Romero Britto diz que vídeo é de 2017 e nega ter desrespeitado funcionários de restaurante
Dona de restaurante próximo à loja de Britto, em Miami, quebrou obra na frente do artista. Romero Britto se pronuncia sobre mulher que quebrou peça
O pintor Romero Britto se manifestou nas redes sociais após a divulgação de um vídeo que mostra uma mulher quebrando uma de suas peças em Miami, nos Estados Unidos.
No comunicado, Britto afirma que o vídeo foi gravado em 2017. "Fui vítima de uma pessoa que foi a uma das minhas galerias e quebrou uma arte que havia ganhado. Uma peça pesada de porcelana que ao quebrar em pedaços poderia causar danos a mim. É lamentável, mas a integridade física das pessoas foi colocada em risco naquele momento", disse em nota.
O vídeo foi publicado no TikTok de Faye Pindell, assistente da galeria do artista, na quinta (13) e teve mais de 19 milhões de views. A imagem foi compartilhada em diversas outras plataformas. Em um segundo vídeo publicado na rede social, Faye explica um pouco sobre o incidente.
Veja o que mulher disse a Romero Britto antes de quebrar peça de R$ 26 mil
A mulher que aparece no vídeo comanda um restaurante próximo à loja de Britto e quebrou a porcelana durante um meet & greet realizado pelo artista. Segundo ela, aparentemente Romero esteve no restaurante e foi rude e desrespeitoso com um funcionário.
"Você foi ao meu restaurante, reservou uma mesa para vinte pessoas para tomar café da manhã a um preço de 8 dólares, que é barato, e ainda pediu desconto", diz a mulher, dona do restaurante espanhol também localizado na Lincoln Road em Miami.
"Você humilhou a minha equipe, pediu para abaixar a música, pediu para que eles não falassem", continuou.
Em nota, Romero informou que não admite desrespeito e "jamais teve a intenção de desrespeitar alguém. A internet é muitas vezes injusta e as pessoas não estão preocupadas com a verdade. Gostam de confusão, drama, negatividade e de julgar sem analisar fatos".
A equipe do restaurante publicou um vídeo em uma rede social agradecendo o apoio dos internautas.
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No site de Romero Britto, a peça em tamanho original, parecida com a que foi quebrada, é vendida a US$ 4.800 (cerca de R$ 25,9 mil). Já a versão em miniatura custa US$ 360 (cerca de R$ 1,9 mil reais).
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Discos para descobrir em casa – ‘Domingo menino Dominguinhos’, Dominguinhos, 1976
Capa do álbum 'Domingo menino Dominguinhos', de Dominguinhos Reprodução ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Domingo menino Dominguinhos, Dominguinhos, 1976 ♪ Embora o cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano José Domingos de Morais (12 de fevereiro de 1941 – 23 de julho de 2013) seja comumente apontado como o principal herdeiro musical de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), o que de fato Dominguinhos foi, pode ser redutor e injusto caracterizar o artista somente como discípulo do conterrâneo Rei do baião. Como compositor autor de cerca de mais de 300 músicas e sobretudo como mestre do acordeom, Seu Domingos extrapolou o legado de Gonzaga sem deixar de reverenciar o mestre – sem submissão – ao longo de carreira fonográfica iniciada em 1964 com o álbum Fim de festa. Como sanfoneiro, Dominguinhos derrubou as fronteiras musicais da nação nordestina para ir além dos gêneros genericamente rotulados como forró. Em Baião violado (1976), tema instrumental de autoria do compositor que encerrou um dos álbuns mais importantes do artista, Domingo menino Dominguinhos, o sanfoneiro mostrou como se podia tocar o baião com a tal influência do jazz em gravação feita com o guitarrista Toninho Horta e o pianista Wagner Tiso. Em outra faixa deste disco de 1976, Gracioso, regravação do tema instrumental de autoria do compositor e flautista fluminense Altamiro Carrilho (1924 – 2012) lançado em 1951 por Canhoto e seu Regional, Dominguinhos uniu o baião ao choro, gênero ao qual dedicaria – 18 anos depois – o álbum Choro chorado (1994). No repertório de Domingo menino Dominguinhos, álbum lançado em 1976 pela gravadora Philips, Dominguinhos alinhou 12 composições. Dez trouxeram a assinatura do artista, sendo nove em parceria com Anastácia, então companheira de Dominguinhos na vida e na música. A exceção foi o já mencionado Baião violado, somente da lavra do sanfoneiro. Com Anastácia, Dominguinhos conseguira projeção nacional em 1973 com a gravação de xote da dupla, Eu só quero um xodó, por Gilberto Gil. Dois anos depois, o cantor baiano incluiu no álbum Refazenda (1975) outra canção de Dominguinhos e Anastácia, Tenho sede (1975), regravada pelo autor neste álbum Domingo menino Domiguinhos. Tanto que soou natural a presença de Gil neste disco do sanfoneiro, tocando violão no samba Minha ilusão (1976), única música do repertório assinada somente por Anastácia, com versos cheios de resignação e melancolia sobre a chegada da velhice (“Até os meus amores que eram muitos acabaram / E os elogios das mulheres se esgotaram”). Gil – que pusera letra em Lamento sertanejo (1973), tema originalmente instrumental de Dominguinhos, e reapresentara a canção com versos no já citado álbum Refazenda (1975) – integrou o virtuoso time de músicos do álbum Domingo menino Dominguinhos. Este time incluiu ninguém menos do que Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) na percussão, Toninho Horta na guitarra e Wagner Tiso no piano, além de Altamiro Carrilho na flauta. Esses virtuoses fizeram com o que cancioneiro de Dominguinhos e Anastácia extrapolasse o território nordestino com som em sintonia com a modernidade da década de 1970. Composição da dupla em homenagem a Jorge Ben Jor, O babulina (1976) – batizada com o apelido do cantor e compositor carioca no meio musical – mostrou Dominguinhos na improvável seara do samba-rock em gravação que conectou a sanfona do artista à guitarra de Toninho Horta. Tal incursão por esse gênero projetado nos anos 1970 jamais foi surpresa para quem sabia que, antes de fazer nome no mundo da música ao vir para o Rio de Janeiro, Dominguinhos tocara de tudo nas boates, nos cabarés, nas festas e nos bailes da vida noturna carioca. Tema mais associado à identidade do músico, O canto de acauã (Dominguinhos e Anastácia, 1976) ecoou no disco como símbolo da vida seca do artista nos tempos em que o pai agricultor tirava da roça o sustento da família pobre, com a qual Dominguinhos – nascido em Garanhuns, no agreste pernambucano – viera para o Rio de Janeiro (RJ) em 1954, indo procurar Luiz Gonzaga, que presenteou o menino Domingos com sanfona e o convidou para tocar em discos e shows. Em 1954, a sanfona já era o instrumento de Dominguinhos, embora ele tenha começado tocando pandeiro no trio infanto-juvenil Os Três Pinguins, formado na Garanhuns (PE) natal pelo então menino com dois irmãos. Em 1976, Dominguinhos – que integrara a banda de Gal Costa na temporada do show Índia (1973) – dominava o instrumento e fez ótimo uso da sanfona no álbum que lançou naquele ano, como já foi possível comprovar na faixa de abertura, Quero um xamego (Dominguinhos e Anastácia, 1976), xote cuja letra e cadência chorosa evocaram o então recente sucesso Eu só quero um xodó. Tema de tom nostálgico, Destino traquino (Dominguinhos e Anastácia, 1976) também reverberou sofrência. Já De mala e cuia (Dominguinhos e Anastácia, 1976) confirmou que o artista trouxera muito xote no matulão enquanto Forró do sertão (Dominguinhos e Anastácia, 1976) e Cheguei para ficar (Dominguinhos e Anastácia, 1976) evidenciaram a vivacidade da música nordestina. Precedido pelo álbum O forró de Dominguinhos (1975) na discografia do artista, o LP Domingo menino Dominguinhos foi sucedido por álbuns que também se tornaram raros, casos de Oi, lá vou eu (1977), Ó Xente! Dominguinhos (1978) e Apôs tá certo (1979). Editado em CD somente no Japão, o disco de 1976 exemplificou na canção Veja – mais uma parceria do artista com Anastácia – a habilidade da dupla para tocar em questões afetivas com delicadeza singular no arretado universo forrozeiro. Nessa seara amorosa, Dominguinhos e Anastácia alcançariam êxito com Contrato de separação (1979), canção lançada por Nana Caymmi. Na década de 1980, já em parceria com Nando Cordel, Seu Domingos forneceria grandes sucessos para Elba Ramalho (De volta para o aconchego, 1985), Maria Bethânia (Gostoso demais, 1986) e para ele próprio, intérprete original de Isso aqui tá bom demais (1985) em gravação feita com Chico Buarque, com quem compusera Tantas palavras (1983) em parceria que seria estendida, 15 anos depois, com Xote de navegação (1998). Dominguinhos navegou por tantos ritmos – tendo composto boleros, choros e até fado no último disco autoral, Luar agreste no céu cariri (2013), assinado com o compositor cearense Xico Bizerra – e tocou com tanta liberdade que, sim, é injusto e redutor creditar José Domingos de Morais somente como o sucessor de Luiz Gonzaga. Nem o mestre previu que o discípulo chegaria tão longe até 2013, ano em que Dominguinhos saiu de cena aos 72 anos na cidade de São Paulo (SP), mas, de certa forma, a rota já estava toda traçada em álbuns da década de 1970 como Domingo menino Dominguinhos.
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Lives de hoje: Gusttavo Lima e Jonas Esticado, Humberto & Ronaldo, Teresa Cristina e mais shows
Neste domingo (16), Neguinho da Beija Flor, Zeca Baleiro e Ceumar também fazem transmissões. Veja horários. Gusttavo Lima tocou no Festival Virada Salvador em dezembro de 2019 Elias Dantas/Ag. Haack Gusttavo Lima e Jonas Esticado, Humberto & Ronaldo e Teresa Cristina fazem lives neste domingo (16). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Neguinho da Beija Flor e Karinah – 12h – Link Humberto e Ronaldo – 16h – Link Gusttavo Lima e Jonas Esticado – 18h30 – Link Ceumar (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Zeca Baleiro e Jerry Espíndola – 20h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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Geraldo Azevedo e Chico César apresentam a primeira parceria dos compositores
Artistas lançam a canção 'Nem na rodoviária' enquanto aguardam liberação das casas de espetáculos para iniciar a turnê do show 'Violivoz'. ♪ Em março, dias antes do isolamento social ser implantado no Brasil para conter o avanço da pandemia do covid-19, Geraldo Azevedo e Chico César deram entrevistas para promover o primeiro show em dupla dos artistas, Violivoz, cuja turnê começaria em maio pelo nordeste do Brasil. Na ocasião, Geraldo mencionou a existência da primeira parceria dos compositores chamada Tudo de amor. Composta quando Chico César enviou letra a Geraldo Azevedo por e-mail e recebeu como resposta a melodia dos versos que encaminhara ao parceiro, a música acabou sendo oficialmente intitulada Nem na rodoviária. Como a pandemia paralisou as agendas de shows em todo o Brasil, o show da turnê Violivoz segue em compasso de espera para poder estrear. Já a música Nem na rodoviária ganhou registro dos autores em gravação feita durante o isolamento social, através dos celulares dos cantores. A gravação de Nem na rodoviária será lançada na terça-feira, 18 de agosto, em vídeo a ser disponibilizado no YouTube. ♪ Eis a letra da primeira parceria de Geraldo Azevedo com Chico César, Nem na rodoviária: Nem na rodoviária (Geraldo Azevedo e Chico César) Nem na rodoviária Descolei um foguete pra ir Da ilha solitária Que separa seu beijo de mim Nessa sociedade A verdade parece mentir Mesmo assim sem jeito Tenho amor no peito Amor por ti Não sei no seu planeta Se existe amor para dar Se amores são cometas Que os amantes mal veem passar Não há saciedade Se quem chega parece partir Tanto preconceito Tanto amor desfeito De amar assim Eu já não sei se a vida é sonho meu amor E o sonho é a ilusão de tudo Pois eu sonhei que tu estavas triste demais E acordei com os beijos que dava em mim mesmo por nós
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G1 Ouviu #102 – Quem é Tones and I e o que ela quer além do hit ‘Dance monkey’?
Podcast conta a história da cantora de rua da Austrália que emplacou uma das músicas pop mais tocadas atualmente e ouve suas queixas para entender: por que um hit viral é pouco para ela? Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado G1 ouviu, podcast de música do G1 G1/Divulgação
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Morre Mercedes Barcha, viúva do escritor Gabriel García Márquez
Mercedes tinha 87 anos e deixou dois filhos. A causa da morte não foi divulgada. Em imagem de 2014, Mercedes Barcha aparece ao lado dos filhos Gonzalo (esq.) e Rodrigo, diante da urna com as cinzas de Gabriel García Márquez durante homenagem ao escritor no México Ronaldo Schemidt/AFP Mercedes Raquel Barcha Pardo morreu neste sábado (15) aos 87 anos na Cidade do México. Ela era viúva do escritor colombiano Gabriel García Márquez. A causa da morte não foi divulgada. Mercedez deixa dois filhos, Rodrigo e Gonzalo García Barcha. “Mercedes Barcha descansa em paz depois de uma vida plena. Sua personalidade era única, uma mistura singular de inteligência absoluta, força de caráter, pragmatismo, curiosidade, senso de humor e sigilo ”, afirmou Jaime Abello Banfi, diretor da Fundação Gabo, em nota. “Hoje nos despedimos dela, agradecendo pelo amor, apoio e paciência nos mais de 25 anos de desenvolvimento da Fundação Gabo. Querida Mercedes, nunca a esqueceremos. Sua memória vai nos inspirar ”, disse Abello Banfi. García Márquez mostra a língua para fotógrafos ao lado da mulher, Mercedes Barcha, durante a primeira visita à cidade natal do Nobel em 25 anos, em Aracataca, na Colômbia William Fernando Martinez/AP/Arquivo Segundo Banfi, Mercedez esteve envolvida em “muitos dos bons momentos que vivemos com nosso fundador Gabriel García Márquez". "Tanto nos alegres espaços de amizade como nos momentos marcantes da história da Fundação Gabo, desde a noite que começamos a pensá-la e ela nos acompanhou naquele jantar onde falamos apaixonadamente de jornalismo, até quando Gabo faleceu e ela assumiu a presidência do nosso Conselho de Administração ”. Mercedez nasceu em 6 de novembro de 1932 em Magangué, Bolívar, Colômbia. Desde 2012 ela faz parte do Conselho de Administração da Fundação Gabo. Em 2014, dois meses após a morte do marido, Mercedes assumiu a presidência de honra do Conselho de Administração. De acordo com a fundação, Mercedes e Gabo se conheceram em 1941, quando ela tinha 9 anos e ele 13. Eles se casaram dezessete anos depois, em 1958, em Barranquilla. "Incondicional e silenciosa, ela sempre esteve ao lado do escritor, convivendo com ele todas as aventuras da profissão literária", afirma a Fundação Gabo. Há 50 anos, era lançado “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez
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Vendedora de mel chilena dá nome de ‘Miel Gibson’ a produto e é notificada por violação de direitos do ator
Yohanna Agurto usou imagem do ator Mel Gibson, no filme "Coração Valente" de 1995, para promover sua marca de mel com o slogan "apenas para os valentes". 'Miel Gibson', produto desenvolvido por uma vendedora chilena. Advogados do ator enviaram carta afirmando que uso de imagem do ator fere direitos. Reprodução/Twitter/@Miel_Gibson_ Um trocadilho com a palavra "mel" em espanhol (miel) e o nome de um dos mais famosos atores de Hollywood colocou uma pequena vendedora chilena em uma polêmica envolvendo direitos de imagem. Yohanna Agurto usou uma imagem de Mel Gibson do filme de 1995 "Coração Valente" para promover sua marca de mel "Miel Gibson" com o slogan "apenas para os valentes". Nesta semana, Agurto recebeu uma carta dos advogados do ator dizendo que o uso do nome e da imagem do astro violavam os direitos de Gibson, ameaçando medidas legais caso ela não retire o produto de circulação imediatamente. A carta foi assinada por um assistente da advogada californiana Leigh Brecheen. Nem o porta-voz do escritório de advocacia de Brecheen em Beverly Hills, nem o porta-voz de Gibson responderam imediatamente a pedidos por comentários. Mel Gibson na estreia do filme 'Pai em Dose Dupla 2', em Westwood, na Califórnia. Foto de novembro de 2017 Valerie Macon/AFP/Arquivo Solução na pandemia Agurto disse à Reuters de sua casa na capital Santiago que estava tão assustada por ter recebido a carta na quarta-feira, que deletou sua conta de e-mail do trabalho. Ela havia acabado de começar a embalar e vender o produto do sul do Chile em junho após a pandemia de coronavírus causar desemprego generalizado, disse, acrescentando que havia apenas ganhado o suficiente para sustentar sua família. "Isso surgiu de necessidade. Eu fiquei sem trabalho por causa da pandemia", contou Agurto. Yohanna Agurto usou criatividade para promover venda de mel, mas foi questionada por uso indevido da imagem do ator Mel Gibson. Arwin Neil Baichoo/ Unsplash Após compartilhar a carta com a imprensa chilena, seus seguidores nas redes sociais cresceram "exponencialmente". Na quinta-feira, ela dirigiu um apelo direto ao próprio ator no Twitter: "Caro #MelGibson, deixaria usarmos sua imagem no nosso mel, por favor? Meus filhos e eu seríamos infinitamente gratos. Nosso mel é apenas para corações valentes". À noite, a conta no Twitter @Miel_Gibson_ enviou uma mensagem em inglês solicitando permissão para usar o nome e a imagem do ator no filme, com mais de 6 mil curtidas. Estrelado por Mel Gibson e Danny Glover, filme "Máquina Mortífera" completou 30 anos
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Alcione põe show ‘Tijolo por tijolo’ de pé com a argamassa com que construiu sólida carreira
Cantora dá voz a 29 músicas de níveis distintos no roteiro da apresentação transmitida ao vivo na noite de sábado, 15 de agosto. Alcione na estreia do show 'Tijolo por tijolo' na casa Vivo Rio Reprodução / Vídeo Resenha de show live Título: Tijolo por tijolo Artista: Alcione Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ) Data: 15 de agosto de 2020 Cotação: * * * 1/2 ♪ “Boa noite, Brasil”. A saudação de Alcione ao pisar no palco da casa Vivo Rio na noite de sábado, 15 de agosto, foi a senha para o entendimento do novo normal na indústria do entretenimento musical. A cantora fez a estreia do show Tijolo por tijolo no Rio de Janeiro (RJ) – cidade que a acolheu em 1968 e na qual a artista maranhense obteve contínuo sucesso nacional a partir de 1975 – mas os seguidores cariocas de Alcione não estavam presencialmente na plateia. Tudo – cenário, figurino, iluminação, a presença de toda a Banda do Sol, a dimensão do palco da Vivo Rio e até um atraso de 20 minutos – indicava tratar-se de show convencional. A diferença foi a ausência do público nas mesas e camarotes da casa. Dando passo adiante na história das lives, Alcione pôs de pé o inédito show Tijolo por tijolo – show tradicional de carreira, inspirado pelo homônimo álbum Tijolo por tijolo, lançado pela cantora em 29 de maio – em apresentação virtual, o que deu pleno sentido à saudação da artista ao entrar em cena. Transmitida ao vivo pela plataforma On Stage para quem comprou o ingresso solidário de R$ 10, a estreia do show Tijolo por tijolo foi programada dentro do projeto Vivo Rio em casa. Sob direção da irmã Solange Nazareth, Alcione ergueu Tijolo por tijolo com a argamassa que vem assentando a popularidade da cantora nos últimos 45 anos. O show foi criado com visual elegante dentro dos padrões de Alcione. Sem as habituais cores vivas, o figurino da artista combinou com os cabelos atualmente brancos dessa grande cantora, cuja voz fez – como de costume – toda a diferença na apresentação de roteiro de sucessos em que a artista inseriu seis das 14 músicas do álbum Tijolo por tijolo. Com muitos lampejos dos velhos tempos, essa voz entortou sambas como Rio antigo (Nonato Buzar e Chico Anysio, 1979) e Primo do jazz (Magnu Souza e Nei Lopes, 2005), confirmando que Alcione nunca foi uma cantora qualquer, e ecoou o lamento das cantoras de blues quando a intérprete deu voz àquelas chorosas baladas travestidas de samba de que Alcione e o público dela tanto gostam. Tanto foi assim que Mulher ideal (Michael Sullivan e Carlos Colla, 2002) venceu o samba Gostoso veneno (Wilson Moreira e Nei Lopes, 1979) na enquete virtual para escolher a música do “bis”, feito após o canto de Não deixe o samba morrer (Edson Conceição e Aloísio Silva, 1975), em tese a última das 28 músicas do roteiro. Alcione canta o samba-canção 'Trocando em miúdos' na estreia do show 'Tijolo por tijolo' na casa Vivo Rio Reprodução / Vídeo Para deleite do público, as principais baladas – ou sambaladas, se houvesse esse termo para designar o gênero musical marcante no repertório de Alcione – da obra da cantora foram devidamente incluídas no roteiro. A loba (Paulinho Resende e Juninho Penalva, 2001), Além da cama (Michael Sullivan e Carlos Colla, 2001), Estranha loucura (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987), O pior é que eu gosto (Isolda, 1988) – esta envolvida em cordas sintéticas no arranjo do diretor musical Alexandre Menezes – e Sufoco (Chico da Silva e Antonio José, 1977) se alinharam com o enredo afetivo de Não dá mais (Altay Veloso, 2020), novidade do álbum Tijolo por tijolo que se insinuou no show como possível hit deste disco em que o repertório de Alcione foi enquadrado na moldura do pagode romântico. Justiça seja feita: na dramaturgia popular dessas canções, Alcione sempre se mostrou à vontade no papel de amante infeliz e por vezes até humilhada, mas geralmente rendida aos caprichos do homem amado. Na vida real, contudo, a cantora fez questão de contradizer verso do samba O surdo (Totonho e Paulinho Rezende, 1975) – “Pancada de amor dói, sim”, ressaltou, com consciência social – e de discursar contra a violência doméstica praticada contra as mulheres, um dos maiores problemas do Brasil. Ainda dentro do universo romântico do repertório, mas em níveis melódico e poético (bem) mais altos, Alcione elevou a voz em Autonomia (Cartola, 1977) – em um dos grandes momentos do show pela força do canto e da música– e interpretou os sambas-canção Nunca (Lupicínio Rodrigues, 1952) e Trocando em miúdos (Francis Hime e Chico Buarque, 1977) como homenagens aos cantores Jamelão (1913 – 2008) e Emílio Santiago (1946 – 2013), respectivamente. Fora do universo das canções de amor, Alcione caiu na swingueira para exaltar o samba em Produto brasileiro (Xande de Pilares, Gilson Bernini e Brasil do Quintal, 2013), proclamou a sentença positivista de Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973) e entrou no balanço do reggae de Jamaica a São Luís (Gerude e Ciba Carvalho, 2003) para lembrar que nasceu na capital brasileira do gênero, louvando na sequência o Maranhão com o canto a capella de Se não existisse o sol, tema tradicional do Bumba meu Boi de Maioba, gravado pela cantora no álbum De tudo que eu gosto (2007). Na primeira apresentação do show Tijolo por tijolo, Alcione recebeu no palco duas convidadas que batalham para se fazerem ouvir neste Brasil de cantoras. Intérprete de voz potente, Gabby Moura mostrou – ao solar Queda livre (Claudemir e Prateado, 2020) e ao fazer dueto com a anfitriã em Faz uma loucura por mim (Chico Roque e Sérgio Caetano, 2004) – ser discípula de Alcione, para o bem e para o mal. Já Sylvia Nazareth, sobrinha da cantora, fez Café, música autoral que exalou o aroma do pop ralo da atualidade sobre base eletrônica. Do álbum de músicas inéditas que inspirou o show, Alcione cantou Fascínio (Toninho Geraes e Paulinho Rezende, 2020), o bom samba-título Tijolo por tijolo (Serginho Meriti e Claudemir, 2020), Realeza (Joluis e Alvinho Santos, 2020), Em barco que navega malandro não navega mané (Serginho Meriti e Claudemir, 2020) e O samba ainda é (Serginho Meriti, Ricardo Moraes e Claudemir, 2020), além da já mencionada Não dá mais (Altay Veloso, 2020). Nem sempre o repertório, tanto o novo como o antigo, esteve no nível do canto sagaz de Alcione. Só que a cantora maranhense, que fará 73 anos em novembro, já é entidade da música brasileira e, ao baixar no palco da casa Vivo Rio, elevou esse repertório de níveis distintos com a voz que sempre a diferenciou no panteão das cantoras do Brasil ao longo de carreira construída com solidez. Por isso mesmo, para o Brasil identificado com esse canto popular, a noite da estreia do show Tijolo por tijolo foi boa. Alcione na estreia do show 'Tijolo por tijolo' na casa Vivo Rio Reprodução / Vídeo ♪ Eis, na ordem, as 29 músicas do roteiro seguido em 15 de agosto de 2020 por Alcione na estreia do show Tijolo por tijolo na casa Vivo Rio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ): 1. Rio antigo (Como nos velhos tempos) (Nonato Buzar e Chico Anysio, 1979) 2. Primo do jazz (Magnu Souza e Nei Lopes, 2005) / 3. Produto brasileiro (Xande de Pilares, Gilson Bernini e Brasil do Quintal, 2013) 4. Sufoco (Chico da Silva e Antonio José, 1977) / 5. O surdo (Totonho e Paulinho Rezende, 1975) 6. Além da cama (Michael Sullivan e Carlos Colla, 2001) 7. Estranha loucura (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987) 8. Tijolo por tijolo (Serginho Meriti e Claudemir, 2020) 9. Fascínio (Toninho Geraes e Paulinho Rezende, 2020) 10. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973) 11. Autonomia (Cartola, 1977) 12. Café (Sylvia Nazareth, 2020) – solo de Sylvia Nazareth 13. O pior é que eu gosto (Isolda, 1988) 14. Não dá mais (Altay Veloso, 2020) 15. Em barco que navega malandro não navega mané (Serginho Meriti e Claudemir, 2020) 16. Nunca (Lupicínio Rodrigues, 1952) 17. Trocando em miúdos (Francis Hime e Chico Buarque, 1977) 18. Queda livre (Claudemir e Prateado, 2020) – solo de Gabby Moura 19. Faz uma loucura por mim (Chico Roque e Sérgio Caetano, 2004) – com Gabby Moura 20. Meu ébano (Nenéo e Paulinho Resende, 2005) 21. O samba ainda é (Serginho Meriti, Ricardo Moraes e Claudemir, 2020) 22. Realeza (Joluis e Alvinho Santos, 2020) 23. Entidade (Altay Veloso, 1997) 24. A loba (Paulinho Resende e Juninho Penalva, 2001) 25. Jamaica a São Luís (Gerude e Ciba Carvalho, 2003) 26. Se não existisse o sol (tema tradicional do Bumba Meu Boi da Maioba) 27. Você me vira a cabeça (Me tira do sério) (Chico Roque e Paulo Sérgio Valle, 2001) 28. Não deixe o samba morrer (Edson Conceição e Aloísio Silva, 1975) 29. Mulher ideal (Michael Sullivan e Carlos Colla, 2002)
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Ator e produtor Ash Christian é encontrado morto aos 35 anos
Ator ficou conhecido por atuar nas séries "The Good Wife"e "Law and Order". Como produtor, levou o Emmy pelo curta-metragem "ml Promise". Ator, produtor e cineasta Ash Christian. Reprodução / Instagram O ator, produtor e cineasta americano Ash Christian morreu aos 35 anos na última sexta-feira (14), enquanto dormia. Segundo o portal Deadline, ele estava em Puerto Vallarta, no México, em viagem de férias. Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte. Christian ficou conhecido aos 19 anos, quando escreveu, dirigiu e estrelou seu primeiro filme, "Fat Girls"(2006). O longa estreou no Festival de Cinema Tribeca e rendeu a Christian o prêmio de Talento Emergente no LA Outfest de 2006. Em 2014, seu curta-metragem "ml Promise" venceu o Emmy Awards. Como produtor, Christian tem em seu currículo filmes como 'Furacão Bianca' (2016) e 'Uma Noite Infernal' (2019). Ele também ganhou notoriedade como ator por seus papéis em séries de televisão como "The Good Fight", "The Good Wife" e "Law and Order".
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Alexandre Carvalho, guitarrista carioca de jazz, morre em Minas Gerais
Também professor e compositor, o músico deixa álbum solo, 'Rio joy', que o confirmou como um dos talentos do gênero no Brasil. ♪ OBITUÁRIO – Com Licenciatura em música, a mãe de Alexandre Carvalho tocava temas de compositores eruditos ao piano sem exercer a profissão de instrumentista. Já o pai era ouvinte entusiasmado de jazz, MPB e bossa nova. Em que pesem todas essas influências, o músico carioca Alexandre Carvalho de início era mesmo apaixonado pelo rock, sobretudo pelo rock inglês. Até que, em 1982, assistiu a um show do violonista Helio Delmiro, se apaixonou pelo jazz e decidiu estudar guitarra na Berklee College of Music em 1985, ficando nos Estados Unidos até 1989. Esse apego ao jazz resultou duradouro e norteou todo o caminho deste guitarrista, compositor, arranjador e professor que morreu na noite de sábado, 15 de agosto, em decorrência de paradas cardiorrespiratórias sofridas em hospital de Carangola (MG), cidade do interior de Minas Gerais, após sentir fortes dores no peito na casa da namorada, Aneliza. Músicos cientes do talento excepcional do guitarrista – como o clarinetista Ademir Junior e o pianista Itamar Assiere – estão lamentando nas redes sociais a precoce saída de cena de Alexandre Carvalho. Em cena desde os anos 1980, Alexandre Carvalho se tornou referência na escola jazzística da guitarra brasileira por fazer som influências da música clássica e pela técnica prodigiosa, saudada por músicos e ouvintes antenados quando o artista lançou no ano passado – enfim – o primeiro álbum solo, Rio joy (2019). Com três composições autorais em repertório povoado por releituras de temas de músicos compositores como Charles Mingus (1922 – 1979) e Luiz Eça (1936 – 1992), o disco Rio joy foi lançado 23 anos após Central Park West (1996), álbum dividido pelo guitarrista com o o saxofonista Idriss Boudrioua, com quem Alexandre costumava fazer jam sessions em bar da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ). Com a autoridade de ter sido professor de jazz da Manhattan School of Music, para a qual foi chamado para dar aulas em 2007 após passar em primeiro lugar em concurso para doutorado, Alexandre Carvalho tocou com grandes músicos do jazz norte-americano. No Brasil, o guitarrista tocou nas bandas do saxofonista Leo Gandelman e do cantor João Bosco ao longo da década de 1990. Com o cantor mineiro, Alexandre Carvalho chegou a trabalhar novamente, em 2015, no projeto João Bosco e o jazz. Sempre transitando na ponte musical que liga o Brasil aos Estados Unidos, através da fusão da música brasileira com o jazz, Alexandre Carvalho sai de cena consagrado como um grande guitarrista de jazz, gênero que nunca mais saiu dos ouvidos e do coração do músico desde aquele definidor show do violonista Helio Delmiro em 1982.
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