Orquestras na quarentena seguem vivas com gravações em casa e renegociação de contratos
Osesp voltou a ensaiar na Sala São Paulo seguindo protocolo sanitário e equipe reduzida. Maestros explicam impactos e adaptações da música erudita na pandemia. Osesp retoma ensaios na Sala São Paulo com protocolos sanitários e times reduzidos; na foto orquestra sob regência de Emmanuele Baldini em 4 de agosto Divulgação/Mariana Garcia Como uma orquestra ensaia durante a pandemia? Como um grupo com muitos instrumentistas se mantém ativo quando aglomerações não são permitidas? Ensaios remotos em grupo não são uma opção para orquestras, porque uma ligação de vídeo tem atrasos na conexão, o que torna inviável a sincronia necessária. A pandemia do novo coronavírus impôs mudanças na rotina de quem toca e de quem lidera uma orquestra. Algumas adaptações são: Músicos passaram a gravar vídeos em casa e uma equipe faz a edição final; Aulas on-line entre duas pessoas foram mantidas no caso dos projetos sociais; Apresentações marcadas foram renegociadas para lives ou vídeos feitos em casa; Calendário das orquestras foi adaptado para eventos virtuais ou transmissões; Ensaios presenciais voltam aos poucos a acontecer com protocolos e dependem da fase de reabertura de cada cidade. É o caso da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Uma adaptação bem popular nesta quarentena foi a gravação de vídeos caseiros que são postados nas redes sociais das orquestras. Com a partitura e o metrônomo, que marca o andamento da música, cada instrumentista grava sua parte e, depois, uma equipe de edição une todos os vídeos em um só. Esse foi um dos formatos que a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra da UFRJ, a Orquestra Ouro Preto e a Orquestra da Bahia encontraram para manter as redes sociais ativas e manter o contato com quem gosta e consome música clássica. Teatro on-line: como são as peças no Zoom com atores em casa O público é provocado a votar em qual obra vai ser tocada pelos músicos, como no caso da Orquestra Sinfônica Brasileira, e em outros grupos, os programas de artistas que seriam homenageados em concertos ao vivo são adaptados para os vídeos. Osesp de volta Naipes ensaiam com distâncias de 1,5 metro a 2 metros na retomada da Osesp Divulgação/Mariana Garcia A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo voltou a ensaiar na Sala São Paulo no começo de agosto depois de mais de quatro meses. Eles fizeram 55 vídeos na série "Osesp em Casa" e tiveram mais de 800 mil visualizações, mas para Emmanuele Baldini, spalla – denominação para o primeiro violino de uma orquestra – e regente da Osesp na transmissão no começo deste mês, voltar foi um "alívio". "Voltar a fazer música, não mais fechado entre as quatro paredes de casa, mas olhando para teus colegas, amigos, na verdade, é a única existência possível de uma orquestra", explica ela ao G1. "Desde os 12 anos minha vida profissional sempre foi regrada por concertos, ensaios, objetivos a curto, médio, longo prazo. Então de repente não ter mais absolutamente nada em perspectiva, foi bem chocante no início. Foi duro estar longe da nossa casa", explica, em referência à Sala São Paulo. A retomada é cheia de cuidados e segue o Protocolo de Segurança Sanitária feito por uma consultoria especializada a pedido da Fundação Osesp. Algumas medidas descritas por Baldini são: Todos os funcionários e músicos foram testados antes de voltar aos ensaios; Naipes, famílias de instrumentos iguais, estão reduzidos; Músicos ficam separados de 1,5 a 2 metros um dos outros e não dividem mais estantes de partituras; Janelas ficam abertas para garantir ventilação do ambiente; É obrigatório o uso de máscaras e há álcool em gel espalhados pelo prédio. A Osesp tem mais de 100 músicos, mas nessa volta faz ensaios e lives com times de no máximo 50 pessoas por conta do tamanho do palco. Outra adaptação é no repertório com programas que sejam compatíveis ao número de músicos, já que não é possível executar certas peças que exigem a orquestra completa. O violonista e regente também fala sobre a sensação de voltar à Sala São Paulo: "Eu sinceramente me sinto seguro". A orquestra deve seguir ensaiando e realizando transmissões regularmente. "Agora que voltamos, a menos que não aconteça um desastre, não vamos parar mais espero eu", diz Baldini. Osesp fez uma transmissão ao vivo no sábado (8) sob regência do spalla Emmanuele Baldini Reprodução/Instagram/Osesp; Rodrigo Rosenthal Comemoração em Minas A Orquestra Ouro Preto comemora 20 anos neste ano e, com o calendário de concertos suspensos, vai fazer uma live no próximo dia 21. "O vídeo feito em casa é muito legal, dá um resultado super bacana, mas nada substitui a questão do teatro, da música ao vivo. Ver um instrumentista tocar, ver um instrumento soando", diz o maestro Rodrigo Toffolo. Para a live, o grupo vai ser reunir pela primeira vez desde março para ensaiar por quatro vezes em dois dias. Os músicos serão testados e devem seguir todo o protocolo para a transmissão no Sesc Palladium em Belo Horizonte. Maestro Rodrigo Toffolo rege Orquestra Ouro Preto antes da pandemia do novo coronavírus; orquestra fez projeto com Alceu Valença chamado 'Valencianas' Íris Zanetti/Divulgação Diferentemente da Osesp, o grupo mineiro é uma Orquestra de Câmara e naturalmente tem uma configuração reduzida. Toffolo costuma reger 30 músicos, mas estima que na live estará com 23. Ele diz que está curioso para ver como vai ser a orquestra vai soar com as regras de distanciamento entre os músicos. "Quando você toca em um naipe de orquestra, você escuta o seu companheiro do lado, seu companheiro atrás. Você se encaixa naquilo ali para soar como um grupo", diz Toffolo. "Agora os músicos estão distantes e existe uma mudança de percepção sonora do espaço. Você agora não escuta quem está do lado." Ele acredita que a comunicação vai ter que se reforçada pelo olhar e que os músicos precisarão de mais concentração. "O cara que está ali tocando, ele vai ter que se concentrar em ouvir mais ainda. Outra coisa que eles estão fazendo é estudar de máscara para acostumar, ver respiração", explica. Contratos renegociados Os maestros e diretores de orquestras ouvidos pelo G1 dizem que o financiamento dos grupos não foi impactado pela pandemia neste ano de 2020. Alguns são financiadas por órgãos públicos e outros por empresas privadas como a Orquestra Sinfônica Brasileira. Osesp faz apresentações virtuais em tempos de isolamento social "Como a gente conseguiu desenvolver os produtos na forma virtual, a gente renegociou as contrapartidas", afirma Ana Flavia Cabral, diretora da OSB. "O que seria presencial vai ser virtual e tem esse alcance em escala do ponto de vista de democratização do acesso à cultura pela internet", explica. No entanto, o orçamento do ano de 2021 ainda é incerto: "A gente não sabe como essas empresas performaram ao longo do ano, então a gente ainda não tem segurança e nenhum cenário sobre o ano que vem". A Orquestra Sinfônica Brasileira não tem previsão de quando os ensaios presenciais vão voltar a acontecer. Os contratos também foram renegociados na Orquestra Ouro Preto, que tinha concertos marcados em Recife, Porto Alegre e na própria cidade e fez vídeos no lugar das apresentações. "Isso foi muito importante para manter o pagamento dos músicos", diz o maestro Toffolo. Crise inesperada André Cardoso, professor e diretor da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a pandemia pegou de surpresa quem vive de música erudita. "Isso é muito difícil para quem vive como músico autônomo, freelancer que vive das temporadas, dos contratos que fazem com as orquestras", explica. Algumas orquestras até podem estar voltando aos poucos aos ensaios, mas ele destaca a situação difícil que os cantores líricos estão passando longe dos palcos e sem previsão de retorno. "Eles formam uma categoria que está sofrendo muito, porque não há uma ópera sendo produzida no país inteiro. Todas as temporadas foram suspensas", destaca Cardoso. Músicos da orquestra Neojibá cantam a mesma música em Salvador e interior da BA A orquestra da Escola de Música da UFRJ costuma fazer uma média de 15 concertos e 8 óperas por ano. Uma orquestra não consegue ensaiar virtualmente em grupo, mas quando se trata de uma aula individual é possível manter a atividade on-line para que o aprendizado não seja interrompido. Os ensaios ainda não retornaram presencialmente, mas Cardoso diz que o grupo deve fazer uma transmissão no dia 7 de setembro, dia em que a universidade completa 100 anos. Aulas on-line e apadrinhamento Aluno e professor não tocam juntos, mas através da conexão on-line é possível tirar dúvidas e mostrar como estão tocando determinada peça. O Neojiba, Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, criou um sistema de apadrinhamento em que um músico acompanha o processo de aprendizado de outro jovem. O grupo tem como lema "Aprende Quem Ensina". No programa carioca Orquestras nas Escola, as atividades também foram para o ambiente virtual e a coordenadora Moana Martins diz que os alunos se adaptaram. 17 orquestras e coros participam do programa que beneficia 600 mil alunos da rede pública de ensino. Eles publicam nas redes sociais de um a dois vídeos da Orquestra Virtual por semana desde o começo da pandemia O mês de agosto vai ser dedicado ao projeto "Tom nas Escolas", que vai abordar as músicas e a história do maestro e músico carioca, em parceria com o Instituto Antônio Carlos Jobim. Orquestra Sinfônica de Teresina realiza ensaio virtual
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‘Chora me liga’ rende fazenda ao autor, após virar canto de torcida na Argentina e no Chile
Música cantada por João Bosco & Vinícius foi parar em estádios há 10 anos, depois de ganhar versão no ritmo da cumbia. G1 conta histórias dos maiores hits do Brasil no exterior. A torcida do Newell's Old Boys e os autores de 'Chora me liga': João Bosco & Vinicius, Euler Coelho e Dudu Borges Acervo Pessoal e Reprodução/YouTube "Chora me liga" ficou no topo da lista de músicas mais tocadas nas rádios no Brasil em 2009. Só perdeu de "Halo", da Beyoncé. Mas os versos gravados por João Bosco & Vinícius seriam "apenas" mais um hit sertanejo dançante, não fosse uma história unindo ritmos latinos (cumbia e vanera) e torcidas igualmente latinas. Há 10 anos, ela virou sucesso no Chile e na Argentina, a partir de uma versão do Grupo Play. Vertida para o espanhol e para a cumbia, caiu no gosto das torcidas de times como o chileno Colo-Colo. O principal cântico de estádio, porém, foi feito por torcedores do Newell's Old Boys para zombar do rebaixamento do Rosario Central no Campeonato Argentino. Quando Euler Coelho, o compositor de "Chora me liga", viu vídeos das torcidas no YouTube, ele pirou. "Um amigo meu chegou contando essa história que ele tinha visto: 'Você viu o vídeo da torcida argentina'. 'Que brincadeira, que torcida, cê tá louco?' Eu achei inacreditável aquilo, não é possível. Uma torcida inteira cantando a música, loucura total", diz o autor ao G1 (ouça no podcast abaixo). Nesta semana, o G1 conta as histórias dos maiores hits do Brasil no exterior. E de seus compositores. Quais as músicas brasileiras que bombaram nas paradas da Europa e dos EUA? "Chora me liga" também trouxe outras surpresas para Euler. Na conta bancária. Ao ser perguntado sobre quanto ganhou com a composição, ele responde rindo: "Nunca fiz a conta de quanto me deu de direitos autorais. Mas deu pra comprar uma fazenda boa". Cheia de gado? "Cheia de mogno." 'Seven Nation Army' latina Mas por que será que a música fez tanto sucesso nas arquibancadas e virou quase uma "Seven Nation Army" latina? Para Vinícius, que forma dupla com João Bosco, o segredo está no estilo da música, a vanera. "Eu, o João, o Euler, o Dudu Borges [produtor], a gente vem do Mato Grosso do Sul, que é um estado que faz fronteira com o Paraguai, que tem o chamamé, a polca paraguaia, tem muita gente do sul do país que migrou pro nosso estado e que trouxe a vanera", explica o cantor. "É um ritmo que a gente cresceu ouvindo e cantando. Então, é como se a gente tivesse assim… 'Vinícius, qual é seu ritmo preferido pra você gravar?' É a vanera. É uma música dançante. Ela é pra cima, alegre. O ritmo por si só, ele conduz a alegria da música." Euler Coelho, empresário e compositor de 'Chora me liga', na fazenda que comprou com os direitos autorais do sucesso sertanejo Reprodução/Instagram Autora de 'Ai se eu te pego' virou produtora em Miami 'Tchetchê rere' rendeu R$ 5 milhões e versão do Bob Esponja "Chora me liga" por pouco não foi parar no repertório do Bruno & Marrone. Tudo começou quando Euler encontrou Bruno em uma festa no interior do Paraná e ouviu um pedido de "uma música quente, agitada, pra cima". "Eu falei 'Cara, eu não tenho, mas a gente tenta fazer uma'. E voltei pra casa com isso na cabeça, com esse pedido na cabeça", lembra Euler. Escrita durante um banho Euler, então, voltou para casa dele em Campo Grande, em uma noite de frio e foi tomar banho "Liguei o chuveiro para deixar esquentar, né? Porque tava muito frio. E aí, tava de toalha já e me veio a ideia da parte A e da parte B. E rapidinho já escrevi ali a parte A e a parte B." "E nisso o chuveiro rolando lá. E eu falei 'Bom, preciso tomar banho, depois eu termino isso aqui'. Deixei ali o caderno e a caneta, fui tomar banho. E aí lá no meio do banho, ensaboado, me veio a ideia do refrão: 'Chora me liga, implora…' Eu escrevi no box, o 'Chora me liga, implora', a parte do refrão inteira." “Chora me liga” é aquele clássico de João Bosco e Vinícius que a gente ama! Só que ele ficou com medo de esquecer o refrão ali, de a água apagar. "Eu resolvi sair do banho mesmo ensaboado, eu vi que ia ser esquecido durante o término do banho, término de lavar a cabeça. E aí saí e finalizei a música. Entre o começo de toalha ao fim ensaboado demorou 10, 15 minutos, e a música tava pronta." Ele chegou a escrever o nome do Bruno no destinatário do e-mail, mas apagou e botou o nome do João Bosco & Vinicius. É que ele era empresário deles naquela época, então acabou tomando essa decisão. Antes de "Chora me Liga", Euler escreveu outras músicas que foram sucessos regionais, hits no Mato Grosso do Sul, no interior de São Paulo, interior do Paraná e no triângulo mineiro. De sucesso nacional, após o maior hit, um dos destaques foi "Voa Beija-flor", do Jorge & Mateus. Por que não regravaram em espanhol? O que também chama atenção nesta história é o fato de João Bosco e Vinicius não terem pensado em fazer uma versão em espanhol. João Bosco e Vinícius Rubens Cerqueira/Divulgação Segundo Vinícius, isso sequer entrou na pauta, porque para fazer sucesso no mercado latino eles teriam que cantar muito na TV, visitar rádios e aceitar outros compromissos pela América Latina. Eles não estavam dispostos a isso, ainda mais com uma média de mais de 240 shows por ano no Brasil e uma competição forte no mercado sertanejo daqui. "Não adianta você gravar uma música em espanhol por gravar", explica Vinícius. "Você tem que gravar com um projeto, tem que ter um objetivo nisso. Porque as músicas são trabalhadas de forma individual e uma faixa em espanhol para ela ter esse avanço todo, ainda mais em 2009. É porque hoje essa pergunta que você me faz é com a cabeça de coisa." Mas e se essa história tivesse acontecido hoje, vocês teriam gravado a versão em espanhol? "Com absoluta certeza", responde rapidamente. "Porque essa integração de hoje, esse apetite que as pessoas têm com músicas que estão fazendo sucesso, com esses playlists, com todas essas mídias que a gente tem hoje, com certeza isso abrange o trabalho de uma forma mais orgânica." Mas como só foi criada uma versão oficial em português mesmo, o jeito é exaltá-la. "É uma música que vai passar 10, 20, 30, 40, 50 anos e ela não vai cair de moda, porque é uma música que não enjoa. A mensagem dela vai transcender o tempo", resume o cantor. Euler Coelho, empresário e compositor, na fazenda que comprou com bons negócios no mercado sertanejo Acervo Pessoal
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Zeca Pagodinho enfrentou medo de altura para fazer live: ‘Foi rezando durante o trajeto’
Equipe do cantor postou imagem de Zeca agachado em Bondinho para chegar ao Morro da Urca, palco da apresentação on-line realizada no domingo (9). Zeca Pagodinho enfrentou medo de altura para fazer live Reprodução/Instagram Zeca Pagodinho precisou enfrentar seu medo de altura para realizar a live de Dia dos Pais, que aconteceu no domingo (9). A equipe do cantor publicou nas redes sociais imagens do cantor agachado no Bondinho e rezando até chegar no Morro da Urca, no Rio. O local foi palco do show on-line. "Zeca teve que enfrentar seu medo de altura para subir no Bondinho – ele foi rezando durante o trajeto – mas quando chegou lá em cima, o visual e a chance de cantar seus sambas deixaram o sambista imediatamente feliz", escreveu a equipe do cantor. "O que o samba não faz", escreveu o time do cantor na lagenda de uma segunda imagem de Zeca durante o trajeto. Initial plugin text A live foi a terceira apresentada pelo sambista desde o início da quarentena. Inicialmente, Zeca disse que não faria nenhum show on-line, mas se rendeu às transmissões. "Queria poder tocar um samba, mas não sei tocar, não tem quem toque", disse ele semanas antes de fazer a primeira apresentação. Zeca Pagodinho explica motivo de não fazer lives durante quarentena: ‘Não sei tocar’
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Tekashi 6ix9ine fratura punho em acidente doméstico
Segundo site TMZ, rapper tentou amortecer queda após tropeçar em seu cachorro durante a madrugada. Tekashi 6ix9ine fratura punho em acidente doméstico Reprodução/Instagram Tekashi 6ix9ine fraturou o punho em um acidente doméstico. O rapper publicou um vídeo no Instagram nesta terça-feira (11) no qual aparece tendo o braço imobilizado em um hospital. Segundo o site TMZ, o acidente aconteceu na madrugada quando o rapper se dirigia para a cozinha de sua casa para comer algo. No caminho, 6ix9ine tropeçou em seu cachorro, um buldogue francês, de 1 ano. Ao tentar amortecer a queda, ele acabou quebrando o punho. O rapper contou à publicação que sentiu dor na hora, mas não imaginou o que havia acontecido. Ao acordar, ainda com dor, foi ao hospital e a fratura foi diagnosticada no exame. O rapper ficará imobilizado de três a cinco semanas. Initial plugin text
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Elis Regina é revivida pelo filho em talk show com gravações e vídeos raros da cantora
Espetáculo estreia em setembro no rastro do lançamento do livro de memórias de João Marcello Bôscoli. ♪ Morta há 38 anos, Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) continua sendo uma das saudades mais doídas do Brasil. Filho mais velho da cantora, João Marcello Bôscoli vem atiçando essa saudade. No rastro do lançamento do livro de memórias, Elis e eu – 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe (2019), o produtor musical vem reavivando a memória da cantora em debates e lives. O próximo passo de João Marcello é a concretização do espetáculo também intitulado Elis e eu, idealizado pelo artista com material raro da mãe. Programado para 13 de setembro no Drive-in das Américas, situado no estacionamento do Espaço das Américas na cidade de São Paulo (SP), o espetáculo Elis e eu é espécie de talk show em que João Marcello Bôscoli vai apresentar fotos, objetos pessoais e vídeos da cantora, a serem exibidos em telão de LED de 15 x 4 metros. Com a experiência de quem já produziu edições expandidas e remixadas de álbuns como Elis & Tom (1974), Falso brilhante (1976) e Elis (1980), o filho da cantora também promete apresentar gravações a capella da artista. São registros fonográficos em que os sons dos instrumentos foram retirados para que a voz de Elis Regina ecoe sozinha, acentuando a amplitude do canto dessa intérprete imortal.
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Preços do petróleo caem após expectativa por pacote de auxílio nos EUA esfriar
Republicanos e democratas não sinalizaram quando as negociações para um novo pacote de estímulo poderão ser retomadas. Os preços do petróleo terminaram esta terça-feira (11) em queda, devolvendo ganhos do início da sessão, diante de uma diminuição nas expectativas por um novo pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos em meio ao avanço global do coronavírus. Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 0,49 dólar, ou 1,1%, e fecharam cotados a US$ 44,50 por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) cedeu 0,33 dólar, ou 0,8%, para US$ 41,61 o barril. Fábrica de refino de petróleo no Texas Mark Felix/AFP Uma dose de realizações de lucros antes do relatório semanal de estoques nos EUA contribuiu com a queda. Segundo pesquisa da Reuters, o mercado projeta uma queda nas reservas de petróleo e gasolina do país, mas um aumento no estoque de produtos refinados. Importantes nomes democratas e republicanos do Senado norte-americano criticaram uns aos outros pelas abordagens em relação ao pacote de auxílio relacionado ao coronavírus. Eles não mencionaram quando as negociações pelo novo estímulo poderão ser retomadas, nem comentaram as perspectivas de benefícios aos milhões que perderam o emprego por causa da crise. "Agora vêm as dúvidas sobre o pacote de estímulos, além das notícias da Rússia", disse Gary Cunningham, diretor de pesquisa de mercado da Tradition Energy. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a conceder aprovação regulatória a uma vacina para a Covid-19. A aprovação, porém, preocupou alguns especialistas, que acreditam que a vacina necessite de testes finais. Putin anuncia que Rússia é o 1º país a registrar vacina contra o novo coronavírus
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Governo envia ao Congresso projeto para facilitar navegação comercial na costa brasileira
Segundo o Planalto, texto estimula concorrência, reduz custos e amplia em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos. O governo federal enviou ao Congresso Nacional, nesta terça-feira (11), um projeto de lei que facilita a navegação comercial na costa brasileira. De acordo com o governo, a medida legislativa tem como objetivo aumentar o volume de cargas da chamada navegação de cabotagem, entre portos ou pontos da costa de um mesmo país. A ideia, segundo o Palácio do Planalto, é aumentar a participação do transporte marítimo na matriz logística do país, hoje dominada pelas rodovias. Junto ao texto, o governo enviou um pedido para que a tramitação ocorra em caráter de urgência. "No final das contas, o aumento da disponibilização de oferta e a simplificação que a gente traz para que as empresas brasileiras possam fazer o afretamento de embarcações tende a diminuir o custo. Nossa ideia é agir no custo, fazer com que o custo fique mais baixo", disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Entre outras metas, o Ministério da Infraestrutura pretende ampliar o volume de contêineres transportados por ano, de 1,2 milhão para 2 milhões de TEUs até 2022. A unidade, usada no cálculo desse tipo de frete, equivale a vinte pés ou um contêiner padrão. O texto também amplia em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados. Migração dos fretes longos Globo Mar: programa fala sobre a navegação de cabotagem Em entrevista após a assinatura do projeto, Tarcisio negou que o projeto cause prejuízo aos caminhoneiros ao incentivar o transporte por água. Ele argumenta que o projeto proporcionará uma troca de fretes longos – que passarão a ser feitos pelos navios – por fretes menores, em que o lucro e qualidade de vida do caminhoneiro seriam melhores. Ainda de acordo com o ministro de Infraestrutura, o projeto deve ser aprovado com facilidade porque é fruto de acordo com setores econômicos. O governo, diz, já fez uma apresentação do tema aos líderes parlamentares no Congresso. "O objetivo, no final das contas, é equilibrar a matriz de transporte. A gente tem condições de aumentar a participação da cabotagem. É uma coisa muito reclamada por todos. A cabotagem tem uma participação pequena na matriz", disse o ministro. O projeto Ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, em entrevista no Palácio do Planalto Pedro Henrique Gomes/G1 O programa é chamado pelo governo de “BR do Mar”, e divide as ações em quatro eixos temáticos: frota, indústria naval, custos e porto. Segundo o ministro Tarcísio de Freitas, o impacto no mercado após a aprovação do projeto será imediato. No eixo frota, o programa estimula as embarcações em operação do país para que as empresas brasileiras de navegação tenham a possibilidade de fretamentos a tempo – quando o navio é fretado com bandeira estrangeira e, com isso, tem menos custos operacionais. Já os novos operadores ou empresas de menor porte sem embarcações próprias poderão fretar a casco nu – quando o navio fretado passa a adotar a bandeira brasileira – sem a necessidade de lastro em embarcações próprias. O eixo indústria naval traz a possibilidade de empresas estrangeiras utilizarem os recursos do Fundo da Marinha Mercante para financiarem a docagem. O termo designa reparos mais profundos nos navios, que não se resolvem com uma simples manutenção e exigem parada em um estaleiro. O eixo custo visa aumentar a competitividade das operações de cabotagem, com propostas que impactam custos – como a eliminação de entraves burocráticos que sobrecarregam as operações de cabotagem. Em relação aos portos, uma das iniciativas é a permissão do uso de contratos temporários para a movimentação de cargas que ainda não possuem operação no porto, agilizando a entrada em operação de terminais dedicados à cabotagem.
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Jovens desempregados correm risco de carregar “cicatrizes” permanentes da pandemia, diz OIT
Pesquisa mostra que uma em cada seis pessoas com menos de 24 anos pararam de trabalhar durante a pandemia. OIT: "A pandemia de Covid-19 tem um impacto sistemático, profundo e desproporcional sobre os jovens", disse Sangheon Lee, diretor da entidade Divulgação Jovens que perderam o emprego ou aulas escolares durante a pandemia do novo coronavírus correm o risco de carregar "efeito cicatriz" em suas vidas profissionais, a menos que os governos forneçam apoio imediato, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta terça-feira (11). Uma pesquisa da OIT com 12 mil jovens em 112 países mostrou em maio que mais de uma em cada seis pessoas com menos de 24 anos pararam de trabalhar durante a pandemia, enquanto a agência da ONU disse em seu último relatório que mais de 70% dos estudantes também foram afetados por fechamento de escolas, universidades e centros de treinamento. No Brasil, 40% dos jovens com ensino superior não têm emprego qualificado Isso instou governos a ajudar a reintegrar jovens desempregados ao mercado de trabalho ou fornecer treinamento educacional e benefícios de seguro-desemprego. "A pandemia de Covid-19 tem um impacto sistemático, profundo e desproporcional sobre os jovens", disse Sangheon Lee, diretor do departamento de política de emprego da OIT, em coletiva de imprensa. As evidências de crises anteriores sugerem que os jovens que não têm acesso a oportunidades de emprego ao entrarem no mercado de trabalho enfrentam consequências contínuas ao longo de suas vidas profissionais, disse ele. "Isso é o que chamamos de 'efeito cicatriz'." Quarenta por cento dos jovens com ensino superior não têm emprego qualificado Mulheres e homens jovens em países de baixa renda estão entre os mais atingidos, disse ele. "A menos que uma ação urgente seja adotada, os jovens provavelmente sofrerão impactos graves e duradouros da pandemia. Acreditamos que haja um risco genuíno de uma 'geração lockdown', que realmente carregará cicatrizes ao longo de suas vidas profissionais", disse Lee. A pandemia deixou um em cada 8 jovens estudantes sem qualquer acesso a educação ou treinamento, embora aqueles em países mais ricos tenham mais acesso a aulas online, afirmou Lee. Desemprego sobe para 13,3% em junho e país tem nova queda recorde no número de ocupados "É importante lembrar que o risco não é apenas a perda de empregos", completou. "Mesmo para aqueles que permaneceram empregados após o início da pandemia, as horas de trabalho caíram quase um quarto e dois em cada cinco jovens relataram redução em suas rendas", disse ele. Cerca de 17% dos jovens relataram sofrer de ansiedade e depressão, quase o dobro da taxa daqueles que ainda estão empregados, afirmou Lee. "Não é nenhuma surpresa que seu bem-estar mental tenha sofrido muito", disse ele.
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Lucro da XP mais que dobra no segundo trimestre de 2020
Ações da companhia subiram mais de 2% após o fechamento do pregão regular. Presidente da XP, Guilherme Benchimol, comemora IPO da companhia na Nasdaq Tiago Ribeiro/Divulgação O lucro da XP no segundo trimestre mais que dobrou, impulsionado pela migração de investidores para a bolsa de valores após a taxa básica de juros do Brasil cair para a mínima histórica. As ações da companhia subiram mais de 2% após o fechamento do pregão regular. A companhia de investimentos teve lucro líquido de R$ 540 milhões entre abril e junho, alta de 137% sobre um ano antes. Enquanto isso, os ativos sob custódia saltaram 59%, para R$ 436 bilhões. "Agora, mais do que nunca, as pessoas foram empoderadas com taxas de juros baixas, motivando um crescimento acelerado no número de empreendedores", disse o presidente-executivo da XP, Guilherme Benchimol. A média de adição líquida de clientes por mês caiu para cerca de 107 mil, ante 112 mil no primeiro trimestre. Ainda assim, os clientes ativos subiram 81% sobre um ano antes. A receita líquida da companhia saltou 67,5%, para R$ 1,92 bilhão.
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Stone anuncia acordo vinculante de R$6,4 bilhões para ficar com Linx
Ação da Linx fechou em alta de 31,5%, a R$ 34,40, maior cotação desde fevereiro e maior ganho percentual diário da história dos papéis. Stone subiu 11%. A empresa de meios de pagamento Stone anunciou nesta terça-feira (11) um acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx, numa transação em dinheiro e ações que avalia a produtora de programas para varejo em R$ 6,4 bilhões. O anúncio encerra meses de rumores envolvendo as duas empresas e ocorre em meio a uma revolução em andamento no mercado brasileiro de pagamentos liderado pelo Banco Central e impulsionado pelos impactos da pandemia de coronavírus. O acordo será implementado por meio de uma fusão de ações no Brasil, com cada ação da Linx sendo trocada por uma nova ação PN classe A e B da Stone. Após outras etapas, o valor base da operação será de R$ 33,7625 por ação da Linx, considerando o preço da ação da Stone com base em 7 de agosto. Até o fim de junho, segundo dados da B3, a Linx tinha 189.408.960 ações. Segundo a Stone, o valor base representa ágio de 41,6% sobre o preço médio das ações da Linux nos 60 dias anteriores a 7 de agosto e de 28,3% considerando os 30 dias prévios a esta data. Empresas vão montar fábrica no Brasil para a produção de vacina contra a Covid-19 O estatuto da Linx, de abril, define que a venda do controle da companhia tem que ocorrer mediante uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) e que o preço de cada ação não poderá ser menor que 90% "do maior valor de cotação unitária das ações…na B3 e na Nyse no período de 24 meses anteriores à realização da OPA". As ações da Linx fecharam em alta de 31,5% nesta terça-feira, a 34,40 reais, maior cotação desde fevereiro e maior ganho percentual diário da história do papel. Em Nova York, onde são negociados, os papéis da StoneCo avançaram 11%, a 52,39 dólares, cotação recorde de fechamento. Se a transação não for concluída, a Stone deverá pagar à Linx multa de R$ 605 milhões, "caso a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a operação não seja obtida", segundo fato relevante da Linx. Processadora de cartões de crédito brasileira Stone estreou na Nasdaq Reprodução/Facebook/Stone Mas se a Linx realizar uma operação concorrente caso um terceiro que apresente uma oferta melhor, terá de pagar à Stone multa equivalente. Caso a assembleia da Linx não aprove o negócio, a empresa terá que pagar 25% da multa para a Stone. Na visão do analista Henrique Lara, sócio da Reach Capital, que tem posição na Linx, a possível fusão é uma das transações com maior potencial de sinergia atualmente disponível no mercado brasileiro. "A conta simples que sempre foi feita é de que, se uma parte dos R$ 250 bilhões de transações que já passam pelos softwares da Linx forem processados por uma adquirência própria, em que algum pequeno percentual desse montante seja cobrado como custo de transação, trata-se de uma receita já maior do que os cerca de 800 milhões de reais que a Linx atualmente fatura", disse Lara. Ele elencou ainda possíveis produtos complementares como adiantamento de recebíveis, crédito, contas digitais para as lojas de varejo e seus funcionários, entre outros. Senado aprova programa de crédito para micro e pequenas empresas via maquininha Resultados A Stone divulgou o balanço do segundo trimestre, mostrando queda de 28% no lucro líquido ante mesmo período de 2019, a R$ 123,6 milhões. O recuo ocorreu apesar do aumento de cerca de 14% na receita, de R$ 667,4 milhões de reais. Segundo a empresa, a queda reflete despesas ligadas à Covid-19, com a demissão de 1.300 funcionários em maio e a montagem de hospital temporário, além de incentivos a clientes. A base de clientes ativos da Stone somou 519,4 mil no fim de junho, aumento de 48,6% na comparação anual, mas no trimestre houve redução de 11,9 mil. A Stone, porém, afirmou que "números recentes indicam um significativo crescimento da base de clientes no terceiro trimestre".
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