar no mercado de trabalho. Muitos deles, sem emprego e sem dinheiro, voltam para a casa dos pais e acabam sendo bancados por eles." Ela classifica essa geração de jovens como "ioiô" (aqueles que saem mas depois voltam a casa dos pais), "cangurus" (quem nunca saiu de perto) e "nem-nem" (nem estuda nem trabalha). Camarano estimou que, durante a pandemia, a morte de idosos por covid-19 representa uma queda mensal de R$ 167 milhões na renda das famílias brasileiras. Para a conta, a pesquisadora considerou 100 mil mortes já registradas pela doença — 74% desse óbitos eram pessoas com mais de 60 anos. Brasil chega a 110 mil mortes por coronavírus em 5 meses de pandemia "O idoso costuma ter uma renda estável, com aposentadoria ou benefícios sociais, embora esse ganho nem sempre seja alto. Como o idoso viveu épocas com uma economia melhor, ele já tem casa própria e uma maior estabilidade", diz Camarano. Já Marcelo Neri, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), explica que domicílios com um número maior de pessoas (filhos, pais, avós) são um arranjo estratégico para as famílias mais pobres enfrentarem dificuldades financeiras. "Quando a economia cresce e há mais oportunidades de emprego, a tendência é os filhos saírem de casa. Em momentos de crise, ocorre um retorno. Quando a família é mais rica, o idoso vive sozinho. Quando ela é mais pobre, como em comunidades e algumas regiões do Nordeste, ele costuma viver em domicílios com mais gente", diz. Um estudo da FGV Social, também com base em dados do IBGE, apontou que 17% dos idosos estão entre os 5% mais ricos da população (quem recebe em média R$ 8.713 por mês); e apenas 4% dos mais velhos estão entre os 40% mais pobres (R$ 53 mensais, em média). A pesquisa explica que a renda mais estável da parcela idosa da população, em comparação com a dos mais jovens, ocorre em grande parte por causa de uma maior proteção social, como a aposentadoria e o Benefício de Proteção Continuada (BPC). Via de regra, os contribuintes de baixa renda que não conseguem o tempo mínimo de contribuição para se aposentar são elegíveis para receber o BPC, salário mínimo pago a pessoas com mais de 65 anos e renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo vigente. No total, 4,6 milhões de brasileiros recebem o benefício, entre idosos e pessoas com deficiência. "Apesar dessa renda estável, os idosos também têm vulnerabilidades: eles têm escolaridade muito baixa em virtude de um sistema educacional que era excludente, e também uma menor inclusão digital", explica Marcelo Neri, autor do estudo. A pesquisa da FGV aponta esse problema: 30% dos analfabetos do país são idosos, embora eles representem 10,5% da população. Já entre os mais escolarizados, com mais de 11 anos de estudo, apenas 5,8% têm mais de 65 anos, de acordo com dados de 2018. Auxílio emergencial: os 10% mais pobres do país dependem do benefício Suar para pagar as contas No caso da família de Roseane, a tragédia ocorreu em dobro. Além de perder o pai, o irmão da ambulante, o padeiro Reginaldo Pinto Silva, de 54 anos, também morreu de covid-19. "A gente viveu duas tragédias seguidas. Meu pai e meu irmão foram internados no mesmo dia. Eles lutaram muito para sobreviver, ficaram um tempão no hospital, mas não resistiram", explica Roseane. Quatro anos atrás, a família sofreu outra perda, daquela vez para a violência. "Meu outro filho, Bruno, estava indo para o trabalho de operador de telemarketing. Estava esperando o ônibus quando um homem o assaltou e atirou. Ele tinha 20 anos. O assassino está solto, não teve justiça nenhuma. A gente que é pobre nunca tem resposta, nunca tem nada", desabafa a vendedora ambulante. Na mesma comunidade de Peixinho, em Olinda, a covid-19 também levou Antonio Francelino de França, de 78 anos, que morreu quando estava internado em um hospital público da cidade. "Ele estava com febre, secreção e tossia muito. Aconteceu muito rápido", explica a dona de casa Ana Lúcia de França, 53, filha de Antonio. O idoso recebia R$ 1.045 por mês do BPC, principal fonte de renda da família, usado para comprar comida e adquirir medicamentos para ele e para esposa, também idosa. "A gente ainda recebeu a última parcela do BPC, o que ajudou muito. Mas agora, sem o benefício, vamos precisar suar mais para pagar as contas", diz Ana Lúcia, que está desempregada. Demissões de idosos sobe mais de 47% durante a pandemia de coronavírus no RS
- Publicado em Negócios
Laboratórios Roche e Regeneron anunciam parceria em medicamento contra a Covid-19
REGN-COV2, combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, está na fase final de testes clínicos. Sede da Roche em Basileia, na Suíça Arnd Wiegmann/Arquivo/Reuters O laboratório farmacêutico suíço Roche anunciou nesta quarta-feira (19) um acordo com o grupo americano Regeneron para a fabricação e distribuição de um tratamento contra a Covid-19 que está na fase final de testes clínicos. "Roche e Regeneron anunciam uma união de forças na luta contra a Covid-19 para desenvolver, fabricar e distribuir o REGN-COV2, combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, às pessoas de todo o mundo", afirma um comunicado do grupo suíço. REGN-COV2, o medicamento da Regeneron que combina dois anticorpos, está atualmente na fase 2/3 dos testes clínicos para o tratamento e a prevenção da infecção por Covid-19. Como parte do acordo, caso o REGN-COV2 "se mostre seguro e eficaz nos testes clínicos e receba as autorizações regulatórias", a Roche assumirá a distribuição fora dos Estados Unidos (a Regeneron fará a distribuição em território americano). O acordo permitirá aumentar em mais de três vezes a capacidade produção do REGN-COV2, segundo o laboratório Roche. Os grupos já iniciaram o processo de transferência de tecnologia. A pandemia provocou mais de 775 mil mortes em todo o planeta desde dezembro 2019, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais dos países. Initial plugin text
- Publicado em Negócios
Bolsas da China fecham em queda de mais de 1%
Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, perdeu 1,5%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,24%. As ações de Xangai fecharam em baixa nesta quarta-feira (19) após três sessões consecutivas de ganhos, com os investidores realizando lucros em papéis de saúde e tecnologia com alto valor enquanto o adiamento das negociações comerciais com os Estados Unidos também afetava o sentimento.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, perdeu 1,5%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,24%.
O subíndice do setor financeiro do CSI300 recuou 1,63%, o de consumo caiu 0,41% e o imobiliário perdeu 1,133%.
O subíndice de saúde terminou com baixa de 3,26% enquanto o de tecnologia caiu 2,9%.
O adiamento de negociações comerciais de alto nível sobre a implementação da Fase 1 do acordo comercial entre EUA e China também pesou sobre o sentimento do mercado. O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse que nenhuma nova discussão foi marcada.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,26%, a 23.110 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,74%, a 25.178 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,24%, a 3.408 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,50%, a 4.740 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,52%, a 2.360 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,73%, a 12.778 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,08%, a 2.561 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,72%, a 6.167 pontos.
China suspende compras de frango de frigorífico de Santa Catarina
- Publicado em Negócios
Governo prorroga por três meses programa de ajuda a micro e pequenas empresas
Prazo para formalização das operações de crédito no âmbito do 'Pronampe' terminaria nesta quarta-feira (19). O governo federal prorrogou por três meses o prazo para oficialização das operações de crédito do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe. O programa foi criado para socorrer o setor em meio à pandemia do novo coronavírus.
A prorrogação foi publicada no "Diário Oficial da União" (DOU) desta quarta-feira (19), dia em que o prazo terminaria. A portaria com a mudança é assinada pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa.
Com o Pronampe, o governo dá garantia para os empréstimos tomados por micro e pequenas empresas. Todas as instituições financeiras públicas e privadas estão aptas a operarem a linha de crédito.
A linha de crédito é destinada a:
microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano; e
pequenas empresas com faturamento anual de de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.
Governo sanciona com vetos lei que cria linha de crédito para micro e pequenas empresas
O programa foi criado pelo governo no início de abril por meio de medida provisória. Após ser aprovado pelos congressistas, o texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em maio.
A primeira parcela de recursos disponibilizados por meio do programa, de R$ 18,7 bilhões, se esgotou em pouco mais de um mês.
Assim, o Congresso autorizou, mediante mudanças na medida provisória que criou a linha de crédito, a destinação de uma nova parcela de R$ 12 bilhões ao Pronampe. O texto deve ser sancionado por Bolsonaro nesta quarta.
Pequenas empresas ganham R$ 12 bilhões de crédito do Pronampe
- Publicado em Negócios
Credores assumirão o controle do Cirque du Soleil
Em junho, o circo anunciou pedido de recuperação judicial para evitar a falência. Um grupo de credores do Cirque du Soleil anunciou que assumirá o controle da endividada empresa canadense. Possíveis interessados tinham até terça-feira (19) à tarde para melhorar a proposta feita por um grupo de credores, com o fundo canadense Catalyst Capital Group à frente. Em junho, o circo anunciou pedido de recuperação judicial para evitar a falência.
O circo mais famoso do mundo anunciou após o fim do prazo que a proposta – avaliada em mais de US$ 1,2 bilhão – não foi igualada. A oferta dos credores ainda precisa ser validada pela justiça de Quebec nas próximas semanas.
Cirque du Soleil anuncia pedido de recuperação judicial para evitar falência
Cirque Du Soleil enfrenta maior desafio de sua história com os efeitos da pandemia
De acordo com o jornal Globe and Mail, os credores devem injetar entre US$ 300 e US$ 375 milhões no circo. Também se comprometeram a reduzir a dívida da empresa de US$ 1,1 bilhão para US$ 300 milhões.
Gabriel de Alba, diretor do fundo Catalyst, elogiou os "maravilhosos resultados para o Cirque, seus funcionários, artistas e sócios", em um e-mail enviado à AFP.
Fundado em Quebec em 1984, o circo teve que cancelar 44 produções em todo o mundo em março pela pandemia de coronavírus. O grupo demitiu 4.679 acrobatas e técnicos, 95% de seus funcionários.
O atual convênio, anunciado em julho, substitui a oferta de compra que a empresa com sede em Montreal havia concluído no fim de junho com os atuais acionistas, os fundos americanos TPG e Chinese Fosun, assim como a 'Caisse de depot et place' de Quebec.
- Publicado em Negócios
Dólar oscila, negociado ao redor de R$ 5,45
Na terça-feira, a moeda norte-americana recuou 0,52%, vendida a R$ 5,4666. Nota de US$ 5 dólares REUTERS/Thomas White O dólar opera com pequenas variações nesta quarta-feira (19), com os investidores voltando as atenções para a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em busca de pistas sobre o futuro da economia norte-americana. Às 10h54, a moeda norte-americana subia 0,07%, vendida a R$ 5,4707. Veja mais cotações. Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 0,52% a R$ 5,4666. No mês, passou a acumular alta de 4,78%, e no ano, de 36,33%. O Banco Central realizará nesta quarta-feira leilão de swap tradicional de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021. Orçamento de 2021 blindará investimentos militares de contingenciamento Cena local Na cena doméstica, os investidores seguem de olho nas discussões sobre o Orçamento do governo para 2021 em meio a dúvidas sobre a manutenção do testo de gastos. O clima parecia menos avesso ao risco depois que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, abafaram rumores sobre uma possível ruptura entre eles, reforçando também o seu compromisso com o teto de gastos, destaca a Reuters. Governo deve gastar mais com Defesa do que com Educação em 2021; especialistas reagem Cena externa No exterior, o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed. Os mercados internacionais operavam em modo de espera, com as bolsas europeias com pouca variação e os futuros de Wall Street em leve alta antes da ata. Moedas emergentes pares do real avançavam contra o dólar, que, apesar de apresentar leves ganhos contra uma cesta de moedas no dia, continuava próximo a uma mínima em mais de dois anos. No radar dos investidores também estavam as tensões crescentes entre Estados Unidos e China depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse a repórteres que adiou negociações com o país asiático devido à sua frustração diante da forma como Pequim lidou com a pandemia de coronavírus. Na Europa, a taxa de inflação anual ficou em 0,4% na zona do euro em julho, mês em que as medidas de contenção da covid-19 continuaram a ser afrouxadas. Na comparação com junho, houve deflação de 0,4%. A maior contribuição para aceleração da taxa anual veio de bens industriais não energéticos e serviços. Variação do dólar em 2020 Economia G1
- Publicado em Negócios