Wall Street fecha em baixa, com primeira queda do S&P 500 em oito dias
Líder republicano do Senado, Mitch McConnell, despejou um balde de água fria nas perspectivas de novo projeto de lei de ajuda à pandemia do novo coronavírus. Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York REUTERS/Shannon Stapleton As ações dos Estados Unidos reverteram o curso nesta terça-feira e fecharam no vermelho, com todos os três principais índices caindo e o ampliado S&P 500 fechando em baixa pela primeira vez em oito dias. No sino de fechamento, o Dow Jones Industrial Average caiu 0,4%, a 27.686,91 unidades e o S&P 500 0,8%, a 3.333,69. O Nasdaq continuou sua queda recente para fechar com uma perda de 1,7%, fechando em 10.782,82 unidades. Bovespa fecha em queda apesar de melhora nos mercados globais Wall Street despencou faltando menos de uma hora para o fim do pregão, depois que o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, despejou um balde de água fria nas perspectivas de um acordo sobre um novo projeto de lei de ajuda à pandemia do novo coronavírus. Os investidores estavam otimistas no no início do dia pela notícia de uma vacina russa Covid-19 e pela sugestão do presidente Donald Trump de redução dos impostos sobre ganhos de capital. Analistas disseram que os comerciantes estavam operando com a suposição de que um acordo sobre um pacote emergencial de gastos seria apenas uma questão de tempo.
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Spray elimina coronavírus de roupas e tecidos; produto foi criado por startup brasileira
Teste feito no laboratório da Unicamp, credenciado da Anvisa, mostra que o spray inibe 99,9% do vírus a partir do primeiro minuto de contato. Uma startup brasileira lançou um spray que elimina o coronavírus de roupas. É uma solução que dá segurança ao consumidor e evita o desperdício de água com lavagens constantes de roupas. O teste feito no laboratório da Unicamp, credenciado da Anvisa, mostra que o spray inibe 99,9% do vírus a partir do primeiro minuto de contato. A tecnologia foi desenvolvida pelo empresário Renan Serrano. Spray que elimina o coronavírus pode ser usado em qualquer tipo de tecido Reprodução TV Globo “Pode aplicar em tecido de fibra natural, de tingimento natura, em sintético, tecidos com brilho, tecidos pesados. E ele não mancha e seca muito rápido”, explica Renan. Em 2014, a startup já tinha lançado um outro produto que evita o cheiro de suor nas roupas. “A gente tem patente que foi comprovada internacionalmente, que nossa formulação previne contra a proliferação de micro-organismos, bactérias nocivas, patogênicas e fungos também. Então, o que fizemos foi melhorar a formulação, trazer ativos adicionais que garantam maior segurança pros usuários”, conta o empresário. O spray que inativa o coronavírus de roupas foi selecionado entre as cinco melhores soluções no desafio Pandemic Challenge da Singulary University, nos Estados Unidos. O produto pode ser comprado pelo site da startup por R$ 150. O frasco rende 200 aplicações, dá segurança e ajuda a economizar água. Veja a reportagem completa: Startup brasileira lança spray que elimina o coronavírus de roupas
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Guedes anuncia pedidos de demissão de dois secretários e vê ‘debandada’ na Economia
Ministro da Economia afirmou os dois estavam insatisfeitos com a morosidade das privatizações (Salim Mattar) e da reforma administrativa (Paulo Uebel). Guedes anuncia pedidos de demissão de dois secretários do Ministério da Economia
Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão nesta terça-feira (11), informou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Guedes deu a informação em entrevista após uma reunião no Ministério da Economia com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve”, disse Guedes. Segundo o ministro, apesar das demissões, o governo não desistirá das reformas.
"Nossa reação à debandada que ocorreu hoje vai ser avançar com as reformas", afirmou.
Com as saídas de Mattar e Uebel, são sete os integrantes da equipe econômica que deixaram o governo desde o ano passado. Além dos dois, já haviam saído
Marcos Cintra (ex-secretário da Receita Federal, demitido)
Caio Megale (ex-diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda)
Mansueto Almeida (ex-secretário do Tesouro Nacional, que pediu para sair)
Rubem Novaes (ex-presidente do Banco do Brasil, que também se demitiu)
Joaquim Levy (ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, que pediu demissão)
De acordo com Paulo Guedes, o secretário Sallim Mattar afirmou que estava insatisfeito com o ritmo das privatizações.
"O que ele me disse é que é muito difícil privatizar, que o estabilishment não deixa a privatização, que é tudo muito difícil, tudo muito emperrado", declarou Guedes. O ministro, porém, disse que o governo mantém o objetivo de fazer privatizações.
Rubem Novaes também teria saído em razão da impossibilidade de ver o Banco do Brasil privatizado. Na reunião ministerial de 22 de maio, Guedes afirmou ao presidente Jair Bolsonaro e aos demais ministros: "Tem que vender essa porra logo", em referência ao Banco do Brasil.
O ministro Paulo Guedes afirmou que apontou a Salim Mattar a necessidade de "lutar" para que as privatizações aconteçam.
"O que eu digo para o Salim, o que eu sempre disse foi o seguinte: para fazer a reforma da Previdência cada um de nós teve que lutar. Para privatizar, cada um de nós tem que lutar. Não adianta esperar ajuda do papai do céu. Nossa proposta foi de transformação do estado. Então, nós vamos tentar e vamos correr até conseguir", declarou.
No caso de Paulo Uebel, o secretário estaria insatisfeito com o andamento da reforma administrativa, de acordo com o ministro.
"A reforma administrativa está parada. Então, ele [Uebel] reclama que a reforma administrativa parou. A transformação do estado tem várias dimensões", afirmou Guedes.
Camarotti: ‘Paulo Guedes foi de uma sinceridade desconcertante’
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CVM muda regra e permite investimentos em ativos de empresas domésticas listadas fora do país
Mudança era um pedido antigo de entidades do mercado; apelo ganhou força nos últimos anos depois que companhias conhecidas abriram capital nas bolsas de valores dos Estados Unidos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou nesta terça-feira (11) mudanças na regulação de BDRs, recibos negociados na B3 de papéis listados no exterior, ampliando ao investidor nacional acesso a ativos de empresas domésticas, mas listadas fora do país. Sigla de Brazilian Depositary Receipts, os BDRs são mais usados como uma forma de investidores locais poderem investir em papéis de gigantes globais como Apple ou Amazon sem terem que comprar ações nas bolsas onde elas são listadas no exterior. Nasdaq Reuters Mas a regra até agora proibia o mesmo tipo de operação para uma empresa brasileira, mas listada em bolsas fora do país, o que na prática impedia o acesso dos investidores de varejo aos papéis dessas companhias. A mudança era um pedido antigo de entidades do mercado, inclusive da própria B3, e o apelo ganhou força nos últimos anos depois que nomes conhecidos, como a plataforma de investimentos XP e as empresas de pagamentos PagSeguro e Stone se listaram em bolsas de valores nos Estados Unidos. Em três anos, empresas brasileiras já levantaram mais de US$ 5 bilhões nos EUA "Com a mudança, estamos tentando fazer com que pelo menos parte da liquidez (das negociações com esses papéis) fique aqui", disse o presidente da CVM, Marcelo Barbosa, em coletiva por telefone com jornalistas. A regra traz três outras inovações. Uma delas permite também a listagem na B3 de BDRs de títulos de dívida de empresas brasileiras de capital aberto, não apenas de ações. De acordo com o presidente da autarquia, a medida fortalece o mercado de dívida de empresas brasileiras, uma meta da CVM. O regulador do mercado de capitais também passou a permitir que investidores considerados não qualificados possam operar com BDRs de nível 1, ou seja, recibos de títulos de empresas que não são listadas em bolsa de valores, mas em mercado de balcão, de menor liquidez. Investidor qualificado é o que tem pelo menos 1 milhão de reais em recursos financeiros para investir. A regra passará ainda a prever a emissão de BDR lastreados em cotas de fundos de índices negociados no exterior. De acordo com Barbosa, a CVM vai acompanhar os resultados das alterações e, dependendo da evolução, poderá flexibilizar outras restrições hoje vigentes para investidores de varejo que não se enquadram na categoria de qualificados. "De certa forma, é um caráter de flexibilização, que pode nos dar um sinal positivo ou nos recomendar algumas cautelas", afirmou Barbosa.
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IBGE estima safra baiana de grãos cresça 15% em relação a 2019 e bata recorde
Expectativa se deve a revisão na produção do milho, que teve ganho de produtividade. Com revisão para cima no milho, estimativa é de que safra baiana de grãos seja recorde A estimativa de julho para a safra baiana de grãos em 2020 prevê uma produção recorde de 9.534.331 toneladas – a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1972. Segundo informações do IBGE, a safra de grãos na Bahia deve ficar 15% acima (ou mais 1.250.671 toneladas) em relação à safra de 2019 (8.283.660 toneladas). A previsão de julho ficou 1,9% maior que a de junho, quando a estimativa era de uma safra de 9.359.331 toneladas de grãos em 2020, no estado. Isso ocorreu por conta da revisão para cima na estimativa de produção baiana de milho, que ficou em 1.800.200 toneladas em julho, 31,8% maior que a de 2019 (1,365 milhão de toneladas). Com revisão para cima no milho, estimativa para safra baiana de grãos em 2020 é de novo recorde Divulgação/IBGE De acordo com o IBGE, o aumento na previsão de safra de milho na Bahia se deu em razão ao ganho de produtividade, uma vez que a área plantada com a cultura se manteve estável entre junho e julho, em 363.500 hectares. O IBGE afirma que há aumento na previsão de safra de soja, também, por causa da expectativa de crescimento na área plantada, de 1,600 milhão para 1,620 milhão de hectares, na passagem de maio para junho (+1,2%). Com isso, a produção do grão neste ano (6,027 milhões de toneladas) deve ficar 13,5% maior que a de 2019 (5,309 milhões de toneladas). Veja mais notícias do estado no G1 Bahia.
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Guedes diz que ‘furar’ teto de gastos é caminho para o impeachment de Bolsonaro
Sem citar nomes, ministro da Economia disse que há auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a abandonar a regra do teto de gastos no próximo ano a fim de assegurar a reeleição. Guedes afirma que incentivo para furar teto de gastos leva Bolsonaro à zona de impeachment
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (11) que os auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a "furar" a regra do teto de gastos estão levando o presidente para uma zona de impeachment.
Sem citar nomes, Guedes defendeu o teto de gastos (regra que limita o crescimento dos gastos da União) e afirmou que o Ministério da Economia não apoia “ministros fura-teto”.
“Não haverá nenhum apoio do Ministério da Economia a ministros fura-teto. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com o ministro fura-teto.”
De acordo com o ministro da Economia, quem aconselha Bolsonaro a abandonar o teto de gastos para assegurar a reeleição em 2022 está levando o presidente para um processo de impeachment.
“Os conselheiros do presidente que estão aconselhando a pular a cerca e furar teto vão levar o presidente para uma zona sombria, uma zona de impeachment, de irresponsabilidade fiscal. O presidente sabe disso, o presidente tem nos apoiado”, afirmou o ministro em entrevista após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Guedes anuncia pedidos de demissão de dois secretários do Ministério da Economia
Na mesma entrevista, o ministro anunciou os pedidos de demissão de dois secretários: Salim Mattar (Desestatização e Privatização) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital).
Guedes afirmou que o governo precisa fazer "a coisa certa" para que o presidente seja reeleito.
“Se o presidente quiser ser reeleito temos que nos comportar dentro dos orçamentos, fazendo a coisa certa, enfrentando os desafios de reformas. Essa é a forma que um governo pode dar certo e merece ser reeleito.”
A regra do teto de gastos foi criada em 2016, durante o governo Michel Temer, por meio de uma emenda à Constituição. A regra estabelece que, por 20 anos, as despesas da União só podem crescer o equivalente ao gasto do ano anterior corrigido pela inflação. Pelo texto aprovado no Congresso, o teto pode ser revisto após dez anos.
No entanto, devido à crise gerada pela pandemia de Covid-19, alguns setores políticos têm argumentado que a regra deve ser alterada para permitir ao governo gastar mais do que o permitido. A ideia é que isso seria necessário para aumentar os investimentos públicos e impulsionar a economia.
Na última semana o Ministério da Economia e a Casa Civil prepararam uma consulta ao Tribunal de Contas da União sobre a possibilidade de o governo federal ultrapassar os limites estabelecidos pelo teto de gastos.
Após reunião com Rodrigo Maia, que já criticou qualquer eventual tentativa de se modificar a regra do teto de gastos, Guedes afirmou que a eventual manutenção em 2021 do padrão de gastos de 2020 vai levar o Brasil "para o caos".
De acordo com o ministro, isso já aconteceu no passado e provocou um impeachment [o da ex-presidente Dilma Rousseff] por, segundo afirmou, "irresponsabilidade fiscal".
Após a reunião com Guedes, Rodrigo Maia escreveu em uma rede social: "Hoje, tivemos uma conversa franca com o ministro Paulo Guedes, e há consenso de que não haverá jeitinho nem esperteza para desrespeitar o teto de gastos. A Câmara não vai pautar nenhuma prorrogação do estado de calamidade" — a eventual prorrogação do estado de calamidade pública em razão da pandemia de coronavírus permitiria ao governo continuar fazendo despesas acima do previsto no orçamento.
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Cansaço com demora na agenda econômica causa baixas e enfraquece Paulo Guedes
A saída de de dois secretários especiais do Ministério da Fazenda, anunciada nesta terça-feira (11) pelo ministro Paulo Guedes, escancara o cansaço do time econômico com a lentidão das agendas prometidas pelo governo ainda na campanha de 2018.
O movimento também reflete o enfraquecimento de Paulo Guedes, que assumiu como 'superministro' e levou uma agenda ambiciosa.
Deixam o governo Paulo Uebel, secretário de Desburocratização e Governo Digital, e Salim Mattar, responsável pela agenda de desestatização e privatizações.
Secretários especiais Salim Mattar e Paulo Uebel pediram demissão, diz Paulo Guedes
A agenda das duas áreas estava paralisada por conta da pressão política, vinda até de dentro do governo e de aliados no Congresso Nacional.
Uebel passou o primeiro ano do governo colocando de pé a reforma administrativa – que está pronta, mas segue na gaveta do presidente Jair Bolsonaro.
Já Mattar encontrou no Congresso uma barreira para sua agenda de privatizações. Nem mesmo a capitalização da Eletrobras tem perspectiva de sair do papel.
Há menos de dois meses, o governo perdeu outro nome forte da equipe econômica: o então secretário do Tesouro Mansueto Almeida.
Em outras áreas do Ministério da Economia, também há pressão. A mais premente é para que o orçamento do próximo ano, a ser entregue até o fim deste mês, abra espaço para gastos em obras e investimentos, limitados pelo teto de gastos.
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Lucro da BR Distribuidora cai para R$ 188 milhões no segundo trimestre
Pandemia do coronavírus impactou o volume de venda e os preços praticados. A BR Distribuidora reportou nesta terça-feira (11) lucro líquido de R$ 188 milhões no segundo trimestre, queda de 37,7% na comparação com o resultado do mesmo período do ano anterior, com a pandemia de coronavírus impactando o volume de vendas e os preços. A maior distribuidora de combustíveis do Brasil registrou lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado de R$ 816 milhões no segundo trimestre, aumento de 61,3% na comparação anual, com o efeito positivo de uma recuperação de crédito de PIS/Cofins, que somou R$ 376 milhões. BR Distribuidora Divulgação/Petrobras A receita líquida caiu 38,1%, para R$ 14,9 bilhões, na esteira de um recuo do volume de vendas de 21,7% ante o segundo trimestre do ano passado, para 7,8 bilhões de litros. "O segundo trimestre de 2020 foi marcado principalmente pela redução de volumes vendidos e ainda pelo efeito das reduções nos preços dos derivados de petróleo ocorridas até abril, que resultaram no expressivo ajuste na marcação de nossos estoques", disse a companhia. Houve redução de vendas de 26,1% dos combustíveis do Ciclo Otto (gasolina e etanol) e de 13,6% no diesel no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas de combustíveis de aviação despencaram 82,3%. Na comparação com o primeiro trimestre, o volume vendido caiu menos (-14,8%), à medida que houve flexibilização de algumas regras de isolamento social, com o Ciclo Otto recuando 16,6%. Contudo, os produtos de aviação ainda apresentaram perda expressiva (-82%). A companhia informou que "continua a observar uma gradual recuperação dos volumes vendidos, o que tem acompanhado a contínua retomada da circulação de pessoas, em especial em algumas das principais metrópoles do país". As vendas médias diárias de diesel em junho foram 5% superiores à média do período imediatamente anterior à crise (de janeiro até 21 de março), enquanto a demanda dos combustíveis do Ciclo Otto foi 12% inferior na mesma comparação. A empresa ainda destacou que as despesas operacionais tiveram redução de 27,4%, para R$ 735 milhões, principalmente em função de menores gastos com pessoal (menos R$ 156 milhões), com fretes (menos R$ 33 milhões) e operações e logísticas (menos R$ 22 milhões). O endividamento bruto da companhia alcançou R$ 9,2 bilhõesmno segundo trimestre, alta de 49,6%, principalmente devido a maiores captações de "caráter precaucional" por causa da pandemia de Covid-19.
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Com saída de Mattar e Uebel, sete já deixaram equipe econômica desde o ano passado
Ainda na transição, Bolsonaro disse que daria 'carta branca' a Paulo Guedes para montar pasta. Secretários de Desestatização e Desburocratização pediram demissão nesta terça. Guedes anuncia que secretários de Desburocratização e Desestatização pediram para deixar os cargos
A equipe econômica montada pelo ministro Paulo Guedes e empossada em janeiro de 2019, no início do governo Jair Bolsonaro, já passou por pelo menos sete trocas em cargos estratégicos até esta terça-feira (11).
No início da noite, Guedes informou que pediram demissão os secretários especiais de Desestatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel. Ao todo, já deixaram a equipe:
junho de 2019: Joaquim Levy, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
setembro de 2019: Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal (demitido)
junho de 2020: Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro (único a assumir o cargo antes da chegada de Guedes; ele pediu para sair em junho, mas a exoneração foi publicada pelo governo no mês seguinte)
julho de 2020: Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil
julho de 2020: Caio Megale, ex-secretaria de Fazenda
agosto de 2020: Salim Mattar, ex-secretário especial de Desestatização
agosto de 2020: Paulo Uebel, ex-secretário Desburocratização, Gestão e Governo Digital
O ministro classificou o momento como uma "debandada" e disse que os secretários se mostraram insatisfeitos, respectivamente, como o andamento do programa de privatizações e da reforma administrativa. Apesar disso, disse Guedes, o governo vai "avançar com as reformas".
ANA FLOR: Cansaço com demora na agenda econômica causa baixas e enfraquece Paulo Guedes
Demissões anteriores
A primeira baixa na equipe de Guedes ocorreu em junho de 2019, apenas seis meses após a posse do governo Jair Bolsonaro.
O então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, entregou carta de demissão a Paulo Guedes após sofrer críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro. O presidente chegou a dizer que Levy estava com a "cabeça a prêmio", e que não via lealdade na gestão do economia.
Três meses depois, em setembro, o então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido após polêmica em um assunto que segue indefinido: a reforma tributária e a possibilidade de criação de um imposto sobre transações eletrônicas, similar à antiga CPMF (imposto do cheque).
Em junho deste ano, o secretário do Tesouro Mansueto Almeida anunciou que havia pedido para deixar o cargo. A exoneração foi publicada em julho e, nesta segunda (10), a assessoria do banco privado BTG Pactual informou que Almeida será economista-chefe da instituição a partir de janeiro.
Em 24 de julho, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pediu a Bolsonaro e Guedes para deixar o cargo. Em nota, o banco afirmou que o pedido foi feito "entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário".
Dois dias depois, o diretor de programas da Secretaria de Fazenda, Caio Megale, também acertou a saída do governo.
Da lista, Mansueto Almeida foi o único a assumir o cargo antes da chegada de Paulo Guedes. O economista se tornou secretário do Tesouro na gestão Michel Temer, e foi mantido no posto após a sucessão presidencial.
Houve ainda uma oitava troca, desta vez não relacionada a disputas ou insatisfações no cargo. O ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, deixou o cargo após ser eleito para comandar o Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics.
'Carta branca'
Ainda durante a transição de governo, em novembro de 2018, Bolsonaro disse que havia dado "carta branca" a Guedes para montar a equipe econômica.
"Eu estou dando carta branca a ele. Tudo que é envolvido com economia é ele que está escalando o time. Eu só, obviamente, e ele sabe disso, estamos cobrando produtividade. Enxugar a máquina e buscar, realmente, fazê-la funcionar para o bem-estar da nossa população", declarou Bolsonaro.
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RS, Rondônia, Acre e Paraná viram zona livre de vacinação da febre aftosa
Normativa do Ministério da Agricultura oficializou status dos quatro estados e também de duas regiões de Amazonas e Mato Grosso. RS vacinou 90% do rebanho em 2020, diz secretaria. Vacinação para aftosa não será mais necessária a partir do ano que vem no RS e em outros estados Fernando Dias / Seapdr O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu, nesta terça-feira (11), os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e Acre, além de duas regiões do Amazonas e do Mato Grosso, como zonas livres da vacinação para febre aftosa. A medida, que já havia sido anunciada, foi confirmada com a assinatura de uma instrução normativa pela ministra Tereza Cristina. A mudança passa a valer em 1º de setembro. Com isso, o ano de 2020 será o último com vacinação nestes estados. A normativa, que deve ser publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (12), dá reconhecimento nacional à medida. A partir disso, o governo federal poderá encaminhar o pedido de status internacional à Organização Mundial de Saúde Animal. Com assembleia prevista para maio do ano que vem, a entidade internacional pode emitir a certificação que vai permitir a entrada dos estados em novos mercados mundiais. Técnicos e especialistas apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações em cerca de R$ 600 milhões anuais. 90% do rebanho vacinado no RS Até agora, o RS já vacinou 90% do rebanho, segundo o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Na semana passada, auditores do ministério estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS para avaliar o cumprimento das exigências feitas para a obtenção do novo status sanitário. “Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, afirma Covatti Filho. A febre aftosa é uma das principais doenças da criação de gado, que começa com aftas na boca dos animais, podendo levar a problemas cardíacos e até a morte. Ela é contagiosa entre os animais, mas não infecta humanos. Conforme o governo federal, o Brasil não registra novos casos desde 2006. A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul se manifestou favoravelmente à instrução normativa. Leia abaixo: A Farsul comunica que, após reunião realizada com os representantes dos sindicatos rurais integrantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, apoia o processo de retirada da vacinação contra a febre aftosa no estado. A decisão foi tomada por meio de votação entre os participantes, mantendo a tradição democrática da entidade de ser representante das demandas e posições dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. É sabido que ainda existem itens a serem concluídos pelo Governo do Estado para o cumprimento de todo o protocolo estipulado para que o Rio Grande do Sul receba o status de livre de aftosa sem vacinação, pela OIE. Competirá a nós o acompanhamento da evolução desses pontos, auxiliando no que nos cabe e cobrando os que são compromissos de outros. Somos cientes das responsabilidades que cairão sobre os produtores, especialmente quanto a vigilância no campo. Pois, além das dificuldades conhecidas do setor público para tal, são os produtores os principais interessados na manutenção da segurança sanitária no nosso setor. Entretanto, necessitamos que, após a conclusão do processo, tenhamos a garantia do Poder Público de que as medidas apresentadas serão, efetivamente, colocadas em prática para que aquele que é o principal interessado, o produtor rural, tenha tranquilidade em exercer sua atividade sabendo que está respaldado jurídica e sanitariamente.
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