Discos para descobrir em casa – ‘Tubarões voadores’, Arrigo Barnabé, 1984
Capa do álbum 'Tubarões voadores', de Arrigo Barnabé Ilustração de Luiz Gê ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Tubarões voadores, Arrigo Barnabé, 1984 ♪ Embora nascido em Londrina (PR) em 14 de setembro de 1951, o paranaense Arrigo Barnabé é nome primordialmente associado à música de São Paulo (SP), cidade para onde migrou em 1970 para estudar arquitetura e urbanismo. Ao lado de Itamar Assumpção (1949 – 2003), artista de trajetória tão distinta quanto paralela, Arrigo encabeçou em 1980 o movimento musical conhecido como Vanguarda Paulista. Pedra fundamental desse movimento, o primeiro álbum do artista, Clara Crocodilo, causou impacto na cena nacional ao ser apresentado em 1980 com som pautado pelo atonalismo e pelo serialismo dodecafônico em narrativa que incorporava elementos do rock, do canto falado e da estética dos quadrinhos. Clara Crocodilo foi o resultado de cinco anos de estudo na Escola de Comunicações e Artes (ECA), frequentada por Arrigo de 1974 a 1979, na Universidade de São Paulo (USP). Já o segundo álbum de Arrigo Barnabé, Tubarões voadores, foi lançado em 1984 como desdobramento do disco vanguardista de 1980. Embora com narrativa própria, criada a partir da música criada por Arrigo com inspiração em história em quadrinhos escrita pelo ilustrador paulistano Luiz Gê, o álbum Tubarões voadores se nutriu dos mesmos elementos de Clara Crocodilo, mas com estética ligeiramente mais pop. Só que, no caso de Arrigo, o termo pop jamais deve ser entendido como popular. Espécie de trilha sonora da HQ criada por Luiz Gê, o álbum Tubarões voadores soou tão hermético e experimental quanto o disco antecessor. A diferença é que, se Clara Crocodilo veio ao mundo por heroicas vias independentes, o LP Tubarões voadores foi içado ao mercado fonográfico pelo selo Barclay, da Ariola, gravadora que contratara Arrigo Barnabé com sinal verde para a produção de disco que resultou dispendioso por ter sido orquestrado pelo produtor musical Robinson Borba com cordas, coros e metais. Inicialmente o álbum se chamaria Crotalus terrificus, nome da improvável parceria de Arrigo com Paulinho da Viola – autor da letra, na primeira incursão do artista carioca pelo universo da vanguarda após a ousada canção Sinal fechado, de 1969 – gravada com a voz aguda de Vânia Bastos, uma das vocalistas da banda de Arrigo. Só que Arrigo sugeriu a Luiz Gê a criação de narrativa inspirada pelos Tigres Voadores, nome dado aos pilotos da força aérea e da marinha norte-americanas. Como os esquadrões aéreos desses pilotos tinham a forma de tubarão, Gê criou os Tubarões Voadores e centrou a ação na cidade de São Paulo (SP) com mix de terror e humor. Parceria de Arrigo com Luiz Gê, a música-título Tubarões voadores abriu o álbum em tom teatral, narrativo, sinalizando a estética desse disco gravado com músicos como o tecladista Bozzo Barretti, o baterista Duda Neves, o baixista Otávio Fialho (1960 – 1993), o percussionista Paulo Barnabé e o guitarrista Tonho Penhasco na banda-base, complementada com Arrigo ao piano. O canto falado de músicas como Kid supérfluo, o consumidor implacável (Arrigo Barnabé e Ricardo Porto) – faixa gravada com a participação de Rita Lee, ilustre habitante de Sampa – expôs a sintonia entre o som de Arrigo e os trabalhos de Itamar Assumpção e do grupo Rumo, ainda que as linguagens dos três fossem distintas. Essa conexão foi reforçada em Neide manicure pedicure (Arrigo Barnabé e Paulo Barnabé), faixa que sintonizou fictício programa de rádio em que o locutor contava história melodramática ao som do prefixo instrumental de Moonlight serenade (Glenn Miller, 1939). Solista de Mística (Arrigo Barnabé e Roberto Riberti) e de Mirante (Arrigo Barnabé e Carlos Rennó), música que fechou o disco em viajante clima espacial, Vânia Bastos teve os vocais destacados em todo o álbum, também sustentando a narrativa da Canção do astronauta perdido, única música assinada somente por Arrigo Barnabé. Vânia Bastos conseguiu sobressair até mesmo no samba A Europa curvou-se ante o Brasil (Arrigo Barnabé, Bozzo Barretti e Carlos Rennó), gravado com a nobreza do canto de Paulinho da Viola, artista que reforçou o esquadrão de Arrigo Barnabé para ajudar o artista a contar a história do pioneiro aviador Santos Dumont (1873 – 1972) no samba deste álbum experimental. Então futuro tecladista da banda Capital Inicial, na qual permaneceria de 1987 a 1992, Bozzo Barretti foi parceiro de Arrigo em Papai não gostou. Lenda (Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin, Hermelino Neder e Roberto Riberti) completou o repertório de Tubarões voadores, disco em que Arrigo Barnabé fez crítica aos medos urbanos enfrentados pelos moradores das selvas das grandes cidades. Para reforçar a origem visual do repertório, o encarte da edição original do LP Tubarões voadores trouxe a história em quadrinhos de Luiz Gê que inspirou a criação das dez músicas inéditas desse álbum que, ao lado de Clara Crocodilo, permaneceu como simbolo do auge criativo da carreira fonográfica de Arrigo Barnabé. Sempre trabalhando a partir de imagens e de narrativas, o artista faria a trilha sonora do filme Cidade oculta (1986), gravaria outros álbuns – Suspeito (1987) e Façanhas (1992), entre eles – e faria shows com os repertórios de Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e Roberto Carlos sem jamais se dissociar dos dois voos iniciais feitos na primeira metade dos anos 1980 com o esquadrão vanguardista da cidade de São Paulo (SP).
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Livro, artigo de luxo? Quanto custa e quanto pode custar um livro no Brasil
Projeto de reforma do governo federal prevê cobrança de contribuição para o setor de livros. Novo tributo pode encarecer obras em 20%, dizem editores. O que compõe o preço médio de um livro no Brasil Arte/G1 Quem quer proteger e quem quer criticar o mercado de livros no Brasil está em lados opostos do campo de batalha, mas utiliza o mesmo argumento: o preço é elevado e faz do livro um artigo quase de luxo. Se a primeira etapa da reforma tributária do governo federal enviada para o Congresso for aprovada, o setor perde a isenção de recolhimento de contribuição que tem atualmente. Assim, um novo tributo, estimado em 12%, passará a incidir sobre ele. Editores estimam que o livro fique 20% mais caro. Para explicar o que compõe o valor do livro e qual será o impacto do possível tributo no mercado editorial, o G1 conversou com Alexandre Martins Fontes, dono da Livraria Martins Fontes, e Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e da editora Sextante. Taxação de livros: perguntas e respostas Livrarias reabrem com queda de vendas e ajuda digital O que compõe o preço do livro no Brasil O valor de capa do livro, aquele que o cliente efetivamente paga, é sugerido pelas editoras com base em dois pontos: um cálculo objetivo e uma percepção subjetiva. Em 2019, o preço médio do livro no Brasil foi R$ 19, segundo dados da Nielsen, do Snel e da Câmara Brasileira do Livro. Esse preço precisa conter o pagamento do autor, os gastos para fazer o livro, os custos e os lucros de editora, distribuidor e livrarias. Na conta da editora, a divisão média é a seguinte: 10% de direitos autorais: valor pago aos autores pela obra; 5% de custos editoriais: revisão, projeto gráfico, ilustração, capa, tradução e copidesque (nos casos de obras internacionais); 10% de custos industriais: papel, impressão e embalagem; 15% de despesas administrativas: salários, marketing e divulgação, logística e eventos; 5% de reserva para perdas diversas: estoque, adiantamentos de direitos autorais e contas a receber; 5% de lucro para a editora; 50% de margem para livrarias ou distribuidores. Depois de prontos, os livros são vendidos para livrarias ou distribuidoras com 50% de desconto do valor de capa, em média. Se um exemplar custa R$ 50 para o consumidor final, ele é vendido para as livrarias ou distribuidoras por R$ 25 em média, dizem os entrevistados. Assim, as livrarias que compram diretamente das editoras têm margem de 50% do valor de capa para pagar seus custos (funcionários, aluguel), ter lucro e trabalhar com o preço, oferecendo promoções. No caso das que dependem das distribuidoras, essa margem cai para 30 a 35%, em média. "O distribuidor compra o livro da editora e revende para a livraria. Principalmente as pequenas não têm volume de compra para justificar o pedido direto porque precisam comprar um exemplar de cada editora", diz Martins Fontes. Homem usando máscara de proteção organiza livros na livraria La Sorbonne, na França Eric Gaillard/Reuters Então, onde entra a percepção subjetiva nessa conta? Com base nas porcentagens que compõem o livro, é possível estipular o valor. Pereira explica que os editores se baseiam no preço que o livro custou para ser produzido, revisado e impresso e dividem pela tiragem. Como esse custo unitário representa, geralmente, 15% do valor de capa, eles fazem a relação percentual e chegam ao preço que o livro precisa de fato custar nas livrarias. "É como se fizéssemos a conta de cabeça para baixo. Se imprimimos 3 mil exemplares de um livro que custou R$ 30 mil, o custo unitário dele foi R$10. Como o custo representa 15% do preço de venda, fazemos a relação e esse livro precisa ser vendido por R$ 66", explica o editor. "Mas sempre determinamos em função da percepção de valor que temos dele. Baseado em que tipo de livro é, chegamos à conclusão que ele tem que custar R$ 50 e não R$ 66." Essa percepção de preço não se explica, é preciso anos de mercado. A partir daí, há um esforço para diminuir o custo. A melhor maneira é pelo aumento da tiragem: quanto mais cópias, menor o valor de cada uma delas. Mas há o risco de que a tiragem seja maior que o interesse do público. Esse raciocínio ajuda a explicar por que o número de cópias impressas é um dos principais condicionadores de preço no país. A tiragem média inicial no Brasil está em torno de três mil exemplares, segundo o presidente do sindicato. Uma tiragem vantajosa começa a partir de cinco mil. A quantidade está bem abaixo da registrada em outros países. “Esse número sempre varia muito, mas eu diria que a tiragem inicial média de um livro nos Estados Unidos oscila entre 10 e 15 mil exemplares”, avalia Pereira. Livro está mais caro do que era? O valor nominal do livro (o preço que o consumidor paga) aumentou. Se em 2006, ele custava, em média, R$14,20, em 2019 essa média está em torno de R$ 19. Mas a inflação entre os dois períodos cresceu mais. Entre julho de 2006 e julho de 2020, a inflação acumulada foi de 107% pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Assim, os R$ 14,20 do livro médio em 2006 equivalem a R$ 29,48 em preços atuais. Um exemplo conhecido de quem acompanha o mercado editorial, mas ainda utilizado por Martins Fontes e Pereira é "O Código da Vinci". A obra de Dan Brown foi lançada no Brasil por R$ 34,90. Em valores corrigidos pelo IPCA, seria o equivalente a R$ 83,67 atualmente. “Se pegar um livro semelhante a ele hoje, vai provavelmente estar perto de R$ 60. Essa diferença foi o quanto ficou mais acessível nos últimos 15 anos”, diz Martins Fontes. Para os editores, a ideia de que o livro é um artigo de luxo reflete desconhecimento do mercado. "A venda em grandes cadeias aumentou a presença de livros nas classes C e D no início da década. A Avon vendeu nos catálogos a preços baixos (R$ 10) em todo o país e se tornou a maior revendedora do Brasil. As Lojas Americanas vendem muito também. Dizer que livro é elitizado é um pensamento de quem só frequenta livrarias do Leblon e de Pinheiros", diz Pereira. Por que o livro não paga imposto? O setor de livros – tanto o produto em si, quanto o papel utilizado para sua impressão – tem imunidade do pagamento de impostos garantida pela Constituição Federal. Já as contribuições, tributos com destinação específica, não são abordadas na Constituição. O setor editorial recebeu isenção da cobrança do Pis/Pasep e do Cofins (contribuições sociais) em 2004, pela Lei 10.865. No caso da contribuição, o livro não é imune, mas a alíquota é zero. Se o benefício para o livro for extinto, o preço pode aumentar em 20%. "É uma estimativa ainda porque precisamos entender se vai haver aumento de insumos e dos serviços contratados", diz Pereira. Como está o mercado editorial brasileiro Mercado editorial brasileiro encolhe 58% em uma década Após amargar quedas nos primeiros meses da pandemia, com faturamento 48% menor em abril, o mercado editorial teve um bom resultado em julho em relação ao mesmo período de 2019. De acordo com dados de um estudo feito pela Nielsen, apresentados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), ao longo de julho, houve um aumento de 0,64% em volume e 4,44% em valor, em comparação ao mesmo mês de 2019. Mas é preciso olhar com atenção para esses dados: o setor seguia em queda desde 2018, quando as redes de livrarias Cultura e Saraiva entraram com pedido de recuperação judicial e fecharam lojas pelo país.
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Tones and I critica ‘hits para mexer a bunda’ e explica veto a versão funk de ‘Dance monkey’
Australiana virou revelação mundial após 'Dance monkey' estourar com dancinhas virais no TikTok. Mas, ao G1, ela diz que moda do app afeta 'brutalmente' a música 'séria'; ouça podcast. As dancinhas virais que ajudaram a transformar "Dance monkey" em hit mundial não têm graça para a dona da música. O podcast G1 Ouviu descobriu que a australiana Tones and I não está satisfeita com essa história de "sucesso de TikTok". Ouça acima a entrevista. Em entrevista ao G1, Tones and I reclamou da onda de "hits para mexer a bunda" que fazem sucesso no aplicativo de vídeos. "Se você escreve qualquer coisa que é séria de verdade e tem sentido, isso não importa", ela desabafa. A cantora também explica por que vetou todos os remixes de "Dance monkey" – inclusive a versão brega-funk que sua gravadora tinha encomendado para o DJ brasileiro JS O Mão de Ouro. Ela queria testar onde a música chegaria do jeito dela. E "Dance monkey" foi longe… A australiana Tones and I Divulgação A música chegou ao primeiro lugar em mais de 30 países. No Brasil, foi uma das mais tocadas do semestre, um feito raro na competição com sertanejos. O clipe já foi visto mais de um bilhão de vezes no YouTube. Hoje, ela diz, "tudo é remixado e acaba soando do mesmo jeito". A cantora, que começou tocando na rua e virou uma das grandes revelações do pop nos últimos anos, diz que a fama não é sua escolha. "Não ligo se nunca mais tiver outro hit", ela afirma. A conversa ajuda a conhecer a contestadora Tones and I, mas também indica dilemas de todo artista hoje: Tentar ou não embarcar na nova moda viral? Apostar numa fórmula vencedora ou mudar? Dá para dizer não para gravadoras e executivos? Leia a entrevista completa abaixo: G1 – Você postou no Instagram outro dia que sente falta de Byron Bay, a praia em que você tocava na rua e onde vivia na sua van. Do que sente mais falta? Tones and I – De tudo. Eu amava viver na minha van, era uma escolha. Saí do meu trabalho e arrumei uma van para fazer isso. E eu queria pedir dinheiro na rua, era o que planejei. Não fiz uma decisão de ficar famosa. Eu fiz isso por mim mesma. Não foi para ter uma música número 1, ou algo assim. A única coisa que eu queria era viver na minha van na minha bela cidade e tocar música na rua. Sei que, olhando para trás, muita gente pensa que era doideira. Mas é isso que te faz feliz: fazer o que você quer, não o que os outros pensam que é certo. G1 – Aqui no Brasil você ficou muito marcada por essa música dançante, mas não se fala muito das suas letras, que são sérias. Existe essa intenção de fazer dançar e pensar? Tones and I – Minha primeira música, "Johnny run away", é sobre o meu amigo saindo do armário para o pai dele quando era novo. "The kids are coming" é sobre aquecimento global, antirracismo, anti-bullying. Acho importante escrever músicas com conteúdo. "Dance monkey" é sobre quando eu tocava na rua. Eu só repetia o que as pessoas diziam para mim. Literalmente toda a música são anotações. Não sei como ficou tão dançante. Eu queria fazer um refrão com "bass drop" [recurso comum na música eletrônica, em que o contrabaixo é destacado], um refrão minimalista com uma linha de baixo. Acabou sendo nessa música. E funcionou. G1 – Então a mensagem veio primeiro, e a parte dançante depois? Tones and I – Exato. Pelo fato de eu escrever minhas músicas e letras, toda as faixas que lancei começaram como baladas. Escrevo ao piano e depois adiciono o resto. "Dance monkey" começou como uma balada. Tem uma versão dela no meu Spotify, no começo era assim. Tones and I: australiana chega ao 1º lugar do Spotify com 'Dance Monkey' G1 – Você apresenta uma geração nascida nos anos 2000 em 'The Kids are Coming'. Como ela é diferente das outras? Tones and I – É difícil, pois eu não escrevi a palavra "geração" nessa música. Há uma alusão a ela, mas eu acredito que há muitas pessoas mais velhas que não tiveram uma chance de se expressar e se assumir, e é importante não excluí-los dessa música. Há muitas pessoas que têm 70 anos e só agora podem falar "eu fui gay durante toda a minha vida, mas nunca disse nada". Mas, sim, a música mostra que eu acredito que as gerações mais novas vão mudar o mundo. Não necessariamente esta, mas também a que vem depois, e a outra. Está tudo louco agora. Mas acho que a gente evolui, as coisas mudam. Espero que a gente vá na direção correta. G1 – E eu espero que você esteja certa. Sobre outra música 'Never seen the rain', você canta com uma voz diferente. Mais calma, menos alta. Por quê? Tones and I – Não acho que eu tenha vozes diferentes… [ela começa a cantar pedaços de Dance Monkey e de Never seen the rain para testar]. Na verdade "Never seen the rain" é mais alta. Tones and I Divulgação G1 – Mas você acha que é mais calma? Tones and I – É uma música mais lenta, mais triste do que feliz. Eu posso cantar de um jeito maior, ou menor, arranhado, limpo, mas o som da minha voz vai ser sempre o mesmo, porque eu não imponho uma voz. Ela é assim. Se eu fosse cantar “Dance Monkey” com a voz que eu falo seria [canta de novo, de um jeito não muito diferente da música]. É a única voz que eu tenho. G1 – Seu EP tem personagens que aparecem em várias músicas, como o Jimmy, que tem uma música com o nome dele e também está em 'Johnny Run Away'. De onde surgiu isso? Tones and I – Na verdade, meu EP todo era para ter nomes de personagens, com histórias reais sobre pessoas. Seja eu mesma, com nomes diferentes, ou pessoas que eu conheço. E elas iam estar em músicas diferentes. Como o Pete, que aparece em “Johnny Run Away” – ele ia ter sua própria música. Escrevi uma sobre uma garota chamada Georgia. Mas o que aconteceu foi que escrevi “Kids are coming” e “Never seen the rain”, e isso ferrou tudo [risos]. Porque eu queria elas no EP, e aí não poderia ser só com os nomes. G1 – Dance Monkey foi hit no TikTok antes de estourar em outros serviços. Por que as pessoas gostaram tanto lá? Tones and I – Para ser sincera, eu nunca tinha usado o TikTok, e quando as pessoas me falaram o que era e que a música estava lá, eu não tinha ideia. Comecei a ver mais recentemente, mas não entendo. Até sei como funciona. Mas o que eu não entendo é porque você bota milhares de pessoas para fazer a mesma coisa, a mesma dança, um milhão de vezes, e chama isso de entretenimento. Não entendo esse conceito. G1 – Mas você tentou entender? Tones and I – Sim, de verdade… Sei que de alguma forma você acha que eu deveria ser grata por ele. O app em si é ok. Mas ele virou algo que está afetando brutalmente a indústria musical. De um jeito que, se você escreve qualquer coisa que é séria de verdade e tem sentido, isso não importa. Só escreva uma música sobre mexer a bunda e você tem um hit. E não é essa a influência que quero ter no estúdio. Sei que “Dance monkey” foi uma música séria que eu escrevi e que viralizou no TikTok, mas não posso pensar nisso. Preciso escrever para mim mesma. Acho que tem muita música no TikTok sem conteúdo, então quando você escreve, não pode pensar nisso. G1 – Mas parece que tem muita gente pensando nisso. Para você, isso pode tornar a música pop mais superficial? Tones and I – Acho que sim. Se eu pensar: "Humm, tenho que escrever uma música viral no TikTok", eu poderia fazer outra se quisesse. Mas ia ter que viver comigo mesma. Não vale a pena. Porque eu não me respeitaria se eu escrevesse uma música só para o TikTok, então eu nunca vou fazer. G1 – Aqui no Brasil, no final do ano passado, sua gravadora encomendou um remix oficial em ritmo de funk de ‘Dance Monkey’. Passou por você? Porque, no fim, a música nunca saiu… Tones and I – O motivo é que eu disse pessoalmente que se a minha música chegasse a algum lugar, seria 100% por causa de mim e do jeito que escrevi. Acho que é completalmente justo. A música alcançou tantas coisas, e tenho certeza que nunca foi por causa de um remix. Foi a segunda música que eu lancei, e eu queria ter algo para mim. Mesmo que nunca tivesse chegado onde chegou, pelo menos eu saberia que o jeito que eu escrevi a música, o jeito que eu cantei, que eu gravei, foi o que levou ao sucesso. Então eu disse não para todos os remixes. Tones and I Divulgação G1 – E foi difícil, para uma artista tão jovem, nos seus primeiros passos, dizer não? Qual foi a reação quando você disse não? Porque parece uma coisa importante e difícil de dizer, para uma artista que se tornou grande como você. Como foi? Tones and I – Aí é que está. Eu ouvi que ninguém no Reino Unido ia ouvir minha música no rádio a não ser que eu fizesse um remix. E eu disse não, falei que eu confiava na música. E quatro semanas era número um. Isso antes de entrar no rádio. Ter um pouco de fé em si mesmo e no que você faz e na autenticidade é importante. Porque tudo é remixado e acaba soando do mesmo jeito (risos). Se alguém quiser escrever uma música como “Dance Monkey”, vai lá, faça. Mas não pegue minha música, aceite como ela é. Se alguém quiser escrever uma música bombante para beber e dançar, tem um milhão por aí. Há muitos remixes honestos feitos que muitas pessoas amam. Outras odeiam. Mas em termos do que eu quero fazer por mim mesma, e o que é importante para mim, acho que tomei a decisão certa. Agora que eu já lancei oito músicas, posso fazer algum remix. Mas aquela era só a segunda. E eu provei que posso fazer algo por mim mesma. G1 – Você disse que não escreve música para o TikTok. No fim das contas, por que você faz músicas? Tones and I – Tento tirar um sentimento ou emoção de mim. Mas é para mim, ou para os meus amigos, para as pessoas que eu amo, para meus fãs. Não ligo se não tiver nunca mais outro hit. Eu queria ser uma uma artista de rua, esse era meu sonho. Então estou orgulhosa, e não quero me sentir pressionada. Estou escrevendo um disco, todo dia, e não é para ninguém a não ser eu mesma. G1 – E como a pandemia afetou esse trabalho? Tones and I – Estava fazendo minha primeira turnê mundial, já estava tudo vendido. E aí eu tive que voltar. Mas também queria escrever um disco enquanto estava em turnê, então agora tenho a chance de fazer. Nós escrevemos todo dia, uma música por dia, às vezes duas. E finalizamos, voltamos para as que já fizemos, pensamos nas que gostamos mais. Quando digo nós, digo eu e meus melhores amigos. G1 – E para finalizar, você é muito querida no Brasil. O que você sabe sobre nosso país? Tones and I – Meu artista favorito é o Macklemore, e eu vejo todos os vídeos de shows dele. Quando ouço “Brasil”, a primeira coisa que penso é que, o show dele no Lollapalooza no Brasil foi o meu favorito, de longe. O jeito que ele fala como estava animado de estar no Brasil e de ver como as pessoas são incríveis e loucas quando se fala de shows e festivais, de se divertir… Adorei. Eu queria ir ao Brasil, e isso é um saco. Aqueles vídeos ótimos ficaram na minha cabeça, então agora fico na expectativa de cantar aí.
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Regina Casé volta a gravar ‘Amor de mãe’ e revela que teve medo de perder ‘jeitinho’ de personagem
Atriz retornou aos Estúdios Globo na última semana. Retomada dos trabalhos de novelas tem uso de máscara, álcool em gel, medição de temperatura e distanciamento social obrigatórios. Regina Casé sobre Dona Lurdes: ‘Na 1ª cena, eu estou fazendo máscara’
Regina Casé foi uma das atrizes do elenco de "Amor de mãe" que retomou as gravações da novela nos Estúdios Globo após cinco meses de pausa por causa da pandemia de coronavírus. Em seu Instagram, a atriz falou sobre a emoção do retorno e revelou que teve medo de perder "sotaque e jeitinho" de sua personagem, Lurdes.
"Ave Maria, que emoção! Olha com quem eu passei o dia todo hoje! Sim! Com ela, Dona Lurdes! Tava morrendo de saudade dessa mulher! Morrendo de saudade dos óculos, da bolsa, da sombrinha, da toalhinha… Eu tava morrendo de saudade dela", escreveu Regina em seu Instagram.
"Desde o dia 14 de março sem gravar, confesso que eu estava com medo de ter perdido tudo. O sotaque, o jeitinho… Mas foi só eu me vestir aí no camarim que a danada voltou com força total. Ai, gente… que saudade, né? Terminei agora, às 9h da noite. Cansada, mas muito feliz de ter reencontrado essa mulher que eu amo tanto."
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Para a retomada das gravações, elenco e equipe de produção precisaram se readaptar a uma nova realidade nos bastidores. Antes e depois de cada gravação, uma equipe de limpeza higieniza o cenário e os objetos de cena com desinfetante. Além disso, uso de máscara, álcool em gel, medição de temperatura e distanciamento social são obrigatórios. Placas de acrílico também são colocadas entre os personagens.
Outra mudança é que o elenco grava dois capítulos por semana. Antes da pandemia, eram gravados seis.
Além de "Amor de mãe", a novela "Salve-se quem puder" e a série "Sob pressão" também tiveram suas gravações retomadas.
"A gente está levando tudo com muito cuidado. Claro que é esquisito, é muito louco", diz Regina em entrevista ao "Fantástico".
"Aqui a gente só grava cenas com muita distância. Eu entrando em casa e falando 'oi', mas se eu tiver que bater, como a dona Lurdes gosta de bater em todo mundo, ou abraçar e beijar, a gente fica uma semana num hotel, confinado, todo mundo testa, fica ali preso, só depois que a gente grava as cenas de beijo e de abraço."
A atriz ainda adianta que sua primeira cena será no meio da pandemia. "Minha primeira cena, eu estou fazendo máscara."
Vídeo: ‘Amor de Mãe’ e ‘Salve-se Quem Puder’ retomam gravações nos Estúdios Globo
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Guilherme Arantes prepara álbum ‘acachapante’ para ‘chocar geral’
♪ O período de isolamento social está sendo produtivo para Guilherme Arantes. Um dos principais arquitetos do pop brasileiro dos anos 1970 e 1980, dono de obra luminosa que resiste aos efeitos do tempo, o artista paulistano prepara álbum autoral com músicas inéditas – o primeiro do cantor desde Flores & cores (2017), disco lançado há três anos. “Está a caminho um disco novo acachapante, muito inspirado, que vai chocar geral! Quem gosta do meu conteúdo mais profundo, poético, harmônico e melódico, vai adorar com certeza! Quem gosta das canções intensas de amor e de lirismo, canções para iluminar vidas e trazer sensações renovadoras, vai se maravilhar. (…) Estou num frenesi criativo que está até surpreendendo a mim mesmo”, anunciou Arantes, entusiasmado, em texto publicado em rede social. A última música inédita apresentada pelo compositor em disco, Nossa imensidão a dois, foi lançada em single avulso em 2018.
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Orquestra Sinfônica Brasileira completa 80 anos
Concertos em vídeo celebram data. Orquestra teve papel importante na popularização da música sinfônica no país. Orquestra Sinfônica Brasileira comemora 80 anos A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) completa 80 anos nesta segunda-feira (17). Para celebrar a data, o conjunto divulga concertos em vídeo nas redes sociais, respeitando as regras de isolamento social. A orquestra havia planejado uma temporada de concertos especial para a data neste ano, com repertório de destaque à música brasileira e aos artistas nacionais, mas teve que mudar os planos por causa da pandemia de Covid-19. Orquestras na quarentena seguem vivas com gravações em casa e renegociação de contratos Os músicos gravarão os programas em suas casas. Nesta segunda, eles começam a divulgar uma série de seis vídeos sobre os 80 anos. Além disso, haverá exibição semanal de apresentações nas páginas da Orquestra Sinfônica Brasileira nas redes sociais. Uma série dedicada à música brasileira terá dez concertos, com obras de compositores clássicos e contemporâneos, como Carlos Gomes, Villa-Lobos, Rodrigo Cicchelli e João Guilherme Ripper. A OSB também preparou uma série em homenagem aos 250 anos do compositor alemão Ludwig van Beethoven, com cinco concertos on-line. Para completar a programação, a orquestra vai celebrar as famílias de instrumentos: percussão, com obras de Bach e Ernesto Nazareth; cordas, com Alberto Nepomuceno; madeira, com Mozart; e metais, com Giovanni Gabrieli. De casa, músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira tocam 'Apanhei de Cavaquinho' Em nota, a diretora geral da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, Ana Flávia Cabral Souza Leite exaltou o espírito de inovação. "O isolamento nos proporcionou a possibilidade de inovarmos – o que já é uma tradição da OSB. Adaptamos nossa programação para o formato digital, pois acreditamos que o cenário ainda não oferece a segurança sanitária necessária para voltarmos à rotina de ensaios e concertos presenciais", disse. Orquestra Sinfônica Brasileira Cicero Rodrigues/OSB História da OSB A OSB foi fundada em 1940 pelo Maestro José Siqueira e foi a primeira do país a fazer turnês internacionais. Participou de momentos históricos do país, como a inauguração de Brasília. Ao longo de sua trajetória, realizou mais de cinco mil concertos e revelou grandes músicos nacionais, como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses. A orquestra também participou e desenvolveu projetos de popularização da música, como os Concertos da Juventude e o Projeto Aquarius. Ela é formada por 62 músicos e dirigida por Ana Flávia Cabral Souza Leite. Orquestra na pandemia Maestros e diretores de orquestras ouvidos pelo G1 dizem que o financiamento dos grupos não foi impactado pela pandemia neste ano de 2020. Algumas orquestras são financiadas por órgãos públicos e outras por empresas privadas. Esse é o caso da Orquestra Sinfônica Brasileira. "Como a gente conseguiu desenvolver os produtos na forma virtual, a gente renegociou as contrapartidas", afirma Ana Flávia Cabral ao G1. No entanto, o orçamento do ano de 2021 ainda é incerto: "A gente não sabe como essas empresas performaram ao longo do ano, então a gente ainda não tem segurança e nenhum cenário sobre o ano que vem". A Orquestra Sinfônica Brasileira não tem previsão de quando os ensaios presenciais vão voltar a acontecer.
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Iza lança single ‘Bend the knee’ com Timbaland e Bruno Martini
A cantora e o produtor norte-americano são convidados da gravação de música do artista paulistano. Capa do single 'Bend the knee', de Bruno Martini com Timbaland e Iza Divulgação ♪ Iza faz mais uma conexão com artista dos Estados Unidos. Após singles com a cantora Ciara, o trio Major Lazer e o rapper Maejor, a cantora carioca se junta virtualmente com Timbaland, produtor musical e rapper que vem tentando um renascimento artístico após ter dado as cartas no mercado fonográfico norte-americano de pop e hip hop ao longo dos anos 2000, em reinado iniciado em meados da década de 1990. A conexão de Iza com Timbaland acontece na gravação da música inédita Bend the knee (Dobre os joelhos, em bom português) para disco do DJ e produtor musical paulistano Bruno Martini. A cantora e o produtor norte-americanos são convidados de Martini no single Bend the knee, cujo lançamento está programado para sexta-feira, 21 de agosto. Como convidada desse single de Martini, Iza canta em inglês e se junta ao vasto time de artistas que fizeram discos com o produtor musical norte-americano Timbaland. Esse time inclui Madonna, Justin Timberlake, Jay-Z, Alicia Keys, Shakira, Missy Elliott e Nelly Furtado, entre outros nomes.
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‘Fera Radical’ chega ao Globoplay com história de tragédia e vingança
Novela de Walther Negrão lançou Malu Mader como protagonista. Relembre história e veja curiosidades e fotos. José Mayer e Malu Mader em 'Fera Radical' Nelson Di Rago/Globo Em 1988, "Fera Radical" trazia Malu Mader como uma protagonista vítima de tragédia e com sede de vingança. Nesta segunda (17), a trama de Walther Negrão inspirada na peça "A visita da velha senhora", do suíço Friedrich Dürrenmatt, chega ao Globoplay. Para ajudar a relembrar a novela, o G1 publica curiosidades, com dados do Memória Globo. Fera Radical: A família de Cláudia é assassinada Cláudia (Malu Mader) sobreviveu a uma chacina que matou os pais e irmãos. Criada por Marta (Laura Cardoso) no Rio de Janeiro, ela retorna à cidade natal 15 anos depois da tragédia em busca de vingança contra a família Flores. Ela consegue trabalho como analista de sistemas na Fazenda Olho d’Água porque os proprietários são os suspeitos do incêndio. Ali, se envolve em um triângulo amoroso com dois irmãos, Heitor (Thales Pan Chacon) e Fernando (José Mayer). A novela discutiu temas como inseminação artificial e contrabando. Especialista em informática, Cláudia foi a personagem que conduziu as descobertas contra a família, por meio da investigação de dados virtuais. Depoimento – Malu Mader: A personagem Cláudia, de "Fera Radical" Veja curiosidades e bastidores de 'Fera Radical': A novela foi escrita em 40 dias, em substituição a uma trama que não foi ao ar. Carla Camurati e Thales Pan Chacon eram namorados também na vida real. "Fera Radical" foi exibida em mais de 30 países, como Alemanha, Angola, Argentina, Áustria, Canadá, Espanha, Grécia, Guatemala, Nicarágua, Rússia, Suíça e Turquia. Os cantores Cazuza e Sérgio Reis fizeram participações especiais na novela. "Fera Radical" foi o último trabalho da atriz Yara Amaral, que morreu no naufrágio do Bateau Mouche, no Rio de Janeiro, no réveillon de 1988/89. Paulo Goulart, Laura Cardoso, José Mayer e Malu Mader em 'Fera Radical' Nelson Di Rago/Globo Thales Pan Chacon e Carla Camurati em 'Fera Radical' Nelson Di Rago/Globo Yara Amaral e Paulo Goulart em 'Fera Radical' Nelson Di Rago/Globo Paulo Goulart, Older Cazarré, Thales Pan Chacon e Elias Gleizer em 'Fera Radical' Geraldo Modesto/Globo
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Gusttavo Lima diz que não aguenta mais live e nem cantar para câmera: ‘Saudade de um show’
Em transmissão de show on-line neste domingo (16), sertanejo falou sobre saudade de cantar para o público. 'A gente vai voltar a fazer show uma hora que a gente realmente tiver uma segurança pra todas as pessoas'. Gusttavo Lima faz live com participação de Jonas Esticado Reprodução/Instagram Gusttavo Lima fez uma live neste domingo (16) em um palco flutuante no Rio Negro, na Floresta Amazônica. O cantor contou com a participação de Jonas Esticado e os dois artistas conversaram bastante ao longo das mais de cinco horas de apresentação. Em certo momento, Gusttavo desabafou com Jonas que não aguenta mais fazer live. "Falar um negócio aqui. To sentindo uma falta do público. Eu não aguento mais live, eu não aguento mais cantar pra câmera. Tô querendo cantar pro povo." "Ninguém aguenta essa bosta mais de live", disparou o cantor sertanejo. "Eu tenho certeza que o povo também em casa não aguenta mais. Qualquer um tá com saudade de um show, de uma festa, de um negócio." Jonas concordou com o cantor e questionou se Gusttavo não faria mais nenhuma, mas o sertanejo revelou que tem um show virtual agendado para 29 de agosto, da Festa do Peão de Barretos. "Mas passando essa live aí, não sei o que vou fazer não, porque eu não aguento mais cantar pra câmera." "Que mané live? Ninguém aguenta mais. Quero saber de um show físico, de chegar lá na arena da Amazônia pra 50 mil pessoas e cantar até 10 horas da manhã. Tô num a saudade disso, que vou te contar." Em seguida, o cantor mudou o tom de desabafo e passou a falar sobre o momento da pandemia. "Mas tudo no tempo de Deus, Deus decide as coisas e a gente tem que compreender. E falando nisso também, quero me solidarizar com todas as pessoas que perderam seus entes, amigos, filhos, pais, mães. A gente fica muito triste com tudo o que vem acontecendo." "Certeza que a gente vai voltar a fazer show uma hora que a gente realmente tiver uma segurança pra todas as pessoas, que vão ao show, pra gente, pra família da gente." "Cada um tem que se cuidar da maneira que pode, o país não pode parar, e a gente tem que realmente seguir a vida, mas tomando todas as precauções e cuidados. Mas a vida tem que continuar." Gusttavo Lima faz show na web durante quarentena e tem mais de 10 milhões de visualizações
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Sharon Stone fala sobre irmã com lúpus internada com Covid-19: ‘Lutando pela vida’
Avó e madrinha da atriz morreram por complicações com coronavírus. Sharon Stone faz desabafo sobre família com Covid-19 Reprodução/Instagram/SharonStone Sharon Stone fez um desabafo sobre como a Covid-19 está afetando sua família e criticou quem não usa máscaras. A irmã Kelly e o cunhado estão internados em um hospital com coronavírus e ela já perdeu a vó e a madrinha para a doença. "Kelly tem lúpus e está lutando pela vida", afirmou Sharon em um vídeo publicado no domingo (16). A atriz falou que a irmã não tem sistema imunológico por causa do lúpus e que o casal só saía de casa para ir à farmácia. Kelly, irmã de Sharon Stone, e o marido Bruce estão com Covid-19 Reprodução/Instagram/SharonStone "Eles [as autoridades] continuam dizendo que o risco é pequeno e que você provavelmente não vai morrer, mas eu estou te dizendo o que está acontecendo com a minha família", desabafou Sharon. "Minha vó morreu de Covid-19, minha madrinha morreu de Covid-19. Minha irmã e meu cunhado estão com Covid-19 e ela não está reagindo bem", continuou. A atriz criticou a política do estado de Montana, nos Estados Unidos, que só permite testes em pessoas que apresentem os sintomas. Assim, a mãe de Sharon que teve contato com Kelly e Bruce não pôde fazer o teste, mesmo sendo grupo de risco depois de dois ataques cardíacos, cinco stents e tem um marcapasso em um período de cinco meses. A atriz também falou que as enfermeiras que cuidam de pacientes com Covid-19 não podem ser testadas se não apresentarem os sintomas. Uso de máscaras Antes do vídeo, Sharon mostrou fotos do quarto em que a irmã está recebendo o tratamento de Covid-19 e criticou quem não usa máscaras. “Este é o quarto de hospital. Um de vocês que não usa máscara fez isso", escreveu a atriz. "Você consegue encarar esse quarto sozinho? Use máscara por você e pelos outros, por favor", pediu Sharon. Ela terminou o vídeo pedindo que as pessoas votem nas eleições presidenciais americanas e declarou apoio à Joe Biden e Kamala Harris. Semana Pop conta quais famosos têm ações concretas para combater coronavírus
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